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- Impacto da violência sexual na função sexual e saúde mental das mulheres portuguesas.Publication . Oliveira, Francisca Brardo de; Almeida, Telma Sofia de SousaOs indicadores relativos à incidência da violência sexual em Portugal mostram-nos um movimento de clara ascensão. Tendo em conta que este tipo de violência envolve a apropriação do corpo das mulheres e a violação dos seus direitos mais básicos, é expectável que experiências da ordem da violência sexual tenham a capacidade de impactar os diversos domínios da vida das mulheres e possam influenciar de forma significativamente negativa o modo de funcionamento das mesmas, bem como a sua qualidade de vida. Deste modo, o presente estudo visou analisar o impacto da violência sexual na função sexual e saúde mental das mulheres portuguesas. Participaram neste estudo 204 mulheres portuguesas, com idades compreendidas entre os 18 e os 56 anos. Os dados foram recolhidos com recurso ao Questionário de Experiências Sexuais, ao Índice de Funcionamento Sexual Feminino e ao Inventário de Sintomas Psicopatológicos. Os resultados evidenciaram uma ausência de impacto negativo das experiências de violência sexual na função sexual feminina. Porém, os resultados demonstraram que este tipo de violência pode ter impacto na saúde mental, tendo-se verificado uma maior presença de sintomas psicopatológicos, tais como obsessões-compulsões, sensibilidade interpessoal, depressão, ansiedade, ideação paranóide e mesmo psicoticismo, nas mulheres vítimas de violência sexual.
- Liberta(dor): Os comportamentos autolesivos e as suas funções, o pedido de ajuda, a comunicação e os conflitos familiaresPublication . Chambel, Ana Marta Marques; Pereira, Maria GouveiaEm Portugal, os comportamentos autolesivos são cada vez mais frequentes nos jovens. O presente estudo tem como objetivo compreender o impacto das funções associadas aos comportamentos autolesivos, ao nível da severidade e diversidade destes comportamentos. Pretende ainda compreender como variáveis do funcionamento familiar (e.g., comunicação e conflitos) influenciam tanto a trajetória e o desenvolvimento destes comportamentos, como as intenções destes jovens pedirem ajuda. A amostra foi constituída por 358 participantes com idades compreendidas entre os 12 e os 22 anos, provenientes de três estabelecimentos de ensino do distrito de Setúbal, aos quais foram aplicados os seguintes instrumentos: FACES IV, Inventário do Clima Familiar, Inventário de Comportamentos Autolesivos, Questionário do Pedido de Ajuda, Questionário das Representações das Funções dos Comportamentos Autolesivos e Questionário Sociodemográfico. Os resultados mais notáveis demonstram que as funções intrapessoais contribuem para o aumento da severidade e diversidade. Verificou-se ainda diferenças na comunicação e nos conflitos familiares entre jovens que praticam comportamentos autolesivos e os que não praticam. A Comunicação e os Conflitos mostram correlações significativas com a severidade e diversidade dos métodos. Adicionalmente, o pedido de ajuda está associado apenas com as variáveis familiares, mais concretamente, o estudo encontrou diferenças na comunicação familiar entre os jovens que pedem ajuda à família e os que não pedem.
- As atitudes dos ofensores de crimes gerais face aos ofensores de crimes sexuaisPublication . Simões, Simone Francisca Pestana; Rodrigues, Andreia Luísa Gonçalves Teixeira CastroAs atitudes dos reclusos detidos por crimes não sexuais, face aos indivíduos que cometeram ofensas sexuais, têm um grande impacto na vida destes ofensores dentro do meio prisional. O presente estudo pretende explorar quais são estas atitudes e verificar se estas revelam diferenças tendo em conta algumas variáveis sociodemográficas como o sexo, a idade, a situação conjugal, a situação parental e as dimensões da personalidade dos sujeitos. Para a realização deste estudo foi aplicado um questionário sociodemográfico, a Escala de Atitudes em relação a Agressores Sexuais e o NEO Five-Factor Inventory (NEO-FFI) a uma amostra de 222 ofensores de crimes não sexuais. Os resultados revelaram que as atitudes face aos ofensores sexuais são tendencialmente negativas e que existe uma correlação estatisticamente significativa entre a dimensão da Abertura à experiência e as atitudes. Estes resultados destacam a necessidade de explorar com mais pormenor as consequências destas atitudes face aos ofensores sexuais para que o meio prisional possa desempenhar a função reabilitadora a que se propôs.
