Psicologia Educacional
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Browsing Psicologia Educacional by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais"
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- Alunos do 4º ano de escolaridade e o cálculo mental : Preferências, atitudes, desempenho e estratégiasPublication . Furtado, Maria Margarida Antunes Botelho; Ramalho, GlóriaO principal objectivo deste estudo consiste em caracterizar o perfil dos alunos do 4ºano do ensino básico relativamente ao cálculo mental. Mais especificamente pretendese caracterizar as suas preferências e atitudes, o seu desempenho e as estratégias que utilizam para resolver tarefas de cálculo mental. Para tal, participaram no estudo 46 alunos do 4º ano de escolaridade de duas escolas da região de Lisboa e foram recolhidos dados através do questionário de preferências, do questionário de atitudes, do teste de cálculo mental e, por último, através da realização de entrevistas. Os principais resultados encontrados foram: 1) Os alunos portugueses preferem utilizar o cálculo mental em detrimento de outro tipo de cálculo, e esta preferência é mais evidente em alunos com um desempenho superior em tarefas de cálculo mental; 2) Os alunos acham que o cálculo mental é mais interessante e mais desafiante do que o cálculo escrito; 3) A maioria dos alunos afirma que faz mais cálculo escrito do que mental na escola; 4) Os alunos não se percepcionam como sendo eficazes na realização de tarefas de cálculo mental; 5) O desempenho dos alunos em tarefas de cálculo mental é razoável; 6) Os alunos recorreram a um leque de estratégias pouco variado, e usam frequentemente a “Imagem mental do algoritmo” para resolver os cálculos que lhes são propostos; 7) São poucos os alunos que conseguem referir estratégias alternativas para a realização dos cálculos.
- Aprender a ler, escrevendo : Impacto de um programa de escrita na leitura de crianças do 1º ano do E.B. em risco de desenvolver dificuldades de aprendizagemPublication . Salvador, Liliana Ferreira dos Santos; Martins, Margarida AlvesO objetivo deste trabalho consistiu em desenvolver um programa de escrita em interação com crianças em risco de dificuldades na aquisição da leitura, numa fase inicial em que ainda é possível atuar ao nível da prevenção. Foram realizados dois estudos, sendo que no primeiro se pretendeu avaliar o impacto desse programa na leitura, escrita, consciência fonémica e motivação de crianças do 1º ano de escolaridade que manifestavam já dificuldades. Adicionalmente, quisemos apurar se as crianças que beneficiaram do programa de escrita em interação tiveram desempenhos semelhantes ao das restantes crianças da turma na leitura no final do ano. Foram selecionadas 53 crianças com baixo desempenho em consciência fonológica, conhecimento do alfabeto e leitura de palavras, e que foram informalmente referenciadas pelos professores como estando em risco. Foram então constituídos três grupos estatisticamente equivalentes: grupo experimental, que desenvolveu atividades de escrita em interação; grupo de comparação, que realizou atividades de consciência fonológica; grupo de controlo, que realizou atividades de cópia. As crianças foram aleatoriamente distribuídas pelos três grupos e, posteriormente, constituídos grupos de duas crianças que trabalharam em conjunto até ao final das sessões. Foram realizados pré-testes de leitura, escrita, consciência fonémica e motivação, aos quais se seguiu o desenvolvimento dos programas ao longo de 12 sessões, com duração de 20 a 30 minutos cada e frequência bissemanal. Uma semana após o final das intervenções foram realizados os pós-testes. Recorreu-se a diversas ANCOVAs para analisar os dados recolhidos que mostraram que o grupo de escrita em interação obteve resultados superiores e com diferenças estatisticamente significativas em relação aos restantes grupos, em todas as variáveis medidas no pós-teste, à exceção da consciência fonémica, em que o grupo de escrita e o de consciência fonológica obtiveram resultados semelhantes, sem diferenças entre ambos. O grupo de cópia de palavras foi o que obteve, consistentemente, resultados mais baixos. No final, as crianças do grupo de escrita obtiveram resultados idênticos em leitura às restantes crianças da turma não se tendo verificado diferenças entre eles. O segundo estudo tem como objetivo explicitar, descrever e analisar as estratégias de ajudas (scaffolding) que o adulto providencia às crianças no decorrer das sessões do programa de escrita, isolando, se possível, uma sequência típica de ajudas. Procurámos ainda apurar se as crianças manifestam integrar os procedimentos e estratégias de análise constantes nas ajudas do adulto. Para tal, foram analisadas oito sessões (3ª, 6ª, 9ª e 12ª sessões) de dois grupos de crianças que beneficiaram do programa de escrita, escolhidas aleatoriamente. Foram encontradas 14 categorias de ajuda sendo que as mais frequentes para ambos os grupos, consistiam, por ordem de ocorrência, no questionamento, questionamento inferencial, feedback positivo, tarefa/ação e pistas. As díades diferiam, porém, em relação ao nível de suporte necessário. Foi isolada uma sequência típica e as crianças evidenciaram competências de autorregulação, autonomia e controlo em relação à tarefa, assim como mostraram apropriar-se dos conhecimentos e procedimentos mobilizados ao longo das sessões. O programa de escrita constitui-se, pois, como uma alternativa pedagógica eficaz para prevenir dificuldades de leitura.
