Browsing by Author "Fonseca, Ana"
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- Adaptação da escala de crenças disfuncionais face à maternidade para a população portuguesa : estudos psicométricosPublication . Costa, Ana Cristina Almeida; Rodrigues, Sofia; Canavarro, Maria Cristina; Fonseca, AnaResumo: As crenças disfuncionais face à maternidade têm sido apontadas como um fator de risco para a depressão pós-parto. O objetivo deste estudo foi adaptar a Escala de Crenças Disfuncionais Face à Maternidade (ECM), que avalia as crenças disfuncionais face à maternidade, para a população portuguesa, e avaliar as suas qualidades psicométricas. Para tal, utilizou-se uma amostra de 387 mulheres no período pós-parto. As participantes responderam, num estudo transversal, à ECM e a outros questionários de autorresposta. A análise fatorial confirmatória revelou como mais adequado um modelo tridimensional, semelhante à estrutura original do instrumento: Crenças Relacionadas com o Julgamento dos Outros, Crenças Relacionadas com a Responsabilidade Materna e Crenças Relacionadas com a Idealização do Papel Materno. Além disso, a ECM associou-se de forma significativa à sintomatologia depressiva e aos pensamentos automáticos negativos gerais e no pós-parto, mostrando a sua validade convergente. Ademais, apresentou boa consistência interna para a pontuação total e para as suas dimensões, à exceção da dimensão Crenças Relacionadas com a Responsabilidade Materna. De forma geral, a versão portuguesa da ECM apresentou bons níveis de fidelidade e validade, pelo que constitui um instrumento útil na avaliação das crenças disfuncionais face à maternidade.
- Adaptação da Escala de Pensamentos Automáticos Negativos Pós-Parto para a população portuguesa : estudos psicométricosPublication . Rodrigues, Sofia; Costa, Ana Catarina; Canavarro, Maria Cristina Cristina; Fonseca, AnaResumo: Os pensamentos automáticos negativos têm um papel relevante na sintomatologia depressiva, nomeadamente no período do pós-parto. O presente estudo teve como objetivo a validação para a população portuguesa da Escala de Pensamentos Automáticos Negativos Pós-Parto (EPANP), que foi desenvolvida para avaliar a frequência de pensamentos negativos no período pós-parto. A amostra foi constituída por 387 mulheres no pós-parto que responderam a um protocolo de avaliação, num único momento de avaliação. A análise fatorial confirmatória sugere que a versão portuguesa apresenta uma estrutura bidimensional: (1) Avaliação de Cognições, Emoções e Situações (ACES) e, (2) Pensamentos Negativos Relacionados com o Bebé e com a Maternidade (PNRBM). A consistência interna é de .90 para o fator ACES e .75 para o fator PNRBM. A EPANP correlaciona-se de forma positiva com a sintomatologia depressiva e com os pensamentos negativos gerais, e de forma negativa com a autocompaixão e com a subescala de pensamentos automáticos positivos. Por fim, as pontuações da EPANP revelam-se diferentes em função da presença/ausência de sintomatologia depressiva e da presença/ausência de antecedentes depressivos. Assim, a EPANP apresenta bons indicadores de validade de construto, validade convergente, validade de critério e de fidelidade.
- Avaliação da ligação parental ao bebé após o nascimento: Análise fatorial confirmatória da versão portuguesa do Postpartum Bonding Questionnaire (PBQ)Publication . Nazaré, Bárbara; Fonseca, Ana; Canavarro, Maria CristinaA existência de perturbações na relação mãe/pai-bebé pode ter implicações prejudiciais para ambos os membros da díade. O Postpartum Bonding Questionnaire (PBQ, designado por nós como Questionário de Ligação ao Bebé após o Nascimento) foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a existência de perturbações na relação que mães e pais estabelecem com o seu bebé. No entanto, entre os diversos estudos já realizados com este instrumento, verificam-se resultados inconsistentes relativamente à sua estrutura fatorial. No presente trabalho, conduzimos os estudos psicométricos da versão portuguesa do PBQ, um instrumento de autorresposta composto por 25 itens e com uma escala de resposta de seis pontos (de 0 – Nunca a 5 – Sempre). Uma amostra comunitária de 229 casais, cujos bebés tinham aproximadamente 6 meses, respondeu a uma bateria de questionários. A realização de análises fatoriais confirmatórias permitiu comparar seis modelos, definidos com base nos estudos já realizados com este instrumento. Foi identificada como mais adequada aos nossos dados uma estrutura de um só fator, que difere da versão original do instrumento. A versão final do PBQ é constituída por 12 itens, tendo sido necessário alterar a tradução de um deles, de maneira a favorecer a sua compreensibilidade. O questionário apresentou bons índices de consistência interna e temporal, bem como valores adequados de validade convergente e discriminante. Verificou-se que os homens tendem a apresentar pontuações significativamente superiores no questionário. O PBQ constitui um instrumento de avaliação fiável e válido, passível de ser utilizado em contexto clínico e de investigação.
