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- A qualidade de vida nos transtornos de humor: o papel da flexibilidade psicológicaPublication . Viana, Elenice Póvoa; Almeida, Pedro Henrique Garcia Lopes deEste estudo teve como objetivo investigar a relação entre transtornos de humor e qualidade de vida, focando a importância da flexibilidade psicológica nesta relação. Especificamente, foi proposto investigar o papel moderador da flexibilidade psicológica na relação entre a prevalência de transtornos de humor e qualidade de vida, examinando se altos níveis de flexibilidade psicológica podem atenuar o impacto negativo dos transtornos de humor na percepção da qualidade de vida. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário online aplicado a uma amostra não clínica de 176 participantes (80.7% sexo feminino), com idade média de 36.01 anos (DP = 16.02). Os instrumentos usados incluíram o Questionário de Autoavaliação de Hipomania (HCL-32), o Patient Health Questionnaire (PHQ-9), o Psy-Flex (medindo a flexibilidade psicológica), e a Avaliação Abreviada da Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-BREF). Os resultados revelaram uma associação negativa entre transtornos de humor e qualidade de vida, especialmente qualidade de vida psicológica. Além disso, observou-se uma associação positiva entre flexibilidade psicológica e qualidade de vida. Adicionalmente, a flexibilidade psicológica moderou a relação entre transtornos de humor e qualidade de vida, evidenciando que, para indivíduos com alta flexibilidade psicológica, o impacto dos transtornos de humor na qualidade de vida foi atenuado. Os resultados deste estudo destacam a importância da flexibilidade psicológica na promoção da qualidade de vida e na mitigação dos efeitos negativos dos transtornos de humor. Isso sugere que intervenções focadas no desenvolvimento da flexibilidade psicológica podem ser relevantes na melhoria da qualidade de vida em indivíduos com transtornos de humor.
- Bilingualism: Potential Impacts on Executive Functions and on Cognitive ReservePublication . Silva, Sara Sacadura Barbosa Pacheco da; Oliveira, Raquel Maria Baptista de Lemos Guerra deABSTRACT: Bilingualism has gathered significant attention in recent years due to its remarkable impact on cognitive processes, particularly its important role in enhancing executive functions and also on improving cognitive reserve. Higher levels of executive functioning allow individuals to deal with everyday tasks more easily since it helps them achieve goals, adapt to new situations and even better social interactions. As for cognitive reserve, better levels seem to delay the symptoms of several diseases linked to dementia. This study aimed at investigating whether bilingual young adults have a significantly better performance on executive functioning measures, when compared to monolingual young adults and to verify if bilingualism impacts the level of cognitive reserve. The study included 60 participants aged between 18 and 31 (young adults) divided into two groups: 30 bilinguals and 30 monolinguals. The participants were assessed with the following Executive Function tests: Coding Subtest, Letter-Number Sequencing Subtest, Stroop Color Word Test, Verbal Fluency Test, and Ravens Standard Progressive Matrices. The Cognitive Reserve Index Questionnaire and the Irregular Word Reading Test were included as measures of cognitive reserve. Our results showed that, regarding executive functioning, a significantly higher performance, favoring bilingual individuals, was found in inhibitory control, and working memory functions. This evidence confirms that bilinguals manifest superior performance in some executive functions. In the CRIq, the bilingual group had an overall higher score on CRI Education and on CRI Leisure Time but not on CRI Working Activity. A similar pattern was found for the TeLPI, where bilinguals revealed a significantly superior number of accurate responses in reading irregular words. Correlations were calculated between the cognitive reserve variables and the executive functioning measures for the two groups. In the bilingual group, CRI Education showed a significant moderate correlation with measures of working memory and with inhibitory control measures. Regarding the monolingual group, only the Coding Subtest revealed a significant moderate correlation with both the CRI Leisure Time and CRI Education. A Linear Regression was used to verify which of the bilingual factors had a predictive role in the results obtained in the executive functions and cognitive reserve tasks. Regardless of the extent to which bilingualism is the complete, partial, or apparent cause of the data obtained in this study, this continues to be an area that needs more research.
