Psicologia Clínica
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Browsing Psicologia Clínica by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais"
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- Abordagens psicoterapêuticas no tratamento das dependênciasPublication . Vicente, Alda Mariana GonçalvesO presente relatório tem como objectivo principal a reflexão crítica da actividade profissional desenvolvida na área da dependência de substâncias psicoactivas numa Equipa de Tratamento do Instituto da Droga e da Toxicodependência. Pretende-se, fundamentalmente, promover uma análise reflexiva acerca da temática da dependência e das diferentes abordagens psicoterapêuticas descritas na literatura bem como a avaliação e adequação das mesmas na intervenção com o sujeito dependente. Num primeiro momento, apresenta-se uma revisão dos quadros teóricos no âmbito da problemática em estudo. No sentido da contextualização do trabalho desenvolvido, é realizada uma caracterização da instituição, considerando-se a globalidade e interacção das valências que aí operam e em particular da consulta de psicologia e dos utentes que a integram. A fase final é dedicada à discussão das intervenções psicoterapêuticas com base nos quadros teóricos e técnicas subjacentes. A metodologia utilizada consiste na recolha e análise bibliográfica em conjunto com os dados provenientes da prática clínica com esta população. Conclui-se que as propostas de intervenção psicoterapêuticas, em contexto institucional, são tanto mais adequadas quanto maior é a fundamentação e o rigor dos critérios clínicos considerados na selecção das mesmas e a presença de um princípio de transdisciplinaridade que confere um aspecto dinâmico e integrativo na clínica das dependências.
- Alterações climáticas: ambiente familiar, coaching e coping dos cuidadores enquanto preditores do coping da criançaPublication . Beja, Rita Magalhães de OliveiraAs alterações climáticas são consideradas um stressor ambiental, sendo as crianças um grupo particularmente vulnerável aos impactos psicológicos desta ameaça. Assim, é essencial estudar o seu processo de coping face a este stressor e, particularmente, os fatores que o influenciam. A presente dissertação procurou compreender o papel da modelagem (coping dos cuidadores), coaching (sugestões de coping dadas pelos cuidadores às crianças) e ambiente familiar (coesão, expressividade e conflito) neste processo, testando a aplicabilidade do Modelo de Socialização do Coping (Kliewer et al., 1994) ao caso das alterações climáticas. Por meio de questionários, incluindo dois adaptados e validados psicometricamente neste projeto, foram identificadas as estratégias de coping mais comummente reportadas numa amostra de díades cuidador-criança (n = 99). Verificou-se que as crianças apresentavam distress médio face a esta ameaça, preferindo as estratégias de wishful thinking, apoio social, regulação emocional e resolução do problema. Os cuidadores mostraram preocupação elevada face às alterações climáticas, recorrendo sobretudo ao wishful thinking e à resolução do problema. A nível da influência dos cuidadores no coping da criança, o modelo hipotetizado verificou-se ajustado à predição das estratégias de autocrítica, heteroculpabilização e wishful thinking. Foram construídos modelos reduzidos para as restantes estratégias, surgindo pelo menos uma dimensão da modelagem, coaching ou ambiente familiar enquanto preditores significativos para todas, excetuando a resignação. Os resultados foram discutidos face a estudos prévios sobre a socialização do coping e de coping com as alterações climáticas, salientando a importância de programas de treino parental e de educação, formal e informal, sobre este tema.
