Browsing by Author "Matos, Paula Mena"
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- Adolescentes institucionalizados: O papel das figuras significativas na predição da assertividade, empatia e autocontroloPublication . Mota, Catarina Pinheiro; Matos, Paula MenaNuma perspectiva ecológica foram analisadas as percepções de 109 adolescentes institucionalizados (Midade=16,19; DP=1,37) relativas à qualidade das relações estabelecidas com adultos significativos na escola (professores e funcionários), bem como com funcionários da instituição. Este estudo teve como objectivo determinar o contributo das variáveis relacionais na predição de competências sociais tais como a assertividade, a empatia e o autocontrolo. Pretendeu-se ainda testar o papel mediador da qualidade da relação com os pares na predição das competências sociais. A análise mediante equações estruturais identificou um modelo capaz de predizer uma contribuição indirecta dos professores e funcionários da escola na assertividade e na empatia, enquanto a qualidade da relação com os pares apresentou um efeito directo nas mesmas variáveis. Não foi confirmado o papel mediador da qualidade da relação aos pares na associação entre a qualidade da relação com professores e os funcionários da escola e o desenvolvimento de competências sociais. No entanto, encontrou-se um efeito directo da qualidade da relação com os funcionários da instituição nas competências de autocontrolo. Adolescentes institucionalizados parecem ser sensíveis à qualidade da relação que estabelecem com adultos significativos para além da família, percebendo diferentes papéis nos adultos do contexto escolar e da instituição permitindo-lhes desenvolver diferentes competências sociais.
- Cancro da mama vivido na relação mãe-filhos e na parentalidadePublication . Tavares, Rita; Matos, Paula MenaResumo: O diagnóstico de Cancro da Mama (CM) desencadeia uma crise na doente e no seu sistema familiar, levando a mudanças no seu modo de funcionamento. O presente estudo tem como objetivos analisar as mudanças percebidas, a curto e a longo prazo, na relação mãe-filhos e na parentalidade na sequência do diagnóstico de CM materno, bem como analisar de que forma “ser mãe” influenciou o modo como as pacientes lidaram com o CM. Foram entrevistadas 17 mulheres sobreviventes de CM com filhos dependentes no momento do diagnóstico através de uma entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados segundo a Grounded Theory. Os resultados demonstraram que esta experiência desencadeia mudanças, temporárias e permanentes, nos padrões de funcionamento familiar. Perante as mudanças nos comportamentos dos filhos, as mães adotam novas estratégias para promover bem-estar nos descendentes. Após a família se conseguir descentrar da doença, as mulheres conseguem refletir sobre os contributos da vivência do CM na relação mãe-filhos. Clinicamente, estes resultados permitem conhecer as necessidades destas mães e apoiar a elaboração de programas de intervenção psicológica, capazes de responder a essas necessidades, salientando a importância de uma intervenção sistémica e que potencie a expressão emocional.
- Interface trabalho-família, vinculação romântica e parentalidadePublication . Pereira, Ana Virgínia; Vieira, Joana Marina; Matos, Paula MenaResumo: Este estudo pretende (a) compreender as associações entre conciliação trabalho-família e a vivência satisfatória e/ou stressante da parentalidade, (b) analisar a variabilidade destas associações em função do sexo da figura parental, e (c) testar o papel moderador da vinculação romântica nestas associações. Recolheram-se, transversalmente, dados de 346 participantes (173 homens e 173 mulheres) que responderam a instrumentos de autorrelato, designadamente, a Work-Family Conflict Scale, a Work-Family Enrichment Scale, a Parental Stress Scale e a Experiences in Close Relationship Scale. Foram encontradas diferenças na satisfação parental, sendo significativamente mais elevada nas mulheres do que nos homens. Encontraram-se igualmente diferenças em função do sexo na predição dos efeitos do conflito e enriquecimento trabalho-família sobre as dimensões de satisfação e stress parentais. O papel moderador da vinculação romântica na relação entre enriquecimento/conflito e satisfação/stress parentais não se verificou, embora o evitamento prediga negativamente a satisfação parental nos homens.
