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- Desempenho sustentável ou sustentabilidade de aparência? Um estudo sobre o impacto do greenwashing no desempenho dos colaboradoresPublication . Martins, Madalena Barbosa; Cesário, Francisco José SantosO presente estudo teve como objetivo explorar a perceção das práticas de greenwashing e a sua relação com o desempenho profissional. Ainda, procurou-se compreender se os colaboradores com um maior compromisso ambiental pessoal e níveis mais elevados de ceticismo são influenciados no seu desempenho quando percecionam que a organização para a qual trabalham está envolvida em atividades de greenwashing. O desempenho foi avaliado tanto em termos de comportamentos de cidadania organizacional como em desempenho de tarefa. Para a realização desta investigação foi utilizada uma amostra de 154 indivíduos trabalhadores, que completaram um questionário online composto por quatro escalas para medir cada construto individualmente. Os resultados desta pesquisa revelaram uma relação negativa significativa entre as variáveis greenwashing e desempenho de tarefa, bem como entre a variável greenwashing e os comportamentos de cidadania organizacional. No entanto, nenhum dos quatro testes de moderação realizados apresentou efeitos estatisticamente significativos. Este estudo apresenta diferentes contribuições para a literatura existente sobre greenwashing e enfatiza a importância de as organizações prestarem atenção às suas mensagens, alegações e produtos, a fim de garantir uma sustentabilidade genuína e atentarem ao impacto que alegações falsas sobre o desempenho sustentável tem nos colaboradores. Este estudo contribui também pela sua abordagem específica a colaboradores, diferenciando-se da maioria da literatura sobre greenwashing, que se centra predominantemente nos consumidores.
- A relação entre os sintomas de depressão, as habilidades sociais e os problemas interpessoaisPublication . Carreira, Joana Margarida Martins; Guerreiro, Diana FrasquilhoIntrodução: A depressão é a principal causa de incapacitação a nível mundial, com implicações em diversos aspetos das vidas de quem é afetado pela mesma, entre os quais se encontram as relações interpessoais e as habilidades sociais. Contudo, neste âmbito, pouco se tem explorado a complexidade do contexto interpessoal dos adultos residentes em Portugal com depressão. Assim, o presente estudo teve como objetivos: 1) estudar a relação entre os sintomas de depressão e as problemáticas de relações interpessoais e as habilidades sociais, e a relação entre os problemas interpessoais e as habilidades sociais; 2) averiguar em que medida os problemas interpessoais e as habilidades sociais das pessoas com sintomas de depressão diferem dos das pessoas sem sintomas de depressão; 3) investigar se as habilidades sociais das pessoas com depressão estão relacionadas a problemas interpessoais específicos. Método: Uma amostra constituída por 201 participantes completou o questionário de dados sociodemográficos, o Inventário de Habilidades Sociais – Del Prette (IHS-Del Prette), o Inventário de Problemas Interpessoais (IPI–32) e o Inventário de Depressão de Beck II (BDI II). Resultados: Verificou-se que os sintomas de depressão foram um preditor estatisticamente significativo dos problemas interpessoais e das habilidades sociais, e que reportar menos habilidades foi um preditor significativo dos problemas interpessoais. Adicionalmente, verificou-se que os indivíduos com mais sintomas de depressão apresentam mais problemas interpessoais nos octantes socialmente inibido e vingativo/egocêntrico e mais déficits de habilidades sociais nos fatores de conversação e confiança social e de auto-expressão de afeto positivo. Por fim, constatou-se que os octantes de problemas interpessoais associados a maiores déficits de habilidades sociais foram o socialmente inibido e o não assertivo. Conclusão: Os resultados do presente estudo permitem salientar a forma como a depressão e o contexto interpessoal estão relacionados, podendo afetar o bem-estar e a vida quotidiana da população adulta residente em Portugal com sintomas de depressão.
- Adaptação da Escala NADS ao contexto português: Um Estudo sobre Discriminação por Idade no Trabalho em Trabalhadores com Mais de 50 AnosPublication . Moura, David Manuel Avelar de; Sabino, Ana Margarida Fernandes Pereira do NascimentoPerante o crescente envelhecimento da população, o Idadismo, na sua forma de Discriminação por Idade no Trabalho (DIT), tornou-se um tema emergente a nível mundial, especialmente entre os trabalhadores mais velhos. O objetivo deste estudo foi adaptar a Escala NADS (Nordic Age Discrimination Scale) ao contexto laboral português, resultando na versão NADS_PT. Através do método hipotético-dedutivo e com recurso a inquéritos de autorrelato, este estudo quantitativo obteve dados de 195 indivíduos com 50 anos ou mais. Os resultados indicam que a NADS_PT é uma escala psicométrica robusta (α = .894) e unidimensional. Foi também observado que a experiência de DIT se relaciona negativamente com variáveis psicológicas do contexto de trabalho, como Autoeficácia, Capacidade de Trabalho e Satisfação no Trabalho e na Vida, bem como com aspetos de Interação Social com Colegas e Chefias. Também se verificou um aumento nos níveis de Stress entre os que experimentam DIT, embora não tenha havido um impacto significativo nas Intenções de Reforma ou no absentismo por Baixa Médica. O estudo explora ainda as diferenças de perceção de DIT em grupos sociodemográficos específicos, revelando que indivíduos com mais de 57 anos e desempregados têm uma maior perceção de DIT. Este estudo beneficiou da aplicação de uma escala anteriormente validada em três países nórdicos e em Espanha. Em resumo, o estudo sublinha a importância de abordar a DIT em Portugal e disponibiliza um instrumento válido para esse efeito. Estas conclusões oferecem uma base sólida para futuras investigações, e intervenções por parte de psicólogos e especialistas de RH, visando combater o idadismo nas organizações.
- Teletrabalho e equilíbrio entre vida pessoal - profissional em psicólogos clínicosPublication . Ponte, Joana Maria Resendes Lima Botelho; Guerreiro, Diana FrasquilhoIntrodução: Com a pandemia de COVID-19, muitos psicólogos clínicos viram-se obrigados a trabalhar remotamente, de modo a garantir a continuidade do acompanhamento e da prestação de cuidados de saúde mental. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo explorar a relação entre o teletrabalho e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional numa amostra de psicólogos clínicos. Método: Foi aplicado um questionário sociodemográfico, a Escala de Estatuto Social Subjetivo de MacArthur, a Escala de Conflito-Trabalho-Vida Privada e o Inventário de Saúde Mental-5 a 203 psicólogos clínicos portugueses. Resultados: Verificou-se que mulheres, psicólogos com 1 filho, que reportaram menor saúde mental e trabalham mais horas semanalmente apresentaram maior conflito entre a vida pessoal e profissional. Contrariamente, psicólogos com maior estatuto social subjetivo, que estipulam o seu horário, que tomaram a decisão de ingressar em teletrabalho e que possuem um espaço dedicado exclusivamente ao teletrabalho demonstraram maior equilíbrio entre ambos os domínios. Nenhuma variável pareceu influenciar a decisão de ingressar em regime híbrido ou teletrabalho. Conclusão: Os resultados parecem sugerir que os psicólogos clínicos que trabalham mais horas, que não estipulam o seu horário e que reportam menor saúde mental têm maior probabilidade de enfrentar maior conflito entre ambos os domínios. O teletrabalho não demonstrou estar relacionado com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional; contudo, foi possível identificar fatores que podem comprometer o equilíbrio entre as esferas de vida destes profissionais, gerando conhecimento científico capaz de ajudar os psicólogos clínicos no desenvolvimento de estratégias para conciliar a esfera pessoal e profissional.