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- As atitudes dos pais e dos professores face à Inclusão da educação para a morte e luto no currículo escolarPublication . Costa, Raquel Veríssimo Rodrigues Vieira; Coelho, AlexandraIntrodução: As experiências de morte e do luto são ambos fenómenos universais, no entanto, continuam a ser evitados pela sociedade, em particular no que diz respeito às crianças. A educação para a morte e Luto (EML) pretende apoiar as crianças e adolescentes e as suas famílias a lidarem de forma mais adaptativa e saudável com o processo de perda e da morte. Porém, são escassos os estudos que analisam as atitudes dos pais e professores face à inclusão desta temática no contexto escolar. Objetivo: Analisar as atitudes dos professores e dos pais face à inclusão da EML no currículo escolar, e verificar a sua relação com as variáveis sociodemográficas, atitudes perante a morte e o bem-estar espiritual. Método: Os dados foram recolhidos através de um questionário online formulado no Qualtrics, sendo a amostra composta por 147 participantes, 112 pais que tenham filhos a frequentar o ensino obrigatório em Portugal e 35 professores a lecionar nesse mesmo nivel de ensino. Foram aplicadas escalas de avaliação das atitudes sobre a Educação para a Morte para pais e professores, Escala de Avaliação do Perfil de Atitudes Acerca da Morte e Questionário do Bem-estar Espiritual. Resultados: Os resultados revelam atitudes neutras face à inclusão da EML no currículo escolar em Portugal. O bem-estar espiritual correlacionou-se positivamente com a necessidade de inclusão da educação para a morte, no entanto, o medo da morte e o evitamento não estavam corelacionadas. As atitudes para a educação para a morte explicam 13% da variância para a necessidade de formação da educação para a morte para pais e professores, enquanto, para a inclusão da educação para a morte nos diferentes anos escolares explica 16%, em que o bemestar espiritual e a neutralidade são os preditores. Conclusão: A presente investigação contribui para o conhecimento dos fatores que influenciam as atitudes dos pais e dos professores face a inclusão da EML no currículo escolar português, com importantes implicações para a prática clínica e políticas educativas.
- Ser ou não ser transfóbico, eis a questão: estereótipos de género e atitudes transfóbicas.Publication . Azevedo, Joana Filipa Morais e Cunha Correia de; Leal, Isabel PereiraObjetivo: O presente estudo apresenta como principal objetivo perceber a atitude da população portuguesa face a pessoas Transgénero, compreender a relação entre Estereótipos de Género e o Generismo e Transfobia, tendo em conta diversas variáveis ociodemográficas (idade, sexo, orientação sexual, habilitações e identificação religiosa). Método: Para compreender tal relação, os participantes, adultos portugueses (N=802), foram inquiridos, com uma escala de Estereótipos de Género e uma escala de Generismo e Transfobia sobre a sua atitude face a pessoas Transgénero e sobre os Estereótipos de Género que reconheciam ter face à caracterização de traços femininos” e traços “masculinos”. Resultados: A atitude observada apresentou baixos níveis de Transfobia e observou-se uma perceção elevada de Estereótipos de Género. Para além disso, verificou-se uma correlação positiva entre Estereótipos de Género e Generismo e Transfobia, indicando que a existência de mais Estereótipos de Género está associada a uma atitude mais Transfóbica. Observou-se que homens, pessoas heterossexuais, pessoas de maior idade, com menos habilitações académicas e pessoas com afiliações religiosas tendem a apresentar uma atitude mais negativa face à comunidade transgénero. Conclusão: Este estudo permitiu observar a relação existente entre Estereótipos de Género e Generismo e Transfobia, foi também observado que a atitude da presente amostra é pouco transfóbica face ao expectável e foi possível observar que o sexo, a idade, a orientação sexual, as habilitações académicas e a identificação religiosa impactam a existência de uma atitude transfóbica.
- A influência do conhecimento nas atitudes da população geral Portuguesa face aos cuidados paliativosPublication . Fernandes, Maria Luísa Aires Barros; Coelho, Alexandra MouraIntrodução: A falta de conscientização e de conhecimento acerca dos Cuidados Paliativos contribui para a criação e perpetuação de mitos e crenças incorretas, influenciando negativamente a acessibilidade adequada e atempada a estes serviços de saúde, bem como as atitudes redutivas face a estes serviços. Objetivo: Compreender a influência dos conhecimentos e mitos nas atitudes da população geral portuguesa e verificar a sua relação com o bem-estar espiritual e as variáveis sociodemográficas. Método: A amostra deste estudo é constituída por 165 participantes adultos de nacionalidade portuguesa. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico, Escala de Conhecimentos e Mitos sobre Cuidados Paliativos, Percepções sobre Cuidados Paliativos do Inquérito do Estudo sobre o Estigma dos Cuidados Paliativos e Questionário de Bem-Estar Espiritual. Resultados: Verificou-se uma correlação estatisticamente significativa positiva moderada entre os conhecimentos e as atitudes favoráveis da população geral portuguesa, e uma correlação estatisticamente significativa negativa moderada com as atitudes redutivas acerca dos cuidados paliativos. Não existe uma correlação estatisticamente significativa entre o bem-estar espiritual e as atitudes favoráveis e as atitudes redutivas. Em relação às variáveis sociodemográficas, foi encontrada uma correlação estatisticamente significativa positiva moderada entre a idade e as atitudes favoráveis, e uma correlação significativa negativa com as atitudes redutivas. As mulheres apresentam atitudes mais favoráveis em relação aos Cuidados Paliativos comparativamente com os homens. A regressão linear múltipla indicou que somente o conhecimento explica 34% da variância das atitudes redutivas e que o conhecimento, a idade, a localidade, o género e o grau de instrução explicam 27% da variância das atitudes favoráveis. Conclusão: O presente estudo apresenta um contributo muito relevante no que diz respeito ao conhecimento e às atitudes da população geral portuguesa face aos Cuidados Paliativos, fornecendo importantes informações e resultados para a prática clínica e políticas de educação e saúde.
- Vinculação e amizade como fatores de proteção da violência no namoro entre adolescentesPublication . Quinteiro, Catarina Isabel Monteiro Dinis; Santos, António José dosA Teoria da Vinculação postula que os seres humanos possuem uma predisposição inata para a formação de vínculos afetivos essenciais para o desenvolvimento. A qualidade desse vínculo contribui para a criação de um padrão de vinculação que, posteriormente, servirá de modelo para as suas futuras relações, como o namoro. Um padrão de vinculação seguro reflete-se numa representação mental positiva de si mesmo e do mundo em redor. A amizade surge, mais tarde, como uma nova forma de base segura, uma vez que traduz ligações recíprocas voluntárias baseadas na confiança, lealdade e proximidade. Deste modo, o objetivo primordial deste projeto de dissertação assenta na verificação dos padrões de vinculação e da qualidade da amizade enquanto fatores de proteção do envolvimento dos adolescentes em relações de namoro onde predominam comportamentos violentos. A amostra é composta por 60 estudantes com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos. Os instrumentos utilizados foram um questionário sociodemográfico, Kerns Security Scale (KSS), Friendship Quality Questionnaire (FQQ), Triangulated Version of the European Bullying Intervention Project Questionnaire e o Conflict in Adolescent Dating Relationship Inventory (CADRI - S). Os resultados revelam que a relação entre segurança e vitimização em relações de namoro foi moderada pelo próprio comportamento abusivo do adolescente, de forma que aqueles que são menos seguros e mais abusivos apresentaram maior risco de sofrer violência.
