Browsing by Author "Ferreira, Bruno"
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- Auto-conceito e representações da vinculação no período pré-escolarPublication . Maia, Joana Branco; Ferreira, Bruno; Veríssimo, Manuela; Santos, António José; Shin, NanaA Teoria da Vinculação sugere que as representações internas das experiências relacionais e a noção de self vão sendo interiorizadas, de forma complementar, pelas crianças ao longo do tempo, desempenhando as figuras de vinculação um papel crucial neste processo. Alguns estudos empíricos (Cassidy, 1988; Clark & Symons, 2000; Verschueren, Marcoen, & Schoefs, 1996) têm examinado as ligações entre desenvolvimento do self e segurança da vinculação durante o período pré-escolar. No entanto, poucos se têm debruçado, especificamente, sobre as associações existentes entre o auto-conceito dos sujeitos e as representações internas que estes possuem das suas experiências relacionais, como é o caso do presente estudo. Para inferir a qualidade e a segurança das representações de vinculação utilizámos uma versão adaptada da MacArthur Story Stem Doll-play Task (Page & Bretherton, 2001) numa amostra de 75 crianças do pré-escolar. A representação do self foi avaliada através da versão portuguesa da Pictorial Scale of Perceived Competence and Social Acceptance for Young Children (Harter & Pike, 1984; Mata, Monteiro, & Peixoto, 2008). Os resultados encontrados apoiam a presença de relações entre a qualidade das representações associadas à vinculação e a representação global que a criança tem do seu self, com uma associação positiva mais forte a ser encontrada com a percepção da Aceitação Social.
- Escala de Sentimento de Competência Parental: Análise confirmatória do modelo de medida numa amostra de pais portuguesesPublication . Ferreira, Bruno; Veríssimo, Manuela; Santos, António José; Fernandes, Carla; Cardoso, Jordana PintoA Competência Parental é uma das auto-percepções parentais mais estudadas no âmbito do estudo das cognições parentais com implicações no comportamento parental, nas interacções pais-crianças e no desenvolvimento e comportamento dos filhos. Neste domínio, a Escala de Sentimento de Competência Parental é amplamente utilizada no estudo da eficácia parental e na avaliação de consequências de intervenções na parentalidade. Contudo, diversos estudos têm reportado soluções factoriais distintas, levantando um debate sobre a natureza conceptual e as propriedades psicométricas da medida. Neste estudo, avalia-se através de Análise Factorial Confirmatória (MEE) o ajustamento do modelo de medida da ESCP numa amostra de pais portugueses (n=236). Os resultados mostram que a solução de 3 factores Satisfação, Eficácia e Interesse, revelou melhor ajustamento global e melhor fiabilidade compósita, validade convergente e divergente. Na globalidade, os resultados sustentam a validade discriminatória entre os construtos Satisfação, Eficácia e Interesse e a ideia de que as percepções de competência parental abrangem múltiplos componentes cognitivos modulares e interligados, mas com fontes de variação independentes e origens distintas.
- Modelos internos dinâmicos de vinculação : Uma metáfora conceptual?Publication . Maia, Joana Branco; Veríssimo, Manuela; Ferreira, Bruno; Silva, Filipa; Pinto, Alexandra Maria Pereira Inácio SequeiraÉ inegável que, no contexto da investigação sobre as implicações desenvolvimentais das relações de vinculação, o conceito de Modelos Internos Dinâmicos (MID) tem vindo a assumir uma capacidade explicativa crescente e extensiva (ver Bretherton & Munholland, 2008; Thompson, 2008b). Todavia, apesar da centralidade dos MID na Teoria da vinculação, é de referir o “caos calmo” que parece existir na literatura ainda hoje, mais de 50 décadas de estudos depois, à volta da utilização desta metáfora conceptual que, embora apelativa, não corresponde ainda a um constructo teórico solidamente definido e empiricamente testável (ver Bretherton, 2005; Delius, Bovenschen, & Spangler, 2008; Thompson, 2008a). De forma a percebermos melhor o que poderá contribuir para este cenário de “caos calmo”, analisaremos, seguidamente, a evolução histórica do conceito, no âmbito da Teoria da vinculação, partindo das primeiras formulações de Bowlby e integrando contributos posteriores.