- O prolongamento da transição para a idade adulta e o conceito de adultez emergente : Especificidades do contexto português e brasileiroPublication . Brandão, Tânia; Saraiva, Luísa; Matos, Paula MenaA diminuição da regulação normativa das trajectórias de transição para a vida adulta, nas sociedades da modernidade tardia, favoreceu o prolongamento da condição juvenil até ao final da terceira década de vida e a progressiva privatização e flexibilização dos percursos biográficos. As novas características das sociedades pós-industriais levaram à definição de novos conceitos e perspectivas no âmbito da Psicologia do Desenvolvimento, das quais se destaca a teoria da adultez emergente. Neste artigo discute-se a pertinência e a utilidade do conceito de idade adulta emergente enquanto período de desenvolvimento, interpretando-o à luz das dinâmicas de interacção entre agência individual e as condições que configuram a estrutura de oportunidades, para uma melhor compreensão do estatuto dos jovens na sociedade contemporânea. Procura-se, ainda, analisar a aplicabilidade das novas perspectivas de transição para a vida adulta ao contexto português, considerando que este período de exploração e experimentação é vivido pela maioria dos jovens no seio da família de origem, principal fonte de apoio num clima de crescente precariedade. Finalmente, estabelece-se uma comparação com a realidade brasileira, explorando semelhanças e diferenças entre os dois países.
- Risco e regulação emocional em idade pré-escolar : a qualidade das interações dos educadores de infância como potencial moderadorPublication . Cadima, Joana; Ferreira, Tiago; Guedes, Carolina; Vieira, Joana; Leal, Teresa; Matos, Paula MenaResumo: A investigação tem demonstrado que as crianças em desvantagem social enfrentam muitos desafios e estão mais vulneráveis a desenvolver dificuldades ao nível da regulação emocional, sendo extremamente relevante identificar fatores protetores que moderem esta vulnerabilidade, de modo a identificar formas de alterar as trajetórias desenvolvimentais. No presente estudo, foi analisado o papel moderador das interações do educador de infância no desenvolvimento da regulação emocional. Os participantes incluíram 345 crianças em idade pré-escolar de dois ambientes sociais distintos: em risco sociocultural (n=183) e em situação de não risco sociocultural. A regulação emocional foi avaliada através de um questionário ao educador, o Emotion Regulation Checklist (ERC; Shields & Cichetti, 1997). A qualidade das interações do educador de infância com as crianças foi observada através de uma escala de observação, o Classroom Assessment Scoring System (CLASS; Pianta, La Paro & Hamre, 2008). Os educadores avaliaram ainda a sua relação com cada criança participante através da Student-Teacher Rating Scale (STRS; Pianta, 2001). Análises multi-grupo multinível indicaram que no grupo de crianças de risco socicultural, em salas em que os educadores de infância estabeleciam interações com mais qualidade a nível emocional e organizacional, as crianças demonstraram competências de regulação emocional mais elevadas, o que sugere o importante papel das interações dos educadores de infância com as crianças no desenvolvimento da regulação emocional.
- Vinculação à mãe e ligação aos pares na adolescência: O papel mediador da auto-estimaPublication . Rocha, Magda; Mota, Catarina Pinheiro; Matos, Paula MenaDe acordo com a teoria da vinculação, a qualidade da relação com as figuras parentais desempenha um papel fundamental na forma como os jovens se percebem a si e aos outros, contribuindo a qualidade destes laços para o desenvolvimento da auto-estima e dos laços que se constroem posteriormente com os pares. O objectivo deste estudo é observar a contribuição da qualidade da vinculação à mãe na predição da ligação aos pares, tendo em conta a hipótese do papel mediador da auto-estima, numa amostra de 742 adolescentes de ambos os géneros, entre os 13 e os 23 anos (M=17,09; DP=1,84), provenientes de famílias intactas e famílias com pais divorciados. O estudo recorreu ao Questionário de Vinculação ao Pai e à Mãe (Matos & Costa, 2004), ao Inventory of Parental and Peer Attachment (Armsden & Greenberg, 1987), e ainda à Rosenberg’s Self-Esteem Scale (Rosenberg, 1965). Todos os questionários apresentam valores adequados, quer de consistência interna, quer de ajustamento às análises factoriais confirmatórias de 1ª ordem. Os resultados, obtidos através da metodologia das equações estruturais, são indiciadores da qualidade da vinculação à mãe enquanto preditora, directa e indirecta, da qualidade da ligação aos pares. No modelo testado, a auto-estima é predita positivamente pela qualidade do laço emocional e negativamente pela inibição da exploração e individualidade e ansiedade de separação na vinculação à mãe. Os resultados são ainda concordantes com o papel mediador da auto-estima na associação entre qualidade da vinculação à mãe e ligação aos pares.