PEDU - Dissertações de Mestrado
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Browsing PEDU - Dissertações de Mestrado by advisor "Carita, Ana"
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- Identidade vocacional na adolescência : Família, escola, género e estatutos de identidadePublication . Palma, Ana Rita dos Santos; Carita, AnaEste estudo tem como objectivo geral estudar a associação entre a preocupação na relação dos adolescentes com a família e com a escola e a construção da identidade vocacional, bem como a variação destas variáveis em função do género. Mais especificamente, pretende-se averiguar, se e como as preocupações dos adolescentes relativamente à escola e à família se relacionam a adopção dos diversos estatutos de Identidade Vocacional, a saber, a Exploração, o Investimento, o Foreclosure, tendência para excluir escolhas TEE, a Difusão e o Foreclosure em relação aos significativos. Adoptou-se, neste estudo, um quadro conceptual desenvolvimentista e ecológico uma vez que este subentende uma compreensão sistémica e contextual da realidade humana, ou seja, que toda a actividade humana seja vista como uma acção da pessoa no seu contexto. A amostra deste estudo é constituída por 250 adolescentes portugueses do 12º ano de escolaridade de várias Escolas Secundárias públicas da área da Grande Lisboa. A média total das idades dos alunos é 17.5. Dos 250 adolescentes, 139 dos participantes são do sexo feminino e 111 são do sexo masculino. São dois os instrumentos utilizados neste estudo, os quais permitem obter dados relativamente à questão da Identidade Vocacional e às Preocupações vividas pelo adolescente, nomeadamente no que concerne à família e à escola, a saber, a Escala de Exploração e Investimento Vocacional – EEIV, e a Escala de Preocupações dos Adolescentes. Os resultados revelam a existência de associação significativa entre a preocupação na relação dos adolescentes com a família e com a escola e a adopção do estatuto de Exploração Vocacional, no sentido em que, quanto menor o nível de preocupação, maior a Exploração do adolescente. Regista-se que tanto os rapazes como as raparigas revelam altos níveis de preocupação face à sua relação com a escola, e que são os rapazes que mais expressam preocupação na relação com a família. Verifica-se, ainda, que os adolescentes estão, tal como era esperado, em momentos de Exploração e de Investimento. Ainda no âmbito dos estatutos de identidade constata-se que os rapazes são mais diffusers e constroem mais projectos outorgados, em relação aos significativos, que as raparigas.
- Percepções de justiça e condutas de desvio na adolescênciaPublication . Feijão, Silvina Vida Larga; Carita, AnaPara a realização deste trabalho, partimos do pressuposto, já assumido por outros investigadores de que a escola desempenha um papel indelével no processo de socialização dos indivíduos. Consideramos, pois, que a qualidade das experiências vividas, em contexto escolar, são determinantes no desenvolvimento e no ajustamento do indivíduo às exigências da sociedade, pelo que a figura do professor assume lugar de destaque, uma vez que representa a autoridade formal com a qual os alunos interagem com maior frequência. Assim, sabendo-se que, na área das organizações empresariais, a relação entre os indivíduos e a autoridade formal é condicionada pelas percepções acerca dos comportamentos de (in)justiça e que esta determina o tipo de comportamento adoptado, decidimos verificar se o mesmo ocorre em contexto escolar. A elaboração deste trabalho tem em conta os pressupostos teóricos desenvolvidos no âmbito da Psicologia Social, nomeadamente no que se refere à percepções de justiça, e em particular à teoria do Modelo do Valor do Grupo. Considera-se, pois, que o modo como os alunos percepcionam os comportamentos de justiça dos seus professores poderá ter implicações na adopção de comportamentos de desvio. Na realização deste estudo definimos os seguintes objectivos: a) explorar empiricamente o universo conceptual dos juízos de justiça e verificar a sua variação em função do sexo, ano de escolaridade, resultados escolares e projecto escolar; b) aprofundar e alargar o conhecimento sobre a percepção dos alunos acerca da adopção de comportamentos de desvio, bem como a variação dessa percepção em função das variáveis sexo, ano de escolaridade, resultados escolares e projecto escolar; c) perceber a relação entre as percepções dos comportamentos de justiça dos professores e a adopção de Percepções de Justiça e Condutas de Desvio na Adolescência 5 comportamentos de desvio e conhecer, ainda, o efeito moderador das variáveis sexo, ano de escolaridade, resultados