- Percepção de competência parental: Exploração de domínio geral de competência e domínios específicos de auto-eficácia, numa amostra de pais e mães portuguesasPublication . Ferreira, Bruno; Monteiro, Lígia Maria Santos; Fernandes, Carla; Cardoso, Jordana Pinto; Veríssimo, Manuela; Santos, António JoséA avaliação que os pais fazem sobre o seu próprio desempenho pode ter um papel directo ou indirecto no desenvolvimento das crianças. Neste trabalho, estudamos o sentimento de competência parental face ao papel global da parentalidade e as percepções de auto-eficácia em domínios específicos da parentalidade, procurando identificar diferenças entre pais e mães, e discernir efeitos possíveis face a características demográficas, como preditores das cognições da parentalidade. Os resultados vão de encontro a evidência disponível na literatura, contudo revelam especificidades na nossa amostra que permitam equacionar singularidades, em particular face aos preditores sociodemográficos da autoeficácia, levantando questões relativas aos factores de contexto e culturais da parentalidade.
- Representações de vinculação na infância: Competência verbal, estabilidade e mudançaPublication . Maia, Joana; Veríssimo, Manuela; Ferreira, Bruno; Monteiro, Lígia Maria Santos; Antunes, Marta Justino FerrúcioVisando identificar diferenças individuais no modo como as crianças encenam uma variedade de situações relacionadas com a vinculação, o Attachment Story Completion Task (ASCT, Bretherton & Ridgeway, 1990) tem sido utilizado em diferentes culturas, sendo uma das metodologias narrativas de completamento de histórias mais utilizadas durante o período pré-escolar. Não obstante o vasto reconhecimento do seu valor, tanto clínico como empírico, mais estudos revelam-se indispensáveis para confirmar a validade discriminativa do ASCT face a medidas de competência verbal, bem como para clarificar alguns aspectos relacionados com a sua fiabilidade. Procurando contribuir para uma melhor compreensão da utilização do instrumento na população portuguesa, o presente estudo debruçase especificamente sobre a potencial influência da idade e do Q.I. verbal nas respostas dadas pelas crianças. O ASCT foi aplicado a 159 crianças em idade pré-escolar e escolar (M=66.11, DP=9.96), tendo o desempenho dos sujeitos ao longo da tarefa sido analisado através de uma escala contínua de segurança, por investigadores independentes, previamente treinados. Os valores de segurança (quer história a história, quer no conjunto das histórias) não apresentaram associações relevantes com nenhuma das variáveis sócio-demográficas consideradas, nem com a idade dos participantes. Foi, no entanto, encontrada uma associação positiva, de fraca intensidade com o Q.I. verbal, estimado através da WPPSI-R [Wechsler, 1989) (r=.16, p(unilateral)<.05]. A estabilidade da medida foi explorada numa sub-amostra de 34 sujeitos, após um intervalo temporal de, aproximadamente, 11 meses. Verificou-se que, embora haja uma tendência para o desempenho global dos sujeitos ser avaliado, em termos da média grupal, de forma significativamente mais elevada [t(33)=2.50, p(unilateral)<.01, d=.49], quando avaliada intra-sujeitos, a segurança mostra-se moderadamente estável (r=.33, p<.05, n=34). Final - mente, foram encontradas evidências que sugerem influências recíprocas, ao longo do desenvolvi - mento, entre aspectos associados à segurança das representações e capacidade verbal.
- Singularidades de género nas representações de vinculação durante o período pré-escolarPublication . Maia, Joana; Veríssimo, Manuela; Ferreira, Bruno; Ferreira, Bruno; Silva, Filipa; Antunes, MartaVisando identificar diferenças individuais no modo como as crianças encenam uma variedade de situaçõesrelacionadas com a vinculação, o Attachment Story Completion Task-ASCT (Bretherton. Ridgeway, &Cassidy, 1990) tem sido utilizado em diferentes culturas, tanto com amostras clínicas como normativas,sendo uma das metodologias de narrativas mais utilizadas durante o período pré-escolar. Todavia, umponto problemático da sua utilização prende-se com o facto de alguns estudos reportarem especificidadesao nível dos perfis narrativos evidenciados por meninos e meninas o que, do ponto de vista da Teoria daVinculação, não seria de esperar. O ASCT foi aplicado a 252 crianças em idade pré-escolar (M=62; DP=15,1) tendo as narrativas sido analisadas através de uma escala contínua de segurança. Não foi encontradanenhuma relação significativa entre a segurança das narrativas e o Q.I. verbal dos participantes. Nasrespostas ao ASCT verificou-se uma diferença em função do género [F(1, 253)=11,8, p<0,01], com ashistórias produzidas pelas raparigas, em média, a receberem pontuações mais elevadas na dimensãosegurança. Várias hipóteses teóricas são exploradas para explicar os perfis encontrados e, partindo daideia avançada por Oppenheim (1997) de que a aplicação deste tipo de metodologias representa umasituação indutora de ansiedade para a criança, é dado destaque à tese evolutiva proposta por Taylor et al.(2000) que afirma existir divergências ao nível das estratégias de regulação emocional tendencialmenteadoptadas pelos dois sexos em situações de stress e de conforto interpessoal.