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- A relação das visões do mundo e orientações para o bem-estar nas atitudes acerca da mortePublication . Soares, Maria Alexandra Cabrita; Gouveia, Maria João Pinheiro MoraisCom o impacto da Covid-19, o tema da morte tornou-se mais presente nos nossos dias. Poucos estudos têm demonstrado a influência de determinadas variáveis na forma como o indivíduo perceciona a morte, para além das comumente utilizadas variáveis sociodemográficas. O objectivo deste estudo é verificar a relação entre as visões do mundo, as orientações para o bem estar e as atitudes acerca da morte. Foi realizado um estudo com 153 participantes, com os seguintes instrumentos: a Escala de Visões do Mundo (EVM), versão traduzida para o presente estudo, a Escala de Avaliação do Perfil de Atitudes acerca da Morte (EAPAM), adaptação portuguesa por De Jesus Loureiro (2010) e The Hedonic Eudaimonic and Extrinsic Motives for Activities (HEEMA), adaptação portuguesa por Ramos & Costa (2018). Verificou-se relação significativa da visão do mundo pessimista nas atitudes de medo e evitamento da morte, e a morte enquanto escape; entre a visão tradicional e a aceitação como aproximação. Apenas se verificou relação entre a visão do mundo otimista e as orientações hedónica e eudaimónica. Confirmou-se uma relação significativa entre o sexo feminino e as atitudes de medo, evitamento e aceitação neutral. O diagnóstico de doença tem relação significativa com o medo da morte e face a perda de pessoa significativa, verifica-se a aceitação neutral. A religião católica está relacionada com medo e evitamento da morte e para quem não tem religião, a atitude é de aproximação. O evitamento do tema da morte em contexto familiar tem relação significativa com o medo, evitamento e aceitação neutral.
- O impacto da orientação sexual na prática terapêutica: uma análise qualitativa da formação e das relações terapêuticas com clientes LGBPublication . Maranhão, Rita Miguel Caetano; Costa, Pedro Alexandre Nunes daEste estudo procurou compreender se psicólogos/as portugueses/as LGB sentem a necessidade de formação específica na área LGB(TQIA+) e como a sua orientação sexual impacta a intervenção terapêutica. A recolha de dados foi feita por amostragem não probabilística intencional, por conveniência e por propagação geométrica. Foram selecionados/as cerca de onze psicólogos/as clínicos/as LGB cisgéneros (nove homens gay, uma mulher lésbica, uma bissexual e uma pansexual). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas online, sendo que as mesmas foram gravadas com o consentimento dos/as participantes. O método de análise selecionado foi o a análise temática, codebook, optando-se por uma abordagem de bottom-up com o objetivo de explorar a experiência de psicólogos/as clínicos/as LGB relativamente à sua formação na área LGB(TQIA+), assim como o impacto que a sua orientação sexual pode ter na relação terapêutica com clientes também LGB. Os/as participantes destacaram a importância da formação contínua e da atualização de conhecimentos. A prática afirmativa foi destacada como uma abordagem relevante, proporcionando um espaço seguro e promovendo empatia. A autorrevelação da orientação sexual foi discutida, especialmente em casos de clientes LGB. Alguns/mas profissionais reconheceram a existência de contratransferência, destacando a importância da reflexão profissional. Os resultados revelaram que, embora os/as participantes em geral reconheçam a importância da formação na área LGB(TQIA+) para atender clientes LGB, grande maioria concordou que fazer parte da comunidade proporciona uma compreensão mais profunda dos desafios, riscos e maior empatia, demonstrando assim a perspetiva que trazem para o atendimento. No entanto, concluiu-se que a intervenção mais eficaz requer um equilíbrio adequado entre a formação formal e as características pessoais dos/as psicólogos/as, como a identificação com a comunidade e a sensibilidade multicultural. Limitações incluíram a exclusão de outras identidades LGBTQIA+ e a necessidade de futuras pesquisas sobre contratransferência de psicólogos/as LGBTQIA+ com clientes LGBTQIA+.