- Amigos com benefícios : “Os homens dão amor em troca de sexo e as mulheres dão sexo em troca de amor”Publication . Baptista, Sara Maria Gonçalves; Gonzalez, António José César de AlmeidaO seguinte estudo tem como objectivo constatar se existem diferenças entre o sexo feminino e masculino na forma como encaram e se comportam numa relação de amigos com benefícios. O termo amigos com benefícios trata-se de um script sexual não-relacional e refere-se a uma relação não-romântica entre dois amigos que mantêm relações sexuais durante um certo período de tempo. Nele estão presentes três questões centrais: as duas partes envolvidas não se encontram numa relação de compromisso romântico uma com a outra, existe uma relação de amizade entre as duas partes e é uma relação que se prolonga no tempo. Trinta sujeitos, quinze homens e quinze mulheres com idades compreendidas entre os vinte e cinco e os trinta e cinco anos, foram sujeitos a uma entrevista face a face composta por dezoito questões referentes a opiniões e comportamentos relativamente à relação amigos com benefícios. Verificaram-se diferenças entre os géneros no que toca à predisposição para terem mais do que uma relação de amigos com benefícios em simultâneo, ao número de homens e mulheres que tiverem mais do que uma relação de amigos com benefícios que tiveram simultaneamente e na capacidade de manter a distância emocional aquando a relação.
- Ansiedade e suporte social em grávidas imigrantesPublication . Gonçalves, Sofia Antunes Sabino; Pedro, António Francisco MendesO principal objectivo deste estudo consiste em avaliar os níveis de ansiedade estado-traço e os níveis de satisfação com o suporte social em grávidas imigrantes e grávidas portuguesas, com base nas suas características sócio-demográficas. Conta com uma amostra de 60 grávidas (30 imigrantes e 30 portuguesas), com idades compreendidas entre os 18 e os 36 anos, utentes de centros de saúde da região de Lisboa. À referida amostra foram administrados os seguintes instrumentos: questionário sócio-demográfico; Inventário de Ansiedade Estado-Traço de Spielberger, traduzido por Silva & Santos (1997); e a Escala de Satisfação com o Suporte Social de Pais Ribeiro (1999), no sentido de caracterizar a amostra e avaliar, respectivamente, a ansiedade-estado, a ansiedade-traço e os níveis de satisfação com o suporte social, nomeadamente, a satisfação com os amigos, a satisfação com a família, a intimidade e as actividades sociais. Os resultados sugerem a presença de níveis elevados de ansiedade estado-traço nas grávidas imigrantes, e níveis inferiores de satisfação com o suporte social, pelo que a gravidez vivida em contexto de imigração, parece constituir um dos factores de risco desencadeantes de possíveis desajustamentos e perturbações emocionais.
- A ansiedade infantil : vulnerabilidades da criança e influência dos paisPublication . Dias, Filomena Valadão; Leal, Isabel Pereira; Maroco, JoãoObjetivo: Investigar a ansiedade infantil considerando a influência das seguintes variáveis: cognições das crianças e atribuições dos pais, relativas a estímulos ambíguos; medos e ansiedade dos pais. Disponibilizar instrumentos de medida da ansiedade das crianças e dos medos dos adultos, oriundos de populações comunitárias. Método: Procedeu-se à análise e avaliação das qualidades psicométricas das escalas: SCARED-R (n = 1238, idade 10-13); FSS III (n = 1980, idade 18-80). Foi realizada a análise confirmatória das duas escalas. Estas foram sujeitas a adaptações para a população do estudo e foi proposto um fator de 2ª ordem para cada instrumento. Foram realizadas 274 entrevistas, com 719 participantes (274/crianças/274mães/171pais) e preenchidos três instrumentos (SCARED-R; FSS III; STAI). Foram anotadas as respostas verbalizadas pelos participantes às questões colocadas, relativas ao instrumento Nine Ambiguous Stories. Realizou-se