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- Tardavas e eu entardecia: As vivências subjectivas das mulheres na ausência dos maridos no contexto da Guerra ColonialPublication . Catita, Sara Isabel Fernandes; Carreiras, Maria Antónia Trigueiros de CastroNesta dissertação procurou-se investigar e compreender as vivências subjectivas de três mulheres na ausência dos maridos no contexto da Guerra Colonial Portuguesa. Para tal, realizou-se uma revisão da literatura e procedeu-se à recolha empírica de três testemunhos, através de entrevistas. Dada a especificidade das vivências narradas, com particularidades que nos remetem para o processo de elaboração do luto, os dados recolhidos foram analisados e posteriormente articulados com os contributos teóricos do modelo psicodinâmico acerca do luto, desenvolvidos por Freud. No período de ausência ocorrem perdas em diversas dimensões da vida das entrevistadas. Embora decorram processos análogos ao processo de luto durante esse período, o luto não é completamente elaborado. Há uma retirada da líbido do objecto ausente e um investimento noutras dimensões da vida, porém, não há um desinvestimento total do objecto. Este desinvestimento parcial é um processo lento e gradual, embora necessário para a sobrevivências destas mulheres, que vai acontecendo durante todo o período de ausência, sendo marcado por diversos avanços e recuos. O processo de elaboração do luto é consequência não só da ausência física prolongada do objecto como também da incerteza acerca da condição do cônjuge (se está vivo ou morto) e da incerteza da manutenção do amor do mesmo. A troca de correspondência é o mecanismo utilizado por todas as entrevistadas no investimento da relação e no reforço do vínculo com o objecto.
- "Recordar é (re)viver" Um estudo exploratório de memórias autobiográficas e narrativas de histórias de vidaPublication . Simão, Alexandra Maria Riachos; Cláudio, VictorAs narrativas autobiográficas são relatos pessoais de acontecimentos experienciados pelo sujeito, que nos fornecem informação acerca da sua própria identidade (Gaspar, 2013). O estudo das narrativas autobiográficas é relativamente recente em Portugal, existindo poucos estudos nesse sentido, quando relacionadas com as memórias autobiográficas. O objetivo desta investigação foi estudar como as memórias autobiográficas e as narrativas de histórias de vida se relacionam numa amostra de população portuguesa. O presente estudo é constituído por 51 participantes, com idades compreendidas entre os 20 e os 51 anos, 31 do género feminino e 20 do género masculino, aos quais foi aplicado um protocolo constituído por Tarefa da Narrativa, Escala de Centralidade de Evento e Inventário de Depressão de Beck (BDI). Observou-se que não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos das variáveis em estudo, nomeadamente a valência emocional e categorias da narrativa e as variáveis sociodemográficas da amostra.
- Scripts culturais de vida e eventos de história de vida numa amostra de emigrantesPublication . Nelson, Maria del Rosario Suarez; Cláudio, VictorNão existe literatura sobre scripts de vida culturais e eventos de história de vida numa amostra de emigrantes. Neste sentido, foram objetivos do presente estudo caracterizar os scripts de vida numa amostra de emigrantes em Portugal, e verificar se se mantêm as relações entre scripts de vida culturais com a satisfação com a vida, vinculação, depressão e ansiedade encontradas em outos estudos. Foi recolhida uma amostra de 106 emigrantes em Portugal, com idades entre 18 e 57 anos. Foram aplicados os seguintes questionários: Questionário sociodemográfico, Questionário dos Eventos dos Scripts de Vida, Beck Depression Inventory, Questionário de esquemas de Young, Escala de Vinculação do Adulto, State-Trait Anxiety Inventory e Satisfaction with Life Scale. Os scripts de vida mais frequentes na presente amostra foram Educação/Escola, Casamento/Namoro, Crescimento/Desenvolvimento pessoal, Trabalho e Papéis cívico-religiosos, sendo todos de valência emocional positiva. Os scripts de vida de valência emocional negativa mais frequentes foram o Falecimento e Doença. Os scripts mostraram ser independentes do tempo de residência no país, havendo, no entanto, diferenças ao nível dos escalões etários e ser independentes do nível de depressão, dos níveis de ansiedade de estado e de traço e dos níveis de satisfação com a vida. Pode-se concluir que os emigrantes parecem, na sua globalidade não divergir ao nível dos scripts de vida comparativamente com populações não emigrantes, o que pode indicar que com a globalização que a sociedade atual experiencia é possível que as vivências se tornem mais comuns entre diferentes países.
