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- Narrativas e perspetivas trans acerca da disciplina de Educação FísicaPublication . Alves, Rúben Gomes da Silva; Ornelas, José H.“Trans” é um termo identitário que inclui todas as pessoas que se identificam com um género diferente do seu género atribuído ao nascimento. Mesmo havendo mais compreensão face aos problemas de pessoas trans, estes continuam a ser um alvo de discriminação e de violência. A escola é um dos principais locais onde se nota um elevado risco de violência e agressão contra jovens trans. Ambientes heteronormativos, como as aulas de educação física, proporcionam um ambiente hostil para pessoas que não se enquadram nos papéis de género impostas por esta perceção heteronormativa. Este estudo teve como objetivo estudar e compreender as experiências e perceções de pessoas trans num destes ambientes heteronormativos, a escola. Mais especificamente, as suas experiências com a disciplina de educação física. Os participantes deste estudo foram recrutados através do método de bola de neve e as suas idades estão compreendidas entre 24 e 35 anos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas para melhor captar as experiências subjetivas dos participantes, tal como os diversos temas que surgiram. Estas entrevistas foram feitas tanto online, pela plataforma Zoom, como também presencialmente. Estas foram analisadas usando o método de análise temática e foi possível identificar 2 temas relacionados com as experiências dos participantes com educação física e 3 temas relacionados com as experiências dos participantes com o processo de transição. Os primeiros dois foram intitulados como “Balneários” e “Heteronormatividade” e os seguintes como “Relações familiares”, “Transição médica” e “Relações sociais”. Através deste estudo foi possível identificar os momentos e os aspetos mais importantes da experiência destes participantes e compreender melhor como é que pessoas trans, no contexto português, vivenciam estas aulas.
- Efeitos paradoxais da eco-ansiedade nos comportamentos pró-ambientais: O papel moderador da eficácia coletiva e da autoeficáciaPublication . Manata, Ana Cristina de Oliveira; Miranda, Mariana Pires deUma das maiores consequências indiretas das alterações no ambiente está relacionada com a ansiedade que as pessoas sentem. A eco-ansiedade tem sido relacionada com maiores níveis de comportamentos pró-ambientais, mas também com uma possível eco-paralisia. Neste sentido, o objetivo principal deste estudo foi avaliar de que forma a eco-ansiedade se relaciona com os comportamentos pró-ambientais e testar se a eficácia, coletiva (no estudo 1; n = 103) e individual (no estudo 2; n = 105), modera esta relação, podendo, assim, no futuro, ser a base de intervenções socio-clínicas para fazer face à eco-paralisia. De uma forma geral, a eco-ansiedade está correlacionada positivamente com comportamentos pró-ambientais, embora de forma inconstante quando analisamos os fatores específicos da eco-ansiedade e o tipo de comportamento pró-ambiental. Temos, também, evidência que parece suportar uma relação quadrática entre ambas as variáveis, embora com pouca variabilidade no espetro mais elevado da variável eco-ansiedade. Esta limitação parece poder explicar, igualmente, a ausência de moderação tanto da eficácia coletiva, como da auto-eficácia. Sugere-se que se realizem novos estudos com um maior número de participantes que apresentem níveis de ecoansiedade mais elevados e que se invista no desenvolvimento de instrumentos mais adaptados ao contexto, que possam melhor mapear o contexto específico da crise climática em Portugal.
