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Percepções de justiça, cidadania e competência moral na escola

dc.contributor.advisorCarita, Anapor
dc.contributor.authorBrites, Nelson Lopes
dc.date.accessioned2011-02-19T16:59:14Z
dc.date.available2011-02-19T16:59:14Z
dc.date.issued2006
dc.descriptionDissertação de mestrado em psicologia educacionalpor
dc.description.abstractO presente estudo tem como pano de fundo a convicção de que um exercício maduro e consciente da cidadania na idade adulta poderá ser determinado pela qualidade das vivências experimentadas pelo sujeito em clima escolar. De facto, a educação para a cidadania tem sido, de há uns anos para cá, uma preocupação constante dos agentes educativos e da sociedade em geral, por ser basilar na aquisição de uma consciência democrática, apoiada em critérios de justiça. Transversalmente subjacente a este estudo, está a crença de que o modelo da escola como comunidade justa, tal como proposto por Kohlberg, constituirá uma oportunidade fulcral para a vivência da democracia, da justiça e dos direitos e deveres cívicos, com incontornáveis ganhos para o desenvolvimento sócio-moral do indivíduo, com todas as consequências benéficas daí decorrentes para o próprio indivíduo, para os ambientes em que se insere e, inevitavelmente, para a sociedade em geral. Assim, este trabalho assenta em pressupostos teóricos provenientes de dois grandes campos: do da Psicologia Social, nomeadamente da investigação na área das percepções de justiça e do da Psicologia do Desenvolvimento, em particular do modelo de escola como comunidade justa. Do primeiro subjaz a ideia de que o modo como os adolescentes avaliam a forma de tratamento dos seus professores poderá influenciar os seus comportamentos de cidadania, nomeadamente os de solidariedade e cooperação; do segundo, a ideia de que a vivência da comunidade justa poderá incrementar a qualidade das representações do sujeito sobre os direitos e deveres cívicos, favorecendo dimensões do comportamento sócio-moral que se prendem com o exercício maduro da cidadania democrática. Este estudo teve as seguintes finalidades: a) aprofundar o conhecimento da experiência social da cidadania dos estudantes na escola, com base na análise da representação dos estudantes sobre a justiça dos professores e sobre a cidadania em contexto escolar; b) perceber a relação entre as percepções de justiça e as representações acerca da cidadania na escola aferindo, de igual modo, a moderação desta relação pelo índice de competência moral, o sexo, idade e ano de escolaridade; c) dar um contributo para o estudo da relação entre cognição e acção. Assim, a hipótese básica subjacente a este estudo é a de que a avaliação do carácter de justiça que os alunos fazem dos seus professores poderá influenciar as suas representações e comportamentos de cidadania, e de que essa relação poderá ser moderada pela competência moral, idade, ano de escolaridade e género dos sujeitos. A amostra do estudo é constituída por 309 estudantes dos 8o e 11° anos de escolaridade, rapazes e raparigas, com idades compreendidas entre 12 e os 21 anos de idade. Utilizaram-se três instrumentos: um questionário sobre as percepções de justiça do comportamento dos professores (Gouveia-Pereira, 2004), um questionário sobre o exercício da cidadania em contexto escolar (Carita; Gouveia-Pereira, Marçal & Brites, 2004) e o MJT- Moral Judgement Test, questionário de avaliação da competência moral de Georg Lind na versão portuguesa de Patrícia Bataglia, adaptada por Ribeiro & Menezes (2000). Os resultados obtidos permitem-nos ter uma imagem mais consistente das representações dos participantes sobre a justiça dos professores e sobre os seus próprios comportamentos de cidadania em contexto escolar e da relação entre as percepções de justiça e o exercício da cidadania. Em primeiro lugar, os resultados deste estudo permitem-nos concluir que de uma forma geral prevalecem as avaliações favoráveis quanto à justiça da actuação dos professores com base em critérios relacionais e distributivos, sendo mais crítica a avaliação que diz respeito à equidade de actuação perante todos os alunos. Os resultados permitem-nos também perceber que, de uma forma geral, o ensino ainda se encontra muito centrado no professor, havendo poucas oportunidades para os estudantes intervirem em aspectos relacionados com as dimensões mais académicas do currículo. Aliás, os estudantes afirmam reconhecer e pôr em prática comportamentos de cooperação e solidariedade na escola, embora o seu alvo preferencial seja claramente os seus pares, existindo um certo distanciamento face ao professor. De igual modo, podemos compreender que a forma como os alunos percepcionam a justiça da actuação dos seus professores poderá ser determinante para as suas representações e comportamentos de cidadania na escola e, por extensão, para a criação de condições conducentes a um desenvolvimento sócio-moral do sujeito de maior qualidade. As variáveis índice de competência moral, ano de escolaridade, idade e sexo mostraram exercer efeitos de moderação em alguns aspectos da relação entre as percepções de justiça e as representações acerca da cidadania na escola.por
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.12/443
dc.language.isoporpor
dc.publisherInstituto Superior de Psicologia Aplicadapor
dc.subjectMoralpor
dc.subjectJustiçapor
dc.subjectCidadaniapor
dc.subjectDesenvolvimentopor
dc.subjectAmbiente escolarpor
dc.subjectEducational psychologypor
dc.subjectMoralpor
dc.subjectJusticepor
dc.subjectCitizenshippor
dc.subjectDevelopmentpor
dc.subjectSchool environmentpor
dc.titlePercepções de justiça, cidadania e competência moral na escolapor
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceLisboapor
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typemasterThesispor

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