- Relações entre Sintomas Depressivos, Atributos Psicológicos, e Competências Sociais e Emocionais dos JovensPublication . Ramos, Marisa Alexandra da Costa; Santos, António José Freitas dosA presente investigação pretende estudar e analisar como a depressão influência as competências sociais e emocionais nas crianças e adolescentes. Neste estudo participaram 101 participantes, com idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos, bem como 9 professores. Para ser possível avaliar a depressão nos jovens foi utilizado o instrumento CDI (Kovacs, 1985) e também foi aplicado a prova SDQ (Goodman, 1997). Já com os professores, foi aplicado um instrumento com o intuito de avaliar o ajustamento sócio emocional dos seus alunos, o Teacher-Child Rating Scale (T-CRS) (Hightower et al, 1986). Foi possível observar os efeitos da análise multivariada que foi realizada em função do Grupo de sintomas depressivos e o Sexo, para controlar a Idade, esta foi incluída como covariável. É possível verificar que a Idade, o Grupo e o Sexo, apresentaram efeitos multivariados estatisticamente significativos nas dimensões combinadas em estudo. Não existiu efeito multivariado de interação entre o Grupo de sintomas depressivos e o Sexo. Podemos destacar então, que a idade da criança teve efeitos significativos em diversas subescalas. Em relação aos sintomas depressivos, as raparigas mostraram mais sintomas que os rapazes, nomeadamente, anedonia, autoestima negativa e CDI Total. Na hiperatividade, os rapazes não revelaram ter significativamente mais sintomas desta perturbação na presente amostra, em contraste com publicações anteriores. Sobre os resultados referentes ao instrumento T-CRS, é importante realçar que os dados traduzem opiniões e avaliações que os professores fazem dos seus alunos. Sendo assim, os professores que participaram nesta investigação, não demonstraram que as raparigas tendem a ser mais tímidas e ansiosas do que os indivíduos do sexo masculino.
- Comparação da aliança terapêutica e do funcionamento familiar no processo terapêutico em duas famíliasPublication . Salvação, Madalena Mirabeau da Silveira Machado; Pereira, Maria GouveiaEste estudo teve como objetivo a comparação da avaliação da Aliança Terapêutica e o funcionamento Familiar, em três momentos do processo terapêutico, em duas famílias, em terapia familiar. Considerando a teoria Estrutural de Minuchin, acerca do funcionamento familiar, e do conceito de Aliança Terapêutica de Bordin, pretendemos entrecruzar as perceções que os elementos das famílias e o terapeuta têm sobre a Aliança Terapêutica e a avaliação que fazem do seu funcionamento familiar. Usámos o Sistema de Observação de Aliança de Terapia Familiar (s), do ponto de vista dos clientes e do terapeuta, nas suas dimensões (Forças da Aliança e Dificuldades da Aliança Terapêutica) e o SCORE-15, nas diversas dimensões do funcionamento familiar (Recursos Familiares (RF), Comunicação Familiar (CF) e Dificuldades Familiares (DF)) Procuramos contribuir para a forma como os terapeutas podem ajustar as suas intervenções, no sentido de fortalecer a Aliança Terapêutica (AT) e obter mais sucesso na terapia. Participaram, neste estudo, duas famílias que recorreram à terapia familiar, preenchendo os questionários de auto-relato, para os dois instrumentosselecionados. Verificou se, depois da análise estatística pela ANOVA, que não existem diferenças significativas, na perceção sobre a AT, entre os membros das famílias e o terapeuta, bem como na forma como percecionam as áreas do seu funcionamento familiar. Finalmente, os resultados sobre a perceção do funcionamento familiar indicaram áreas de conflito, dificuldades de comunicação abrindo portas para o ajustamento da intervenção terapêutica. Estes resultados têm implicações importantes, tanto para a prática, quanto para a investigação, destacando a importância da construção e manutenção de uma aliança terapêutica forte, ao longo das sessões de terapia para que seja possível o ajustamento do funcionamento familiar no sentido do bem estar de todos os elementos da família.
- Relatos de duas Gerações de Mulheres da Comunidade Criptojudaica de BelmontePublication . Fonseca, Carla Alexandra Silva Graça; Marques, Maria Emília da SilvaO presente estudo é uma análise qualitativa de dois relatos de duas gerações de mulheres da comunidade criptojudaica da Belmonte. A inexistência de estudos no âmbito da psicologia, dedicados à comunidade criptojudaica, objeto de estudo de outras áreas do saber, promoveu a necessidade de procurar compreender esta comunidade no âmbito da psicologia. Dada a sua especificidade, fez-se necessário o enquadramento do mesmo no âmbito da Etnopsicanálise, disciplina que articula os conhecimentos da antropologia e da psicanálise, e que promove a compreensão do indivíduo inserido numa cultura. O método utilizado é uma análise qualitativa de entrevistas não-estruturadas, de associação livre, FANI - Free Association Narrative Interview, desenvolvido por Hollway e Jefferson (2000, 2001, 2013), ancorado na teoria psicanalítica e na premissa do sujeito defendido e contraditório. A escolha do método qualitativo relaciona-se com a necessidade de uma recolha livre, não diretiva, que permitisse aos sujeitos expressarem-se sem condicionantes. Da análise das narrativas evidenciaram-se os temas da identidade e da relação feminino-masculino, que informaram sobre a qualidade dos conteúdos intergeracionais e transgeracionais, e das vias de transmissão dos mesmos. A conclusão deste estudo evidencia um campo de possibilidades ainda por explorar que potenciariam uma melhor compreensão sobre esta população, que apesar de circunscrita pode ajudar a trazer luz sobre temáticas que ao longo da história ainda estão pouco exploradas, como o trauma do isolamento a que foram sujeitos, o silenciar, e a manutenção psíquica das dinâmicas transgeracionais.
