Psicologia Social
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Browsing Psicologia Social by advisor "Amaral, Virgílio Ribeiro"
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- Cante alentejano – A identidade social alentejana estudada através do cante alentejanoPublication . Ventura, Lígia Tatiana Rosado; Amaral, Virgílio RibeiroEste trabalho teve como objectivo conhecer a história do cante alentejano desde há cinquenta/sessenta anos a esta parte. Pretendeu-se saber como era o cante alentejano e como é ele hoje; qual a avaliação e a atitude dos jovens em relação ao cante alentejano; e saber a avaliação que tanto as pessoas mais velhas como os mais jovens fazem do futuro do cante alentejano. Ao estudar como era vivido o cante alentejano há alguns anos atrás e como é vivido hoje, tornou-se possível conhecer um pouco da história do povo alentejano, a forma como viviam e como vivem, como encaram as dificuldades e os momentos de alegria, as restantes tradições, os seus sentimentos e pensamentos, ou seja, permitiu conhecer os conteúdos identitários do ponto de vista social, quer das pessoas mais velhas, quer das pessoas mais novas. Para realizar este trabalho recorreu-se à colaboração de cinco participantes, que se dividiram em dois grupos, um composto por três participantes mais velhos e o outro por dois participantes mais jovens. Todos os participantes fizeram parte de grupos corais alentejanos. Para recolher de informação procedeu-se ao método da entrevista não estruturada, tentando que se tratasse de uma conversa o mais informal possível, semelhante à entrevista de história de vida. Os resultados das entrevistas revelam que existem diferenças no cante alentejano. Enquanto que antes as pessoas se juntavam para cantar, nos mais diversos contextos, hoje praticamente só se junta para cantar quem faz parte de um grupo coral alentejano. Houve também alteração ao longo do tempo em relação aos motivos que levam as pessoas a cantar. A atitude das pessoas mais velhas em relação ao cante alentejano não difere significativamente da atitude dos mais jovens, sobressaindo apenas alguns aspectos relacionados com a experiência de vida. Em relação ao futuro, a atitude de ambos os grupos revela ser unânime, sendo da opinião de que o futuro do cante alentejano aparenta estar em risco, principalmente devido ao comportamento de indiferença por parte dos mais jovens. Por último, no que se refere à identidade social, as pessoas mais velhas revelaram uma maior percepção de si enquanto membros de um grupo, em comparação com os mais jovens que revelaram uma percepção mais individual.
- O consumo de música: Efeitos da sub-cultura reggae e atitudes na intenção de realização de downloads de músicaPublication . Neves, Bárbara Inês Loureiro das; Amaral, Virgílio RibeiroA questão da intenção da compra de música tem sido por diversas vezes colocada e comentada, mas não enquadrando os estilos de vida de uma sub-cultura como possível causa da escolha e consequente compra de música. Assim, pretende-se neste estudo, tomar como base a Teoria do Comportamento Planeado de Ajzen (1991), articulando-o com o Modelo Cultural de Lazer (1963), e relacionar os estilos de vida da subcultura musical Reggae com a intenção de consumo de música. O objectivo é compreender se os valores daquela sub-cultura, as práticas ligadas à música, bem como as variáveis previstas no Modelo de Ajzen, predizem a intenção de realização de downloads de música em sites legais. Verificou-se que nem as componentes culturais nem as variáveis do Modelo de Ajzen predizem a intenção de realização de downloads de música.
- CriatividadesPublication . Loureiro, Diana de Paiva Silvano Calado; Amaral, Virgílio RibeiroO presente estudo tem como objectivo investigar as representações sociais de criatividade em dois grupos de duas áreas de conhecimento distintas (Grupo de Ciências Exactas e Grupo de Artes) incidindo nas concepções dos participantes acerca de criatividade, e de como através da sua experiencia diferente, definem criatividade, descrevem a pessoa criativa, associam a criatividade ou não a determinadas áreas, como percepcionam e explicam a origem da criatividade e quais as personalidades de referência que apontam como exemplares de pessoa criativa. Para o efeito procedeu-se a um estudo qualitativo em que se realizaram entrevistas semi-directivas, aos 20 participantes, 10 do Grupo de Ciências Exactas e 10 do Grupo de Artes. Os dados foram tratados através da metodologia denominada por análise de conteúdo categorial. Os principais resultados revelam que existe uma tendência para a associação da criatividade à área de artes, que a origem da criatividade é maioritariamente concebida como algo inato, embora passível de desenvolvimento, tendo sido verificadas diferenças, consoante a área de proveniência dos participantes (Ciências Exactas e Artes), em algumas das concepções de criatividade apresentadas, sobretudo ao nível da definição de criatividade, e da descrição da pessoa criativa, revelando que embora existam representações comuns de criatividade e de pessoa criativa, verificam-se variações consoante a área de proveniência dos participantes, devido á especificidade inerente a cada domínio, e consequentes atributos e características mais valorizados nesse domínio. Os resultados são discutidos através dos conteúdos das respostas às diferentes consignes da entrevista.
