Browsing by Author "Pacheco, Alexandra"
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- Experiência de parto: Alguns factores e consequências associadasPublication . Figueiredo, Bárbara; Costa, Raquel João Magro; Pacheco, AlexandraNeste artigo os autores começam por fazer uma breve explanação da diversidade cultural na concepção do parto e das consequências que advêm desta diversidade, quer em termos dos métodos utilizados, quer em termos da experiência de parto proporcionada à mulher. Seguidamente, apresentam uma revisão teórica e empírica dos estudos que investigam a experiência de parto, tal como é geralmente descrita pela mulher, nomeadamente, os acontecimentos tidos como mais significativos durante o gravidez e parto. Finalmente, analisam alguns dos factores susceptíveis de influenciar a experiência de parto, o comportamento neonatal e o estabelecimento da relação mãe-bebé, dando particular atenção ao suporte emocional durante o parto, ao tipo de parto, à preparação e participação no parto e à dor associada ao parto. São ainda propostas algumas sugestões de intervenção, no âmbito da Psicologia da Saúde, no sentido de promover e beneficiar positivamente a experiência de parto da mulher.
- Memória de cuidados na infância, estilo de vinculação e qualidade da relação com pessoas significativas: Estudo com grávidas adolescentePublication . Rodrigues, Ana; Figueiredo, Bárbara; Pacheco, Alexandra; Costa, Raquel João Magro; Cabeleira, Cristina; Magarinho, RuteO presente estudo teve como principal objectivo estimar a influência das memórias de cuidados pelos pais durante a infância no estilo de vinculação e na qualidade das relações com pessoas significativas na gravidez. Contou com uma amostra de 48 adolescentes a quem se administrou, no terceiro trimestre de gestação, a versão portuguesa dos seguintes instrumentos: Inventory for Assessing Memories of Parental Rearing Behaviour (EMBU) (Perris, Jacobson, Lindstorm, von Knorring, & Perris, 1980), Attachment Style Interview (ASI) (Bifulco, Figueiredo, Guedeney, Gorman, Hayes, et al., 2004) e Self Evaluation and Social Support (SESS) (Brown, Bifulco, Veiel, & Andrews, 1990), no sentido de avaliar, respectivamente, as memórias de cuidados parentais, o estilo de vinculação e a qualidade do suporte e do relacionamento com a mãe e com o companheiro. Os resultados sugerem que a qualidade dos cuidados parentais durante a infância é um factor determinante para a qualidade da vinculação em grávidas adolescentes, sobretudo a rejeição e a ausência de suporte emocional por parte de ambos os pais mostram ser decisivos na emergência de estratégias inseguras de vinculação. A qualidade dos cuidados parentais durante a infância – o suporte emocional por parte da mãe e a rejeição por parte de ambos os pais – influencia também a qualidade do relacionamento com o companheiro e com própria mãe durante a gravidez. Surgem, ainda, indicações de que os cuidados parentais durante a infância determinam a qualidade do relacionamento do indivíduo com pessoas significativas na adolescência/ /adulticia, na medida em que contribuem para o elaborar de estratégias seguras ou inseguras da vinculação
- Parto: expectativas, experiências, dor e satisfaçãoPublication . Costa, Raquel João Magro; Figueiredo, Bárbara; Pacheco, Alexandra; Pais, A.O estudo que apresentamos neste artigo teve como principal objectivo dar conta da experiência de parto da mulher, atendendo em particular à confirmação de expectativas, à satisfação e à dor durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Para esse efeito, o Questionário de Experiência e Satisfação com o Parto (QEPS, Costa, Figueiredo, Pacheco, Marques, & Pais, submited) foi administrado nos primeiros 5 dias do puerpério a uma amostra de 115 mães primíparas, utentes da Consulta Externa de Obstetrícia da Maternidade Júlio Dinis (Porto). Os resultados mostram que, durante o trabalho de parto e parto a generalidade das mulheres: não vê confirmadas muitas das suas expectativas prévias; é excluída das decisões médicas, tem poucos conhecimentos e pouca preparação, vivencia um elevad número de emoções negativas, assim como níveis elevados de dor, está preocupada com o estado de saúde do bebé e considera útil o apoio do companheiro. O pós-parto é considerado como particularmente doloroso por muitas mulheres, no entanto, a dor sentida não parece interferir com a sua capacidade para cuidar do bebé ou para se relacionar com o companheiro. De uma forma geral, as mulheres mostram-se insatisfeitas com a intensidade de dor sentida tanto durante o trabalho de parto como durante o parto e o pós-parto, embora satisfeitas com a qualidade dos cuidados prestados pelos profissionais de saúde. ------ ABSTRACT ------ The main aim of the present study is to describe the childbirth experience in Portuguese women, particularly the expectations, satisfaction and pain during labor, delivery and the immediate postpartum. Between the 1st and the 5th day after childbirth, 115 primiparous mothers fulfilled the “Experience and Satisfaction with Delivery Questionnaire” (Questionário de Experiência e Satisfação com o Parto, QESP, QEPS, Costa, Figueiredo, Pacheco, Marques, & Pais, submited) at Júlio Dinis Maternity Hospital (Porto, Portugal). During labor and delivery most women feel that previous expectancies aren’t confirmed in some aspects, that are excluded from medical decisions, aren’t prepared and have insufficient information, usually don’t use respiration and relaxation methods and when they use it, don’t think that this methods are helpful, experience a high number of negative emotions, as well as high levels of pain, are very concern about baby’s health and consider the partner’s support very helpful when he is present. Postpartum is considered to be painful, although the pain doesn’t interfere on the capacity to take care of the baby or to relate with the partner. In general, during labor, delivery and postpartum, the majority of women seem to be unsatisfied with intensity of pain although very satisfied with the health professional’s care.