uma análise de conteúdo às respostas e procedeu-se à sua categorização. A fiabilidade da análise de conteúdo foi avaliada pelo nível de concordância entre os três avaliadores. As análises dos dados quantitativos foram realizadas com recurso a testes do Qui-Quadrado e t-Student; Correlação de Pearson; e, Modelos de Equações Estruturais. As análises estatísticas foram desenvolvidas com o IBM SPSS Statistics; IBM AMOS e MPlus. Resultados: A análise fatorial confirmatória confirmou a validade e fiabilidade das medidas obtidas da SCARED-R e da FSS-III na amostra do estudo. A codificação das respostas verbais das crianças apresentou 6633 unidades de registo, sendo 2570 positivas, 4063 negativas e 32 neutras. A exploração dos conteúdos originou 76 subcategorias. As positivas (25) englobaram conteúdos de interesse, confiança e segurança da criança perante as situações e conteúdos de emoção expressa. As negativas (32) juntaram conteúdos de emoção expressa, conteúdos de dificuldade, inibição, incapacidade, de danos físicos e materiais. Os pensamentos positivos das crianças e os medos das mães são preditivos da menor ansiedade das crianças. Os pensamentos negativos das crianças, os medos dos pais (homens) e ansiedade das mães são variáveis preditivas de maior ansiedade nas crianças. Os pensamentos positivos das crianças e as atribuições positivas das mães apresentaram uma relação positiva significativa. Conclusões: Esta investigação validou dois instrumentos de medida (da ansiedade e dos medos) a aplicar na promoção da saúde. Foi sugerida a reinterpretação e reavaliação dos conceitos de medos e ansiedade em populações normativas. O recurso à investigação destas populações e à perspetiva da criança permitiu concluir: os pensamentos positivos e negativos são características cognitivas do desenvolvimento normal das crianças com 10-11 anos; e, a expressão da emoção nos pensamentos deve ser considerada na investigação e intervenção. As características e perceções da criança sobre o seu funcionamento sugeriram crenças protetoras e crenças preditivas de níveis perturbados da ansiedade. A ansiedade e os medos dos pais devem ser analisados separadamente pois apresentam influências distintas na explicação da ansiedade das crianças. A correlação positiva das atribuições maternas e os pensamentos positivos das crianças, aliado à contribuição dos medos das mães para a redução da ansiedade da criança, sugeriu a existência de um mecanismo protetor materno ao desenvolvimento de níveis patológicos da ansiedade infantil.
- Comportamentos sexuais dos idosos : Estudo preliminar de uma escala de comportamentos sexuaisPublication . Ribeiro, Inês Margarida Salas; Leal, Isabel PereiraEste estudo tem como objetivos: explorar o comportamento sexual de homens e mulheres portugueses com idade igual ou superior a sessenta anos, em função do género, idade, estado civil, residência e habilitações literárias. Recorreu-se a uma amostra de conveniência de 215 sujeitos, sendo 104 do género feminino e 98 sujeitos masculinos. O material utilizado consistiu num questionário sócio-demográfico, e uma escala sobre comportamentos sexuais construída e validada para o estudo. Os resultados obtidos indicaram que existem diferenças estatisticamente significativas no que se refere ao comportamento sexual consoante o género e a existência de uma relação afetiva. Os homens e as mulheres que têm parceiros fixos apresentam mais comportamentos sexuais. No que se refere ao tipo de residência, existem diferenças significativas entre os sujeitos que vivem com companheiro/família e os que vivem sozinhos ou num lar, sendo estes últimos os que apresentam um nível mais baixo de comportamentos sexuais. Os nossos resultados mostram que existe uma clara relação negativa entre a idade e o comportamento sexual, isto é, quando a idade aumenta, os comportamentos sexuais diminuem.