- Perspetiva de inclusão/exclusão das famílias de alunos com medidas adicionais de suporte à aprendizagem e à inclusãoPublication . Raposo, Ana Raquel Henriques; Gaitas, Sérgio Miguel ProtásioAtualmente, a conceção de educação inclusiva reflete a necessidade de responder à diversidade de necessidades dos alunos, promovendo uma maior participação na aprendizagem e na vida da comunidade escolar. No decorrer do processo de inclusão, especialmente em situações que envolvem crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE), as medidas adotadas para integrar os jovens podem não ser as mais apropriadas. Neste sentido, conhecer a perspetiva das famílias destes jovens revela-se crucial para implementar um ambiente educativo mais inclusivo. As famílias, na maioria das vezes, são as pessoas que melhor conhecem os seus jovens, podendo contribuir para o desenvolvimento de um ambiente onde todos os jovens vêm as suas necessidades respeitadas. Assim, no âmbito deste estudo, foi desenvolvido um guião de entrevista com o objetivo de entrevistar cinco famílias de jovens que beneficiam de medidas adicionais de apoio à aprendizagem e à inclusão. Através destas, pretendeu-se compreender a perspetiva de inclusão/exclusão de famílias cujos filhos recebem apoio adicional para a aprendizagem e inclusão. Estas entrevistas visaram, também, conhecer de que forma estas medidas têm sido implementadas nas escolas, segundo a perspetiva das famílias selecionadas. Tendo em consideração as cinco entrevistas realizadas, foi possível verificar que, atualmente, ainda existem momentos e situações que põem em causa o direito de inclusão dos jovens. Através dos relatos das famílias, ficámos a conhecer as diferentes barreiras que dificultam o processo de inclusão dos jovens. Nesse sentido, a presente investigação permite dar voz às famílias e compreender a perspetiva destes familiares sobre os conceitos de inclusão/exclusão.
- "Não é sobre nós, é sobre o outro": Um estudo Exploratório sobre a Formação de Psicólogos/as em Portugal e as suas Experiências Psicoterapêuticas com Clientes LGBPublication . Machado, Nicole Andrade Moniz de Medeiros; Costa, Pedro Alexandre Nunes daEste estudo teve como objetivo explorar se a formação LGB tinha influência na implementação de práticas afirmativas por parte de psicólogos/as portugueses/as heterossexuais e cisgénero na intervenção com clientes que se identificam como Lésbicas, Gays e Bissexuais (LGB). Foi recolhida uma amostra de nove participantes com idades compreendidas entre 27 e 47 anos. Destes participantes, oito identificavam-se como mulheres e um como homem. Foram realizadas entrevistas online através da plataforma Teams, e foram analisadas através de método de análise temática. Foram identificados cinco temas e nove subtemas. Os resultados revelaram que participantes que tinham formação LGB apresentavam abordagens de intervenção afirmativas e mantinham atitudes mais positivas em relação às pessoas LGB. Para além disso, foram identificadas características pessoais, relativas ao background pessoal dos/as psicólogos/as que atuam como facilitadoras do engajamento em práticas afirmativas, nas suas posturas e comportamentos positivos em relação às pessoas LGB e na criação de estratégias para garantir a qualidade afirmativa das intervenções. Sendo assim, este estudo contribui para o conhecimento da influência que a formação/conhecimento LGB desempenha na facilitação e promoção de intervenções adequadas e eficazes para o acompanhamento de clientes LGB.
- As atitudes dos professores face à inclusão de crianças com necessidades educativas especiais no 1º ciclo do ensino regularPublication . Teixeira, Raquel Filipa Pinto; Morgado, JoséO presente estudo tem como objetivo conhecer as atitudes dos professores face à inclusão de crianças com necessidades educativas especiais no primeiro ciclo do ensino regular. Foram consideradas algumas variáveis de análise como o género, as habilitações académicas, a experiência profissional e a formação específica em NEE. O estudo conta com a participação de 75 professores do primeiro ciclo do ensino regular que responderam ao questionário Atitudes dos Professores do 1ºCiclo Face à Inclusão de Alunos com NEE no Ensino Regular, elaborado especificamente para este estudo. O questionário é composto por 24 itens, agrupados em 8 dimensões: 1) Itens gerais; (2) benefícios/prejuízos para o próprio aluno com NEE; (3) benefícios/prejuízos para os pares sem NEE; (4) benefícios/prejuízos sociais/emocionais para o próprio aluno com NEE; (5) benefícios/prejuízos sociais/emocionais para os pares sem NEE; (6) benefícios/prejuízos a nível comportamental para o próprio aluno com NEE; (7) benefícios/prejuízos a nível comportamental para os pares sem NEE; (8) itens de gestão do professor. A aplicação do questionário demonstrou boas qualidades psicométricas, especificamente ao nível da consistência interna ( = 0,95) e a média das respostas dos professores foi (M=3.55), ou seja, é possível afirmar que os professores do primeiro ciclo suportam atitudes positivas relativamente à inclusão de crianças com NEE no ensino regular. Contudo, na análise das hipóteses formuladas, os resultados obtidos indicam que o género, as habilitações académicas, a experiência profissional e a formação específica em necessidades educativas especiais não aparentam ter influência sobre as atitudes dos professores em relação à inclusão de alunos com NEE no ensino regular.
