PSOC - Dissertações de Mestrado
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- O papel dos modelos mentais partilhados na adaptação e eficácia de equipas híbridasPublication . Campos, Juliana Vieira; Silva, Pedro Marques Quinteiro Fernandes daA presente investigação teve como objetivo analisar o papel dos modelos mentais partilhados na adaptação e eficácia das equipas híbridas. Para tal, inicialmente, tentou-se perceber se a dimensão interação dos modelos mentais partilhados relacionava-se positivamente com cada uma das fases que compõem o constructo adaptação de equipa, nomeadamente a avaliação da situação, a formulação do plano, a execução do plano e a aprendizagem de equipa. Posteriormente, analisou-se em que medida a adaptação de equipa mediava a relação dos modelos mentais partilhados com a três dimensões da eficácia de equipa, isto é, com o desempenho, viabilidade e clima. E por último, tentou-se averiguar se as equipas com modelos mentais partilhados mais semelhantes apresentavam melhores níveis de adaptação e, consequentemente, melhores níveis de eficácia, quando comparadas com as equipas com modelos mentais partilhados divergentes. A amostra desta investigação foi constituída por 63 colaboradores de dois departamentos de uma organização da Administração Pública Portuguesa, cujo modelo de trabalho era o híbrido. Os participantes encontravam-se distribuídos por 13 equipas híbridas, correspondentes aos serviços onde se encontravam a desempenhar funções. Por forma a avaliar a dimensão interação dos modelos mentais partilhados, recorreu-se à escala Five-Factor Perceived Shared Mental Model Scale, da autoria de van Rensburg e colegas (2021). Por sua vez, para a adaptação de equipa, foi necessário realizar uma adaptação das escalas de avaliação do processo de adaptação de equipa de quatro fases, construídas por Georganta e Brodbeck (2020). Para a eficácia de equipa, foi utilizada a adaptação para português, realizada por Vicente e colegas (2014), da escala de Eficácia de Equipas (3Es) desenvolvida por Aubé e Rousseau (2005). Em termos de resultados, foi possível verificar que de facto a dimensão interação dos modelos mentais partilhados relaciona-se positivamente com cada uma das fases que compõem a adaptação de equipa, sendo que, em média, a dimensão interação explicou cerca de 40% de cada uma das fases do processo adaptativo. Relativamente ao efeito mediador da adaptação de equipa na relação da dimensão interação com as três dimensões da eficácia de equipa, foi possível verificar a ocorrência de mediação com as dimensões desempenho e viabilidade. O mesmo não se verificou para a dimensão clima, por o efeito indireto não ter sido significativo. Contudo verificou-se uma mediação parcial, devido à redução do efeito direto, quando comparado com o efeito total. Por último, no que concerne à comparação das equipas com modelos mentais partilhados mais semelhantes com as equipas com modelos mentais partilhados divergentes, por forma a analisar o níveis de adaptação e, consequentemente, da eficácia de equipa, não foi possível executar a testagem desta hipótese devido ao baixo número de respostas, por não se obter resultados estatisticamente significativos, ficando como sugestão para estudos futuros.