- Da sobrevivência física à sobrevivência mental : aspectos do funcionamento psíquico em ex-combatentes da guerra colonial portuguesaPublication . Ferrajão, Paulo; Marques, Maria Emília; Oliveira, Rui Aragão GomesEnquadramento: A traumatização de guerra associada à perpetração e/ou testemunho de violência e os processos associados à recuperação da Perturbação de Stresse Pós-Traumático (PSPT) em ex-combatentes, são dois temas que têm merecido pouca atenção por parte da investigação científica. O impacto das consequências psicossociais da experiência de guerra na identidade dos indivíduos e a relação dessas variáveis com os processos internos e nas relações com os outros são dois temas considerados relevantes nestes processos, embora ainda pouco estudados. Objectivos: A presente Dissertação teve como propósito produzir alguma evidência acerca dos tópicos referidos. Com estes estudos pretendemos explorar a experiência do processo de traumatização de guerra, os factores que influenciam as mudanças na identidade dos ex-combatentes, e as estratégias mentais utilizadas no coping das consequências da traumatização. Outro objectivo foi a investigação preliminar de potenciais relações entre variáveis como a função reflexiva, a reparação moral, percepção de suporte social, e o dano moral nos níveis de PSPT e Depressão. Método: Para atingir os objectivos deste estudo, delineamos três investigações independentes. No Estudo 1, a amostra era constituída por 120 ex-combatentes da Guerra Colonial Portuguesa (GCP) que recebiam tratamento clínico. Foi efectuado um estudo correlacional onde analisámos o efeito da exposição ao combate, o testemunho e a prática de violência abusiva, e do senso de coerência no desenvolvimento da PSPT e Depressão. Foram efectuadas análises de regressão logística binomial independentes e análises de regressão. No Estudo 2, a amostra era constituída por 60 ex-combatentes da GCP: um grupo com PSPT crónica (n=30) e um grupo com remissão da PSPT (n=30). A exploração das experiências traumáticas e dos factores atribuídos à restauração da resiliência foram recolhidas através duma metodologia qualitativa, com recurso a entrevistas semi-estruturadas realizadas individualmente a cada participante. No Estudo 3, a amostra era idêntica à do estudo anterior, tendo sido efectuado um estudo correlacional com delineamento de métodos mistos. A análise do conteúdo das entrevistas para ambos os estudos foi realizada com base no método de codificação categorial não indutivo de Bardin. Os níveis da PSPT e Depressão foram avaliados, respectivamente, através do Impact of Event Scale - Revised e do Brief Symptom Inventory. Resultados: Os resultados do Estudo 1 revelaram que a participação e o testemunho de violência abusiva, e níveis mais reduzidos de senso de coerência associavam-se a probabilidades mais elevadas de exceder o ponto de corte para o diagnóstico de Depressão. Todas as variáveis associavam-se a probabilidades mais elevadas de exceder o ponto de corte para diagnóstico da PSPT. O senso de coerência era uma variável mediadora do efeito da exposição ao combate e do testemunho de violência abusiva nos níveis de PSPT e Depressão. No Estudo 2, foram identificados seis temas atribuídos à recuperação ou manutenção da perturbação: stressores de guerra, acontecimentos de vida stressores, estratégias mentais e de coping, auto-integração de experiências morais incongruentes nos esquemas pessoais, auto-compreensão dos estados mentais, e suporte social percebido. Estes temas suportaram um modelo compreensivo do processo de recuperação da traumatização de guerra, com base na reconciliação das experiências moralmente discrepantes nos esquemas do Self, e desenvolvimento de maior compreensão dos estados mentais do Self. No Estudo 3, a compreensão dos estados mentais e a integração de experiências de dano moral nos ix esquemas pessoais eram variáveis preditoras dos níveis da PSPT e Depressão, enquanto o nível de exposição ao combate era preditor do nível da PSPT. Conclusões: A traumatização de guerra parece constituir um processo de confronto cumulativo com acontecimentos disruptivos e stressores não traumáticos na guerra, e com as consequências biopsicossociais da experiência no pós-guerra. A reconciliação das representações associadas à traumatização no sistema de representações globais do Self e a função reflexiva surgiram como duas variáveis chave no processo de restauração da resiliência, apresentando um efeito transformador na restauração da coerência do Self dos indivíduos. A restauração de capacidades de resiliência associa-se à posse, ou restauração, de recursos intrapsíquicos e a mobilização de recursos ambientais. A associação verificada entre a função reflexiva e a reconciliação das representações associadas à traumatização no sistema de representações globais do Self com os níveis de PSPT e Depressão sugerem que a reorganização da estrutura psíquica e dos padrões interpessoais formam uma complexa matriz intrapsíquica subjacente às mudanças dos sintomas.