- Integração curricular das steam na disciplina de estudo do meioPublication . Serra, Ana Alexandra Soares; Silva, José CastroA rápida evolução tecnológica, a globalização e as mudanças socioeconómicas estão a transformar o mundo, exigindo novas competências dos cidadãos. Neste contexto surge a sigla STEAM, um novo conceito que poderá incentivar os jovens a adquirir competências essenciais para enfrentar as futuras demandas. Este estudo investiga a integração das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM) na disciplina de Estudo do Meio, no contexto educacional português. Esta investigação contou com a participação de 10 professores de 3º ao 4º ano de escolaridade, de 10 colégios privados da zona da Grande Lisboa, com idades compreendida entre os 26 e os 51 anos. Estes participantes foram entrevistados, sendo que a entrevista continha 8 perguntas com o objetivo de recolher informação sobre o conhecimento que tinham sobre o conceito STEAM, que atividades STEAM colocavam em práticas na disciplina de Estudo do Meio, a perceção que tinham de eficácia na aplicação destas atividades e quais os principais desafios e limitações sentidas na aplicação de atividades STEAM. As respostas variaram, destacando a aplicação seletiva das áreas STEAM, a falta de tempo como o principal desafio mencionado, um considerável desconhecimento sobre o termo STEAM e curiosamente uma boa perceção de eficácia referente á maioria dos participantes. É crucial notar que dado o pequeno grupo de participantes os resultados obtidos na presente dissertação são específicos para este grupo limitado.
- Perceção dos Alunos do 3º Ciclo e Ensino Secundário sobre a Experiência do Ensino Online Versus o Ensino Presencial durante o COVID-19Publication . Carvalho, Maria Madalena de Freitas Dias Milheiro de; Gaitas, Sérgio Miguel ProtásioA pandemia associada ao COVID 19 condicionou alterações nas práticas educativas em todo o mundo. A transição do ensino presencial para o ensino online. concretizou-se de forma súbita e desafiadora para os alunos e toda a comunidade educativa. Com a finalidade de estudar a perceção dos alunos de 3º ciclo e ensino secundário sobre a experiência online versus ensino presencial durante o confinamento foi realizado um estudo retrospetivo com 207 alunos do 3º ciclo e ensino secundário em lisboa, com aplicação de questionário online na presença do investigador. As variáveis aplicadas foram a adaptação do questionário “Classroom versus Online Study Questionnaire (COSQ)” para a língua portuguesa, a construção e validação de um instrumento bem-estar. Comparou-se a perceção que os alunos têm sobre os dois tipos de experiências de ensino no que diz respeito às componentes da aprendizagem (concentração, autoconfiança e interesse e competências); à frequência das práticas de diferenciação pedagógica e aos níveis de bem-estar percebido pelos alunos (socioeconómico, cognitivo e material) e a correlação entre as várias variáveis. Os resultados obtidos revelam que, neste grupo de alunos, o ensino presencial é preferido pelos alunos, em comparativo com o online, no que diz respeito aos componentes da aprendizagem. Todas as outras variáveis não demonstraram diferenças entre o ensino online e o presencial.
