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- Alterações de peso na transição da pré- para a pós-menopausa: a influência dos determinantes de mudança comportamentalPublication . Capelas, Patrícia Alexandra Monteiro; Pimenta, Ana Filipa Fernandes; Leitão, MafaldaIntrodução: A grande maioria das mulheres vê o seu peso aumentar quando chega à fase da menopausa, o que acarreta inúmeros riscos à sua saúde. No entanto, sabemos que é possível manter um peso saudável nesta fase específica da vida da mulher, através da mudança comportamental. Desta maneira, a questão de investigação do presente estudo pretende perceber se os determinantes de início e de manutenção de comportamentos de saúde, com base no modelo HAPA, serão preditores das alterações de peso (i.e., perda, manutenção ou aumento do peso) aquando da transição da pré para a pós-menopausa. Método: Participaram, no presente estudo, 1317 mulheres com idades compreendidas entre os 45 e os 65 anos (M= 53,87; DP= 4,85). Estas preencheram o Questionário Sociodemográfico, de peso, saúde, estilo de vida e menopausa e o Questionário baseado no modelo HAPA, adaptado para a gestão de peso. Foi realizado um modelo de equações estruturais, com o propósito de observar relações entre as diversas variáveis. Resultados: O modelo não apresentou um bom ajustamento ao modelo (CFI = 0,942; NFI = 0,925; TLI = 0,936; RMSEA = 0,049; P(RMSEA ≤ 0,05) < 0,001; SRMR = 0,061). Foi possível determinarmos que existem certas variáveis independentes, como a Idade, Prática de Exercício Físico, Comportamento atual para a perda de peso, Historial de excesso de peso ou obesidade e três dimensões do Modelo HAPA (Perceção de Risco, Autoeficácia da Ação, Autoeficácia de Recuperação e Intenção) que têm influência nas Alterações de Peso na transição da pré para a pós-menopausa. Discussão: Podemos concluir então que o presente estudo demonstrou que é fundamental que se realizem intervenções junto das mulheres nesta fase especifica da vida, para que seja possível que as mesmas sejam capazes de ter controlo sobre a gestão do seu peso.
- O Papel da Religião na Regulação Emocional e na Saúde mentalPublication . Chandulal, Hemali Madhukar; Brandão, Tânia Raquel PaisExiste uma vasta literatura que explora a relação entre religião e bem-estar emocional, bem como as estratégias usadas para regular as emoções de forma adaptativa. Neste estudo, procura-se aprofundar a associação entre diferentes tipos de religiões, o uso de diferentes estratégias de regulação emocional e a saúde mental de um total de 257 participantes de três grupos religiosos (Cristão/Católicos, Protestantes/Evangélicos, Hindus/Ismaelita/Islâmicos), em comparação com um grupo de controlo de Ateus/não religiosos. Foram utilizadas escalas de autorrelato para avaliar perceções de invalidação emocional, estratégias de regulação emocional (supressão expressiva e reavaliação cognitiva) e saúde mental (depressão, ansiedade e stress). As análises diferenciais e correlacionais sugerem que existem diferenças no uso da reavaliação cognitiva, indicando que os Evangélicos recorrem mais a essa estratégia e reportam melhor saúde mental em comparação com os Ateus/não religiosos, tal como os Cristãos/Católicos apresentam melhor saúde mental que os Hindus/Ismaelitas/Islâmicos. Os dados sugerem também uma associação do recurso à supressão com pior saúde mental apenas para os grupos de Protestantes/Evangélicos e Ateus/não religiosos. Sugerem ainda uma associação entre perceção de invalidação emocional e uso de mais supressão e pior saúde mental em todos os grupos religiosos, exceto no grupo de Hindus/Ismaelitas/Islâmicos. Finalmente, verificou-se uma associação negativa entre a reavaliação cognitiva e a saúde mental apenas no grupo de Ateus/não religiosos. De forma geral, este estudo destaca a importância de compreender como diferentes grupos religiosos e não religiosos aplicam estratégias de regulação emocional, fornecendo pistas importantes para abordagens mais eficazes na promoção da saúde mental em contextos diversos.