- O desengajamento moral e os comportamentos de risco para a saúde em reclusos do sexo masculinoPublication . Cunha, Pedro Henrique Neto; Pereira, Miguel BastoO Desengajamento Moral é caracterizado por um conjunto de mecanismos que dissociam os valores morais dos seus comportamentos, sendo particularmente relevante para a compreensão de comportamentos de risco em populações forenses. Desta forma, este estudo investigou o impacto do Desengajamento Moral nos Comportamentos de Risco para a Saúde e respetivas diferenças entre a população comunitária e a população forense do sexo masculino em situação de reclusão. Foram colocadas três hipóteses: 1) A população forense tem maior probabilidade de desenvolver comportamentos de risco para a saúde do que a população comunitária; 2) A população forense apresenta maiores níveis de desengajamento moral do que a população comunitária; 3) O desengajamento moral na população forense apresenta uma associação positiva com a presença de comportamentos de risco para a saúde. Esta investigação apresenta uma amostra de 440 participantes, dos quais 210 pertencem a uma amostra forense com uma idade média de 37.26 anos, que preencheram medidas de autorrelato relativas ao Desengajamento Moral e aos Comportamentos de Risco para a Saúde. Os nossos resultados sugerem que a população forense apresenta um maior número de Comportamentos de Risco para a Saúde e níveis superiores de Desengajamento Moral quando comparado com a população geral. O Desengajamento Moral revelou-se um preditor significativo dos Comportamentos de Risco para a Saúde na população forense tal como evidencia a literatura que associa estes dois conceitos. Foram discutidas limitações e sugestões futuras. Em linha com estudos anteriores, os nossos resultados salientam a relevância da utilização dos mecanismos de desengajamento moral para a compreensão e intervenção nos comportamentos de risco para a saúde em contexto prisional. São discutidas as limitações e sugestões para estudos futuros.
- Identidade e toxicodependênciaPublication . Jerónimo, Patrícia Catarina Machado; Matos, António Coimbra deEste estudo visa compreender a dinâmica que existe entre o processo de construção da identidade e a toxicodependência. Através da realização de um estudo de caso a uma adolescente adicta em tratamento, aplicando a Entrevista Clínica semi-estruturada, a Prova projectiva Rorschach, pretende-se por via de uma abordagem psicodinâmica, compreender a dialéctica entre estas variáveis. Os resultados obtidos, apontam fundamentalmente para uma fragilidade identitária, em que os objectos de amor primário, e possíveis modelos de identificação se encontravam física e/ou emocionalmente indisponíveis ou não desejáveis, pelo que a aquisição de um sentimento de identidade, sólida, coesa e diferenciada, ficou seriamente comprometida.
- Imortalidade simbólica e ansiedade perante a morte nas patologias do agirPublication . Cruz, Itana Costa de Oliveira; Aragão, RuiO conceito de imortalidade simbólica foi teorizado pelo psiquiatra norte-americano Robert Jay Lifton e é baseado numa necessidade humana de ordem psicobiológica em simbolizar a morte e a continuidade da vida. Esta teoria parte do pressuposto de que o medo da morte é universal, mas que, no seu íntimo, todos os indivíduos conhecem a inevitabilidade da morte, tendo, por isso, de encontrar meios para ultrapassar o medo, sem a negar. Essa é a função dos diversos modos de imortalidade simbólica. Lifton salienta que a vida está comprometida se a morte não for transcendida. O objectivo de investigação é estudar a relação entre imortalidade simbólica e ansiedade perante a morte em sujeitos com patologias do agir. Decidimos proceder a uma caracterização sobre como variam os diversos modos de imortalidade simbólica e a ansiedade perante a morte nestas patologias. Foram aplicadas duas escalas para medir as variáveis anteriormente referidas: Revised death anxiety scale (DAS-R) e a Symbolic immortality scale (SIS), ambas aferidas para a população portuguesa. Os resultados mostram que, de facto, existe uma relação estatisticamente significativa entre o sentimento de imortalidade simbólica e a ansiedade perante a morte. Embora, nas patologias do agir, se verifique que estas variáveis não surgem como função inversa uma da outra, sendo os indivíduos que apresentam valores elevados ao nível da imortalidade simbólica os que apresentam valores mais elevados de ansiedade perante a morte.