- Fit entre o estilo de tomada de decisão do atleta e da equipa: Impacto na perceção do desempenho em desportos coletivosPublication . Cuba, Beatriz Hilário; Loureiro, FilipeA presente investigação estuda a relação que a adequação (fit) entre o estilo de tomada-de-decisão individual (intuitivo e analítico) e a perceção de tomada-de-decisão da equipa (intuitiva e analítica) estabelece com a perceção de desempenho desportivo. Para além de identificar essa relação, este estudo testa se a autoeficácia coletiva e perceção de semelhança e complementaridade são mediadores da mesma. O estudo conta com uma amostra de 90 voluntários praticantes de uma atividade desportiva coletiva (63 do sexo masculino, 26 do sexo feminino, e 1 “outro”), com idades compreendas entre os 18 e os 48 anos. Os participantes responderam ao Questionário de Perceção de Rendimento Desportivo (QPRD; Gomes, 2016), ao Collective Efficacy Questionnaire for Sports (CEQS; Short et al., 2005), ao Questionário de Perceção de Complementaridade e Semelhança (adaptado de Piasentin & Chapman, 2007) e ao Inventário de Tomada-deDecisão no desporto (individual e equipa; adaptado de Pacini & Epstein, 1999). Os resultados demonstraram uma correlação positiva significativa entre o fit de intuição e análise e a perceção de desempenho coletivo. O fit de intuição correlacionouse também positivamente com as perceções de complementaridade e semelhança e com as dimensões de autoeficácia coletiva referentes ao esforço e preparação. Por sua vez, o fit de análise correlacionou-se positiva e significativamente com a perceção de semelhança e marginalmente com a perceção de complementaridade e a dimensão de esforço da autoeficácia coletiva. O efeito do fit de intuição e de análise sobre o desempenho foi mediado apenas pela dimensão de esforço da autoeficácia coletiva.
- Práticas de avaliação formativa na disciplina de matemática: Perceção dos alunos e a relação com autorregulação para a aprendizagemPublication . Silva, Marta Alexandra do Carmo; Monteiro, VeraEste estudo analisou as perceções de 296 alunos do 5º ao 9º ano sobre as práticas de avaliação formativa dos seus professores de matemática, e a relação com a sua autorregulação da aprendizagem. Os resultados revelaram que: os alunos mais velhos percecionaram um maior uso de práticas de avaliação formativa; as participantes do género feminino percecionaram uma maior utilização de práticas de avaliação formativa, mas as diferenças com o género masculino não foram significativas; a autorregulação (cognitiva, metacognitiva, comportamental) aumentou com a escolaridade, mas não de forma linear; a motivação intrínseca diminuiu com a escolaridade; as participantes do género feminino demonstraram maiores níveis de autorregulação (cognitiva, metacognitiva, comportamental, motivacional); e houve uma correlação positiva entre a perceção da avaliação formativa e a autorregulação. O estudo tem implicações práticas, como a necessidade de adaptar as práticas de avaliação formativa às necessidades dos alunos e promover a motivação intrínseca. Teoricamente, o estudo contribui para a compreensão da complexa interação entre a avaliação formativa e a autorregulação. A investigação futura poderá aprofundar a análise das diferenças de género, incluir outras disciplinas e expandir a amostra para outros contextos.
- Impacto psicológico da dependência do álcool nos familiares e pessoas próximasPublication . Fonseca, Mariana Silva; Trigo, MiguelO presente estudo tem como objetivo investigar o impacto psicológico da dependência do álcool em familiares e pessoas próximas, explorando as diferenças na co-dependência, expressão emocional e sobrecarga emocional entre dois grupos específicos. O primeiro grupo é composto por familiares que convivem diariamente com alguém que sofre de dependência alcoólica, enquanto o segundo grupo inclui pessoas que, embora tenham um familiar ou conhecido com histórico de dependência, não mantêm um contacto próximo ou contínuo com essa pessoa. Neste segundo grupo os participantes abordam apenas as informações do familiar mais próximo que têm. A investigação pretende avaliar não só as diferenças na intensidade dos efeitos psicológicos, mas também os tipos específicos de desafios enfrentados em cada grupo. Serão analisados o impacto na vida pessoal, social e profissional, fatores demográficos como a idade do participante e a idade da pessoa dependente, analisando-se como estas variáveis influenciam tanto as respostas emocionais como a perceção do problema. Os instrumentos utilizados foram a versão Portuguesa da Escala Compósita de Co-Dependência (ECC), a Escala de avaliação do impacto físico, emocional e social do papel de cuidador informal (QASCI) e a versão portuguesa da Escala de Emocionalidade Expressa (EEE). Osresultados desta pesquisa sugerem que familiares e pessoas próximas de dependentes do álcool experimentam níveis consideravelmente superiores de sobrecarga emocional e impacto negativo na vida pessoal e social, em comparação com parentes que não têm contato direto com os dependentes. Contudo, não se notaram diferenças relevantes nos índices de codependência e expressão emocional entre os grupos, indicando que estas dinâmicas emocionais podem ser encontradas em vários contextos de assistência familiar, não apenas em situações de dependência de álcool.