- O Impacto da Diferenciação do Self: Compromisso, Intimidade, Desejo Sexual e Desilusão RelacionalPublication . Oliveira, Leonor Pereira Santos de; Pereira, Maria GouveiaO presente estudo teve como principal objetivo compreender o impacto da Diferenciação do Self e, suas dimensões (Reatividade Emocional, Fusão com os Outros, Cut Off Emocional e Posição do Eu) na Intimidade, Desejo Sexual, Compromisso e Desilusão Relacional. O estudo contou com 91 participantes, envolvidos numa relação amorosa há pelo menos 6 meses, com idades compreendidas entre os 20 e 30 anos. Foram recrutados online, através do método de amostragem “bola de neve” para responder às seguintes escalas: Inventário da Diferenciação do Self – Revisto (IDS-R), Inventário de Componentes de Qualidade Relacional Percebida (IPRQC), Escala de Desilusão Relacional (EDR) e, ao Inventário do Desejo Sexual de Hurbert (HISD). A respeito dos resultados mais salientes foi possível compreender que a variável da Diferenciação do Self, prediz significativamente e, positivamente, a Intimidade e o Desejo Sexual, enquanto perdiz significativamente, mas negativamente a Desilusão Relacional. No que concerne às dimensões da escala da Diferenciação do Self, a dimensão Posição do Eu predisse significativamente o Desejo Sexual, assim como, o Cut-Off Emocional predisse significativamente a Desilusão Relacional. Por último, a dimensão do Cut-Off Emocional predisse significativamente, mas negativamente a Intimidade. Em suma, o estudo pretende compreender de que forma o processo de Diferenciação do Self prediz diversos componentes da vida conjugal. Por fim, e tendo em conta as descobertas que se apresentam contrárias à literatura científica, são avançadas algumas hipóteses relativamente ao facto de a variável da Diferenciação do Self não predizer o Compromisso.
- Bem-estar, atitudes sexuais e satisfação sexual numa amostra de adultos portugueses (entre os 18 e os 61 anos)Publication . Reis, Inês Sofia Barata; Gouveia, Maria João Pinheiro MoraisA preocupação pelo bem-estar mental tem vindo a ganhar destaque na atualidade devido à sua importância na conceção de uma vida plena e completa. As motivações para a aquisição deste conceito surgem de diferentes princípios, nomeadamente o princípio do prazer e conforto – orientações hedónicas; princípio do desenvolvimento e crescimento pessoal – orientações eudaimónicas e princípio de estatuto e poder – motivações extrínsecas. Estas motivações afetam todos os contextos onde os indivíduos se inserem, nomeadamente o contexto sexual. A atividade sexual pode surgir como meio para preencher necessidades, como o prazer sexual, a satisfação sexual, satisfação relacional, e até, necessidades financeiras, podendo oscilar de acordo com as atitudes sexuais (e.g permissividade, comunhão). A presente investigação procurou explicar a relação entre bem-estar e satisfação sexual, assim como averiguar a possibilidade de mediação por parte das atitudes sexuais. A amostra foi constituída por 274 adultos (M= 28.8; DP= 8.5, 75.2% do sexo feminino) que preencheram 3 escalas referentes ao bem-estar (HEMAA), atitudes sexuais (EAS) e satisfação sexual (NSSS). Os resultados indicaram uma relação de predição do bem-estar com a satisfação sexual nas duas dimensões avaliadas, no entanto, a comunhão foi a única atitude sexual que se demonstrou relevante na mediação entre orientações hedónicas e eudaimónicas e satisfação centrada no “eu”. Concluindo, as orientações hedónicas e eudaimónicas apresentaram uma relação com a satisfação sexual centrada no “outro” e centrada no “eu”, esta última sendo mediada pela atividade sexual no seio de relações estáveis e de compromisso.