- Fado como expressão musical e não ―fatumPublication . Sousa , Ângelo Miguel Ramos de; Amaral, Virgílio RibeiroNo presente trabalho, aborda-se uma expressão musical tipicamente portuguesa, e procura-se articular as subculturas de duas gerações de fadistas amadores - um grupo de fadistas amadores que designamos por ―grupo dos adultos‖ e um grupo de fadistas amadores que designamos por ―grupo dos jovens adultos‖ – com as identidades destes sujeitos sociais. A questão da identidade é abordada do ponto de vista filosófico (com base na noção de Ipseidade ou Identidade Pessoal) e em termos do entendimento daquela noção no âmbito da Psicologia Social. São abordadas as noções de cultura, cultura musical e da expressão musical fado. Formularam-se uma serie de questões de investigação, a saber a atitude dos sujeitos em relação ao fado, perspectivas sobre a identidade e o fado, concepções de praticas inerentes a subcultura do fado, ícones musicais, sentimentos, concepções da influência social do fado, atitudes e estereótipos associados ao fado e, finalmente, a importância da musica na vida dos participantes. Em termos metodológicos foi adoptado o método de histórias de vida, seguindo o protocolo proposto por Flick (2004), tendo-se procedido à análise de conteúdo do corpus. Os resultados mostram, de entre outras, algumas diferenças entre os dois grupos sobretudo: ao nível da identidade, sendo a dimensão social mais pronunciada no grupo dos fadistas mais velhos, diferenças ao nível dos ícones, diferentes experiências vividas do fado, recusa de estereótipo por parte do grupo dos fadistas mais antigos e construção de uma representação protótipica nos mais jovens, a existência de uma representação de uma matriz comum do fado em ambos os grupos, mas divergências no que respeita à projecção do fado no futuro. Os resultados são discutidos não só em termos dos conteúdos ligados às diferentes consignes das entrevistas mas também em termos da concepção de identidade (na sua narratividade, actualidade, na sua dimensão prospectiva) que operacionalizámos através do protocolo de entrevista.
- Imagem de marca musical : Max e alusão ao fadoPublication . Oliveira, Marthina Maria De Gouveia Dos Santos; Amaral, Virgílio RibeiroO fado desde o seu passado até ao presente tem continuado a florescer não só em Lisboa, como também em outras regiões do nosso País, bem como no estrangeiro, onde os nossos fadistas deixaram a sua imagem de marca, como é o caso do artista em estudo nesta tese – Maximiano de Sousa, mais conhecido por Max (abreviatura artística), sendo um reflexo do valor simbólico que deixou para a história dos habitantes da sua terra de origem – Ilha da Madeira e para o resto do mundo. Max expandiu e difundiu pelo mundo a cultura Madeirense e projectou o nome da Ilha da Madeira no mercado turístico, pelos seus valores culturais e tradicionais. O empenho artístico de Max, mereceu a sua carreira artística realizada em Lisboa e no estrangeiro, tanto como cantor, como actor, nos teatros de revista e mesmo, após o seu falecimento, data de 1980, continua a ser homenageado não apenas pelos colegas artistas, como também, pelos habitantes da Ilha da Madeira, pelo artista que foi e pelo seu contributo dado ao turismo da sua terra de origem. Max é o nome da marca que se tornou num símbolo – representativa da Ilha da Madeira - informa sobre a cultura e a personalidade da marca, espelha a marca que representa (a “alma” da população Madeirense).