- Relações de vinculação, satisfação e desejo sexual e (não) monogamiaPublication . Santos, Ana Filipa Rebelo Azevedo dos; Pereira, Maria GouveiaAs dificuldades na relação sexual tendem a ser uma das principais razões pelas quais os casais procuram terapia. A evidência mostra que, a satisfação com a vida sexual, leva a uma maior satisfação com o seu relacionamento romântico. O interesse e o envolvimento em relações não monogâmicas consensuais (RNMC) tem vindo a aumentar. A perspetiva clássica do estudo da vinculação, assume a monogamia como necessária para uma vinculação segura. Assim, este estudo teve como principal objetivo averiguar se um estilo de vinculação (primária e romântica) seguro explica uma maior satisfação e um maior desejo sexual em indivíduos em relacionamentos monogâmicos (RM) e RNMC. Para tal, mediu-se a vinculação, a satisfação e o desejo sexual. A amostra foi constituída por 424 participantes dos quais 90% (n = 382) mantinham um RM e 10% (n = 42), mantinham um RNMC. Os resultados mostram que, não existem diferenças na satisfação sexual entre indivíduos em RM e RNMC, contudo indivíduos em RNMC apresentam maior desejo sexual. Ainda, mostram que, não existem diferenças significativas na satisfação e no desejo sexual entre indivíduos com uma vinculação segura, comparativamente indivíduos com uma vinculação insegura. Análises complementares mostram que, não foram encontradas diferenças significativas na relação entre o estilo de vinculação e o tipo de relacionamento. Apenas foram encontrados efeitos mediadores da vinculação romântica na relação entre a vinculação com o pai e as variáveis da dimensão da sexualidade: satisfação e desejo sexual. Discutem-se as implicações a nível social e clínico.
- O impacto da coesão familiar no desenvolvimento da Identidade e nas atividades online sobre CAL em adolescentes e jovens adultosPublication . Matias, Joana Mendes Pires Cardoso; Pereira, Maria GouveiaOs meios social e familiar em que o adolescente está inserido influenciam o seu desenvolvimento identitário. Em situações em que este desenvolvimento identitário é desadaptativo (elevada exploração ruminativa), o adolescente procura incessantemente novos sistemas e aspetos com os quais se identificar. Os comportamentos autolesivos (CAL) apresentam uma prevalência relevante na população portuguesa adolescente e no início da idade adulta. A internet surgiu nos últimos anos e ocupa atualmente um papel central na vida dos adolescentes e jovens adultos, particularmente em indivíduos com história de CAL que utilizam a internet para realizar atividades sobre os CAL. A presente dissertação pretendeu explorar de que modo a coesão familiar e a identificação com a família se relacionam com a procura de identificação com outros sistemas, neste caso a internet, e além disso, qual o impacto desta procura nas atividades online relativas aos CAL. Observou-se que: a identificação à família atua como mediador parcial na relação entre a coesão familiar e a frequência de atividades online sobre CAL; e que a atividade mais frequente foi a visualização de conteúdos sobre CAL. As limitações deste estudo salientam a necessidade de realizar mais estudos sobre estas atividades e a população que as realiza
- Desenvolvimento e validação inicial da escala de vinculação do cuidador familiarPublication . Gaspar, Margarida Rodrigues; Coelho, AlexandraObjetivo: Existem aspetos únicos relacionados com a antecipação da morte que podem despertar comportamentos de vinculação específicos. As medidas de vinculação existentes avaliam de forma geral os estilos de vinculação, não se adaptando às características particulares da vivência dos cuidadores na antecipação da morte do seu familiar. Por isso, este estudo propõe desenvolver e validar a escala de vinculação do cuidador familiar. Método: Os participantes são cuidadores familiares de pessoas com doença crónica avançada. Foi conduzida uma análise fatorial exploratória e aferida a fiabilidade através do Alpha de Cronbach. A validade convergente da escala foi analisada através das correlações com a Escala de Vinculação do Adulto (EVA), os sintomas de ansiedade e depressão foram avaliados através da HADS, os sintomas de somatização através da subescala de somatização do BSI e os sintomas de luto prémorte, através do PG-12; a validade divergente foi aferida através da escala de sobrecarga do cuidador de Zarit. Resultados: A análise fatorial exploratória da escala apresentou uma estrutura bidimensional, representando as dimensões de Evitamento e Dependência. A consistência interna de ambas as dimensões foi elevada (⍺=0,813 e ⍺=0,784, respetivamente), indicando boa fiabilidade. A validade convergente foi confirmada através das correlações com sintomas de ansiedade, depressão, somatização e luto pré-morte, enquanto a validade divergente foi confirmada pela ausência de correlações significativas com a sobrecarga do cuidador. Verificou-se a prevalência do estilo de vinculação evitante receoso nesta amostra. Estes resultados sugerem que a escala é fiável e válida para avaliar estilos de vinculação de cuidadores familiares em contexto de cuidados de doentes com doença crónica avançada.