escolares e projecto escolar, nessa relação. O presente estudo inscreve-se num projecto mais lato de investigação, coordenado por Carita e Gouveia-Pereira, no âmbito da UIPCDE do ISPA. Por isso, o número de participantes do nosso estudo – 305 – faz parte de uma amostra mais alargada, constituída por 702 alunos dos 8º e 11º anos de escolaridade, com idades compreendidas entre os 12 e os 19 anos de idade. Na recolha de dados utilizaram-se dois instrumentos: um questionário sobre as percepções dos comportamentos de justiça dos professores (Gouveia-Pereira, 2004) e um questionário sobre a percepção acerca da adopção de comportamentos de desvio, desenvolvido no âmbito daquele projecto de investigação. Após o tratamento dos dados, os resultados obtidos permitem-nos concluir que, por um lado, em termos gerais, os alunos fazem uma avaliação positiva do exercício da justiça dos seus professores; por outro, consideram não adoptar comportamentos de desvio, com frequência. Os resultados obtidos permitem-nos, ainda, constatar a existência de uma relação, estatisticamente significativa, entre as percepções dos comportamentos de justiça dos professores e a percepção acerca da adopção de comportamentos desviantes. Confirmase, neste trabalho, a hipótese de que, em contexto escolar, as percepções de justiça influem no comportamento dos indivíduos, no que se refere à prática de actos de desvio. No entanto, constata-se que as variáveis de contexto escolar – ano de escolaridade, resultados escolares – não exercem o efeito esperado na relação entre as dimensões de justiça e as dimensões de desvio. Já as variáveis género e projecto escolar exercem, como esperávamos, um efeito moderador, ainda que parcial, entre as percepções dos comportamentos de justiça dos professores e a percepção acerca da adopção de comportamentos desviantes.
- Percepções de justiça, cidadania e competência moral na escolaPublication . Brites, Nelson Lopes; Carita, AnaO presente estudo tem como pano de fundo a convicção de que um exercício maduro e consciente da cidadania na idade adulta poderá ser determinado pela qualidade das vivências experimentadas pelo sujeito em clima escolar. De facto, a educação para a cidadania tem sido, de há uns anos para cá, uma preocupação constante dos agentes educativos e da sociedade em geral, por ser basilar na aquisição de uma consciência democrática, apoiada em critérios de justiça. Transversalmente subjacente a este estudo, está a crença de que o modelo da escola como comunidade justa, tal como proposto por Kohlberg, constituirá uma oportunidade fulcral para a vivência da democracia, da justiça e dos direitos e deveres cívicos, com incontornáveis ganhos para o desenvolvimento sócio-moral do indivíduo, com todas as consequências benéficas daí decorrentes para o próprio indivíduo, para os ambientes em que se insere e, inevitavelmente, para a sociedade em geral. Assim, este trabalho assenta em pressupostos teóricos provenientes de dois grandes campos: do da Psicologia Social, nomeadamente da investigação na área das percepções de justiça e do da Psicologia do Desenvolvimento, em particular do modelo de escola como comunidade justa. Do primeiro subjaz a ideia de que o modo como os adolescentes avaliam a forma de tratamento dos seus professores poderá influenciar os seus comportamentos de cidadania, nomeadamente os de solidariedade e cooperação; do segundo, a ideia de que a vivência da comunidade justa poderá incrementar a qualidade das representações do sujeito sobre os direitos e deveres cívicos, favorecendo dimensões do comportamento sócio-moral que se prendem com o exercício maduro da cidadania democrática. Este estudo teve as seguintes finalidades: a) aprofundar o conhecimento da experiência social da cidadania dos estudantes na escola, com base na análise da representação dos estudantes sobre a justiça dos professores e sobre a cidadania em contexto escolar; b) perceber a relação entre as percepções de justiça e as representações acerca da cidadania na escola aferindo, de igual modo, a moderação desta relação pelo índice de competência moral, o sexo, idade e ano de escolaridade; c) dar um contributo para o estudo da relação entre cognição e acção. Assim, a hipótese básica subjacente a este estudo é a de que a avaliação do carácter de justiça que os alunos fazem dos seus professores poderá influenciar as suas representações e comportamentos de cidadania, e de que essa relação poderá ser moderada pela competência moral, idade, ano de escolaridade e género dos sujeitos. A amostra do estudo é constituída por 309 estudantes dos 8o e 11° anos de escolaridade, rapazes e raparigas, com idades