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- Primum Non Nocere: eventos indesejáveis em psicoterapia - perspectiva do clientePublication . Carneiro, Zuleyde Sofia Luguenda; Sousa, Daniel Cunha Monteiro deObjectivo: Cerca de 5% a 10% das pessoas que recorrem aos serviços de psicologia/ psicoterapia, se encontram pior no final do processo psicoterapêutico. A psicoterapia apesar de comprovadamente eficaz ainda apresenta lacunas neste sentido. Como tal, mais estudos são necessários acerca dos motivos que estão na base desta realidade. Assim sendo, este estudo teve como objectivo perceber do ponto de vista do cliente, que características do terapeuta podem estar associadas a eventos indesejáveis em psicoterapia. Método: Foi construído um questionário constituído por seis perguntas de questionamento aberto como forma de apreender com maior rigor a realidade dos eventos indesejáveis. Este questionário foi, por sua vez, foi disponibilizado em plataformas online sendo que o estudo contou com a participação de 45 participantes. De seguida, os dados foram analisados com recurso à análise de dados qualitativa grounded theory Resultados: Verificou-se que características do terapeuta estão associadas aos eventos indesejáveis, sendo que estas relacionam-se por um lado com factores relacionais e por outro lado com competências profissionais. Ademais, os eventos indesejáveis tiveram impacto a nível da percepção dos clientes da psicoterapia e como forma de lidar com os mesmos, os participantes utilizaram estratégias de afastamento como o dropout. Conclusões: Mais estudos são necessários na investigação dos eventos indesejáveis em psicoterapia sendo o terapeuta uma variável importante neste fenómeno.
- Implicações da qualidae da vinculação para a saúde, bem-estar e qualidade do sono em pré-adolescentesPublication . Cunha, Vanusa de Oliveira Souza da; Santos, António José
- Relações entre a vinculação à Mãe e ao Pai, a aceitação social e o autoconceito de crianças no ensino primárioPublication . Ross, Jaqueline Melo Dall; Santos, António JoséPara que uma criança tenha uma perspectiva positiva de si e de suas competências, é necessário um ambiente (pais e pares) satisfatório que contribua de forma diferencial, mas complementar para o seu desenvolvimento. O objetivo do presente estudo tem como principal interesse verificar se a vinculação parental e a aceitação social estão relacionados com o autoconceito positivo em crianças na terceira infância. A amostra contou com 110 crianças (55F e 46M) com idades entre 9 e 10 anos. Para avaliação das variáveis foram utilizados a escala KSS (Kerns, 1996) para a vinculação, o Teste de Sociometria-RS (Noel & Strayer, 1989) para a aceitação social e SPPC (Harter, 1989) para o autoconceito. Os resultados mostraram que a vinculação ao pai e a mãe estão positivamente relacionadas ao autoconceito da criança, contrariamente, a aceitação social (pares) esta somente relacionada significativamente as crianças que desenvolveram uma percepção positiva da sua própria aceitação dos pares. É possível concluir que tanto a vinculação a ambos os pais como a aceitação dos pares influenciam de forma directa o autoconceito das crianças.
- Autoestima, autoconceito e estatuto social entre pares em alunos indisciplinados do 2º ciclo de escolaridadePublication . Câmara, Maria do Carmo Câmara Vasconcelos Infante da; Peixoto, FranciscoO presente estudo pretende analisar a autoestima, o autoconceito e o estatuto social entre pares em alunos indisciplinados. Neste estudo participaram 114 alunos do 2º ciclo de duas escolas publicas, dos quais 65 frequentavam o 5º ano de escolaridade e 49 o 6º ano, sendo a média de idades de 11.3 anos. Os instrumentos utilizados para a recolha de dados foram o Questionário de Indisciplina construído a partir do estudo de Amado e Freire (2009), a Escala de Autoconceito e Autoestima para Crianças Pré-Adolescentes de Peixoto e colaboradores (2007) e a Tarefa Sociométrica, construída a partir do estudo de Coie, Dodge e Coppotelli (1982). Os resultados obtidos evidenciaram a existência de diferenças significativas nos níveis de autoestima e de autoconceito académico relativamente aos dois grupos de alunos diferenciados quanto à indisciplina. Quanto ao autoconceito não académico, não foram encontradas diferenças significativas entre os alunos mais indisciplinados e os alunos menos indisciplinados. No que respeita ao estatuto social entre pares (populares e rejeitados), foi possível verificar a existência de diferenças significativas nos dois grupos de indisciplina. Por último, verificamos ainda que o estatuto social entre pares introduz diferenças nos níveis de autoconceito académico, autoconceito não académico e na autoestima.
- Working like you meant it: Contribuição para a tradução e validação de uma escala de meaningful workPublication . Leite, Pedro Humberto Fernandes Monteiro; Ribeiro, Rui BártoloO presente trabalho tem como objetivo traduzir e validar uma escala que avalia a significância atribuída ao trabalho pelos colaboradores. Com base numa revisão de literatura, foi possível identificar o significado como uma das variáveis essenciais da vida humana, influenciando inúmeras vertentes, possuindo varias fontes, sendo uma delas o contexto de trabalho. A literatura sugere que o trabalho com significância, ou meaningful work, contribuí para o crescimento pessoal e funcionamento ótimo do trabalhador, para além de potenciar o organizational commitment e o job engagement, dos trabalhadores, emergindo assim a necessidade de instrumentos validados para o contexto organizacional Português. Desta forma, foi escolhida uma escala para o estudo do meaningful work: a Work and Meaning Inventory (WAMI), tendo sido desenvolvida por Steger, Dik e Duffy (2012). Recorreu-se a uma amostra de 101 participantes, inseridos no contexto hospitalar, para a validação desta escala, sendo necessário avaliar as suas qualidades psicométricas – sensibilidade, fiabilidade e validade (Kline, 1986). Apesar de apresentar uma boa fiabilidade, não foi possível assegurar a validade e a sensibilidade da versão traduzida da escala.