- O bem-estar psicológico, a motivação e as estratégias de coping de jovens em acolhimentoPublication . Veiga, Íris de Serra; Monteiro, VeraA institucionalização de crianças e adolescentes em situação de risco é uma medida de proteção que visa assegurar a segurança e o bem-estar de jovens cuja permanência no ambiente familiar não é viável ou é prejudicial. Contudo, a transição para uma casa de acolhimento representa uma mudança disruptiva, impactando o desenvolvimento emocional, social e educativo destes jovens. Este estudo procura compreender e caracterizar o bem-estar psicológico, a motivação para a aprendizagem, a resiliência e as estratégias de coping adotadas por 11 jovens em acolhimento, analisando como lidam com as adversidades do contexto institucional. Com isso, pretende-se contribuir para o desenvolvimento de práticas que apoiem o seu bem-estar e promovam o sucesso educativo. Foram entrevistadas 11 participantes, do género feminino, com idades entre os 14 e os 19 anos, que relataram as suas experiências e perceções através de uma entrevista semiestruturada. Esta é uma investigação de cariz qualitativo, recorrendo à análise de conteúdo. Os resultados emergem das experiências e perceções relatadas por cada jovem. A investigação conclui que o bem-estar psicológico das jovens em acolhimento é sustentado por fatores relacionais e emocionais, embora algumas necessitem de apoio adicional para lidar com os desafios do contexto. A motivação para a aprendizagem revela-se predominantemente extrínseca, sugerindo a importância de intervenções que reforcem a autonomia e incentivem o prazer pelo aprender. No que respeita ao coping, a predominância de estratégias ativas é positiva, mas a presença de estratégias evitativas e negativas destaca a importância de programas focados na regulação emocional e no apoio social, fundamentais para fomentar resiliência e promover um desenvolvimento emocional saudável.
- De tal ninho, tal passarinho: Estilos de vinculação e a sua relação com o empoderamento em mulheres portuguesasPublication . Esteves, Maria Margarida Lourenço; Miguel, MartaEste estudo foca-se na relação entre os estilos de vinculação presentes nas mulheres e o seu nível de empoderamento, uma vez que o empoderamento feminino é uma ferramenta essencial de capacitação, na tomada de decisões conscientes e as mulheres são ainda alvo, em vários domínios, de desigualdade de género. Tendo em conta que as áreas onde as mulheres experienciam estas desigualdade de género são diversas, com vários níveis de impacto nas suas vidas quotidianas, é de realçar que dentro destas desigualdades ainda existem crimes de violência de género onde as mulheres são a população mais atingida maioritariamente. Foi utilizado o método quantitativo numa amostra de conveniência de 409 participantes, onde foram utilizadas a Escala de Vinculação do Adulto (EVA) e a Escala Multicultural de Empoderamento Psicológico para Mulheres (MPES-SO). A recolha de dados foi realizada em formato on-line através das redes sociais. Os resultados indicam que o nível de empoderamento é afetado pelo estilo de vinculação, sendo que, vinculações seguras apresentam um maior nível de empoderamento e vinculações inseguras um menor nível de empoderamento. Relativamente aos dados sociodemográficos apenas a variável Estado Civil, apresentou diferenças significativos, demonstrando que existe relação entre o nível de empoderamento e os diferentes estados civis como os diferentes estilos de vinculação e os diferentes níveis de empoderamento. A salientar que as mulheres casadas foram as que apresentaram maior nível de empoderamento.