- Atividades preferenciais dos Clientes em terapia e a sua relação com os resultados e a aliança: amostra da população portuguesaPublication . Marques, João Manuel Mateus; Sousa, Daniel Cunha Monteiro deEste estudo visa replicar para uma amostra da população portuguesa o estudo de M. Cooper sobre as preferências de atividades em psicoterapia dos Clientes e a sua relação com a aliança e o modelo de abordagem terapêutico. Objetivo: Neste sentido pretende-se encontrar uma resposta para as questões (a) quais as preferências e atividade que os clientes preferem; b) se existe correspondência entre as preferências e a abordagem psicoterapêutica na predição de resultados e da aliança; (c) se os scores das dimensões de preferência, por si, corroboravam os resultados previstos e a aliança. Método: Participaram 22 clientes (N=22), recrutados junto de terapeuta e nas redes sociais facebook e LinkedIn, com idade superior a 18 anos e em terapia atualmente. Os participantes responderam ao instrumento C-NIP para identificar as suas preferências, ao CORE-10, ao WSAS e ainda ao ARM-5 para identificar resultados e aliança. Resultados: A amostra da população portuguesa mostra ter preferência por terapeutas não diretivos, desafio focado, ambiente emocional intenso e ligeira orientação para o presente. As diferenças com o estudo feito por Cooper e colaboradores (2021), podem estar relacionados com as diferenças de cultura que Hofstede definiu, mas também por uma amostra reduzida e a recolha de respostas ter sido feita apenas uma vez, não havendo assim possibilidade de comparação evolutiva dos resultados.
- Vinculação com a figura materna durante a infância e ansiedade social – Um estudo com população adultaPublication . Correia, Catarina Alexandra Cardoso; Neto, David DiasA literatura tem vindo a demonstrar a importância dos padrões de vinculação estabelecidos com as figuras parentais enquanto fator preditor para o desenvolvimento de psicopatologias, com especial enfoque no que concerne a perturbações de ansiedade. A presente investigação procura explorar numa população de adultos o impacto dos padrões de vinculação estabelecidos com a figura materna durante a infância e o posterior desenvolvimento de ansiedade social em idade adulta. Para tal, as representações de vinculação com ambas as figuras parentais, bem como os níveis de ansiedade social e de perturbação obsessivocompulsiva foram aferidos num total de 1456 participantes com uma média de idades correspondente a 40.64. Tal qual hipotetizado, com o recurso a análises de variâncias, os resultados obtidos permitem aferir a existência de uma associação entre os padrões de vinculação e a ansiedade social, com particular destaque no que concerne aos padrões de vinculação inseguros, não sendo, contudo, observadas diferenças significativas entre ambos no seu impacto na ansiedade social. Adicionalmente, contrariamente ao expectável, os padrões de vinculação revelaram uma mais forte associação à perturbação obsessivocompulsiva por comparação à ansiedade social. Os resultados deste estudo, interpretados à luz da teoria da vinculação, permitem apurar o conhecimento de fatores de risco para o desenvolvimento e manutenção da ansiedade social, visto que padrões díspares de vinculação precoce exercem influência na posterior experiência de ansiedade da criança. Assim, estes resultados sugerem que o processo clínico de intervenção se poderá focar na vinculação, contribuindo, também, ao nível da clínica infantil para a prevenção da patologia.