- Avaliação das preocupações sentidas durante a gravidez: Estudos psicométricos da versão portuguesa da Cambridge Worry Scale (CWS)Publication . Nazaré, Bárbara; Fonseca, Ana; Canavarro, Maria CristinaA Cambridge Worry Scale (CWS) constitui um instrumento multidimensional desenvolvido para avaliar o conteúdo e a intensidade das preocupações sentidas durante a gravidez, concetualizadas como normativas. O presente trabalho pretendeu avaliar o comportamento psicométrico da versão portuguesa da CWS, procedendo ao estudo da sua estrutura fatorial, validade e fidelidade. Uma amostra de 430 grávidas, maioritariamente na primeira metade da gestação, respondeu a uma bateria de questionários composta por três instrumentos de autorresposta (CWS, Brief Symptom Inventory e Antenatal Emotional Attachment Scale). Através de análises fatoriais confirmatórias, testaram-se diversos modelos apresentados na literatura. O mais adequado engloba 13 itens e uma estrutura de cinco fatores: Área Sociomédica (preocupação com procedimentos médicos e com o parto, bem como com a interação com o bebé após o nascimento), Relações (com o companheiro e com familiares e amigos íntimos), Perda Reprodutiva (preocupação com a possibilidade de aborto espontâneo e com a identificação de um problema médico no bebé), Saúde (da própria e de outras pessoas significativas) e Área Socioeconómica (englobando os âmbitos financeiro, profissional e habitacional). A CWS apresentou valores adequados de consistência interna e bons níveis de validade (de construto, convergente, discriminante e de critério com base na diferenciação de grupos). Assim, constitui um instrumento passível de ser utilizado em contexto clínico e de investigação.
- Estudos psicométricos da versão portuguesa da Escala de Impacto Familiar (EIF)Publication . Albuquerque, Sara; Fonseca, Ana; Pereira, Marco; Nazaré, Bárbara; Canavarro, Maria CristinaO diagnóstico de deficiência num filho pode implicar mudanças na dinâmica e no funcionamento da família, com exigências adicionais ao nível da prestação de cuidados. De forma a avaliar os efeitos da condição da criança nos pais, enquanto prestadores de cuidados, foi desenvolvida a Escala de Impacto Familiar (EIF) – Impact on Family Scale (Stein & Riessman, 1980). O objectivo do presente estudo é apresentar as características psicométricas da EIF. A versão portuguesa da escala foi administrada a uma amostra de 144 pais e mães, cujo filho recebeu um diagnóstico de deficiência, utentes da Maternidade Doutor Daniel de Matos (Hospitais da Universidade de Coimbra) e de associações que prestam apoio a pais de crianças com deficiência. Para além da EIF, o protocolo de avaliação incluiu o instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-Bref; The WHOQOL Group, 1998), o Índice de Stress Parental (Abidin, 1990) e a subescala de Contribuições Positivas do Kansas Inventory of Parental Perceptions (Behr, Murphy, & Summers, 1992). A EIF apresentou boa consistência interna (alfa de Cronbach=.91) e estabilidade temporal (r=.80, p<.001), bem como resultados aceitáveis ao nível da validade de construto [χ2(90)=185.45, p<.001; CFI=.91; RMSEA=.08] e das validades convergente e discriminante. A EIF apresenta-se como uma escala particularmente útil para avaliar o impacto familiar da deficiência de um filho e as suas características psicométricas validam a sua utilização na população portuguesa.