- Intervenção precoce centrada na família : Da teoria à realidadePublication . Correia, Nélia Cristina Rodrigues; Pimentel, Júlia van Zeller de SerpaNo presente estudo de caso, propusemo-nos descrever e avaliar o acompanhamento que foi feito num programa de intervenção precoce domiciliário, a uma criança com atraso de desenvolvimento psicomotor e sua família. O objectivo deste estudo foi perceber como é feito o acompanhamento pela educadora e se as práticas implementadas são centradas na família. Para avaliar este programa, as sessões de apoio foram observadas ao longo de 6 meses, utilizando-se técnicas de observação participante. Foram também feitas duas entrevistas semi-estruturadas, no início e no fim do programa, à mãe e à técnica de intervenção precoce. Após a análise dos resultados obtidos concluímos que as práticas implementadas por esta educadora são centradas na família. Durante as sessões, os comportamentos que ocorreram com maior frequência são os de interacção entre a mãe e a educadora em momentos de “conversa” sobre o desenvolvimento da criança e diversos assuntos. Os resultados deste estudo parecem evidenciar que as práticas utilizadas pela educadora respeitam todas as recomendações relativas à Intervenção Precoce.
- Participação das crianças com NEE nas atividades coletivas do ensino regularPublication . Álvares, Andreia Sofia Castilho; Mata, Maria de Lourdes Estorninho NevesA elaboração do presente estudo teve como principal finalidade analisar e caracterizar a participação dos alunos com necessidades educativas especiais nas atividades coletivas do ensino regular. Para tal, o estudo foi realizado numa escola de ensino regular, onde foi estudada a situação de duas crianças com NEE, diagnosticadas com Perturbação do Espectro do Autismo, uma delas apenas com adequações ao currículo e outra com um CEI (currículo específico individual), ambas pertencem a uma turma do ensino regular, frequentando a Unidade de Ensino Estruturado para Autistas da escola. Para a recolha de dados para o nosso estudo recorremos à análise documental das duas crianças com NEE, observações das atividades coletivas nos vários contextos escolares, questionários aos encarregados de educação das crianças com NEE participantes do nosso estudo, aos encarregados de educação dos alunos considerados sem problemas e aos colegas de turma dos nossos estudos de caso. Procedeu-se ainda à realização de entrevistas às duas docentes titulares de turma, às duas docentes de Educação Especial e a duas assistentes operacionais que trabalham diretamente com os nossos estudos de caso. Da análise realizada à informação recolhida pudemos concluir que não se verifica uma participação plena por parte dos alunos com NEE apesar de disporem de vários recursos que são facilitadores nesse sentido, nomeadamente, a Unidade de Ensino Estruturado para Autistas e o acompanhamento pelas docentes de Educação Especial e assistentes operacionais em sala de aula. Efetivamente o grau de inclusão está um pouco aquém do que é expectável, nomeadamente ao nível da participação nas atividades coletivas, o que deve ser tomado em consideração como aspetos a melhorar com fim a dar sentido ao conceito de escola inclusiva, uma escola onde todos têm o direito de permanecer e acima de tudo participar.