- Análise da narrativa de dois adolescentes angolanos acusados de feitiçariaPublication . Laurinda Miguel Sissimo, Laurinda Miguel; Marques, Maria EmíliaPretende-se, com este estudo, aprofundar o conhecimento sobre a vivência e expressão identitária de crianças acusadas de feitiçaria, como cada uma assume essa acusação e dela se apropria na sua história. Este fenómeno é antigo e recente ao mesmo tempo e merece um olhar mais atento e profundo. A feitiçaria não constitui uma crença isolada, mas um elemento integrante dum sistema muito vasto e largamente partilhado de interpretação e de ação sobre a origem dos infortúnios e de outros acontecimentos. Procuramos entender a (re)construção da identidade do nosso objeto de estudo, como sendo uma constante transformação, tendo em conta não apenas o psíquico, mas também o ambiente histórico-cultural e sociopolítico, no qual o sujeito se constrói. Na tentativa de aceder ao mundo interno dos participantes, no âmbito da sua experiência como criança acusada de feitiçaria, recorre-se ao Método da Narrativa da Associação Livre (FANI – Free association Narrative Intervew), desenvolvido por Hollway e Jefferson (2000). Foi realizada a entrevista a dois participantes angolanos da etnia Bakongo na Província de Nbanza Kongo: Mãemequer Ntoyo de treze anos e Ares de vinte anos. A seguir fez-se uma análise aprofundada das narrativas recolhidas, orientada de acordo com o método usado. Deste modo, para cada um dos participantes foram destacados os seguintes temas: Identidade relacionada com a pertença e filiação; a relação com o feminino e o masculino e a passagem da representação da realidade material à realidade psíquica. De modo geral, encontrou-se em ambos uma dinâmica interna que traduz a lógica do acusador – acusado e que ultrapassa o princípio da realidade externa (atual), dirigindo-nos ao campo da subjetividade que revela as marcas de uma cultura feiticista entranhada.
- A relação entre a vinculação e o sono em crianças dos 7 aos 12 anosPublication . Santos, Sara Inês Pinto dos; Santos, António JoséEste estudo teve como objectivo estudar a relação entre a vinculação e o sono em crianças com idades compreendidas entre os 7 e os 12 anos, reunindo dados que nos permitam perceber se a vinculação segura se correlaciona positivamente com a qualidade do sono. A amostra foi constituída por 321 crianças que frequentavam o 5º e o 6º ano em duas escolas do Distrito de Lisboa, dos quais 167 são do sexo feminino e 154 do sexo masculino. Os dados foram recolhidos por questionário de autopreenchimento, tendo sido utilizadas duas escalas: Sleep Self Report (SSR na versão original de Owens et al., 2000, validado por Loureiro et al., 2013): sobre os hábitos de sono e a escala Kerns Security Scale – Revised: Desenvolvida por Kerns et al. (2015) para medir a qualidade da vinculação. Os resultados não revelaram diferenças significativas para a qualidade do sono em função do sexo. Os resultados evidenciam associações positivas e significativas entre as dimensões da Qualidade da Vinculação ao Pai e Mãe. Por fim concluiu-se que também existe correlações positivas e significativas entre as dimensões da Qualidade da Vinculação ao Pai e Mãe e a Qualidade do Sono.
- "Entre o Ser Cá e Lá e ser Lar: A experiência vivida de dois estudantes angolanos como migrantes em PortugalPublication . Pereira, Afonso Carlos Dinis Rocha; Marques, Maria EmíliaNos dias do presente, assiste-se cada vez mais, a um maior número de migrações humanas, surgindo uma necessidade de (re)pensar os modelos de actuação em contexto clínico com a população migrante. Para tal, torna-se necessário compreender integralmente “Quem são os migrantes?” e todos os fenómenos e implicações que a migração carrega consigo. É ainda necessário aprofundar o conceito de cultura e de identidade, pois ser migrante, implica logo à partida um desenraizamento do mundo originário (conhecido), e uma tentativa de reajuste num mundo não-originário (desconhecido). Condição essa, que promove o desenvolver de um conflito ligado à dificuldade de integração conciliada de ambos os Mundos (do Cá e do Lá). Este conflito demarca um momento de enormes transformações (psíquicas e físicas) ao nível da integridade identitária do sujeito migrante e das suas relações no plano objetal e cultural – em que a sua resolução dependerá da eficácia dos mecanismos de reajuste do Lá para Cá. Assim, para compreender o sujeito psicológico migrante, torna-se vital o conceito de subjectividade – pelo que é utilizado o Método das Narrativas de Associação Livre (FANI – Free Association Narrative Interview) (Hollway & Jefferson, 2000; 2008) para que seja possível uma leitura e uma análise compreensiva da subjectividade do sujeito psicológico migrante (entre o Cá e o Lá) - através de uma óptica (etno)psicanalítica. O tipo de estudo escolhido é o Estudo de caso (pois preserva as características holísticas e importantes dos eventos da vida real de um sujeito, sendo extremamente útil quanto à compreensão dos fenómenos individuais), e enquadra-se num método qualitativo (FANI). Os participantes foram dois migrantes Angolanos que migraram para Portugal há dois anos, um jovem de 22 anos, Zé Cravo, e uma jovem de 22 anos, Sulmuri.