- A música, as relações intergrupais e a escolaPublication . Ferreira, Arminda Marques de Castro; Amaral, Virgílio RibeiroGrande parte das vivências dos adolescentes desenvolve-se, não só em ambiente escolar, mas também fora deste, acompanhados muitas vezes, dos seus pares de estudo, sendo a música um importante canal de comunicação que lhes permite manifestar as suas emoções, os seus sentimentos e partilhar com os outros ideais e maneiras de estar. O objectivo deste estudo foi perceber se os diferentes géneros musicais ouvidos pelos adolescentes influenciam a formação de auto e hetero estereótipos e o seu comportamento na escola. Numa primeira fase do estudo – a parte qualitativa/exploratória - procurou-se perceber, através de pequenas entrevistas, quais as preferências musicais de um grupo de jovens estudantes, da região de Lisboa, entre os 15 e os 18 anos. O guião da entrevista foi elaborado a partir de perguntas abertas, devendo os jovens identificar espontaneamente dez géneros musicais; em seguida era-lhes solicitado para que os colocassem por ordem de preferência. Na mesma entrevista pedia-se ainda aos adolescentes que identificassem e caracterizassem “grupos” de jovens que existem nas suas escolas. A interpretação destas respostas, permitiu-nos chegar a uma listagem de estilos musicais percepcionados por adolescentes, e perceber que os mesmos reconhecem a existência de grupos de jovens nas escolas aos quais associam características psicológicas internas e externas. Na segunda fase do estudo – quantitativa - foi utilizado um questionário constituído por duas partes: - Em que a primeira consistiu numa Escala de Atributos onde os jovens deviam auto caracterizar-se em função das suas preferências musicais e caracterizar outros grupos de adolescentes. - A segunda parte consistiu numa Escala de Atitudes em relação à Escola, onde lhes era solicitada a avaliação das atitudes do seu grupo e de outros grupos. Pretendeu-se analisar a forma como os jovens categorizam os atributos de diferentes categorias sócio cognitivas relacionadas com gostos musicais e perceber se existe uma relação entre os factores identificados e as atitudes face à escola. A amostra foi constituída por 10 adolescentes para o estudo exploratório e de 120 no estudo quantitativo, que frequentavam entre o 10º e o 12º ano de escolaridade. Os Estilos Musicais alvo deste estudo foram o “Rock” o “Hip Hop”, o “Reggae” e o “Pop” porque no estudo exploratório foram estes os estilos seleccionados como os «mais preferidos». Os dados foram tratados estatisticamente através da Análise Factorial, método de análise das componentes principais. Os resultados do presente estudo não permitiram confirmar, as hipóteses inicialmente formuladas de que os adolescentes favorecem em termos de atributos e atitudes o grupo de amigos com os quais partilham os mesmas preferências musicais e desfavorecem os grupos de adolescentes que não apreciam os mesmos estilos musicais. Estudos recentes sobre o mesmo tema, têm utilizado em vez de um estilo individual, um género musical composto por um conjunto de estilos que representa uma tendência com algumas características comuns mas, que ao mesmo tempo, permite um maior grau de liberdade de escolha e identificação do adolescente. De referir que os adolescentes deste grupo etário, ainda se encontram em processo dinâmico de crescimento e de descoberta do seu eu, dos seus gostos, e receptivos a novas e diferentes experiências, cabendo, naturalmente nestas últimas as experimentações musicais.
- Representações sociais e relações intergrupaisPublication . Marcelino, Pedro Alexandre Feliciano de Almeida; Amaral, Virgílio RibeiroDesde o seu surgimento, o estudo das Representações Sociais tem sido explorado por diversas áreas, aplicado aos mais diversificados contextos sociais. Este trabalho enquadra-se no estudo das representações sociais. O objectivo deste artigo consiste em estabelecer uma compreensão da relação entre os conceitos Representações Sociais e Relações Intergrupais, através de um levantamento de literatura e das teorias apresentadas. O artigo começa com uma breve introdução ao tema em análise, incluindo um enquadramento da história do estudo dos conceitos. O leitor ficará a conhecer os processos sociocognitivos das representações. Seguidamente são apresentadas diferentes teorias das relações intergrupais. Finalmente é explorada a dinâmica das múltiplas relações estabelecidas pelos indivíduos e respectivas interacções com o mundo social representado. A literatura sugere uma interacção dinâmica entre a realidade social representada e as relações que estabelecemos. A representação social do grupo de pertença de um indivíduo ou indivíduos com os quais estabelecemos uma interacção, condiciona o tipo de interacção que estabelecemos, tendo enquanto referência os grupos de pertença. No entanto, a própria natureza da interacção estabelecida com os vários elementos de um determinado grupo social contribui para a uma representação social mais abrangente. Assim, deparamo-nos com uma dinâmica em que o primeiro condiciona o segundo e este por sua vez modela o primeiro. O artigo termina com algumas considerações e sugestões para estudos futuros.