- A experiência da prática de mindfulness à luz do método fenomenológico de Amedeo GiorgiPublication . Valido, Ana Rita Rocha Neves Marques; Rodrigues, Vitor AmorimO presente estudo tem como objetivo descrever, explorar e compreender a experiência subjetiva dos indivíduos que praticam meditação Mindfulness. A metodologia aplicada insere-se na aplicação do Método Fenomenológico Amedeo Giorgi, um método qualitativo e descritivo. Esta metodologia insere-se numa investigação qualitativa de natureza fenomenológica, com a finalidade de obter uma descrição final com os constituintes essenciais e invariáveis da experiência. A amostra é composta por quatro participantes, três do sexo feminino e um do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 35 e os 61 anos. Os resultados indicam que o significado da experiência da prática de Mindfulness encontra-se intimamente ligado ao bem-estar psicológico, onde os participantes buscam uma melhoria na sua qualidade de vida, para conseguirem encontrar um maior equilíbrio, maior tolerância e uma capacidade de menor julgamento perante as situações que vivenciam no seu quotidiano. O stress, a ansiedade, e todo o sofrimento psicológico que advém do seu modo de estar e viver a vida são apaziguadas pela prática regular de Mindfulness e, consequentemente, leva a conseguirem estar mais no momento presente.
- Recordar é reviver: Entrelaçando o passado, presente e futuroPublication . Mendes, Rita Filomena Sedas Nunes; Cláudio, VictorÉ certo o vastíssimo historial de estudos no campo das memórias autobiográficas, no entanto, poucos se empenharam em entrelaçar passado, presente e futuro. O que nos propusemos nesta investigação foi estudar as memórias autobiográficas e a forma como estas influenciam a construção do futuro. A amostra foi constituída por 82 participantes com ausência de patologia e idades compreendidas entre os 20 e os 60 anos. A metodologia prendeu-se principalmente com a aplicação de uma nova tarefa chamada Tarefa “Eu Sou e “Eu Serei” e através de escalas clínicas como a Escala de Avaliação Emocional (EAS), Aceitando o Passado/ Relembrando o Passado (ACPAST/REM), Inventário de Depressão de Beck (BDI), Inventário de Ansiedade Estado e Traço – Forma Y (STAI-Y) e o Questionário de Esquemas de Young (YSQ). As conclusões gerais deste estudo foram que quando os sujeitos têm memórias de valência emocional negativa sobre o seu passado e não as elaboram de forma coesa não se conseguem imaginar tão facilmente no futuro, pois não existe uma completa aceitação do passado. Nesta linha de pensamento a sintomatologia ansiosa, depressiva e os esquemas desadaptativos aumentam, estando mais presentes nestes sujeitos, bem como emoções de medo, culpa e tristeza. Já os sujeitos que se caracterizam com uma valência emocional positiva têm valores mais elevados de aceitação do seu passado e ausência de qualquer tipo de sintomatologia bem como menores valores em emoções como a raiva e a tristeza.
- O encontro: A vivência do clown numa perspetiva fenomenológcaPublication . Gomes, Ana Cláudia dos Remédios Ferrão; Gonzalez, António José César de AlmeidaO ser humano é uma criatura com capacidade de se transformar, através de um leque de possibilidades que surgem da coexistência com o outro, igualmente possuidor de diferentes formas de manifestação. O encontro tem, nesta existência comum, um lugar central. A procura de estabilidade e segurança é então constantemente posta em causa por questões existenciais, colocando-nos em movimento para uma transformação do eu, que está em constante construção através do contacto – ou do encontro – com o outro. Na perspetiva fenomenológica, o encontro não é um fenómeno de natureza intrapsíquica, mas relacional, que impulsiona o processo compreensivo da pessoa (Luczinski & Ancona-Lopez, 2010). O objetivo do presente trabalho consistiu em procurar compreender um destes lugares de experiência profundamente pessoais: a experiência do verdadeiro encontro vivido pelos palhaços do projeto “A Visita”, na relação com os residentes dos lares abrangidos por este projeto. O estudo baseia-se numa metodologia qualitativa fenomenológica e foram recolhidos relatos junto de cinco palhaços pertencentes ao projeto, posteriormente compreendidos com base numa reflexão radical, por meio da epoché e redução fenomenológica psicológica.