- Preferência e habituação pela face/voz da mãe vs. estranha em recém-nascidosPublication . Pacheco, Alexandra; Figueiredo, BárbaraO bebé humano, quando nasce, trás consigo uma diversidade de competências que lhe garantem uma pré-adaptação e a sua sobrevivência no meio extrauterino. Este estudo tem como objectivo avaliar a preferência e a habituação do recém-nascido pela face/voz da mãe vs. uma pessoa estranha, bem como a identificação de variáveis que possam influenciar estas competências. A amostra, constituída por 50 bebés (com 1 a 5 dias de vida), foi avaliada através do paradigma da “preferência e habituação pela face/voz da mãe vs estranha” - uma situação experimental que envolve a participação da mãe e de duas figuras estranhas ao bebé, com o objectivo de avaliar o tempo que o bebé olha para cada pessoa, em três fases diferentes: 1) preferência, 2) habituação e 3) pós-habituação. Os resultados mostram a preferência pela face/voz da mãe, em detrimento da pessoa estranha. Porém, observa-se que, da fase de preferência para a fase de pós-habituação, o tempo que o bebé olha para a mãe diminui e aumenta o tempo que olha para a figura estranha.Algumas características dos bebés (e.g., índice ponderal > 2.50) e das mães (e.g., coabitação, emprego) surgem relacionadas com resultados mais favoráveis (e.g., maior preferência pela face/voz da mãe na fase de preferência do que de pós-habituação e uma mais rápida resposta de habituação ao estímulo materno). Concluímos que, logo nos primeiros dias de vida, são observadas diferenças no comportamento dos recém-nascidos com a mãe e com uma estranha, o que pode condicionar o desenvolvimento do bebé e uma interacção adequada com a mãe. ------ ABSTRACT ------ When born, the human baby has a diversity of competences that guarantees a pre-adaptation and his survival in the extra-uterine environment. This study’s aim was to evaluate the preference and the habituation of the newborn baby for the face/voice of the mother vs. a strange person, as well as identifying variables that could influence these competences. The sample, constituted by 50 babies (with 1 to 5 days of life), was evaluated in terms of socio-demographic variables through the paradigm of the “preference and habituation by the face/voice of the mother vs. strange” that consists of an experimental situation that involves the participation of the mother and of two strange persons to the baby, with the objective of measuring the time that the baby looks at each person, in three different phases: 1) preference, 2) habituation and 3) post-habituation. Results show the preference for the face/voice of the mother in detriment of the strange person. Also, it is noticed that, from the phase of preference to the phase of post-habituation, the time that the baby looks at the mother becomes shorter while the time that the baby looks at the strange person increases. Some characteristics of the babies (e.g., ponderal rate > 2.50) and of the mothers (e.g., co-habitation employment) appear associated to more favorable results (e.g., higher mother’s voice/face preference on the preference than in the posthabituation phase’s and a faster habituation response to the maternal stimuli). We conclude that, in the first days of life, differences in the newborn baby behaviour with the mother and with a stranger are noted, which can interfere on the baby development and on his interaction with the mother.
- Utentes da consulta externa de grávidas adolescentes da Maternidade Júlio Dinis entre os anos de 2000 e 2003Publication . Figueiredo, Bárbara; Pacheco, Alexandra; Magarinho, RuteO presente estudo tem por principal objectivo caracterizar as condições relativas à gravidez na adolescência em Portugal. Ao analisar as mudanças que ocorrem ao longo da gestação, em áreas significativas da vida da adolescente, pretende também contribuir para o melhor conhecimento das dificuldades associadas a esta problemática. Uma amostra de 161 adolescentes, atendidas na Consulta Externa de Obstetrícia da Maternidade Júlio Dinis (MJD, Porto), no período entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2003, foi entrevistada, durante o terceiro trimestre de gestação, com base no Questionário da Consulta de Grávidas Adolescentes da MJD (Figueiredo, 2000), composto por 125 perguntas fechadas, destinadas à recolha de dados sociais e demográficos, respeitantes à adolescente, ao companheiro e à família de origem, bem como ao levantamento das circunstâncias médicas, psicológicas e sociais de risco em que a gravidez decorre. À semelhança do que tem sido reportado por diversos autores, em estudos realizados em Portugal, assim como noutros países, encontramos, na nossa consulta, uma elevada frequência de casos pertencentes às camadas mais desfavorecidas da população, não obstante a variabilidade social e demográfica da amostra, com predomínio de: baixos níveis de escolaridade, situações de precariedade económica, desemprego e profissões de reduzida qualificação. Os dados indicam ainda a presença muito frequente de experiências anteriores de vida adversas e de problemas na família de origem, quer da grávida, quer do seu companheiro. Outras circunstâncias desfavoráveis foram observadas, pois muitas vezes a gravidez não foi desejada, não foi planeada, o acompanhamento médico foi tardio e verifica- se consumo de tabaco. Os resultados sugerem também que uma importante dimensão do problema é a drástica mudança que acontece em diversas áreas de vida da adolescente, particularmente ao nível do seu estatuto ocupacional, estatuto matrimonial, agregado familiar e relacionamento com o companheiro, que frequentemente se deteriora no decurso da gravidez. Em conclusão, este estudo alerta para as dificuldades e situações de risco nas quais a gravidez na adolescência pode ocorrer e contribui para a necessária melhor compreensão da especificidade associada a esta problemática, imprescindível à resposta adequada às reais necessidades das mães. Mostra ainda que uma ajuda suplementar justifica-se em muitos casos, dadas as circunstâncias desfavoráveis em que a gravidez na adolescência se verifica, que o presente artigo retracta.