- Adição às Redes Sociais, Solidão e SolitudePublication . Ferreira, José Luís Pena; Costa, Rui Miguel dos Santos AmaroCom o desenvolvimento das redes sociais, estas tornaram-se parte do nosso dia-a-dia. O presente estudo tem como objetivo averiguar se a adição às redes sociais, a solidão e a solitude se correlacionam entre si e estabelecer um modelo preditor da solidão. A amostra deste estudo foi constituída por 319 participantes (258 mulheres, 60 homens e 1 não respondeu), com idades compreendidas entre os 18 e os 77 (M=29,59; DP=13,29). Utilizou-se um questionário sociodemográfico, a tradução do Positive Solitude Scale, o University of California Loneliness Scale (UCLA), uma escala de satisfação com os relacionamentos pessoais e o Internet Addiction Test (IAT) adaptado às redes sociais. Os resultados mostraram uma correlação significativa e positiva entre a solidão e a adição às redes sociais (r = 0,34, p < 0,001), correlações não significativa entre solidão e solitude (r = 0,00; p = 0,994) e entre adição às redes sociais e a solitude (r = -0,02, p = 0,687). O modelo preditor da solidão mostrou que esta última é predita independentemente pela adição às redes sociais, ser homem, ser mais velho e insatisfação com os amigos, com a família e com a vida sexual. Para além disso, a relação entre a solidão e a adição às redes sociais é mediada pela insatisfação com as relações com os amigos, família e vida sexual, mas não pela solitude. Para concluir, este estudo corrobora a correlação significativa entre a solidão às redes sociais, evidenciada pela literatura.
- Luto sem morte. A Influência da Reconstrução Mamária na Elaboração do Luto em Mulheres MastectomizadasPublication . Almeida, Carolina da Soledade Baptista de; Ferreira, Carolina Seybert do Amaral PintoQuando uma mulher realiza uma mastectomia, perspetiva-se numa real mutilação da sua mama que remete para uma ferida narcísica, já que coloca veemente em causa a autoestima e imagem corporal desta. Pela frente a mulher tem o trabalho do luto pela perda que sofreu, ou seja, o aparelho psíquico tem de estar capacitado a conectar as impressões traumatizantes. Desta forma, a intervenção psicológica deverá estar assente no crescimento pós-traumático. Atentando que a literatura existente realçou informações contrastantes quanto à influência da reconstrução mamária no processo de luto, teve-se por principal objetivo averiguar esta relação e quais as suas variáveis intervenientes, por via de comparação de dois grupos – com e sem reconstrução mamária. O presente estudo contou com 74 participantes do sexo feminino que se haviam submetido a uma mastectomia (M= 45,23; DP= 9,23). As participantes responderam a escalas de autorrelato acerca da Imagem Corporal (IC), Trabalho do Luto (IEL) e Desenvolvimento Pós-Traumático (IDPT). Os resultados sugerem que a Reconstrução (ou não) Mamária não influencia significativamente o Trabalho do Luto ou tão pouco o Desenvolvimento Pós-Traumático. Ademais, não foi possível verificar se a Imagem Corporal mediava a relação entre a Reconstrução (ou não) mamária por falha dos pressupostos. Face às diversas limitações encontradas, os dados obtidos carecem de mais informações obtidas a partir de estudos futuros.
- Traços Antissociais e Competências Sociais e Emocionais: Dois lados da mesma moeda?Publication . Ricardo, Diana Alexandra Teixeira; Pereira, Miguel BastoAo longo dos anos, as Competências Sociais e Emocionais têm sido propostas como um elemento protetor contra diferentes tipos de problemas comportamentais. Contudo, poucos estudos científicos exploraram a relação entre as Competências Sociais e Emocionais e os padrões de funcionamento antissocial. A presente investigação tem como objetivo explorar a relação entre diferentes tipos de Competências Sociais e Emocionais (i.e. Autogestão e Motivação, Autoconsciência, Consciência Social e Comportamento Pró-Social e Tomada de Decisão) e padrões de funcionamento antissocial como características de Impulsividade/Irresponsabilidade e padrões de funcionamento antissocial nas relações interpessoais. Este estudo foi conduzido numa amostra de 312 indivíduos do sexo masculino em situação de reclusão, com idades entre os 20 e os 83 anos. Os participantes completaram questionários de autorreporte que avaliaram as Competências Sociais e Emocionais e os traços antissociais. As análises realizadas indicaram uma relação inversa entre algumas dimensões das Competências Sociais e Emocionais e traços antissociais de personalidade. Este estudo sugere a importância de intervir especificamente na dimensão Tomada de Decisão das Competências Sociais e Emocionais de forma a promover reduções nas características antissociais nesta população.