- Autocontrolo e psicopatia numa amostra de mulheres condenadasPublication . Silva, Emma de Thouars da; Rodrigues, Andreia Luísa Gonçalves Teixeira CastroApesar do aumento do estudo em torno de mulheres e do cometimento de crimes pelas mesmas, esta linha de investigação continua, no geral, a ser parca. Igualmente, o autocontrolo e a psicopatia têm vindo a ser amplamente estudadas em populações recluídas, apesar de haver uma presença mais notória de estudos que abordam o sexo masculino do que o feminino. Assim, o presente estudo visa averiguar os níveis de psicopatia e autocontrolo, bem como relacioná-los com outros dados determinantes, nomeadamente o historial de consumo de substâncias e o cometimento ou não de crimes violentos, numa amostra feminina recluída em Portugal. Para tal, contámos com uma amostra de 94 mulheres recluídas nos estabelecimentos prisionais de Odemira, Tires e Santa Cruz do Bispo, que responderam a um questionário sociodemográfico, bem como à “Escala de Desejabilidade Social de 20 Itens”, à “Escala Breve de Autocontrolo” e ao Levenson Self-Report Psychopathy Scale – VP. Verificámos, para além de níveis médios de autocontrolo, que participantes com consumos apresentavam níveis mais baixos neste construto. Encontrámos também diferenças significativas de autocontrolo entre mulheres que cometeram o crime de homicídio e que não o cometeram, tendo, as que cometeram este crime, apresentado níveis mais altos neste construto. No que toca à psicopatia, para além de pontuações acima da média, encontrámos diferenças significativas no Fator 2 da escala entre mulheres que reportaram o cometimento de homicídio vs o não cometimento do mesmo. Ainda, encontrámos uma associação negativa e significativa entre o autocontrolo e a psicopatia. Finalmente, a psicopatia constituiu-se um preditor do autocontrolo.
- A influência de fatores pessoais e contextuais no risco de abandono escolar de alunos no ensino secundárioPublication . Magalhães, David Alexandre Pereira; Silva, José Maria de CastroA presente dissertação de mestrado teve como objetivo analisar os fatores pessoais e contextuais de alunos em risco de abandono escolar de modo a prevenir esta ocorrência, contribuir para a contextualização dos casos e da criação de processos de intervenção adequados. Este estudo contou com a participação de 7 alunos do ensino secundário, que frequentavam duas escolas públicas da Área Metropolitana de Lisboa, identificados pela escola como alunos em risco de abandono escolar com base nas suas retenções, absentismo e problemas comportamentais. Para o efeitos dos objetivos indicados foi adotada uma abordagem qualitativa. Foi realizada uma entrevista semiestruturada a cada aluno com o objetivo de compreender e analisar os contextos dos mesmos. Com base nestas entrevistas foram identificadas 14 variáveis (8 variáveis pessoais e 6 variáveis contextuais) no qual se basearam os resultados. Foram realizados testes de qui-quadrado com o intuito de analisar as associações entre as variáveis. Foi também realizada uma análise descritiva de cada uma das variáveis com base nas transcrições das entrevistas. Os resultados dos testes de qui-quadrado para a associação de variáveis independentes demonstraram uma associação significativa entre a variável “Escolha do curso” e a variável “Interesses do aluno”, isto é, o facto de o aluno não se encontrar a frequentar o curso pretendido tinha uma associação com os alunos que adotavam estilos de vida mais ativos. Na análise descritiva, foi possível verificar que variáveis como a importância atribuída pelos pais à escola, a escolha do curso, a perceção da escola por parte do aluno, a motivação do aluno para a escola e em especial a relação com os professores têm impacto no risco de abandono escolar do aluno. Por fim, relativamente à predominância de fatores pessoais ou contextuais não foi possível identificar uma predominância clara, devido ao caráter pessoal do contexto de cada aluno.
- Bem-Estar Mental e Teatro Playback: Um estudo com atrizes e atores em formaçãoPublication . Cordeiro, Ana Rute Zeferino; Gonzalez, António José César de AlmeidaO Bem-Estar Mental tem sido cada vez mais uma preocupação de todos. A venda de medicamentos para os transtornos mentais tem vindo a aumentar, principalmente desde a pandemia COVID-19, mas esta opção tem custos elevados. Assim, uma alternativa aos tratamentos convencionais são as Artes Expressivas que se aproximam das Terapias Artísticas Criativas. O Teatro Playback (TP) é um tipo de teatro de improviso em que os atores/atrizes representam as histórias narradas pela plateia, levando assim, a uma nova maneira de encarar a sua vida. É um formato que pode ser aplicado em diferentes faixas etárias, mostrando resultados positivos em diversos estudos já efetuados. Este trabalho teve como principal objetivo demonstrar o impacto que frequentar formação em Teatro Playback tem no Bem-Estar Mental dos participantes. Foi aplicada a versão portuguesa da Escala de Bem-Estar Mental de Warwick-Edinburgh aos participantes de três grupos – ILGA-Portugal, Clube Safo e Ultimacto pré e pós-formação. Os resultados demonstram que o impacto da formação teve efeitos estatísticos significativos na população estudada.