compreendidas entre 12 e os 21 anos de idade. Utilizaram-se três instrumentos: um questionário sobre as percepções de justiça do comportamento dos professores (Gouveia-Pereira, 2004), um questionário sobre o exercício da cidadania em contexto escolar (Carita; Gouveia-Pereira, Marçal & Brites, 2004) e o MJT- Moral Judgement Test, questionário de avaliação da competência moral de Georg Lind na versão portuguesa de Patrícia Bataglia, adaptada por Ribeiro & Menezes (2000). Os resultados obtidos permitem-nos ter uma imagem mais consistente das representações dos participantes sobre a justiça dos professores e sobre os seus próprios comportamentos de cidadania em contexto escolar e da relação entre as percepções de justiça e o exercício da cidadania. Em primeiro lugar, os resultados deste estudo permitem-nos concluir que de uma forma geral prevalecem as avaliações favoráveis quanto à justiça da actuação dos professores com base em critérios relacionais e distributivos, sendo mais crítica a avaliação que diz respeito à equidade de actuação perante todos os alunos. Os resultados permitem-nos também perceber que, de uma forma geral, o ensino ainda se encontra muito centrado no professor, havendo poucas oportunidades para os estudantes intervirem em aspectos relacionados com as dimensões mais académicas do currículo. Aliás, os estudantes afirmam reconhecer e pôr em prática comportamentos de cooperação e solidariedade na escola, embora o seu alvo preferencial seja claramente os seus pares, existindo um certo distanciamento face ao professor. De igual modo, podemos compreender que a forma como os alunos percepcionam a justiça da actuação dos seus professores poderá ser determinante para as suas representações e comportamentos de cidadania na escola e, por extensão, para a criação de condições conducentes a um desenvolvimento sócio-moral do sujeito de maior qualidade. As variáveis índice de competência moral, ano de escolaridade, idade e sexo mostraram exercer efeitos de moderação em alguns aspectos da relação entre as percepções de justiça e as representações acerca da cidadania na escola.
- Valores profissionais família e grupo de paresPublication . Correia, Ana Cláudia; Carita, AnaA sociedade está a sofrer transformações constantes que envolvem culturas, valores, ideias e necessidades, com implicações no o desenvolvimento dos indivíduos. O presente estudo surge da necessidade de compreender a situação actual, como estes fenómenos actuam nos indivíduos, nomeadamente na sociedade portuguesa, pelo que nos pareceu pertinente perceber, como se expressam os valores profissionais adoptados pelos adolescentes portugueses, com idades compreendidas entre os 15 e os 20 anos, bem como a sua relação com a percepção que os adolescentes têm do seu relacionamento com a família e com o seu grupo de pares. De igual modo, pareceu-nos, pertinente perceber como variam os valores profissionais, também, em função das variáveis demográficas usuais, tais como o género e o estatuto socioeconómico. A amostra é constituída por 447 adolescentes a frequentarem 11º ano de escolariedade, de Várias Escolas Secundárias públicas da Margem Sul. A média total das idades dos alunos é 16.71. Sendo que, dos 447 adolescentes, 262 dos participantes são do sexo feminino e 185 são do sexo masculino. São três os instrumentos utilizados a Escala de Valores WIS, a Escala de Percepção de Relação com a Família, e a Escala de Suporte e Imagem Social do Grupo de Pares. Nos resultados verificou-se, relativamente à primeira hipótese, que os adolescentes com uma percepção positiva da sua relação com a família atribuem uma concessão de maior importância a valores profissionais, característicos do pósmaterialismo. Verificou-se, também, no que se refere à segunda hipótese, que os adolescentes com uma percepção positiva do suporte e imagem social do grupo de pares atribuem uma concessão de maior importância a valores profissionais, de índole pósmaterialistas. No que concerne à terceira hipótese, foi ainda possível constatar que existem diferenças significativas em alguns dos valores defendidos pelos adolescentes que mantém, simultaneamente, uma relação positiva com a família e com os pares e os que apenas apresentam relação positiva com um destes contextos sociais. Encontraram-se ainda diferenças significativas, para a quarta hipótese, no que diz respeito ao género, relativamente aos valores profissionais defendidos, nomeadamente a nível dos valores altruísmo e actividades física. E, por fim, para a quinta hipótese, encontraram-se, também, algumas diferenças significativas entre os valores profissionais defendidos e os estatutos socioculturais da família.