- Qualidade de vida e sintomatologia psicopatológica em pais de crianças com diagnóstico de deficiência/anomalia congénita : A importância das características de resiliênciaPublication . Albuquerque, Sara; Pereira, Marco Daniel de Almeida; Fonseca, Ana; Canavarro, Maria CristinaO objetivo do presente estudo consistiu em avaliar a adaptação parental, em termos de sintomatologia psicopatológica e qualidade de vida (QdV), bem como avaliar a influência das características de resiliência parental na sua adaptação, bem como na adaptação do(a) parceiro(a). A amostra foi constituída por 90 participantes (45 casais), pais de crianças com um diagnóstico de deficiência/AC. O protocolo de avaliação incluiu a Escala de Resiliência para Adultos (ERA), o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI-18) e o instrumento de avaliação de QdV da Organização Mundial de Saúde, WHOQOL-Bref. Os resultados mostraram que as mães apresentaram valores mais elevados na dimensão ansiedade (p<.01), no índice geral de gravidade (p<.01) e pior QdV psicológica (p<.05). As mães apresentaram valores mais elevados de resiliência, em particular de coesão familiar (p<.05). Em ambos os pais, a resiliência mostrou-se associada a menor sintomatologia psicopatológica e a resultados mais elevados de QdV. A resiliência materna não se mostrou significativamente associada à adaptação paterna mas, constatou-se que níveis elevados de resiliência paterna se associaram a menor sintomatologia psicopatológica e melhor QdV materna. Os resultados deste estudo evidenciam o papel protetor da resiliência na adaptação parental ao diagnóstico de anomalia congénita da criança. Adicionalmente, estes resultados enfatizam a necessidade de avaliar e promover os recursos parentais. Por fim, ressalta-se a necessidade de avaliação do casal como unidade de análise e os potenciais efeitos cruzados no desenho de intervenções terapêuticas, reforçando-se o papel da relação conjugal e do contexto interpessoal em que esta problemática ocorre.
- Reacções parentais ao diagnóstico perinatal de anomalia congénita do bebé: Implicações para a intervenção dos profissionais de saúdePublication . Fonseca, Ana; Canavarro, Maria CristinaA notícia de um diagnóstico de anomalia congénita do bebé no período perinatal reveste-se de um impacto emocional significativo para os pais, constituindo um desafio para a actuação dos profissionais de saúde. O objectivo deste trabalho é delinear implicações para a intervenção dos profissionais de saúde, tendo por base uma reflexão sobre a investigação existente acerca das reacções parentais ao diagnóstico de anomalia congénita do bebé.Ainvestigação empírica descreve reacções parentais iniciais semelhantes à resposta de luto (choque, tristeza, ansiedade, culpa e raiva), num processo gradual de adaptação, geralmente conducente à restituição do equilíbrio emocional. Verificam-se também algumas especificidades, em função do momento em que o diagnóstico é conhecido. Da reflexão sobre estes resultados, emergem algumas orientações para a actuação dos profissionais de saúde, nomeadamente no que respeita à comunicação do diagnóstico, à necessidade de uma equipa multidisciplinar coordenada que proporcione um contexto seguro de prestação de cuidados e à relevância de intervenções psicossociais com estas famílias. ------- ABSTRACT ------ The communication of a congenital anomaly diagnosis of the baby during the perinatal period has a significant emotional impact for parents, being a challenge for the intervention of health professionals. The aim of this paper is to outline implications for the intervention of health professionals, based on a reflection on existing research about parental reactions to the diagnosis of congenital anomaly of the baby. Empirical research describes initial parental reactions similar to mourning response (shock, sadness, anxiety, guilt and anger), in a gradual process of adaptation, often leading to recovery of emotional well-being. There are also some specific features, depending on when the diagnosis is known. From the reflection on the research results presented, some guidelines for different health professionals emerged, particularly as regards the communication of the diagnosis, the need for a coordinated multidisciplinary team that provides a safe context of care, as well as the relevance of psychosocial interventions with these families.