- Vivências de seniores lésbicas e gays ao longo do ciclo de vida: um estudo qualitativo sobre o bem-estar sexual no contexto portuguêsPublication . Henriques, Eva Cristina da Silva; Leal, Isabel Maria Pereira; Gonçalves, José Alberto RibeiroPortugal é um dos países do Mundo onde mais se verifica o fenómeno do envelhecimento, gerando-se, assim, desafios no âmbito da saúde e do bem-estar, nomeadamente em grupos minoritários e mais vulneráveis, como os seniores lésbicas e gays. Uma dimensão importante mas pouco estudada nos seniores lésbicas e gays, e especificamente em Portugal, é o bem-estar sexual. Analisou-se comparativamente como 1) a transição do período pré revolução de 25 de abril de 1974 até à atualidade e 2) as experiencias de divulgação/ocultação e gestão da orientação sexual no ciclo de vida influenciaram o bem estar sexual dos seniores lésbicas e gays. Foram realizadas doze entrevistas semiestruturadas, seis mulheres lésbicas e seis homens gays, com idades compreendidas entre os 60 e os 83 anos (média= 67 anos). Através do método de Análise Temática identificaram-se oito temas principais e 15 subtemas organizados de acordo com o Modelo Bioecológico. Os resultados sugerem a existência de vivências de bem-estar sexual semelhantes entre as mulheres lésbicas e os homens gays mais velhos, tais como um padrão de orientação sexual subentendida e os parceiros como promotores importantes de bem-estar sexual. Contudo, verificaram-se vivências diferentes e fenómenos específicos a cada um dos grupos, no caso dos homens gays, a pandemia de HIV-SIDA, e nas mulheres lésbicas, uma melhor integração e aceitação da orientação sexual minoritária. Este estudo preenche uma lacuna da investigação com seniores lésbicas e gays, contribuindo com dados para futuras intervenções no bem-estar sexual desta população.
- Occurrence and habitat use of Delphinus delphis in the Tagus Estuary, PortugalPublication . Jesus, Nádia Alves; Luís, Ana Rita FranciscoOs golfinhos têm sido observados no estuário do Tejo, Portugal, há dois séculos. No entanto, existe uma carência na recolha de dados e divulgação científica sobre a presença de cetáceos nesta área. Para investigar a ocorrência e a utilização de habitat de golfinhos comuns a jusante do estuário do Tejo, foi realizado uma monitorização a partir de terra na torre do VTS em Algés, Lisboa. Voluntários treinados usaram um protocolo visual para monitorar a área de estudo desde março de 2022 a março de 2023. Os golfinhos comuns foram avistados em 32% dos 97 dias de observação, e as crias/juvenis estiveram presentes em 55,7% destes avistamentos. Ocorreram avistamentos todo o ano, exceto em novembro e dezembro, sem diferenças sazonais significativas (Fwelch(3,49.82)=0.92, p>0.05). Curiosamente, ocorreu variações na utilização do habitat, com uma preferência significativa por sectores (H(6)=15.055, p<0.05): os golfinhos utilizaram principalmente os sectores 2, 3 e 4. As atividades que exibiram mais tempo foi a deslocação (1640 min) e a busca de presas (972 min), sendo que o repouso nunca foi reportado; o padrão das atividades diferiu significativamente durante o verão (H(2)=8,317, p<0,05). Comparando o tempo despendido pelos golfinhos comuns nas diferentes atividades, nos diferentes setores do estuário, também se verificou diferenças significativas (F=7,567, p<0,05). Estes resultados oferecem uma visão importante sobre a utilização do habitat dos golfinhos no estuário do Tejo e sugerem que esta área pode servir como um hotspot de alimentação e uma potencial área de reprodução para grupos de golfinhos comuns em Portugal.Os golfinhos têm sido observados no estuário do Tejo, Portugal, há dois séculos. No entanto, existe uma carência na recolha de dados e divulgação científica sobre a presença de cetáceos nesta área. Para investigar a ocorrência e a utilização de habitat de golfinhos comuns a jusante do estuário do Tejo, foi realizado uma monitorização a partir de terra na torre do VTS em Algés, Lisboa. Voluntários treinados usaram um protocolo visual para monitorar a área de estudo desde março de 2022 a março de 2023. Os golfinhos comuns foram avistados em 32% dos 97 dias de observação, e as crias/juvenis estiveram presentes em 55,7% destes avistamentos. Ocorreram avistamentos todo o ano, exceto em novembro e dezembro, sem diferenças sazonais significativas (Fwelch(3,49.82)=0.92, p>0.05). Curiosamente, ocorreu variações na utilização do habitat, com uma preferência significativa por sectores (H(6)=15.055, p<0.05): os golfinhos utilizaram principalmente os sectores 2, 3 e 4. As atividades que exibiram mais tempo foi a deslocação (1640 min) e a busca de presas (972 min), sendo que o repouso nunca foi reportado; o padrão das atividades diferiu significativamente durante o verão (H(2)=8,317, p<0,05). Comparando o tempo despendido pelos golfinhos comuns nas diferentes atividades, nos diferentes setores do estuário, também se verificou diferenças significativas (F=7,567, p<0,05). Estes resultados oferecem uma visão importante sobre a utilização do habitat dos golfinhos no estuário do Tejo e sugerem que esta área pode servir como um hotspot de alimentação e uma potencial área de reprodução para grupos de golfinhos comuns em Portugal.