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- O Papel Mediador da Satisfação com o trabalho na relação entre Bullshit Organizacional e DesempenhoPublication . Luís, Margarida Santos; Sabino, Ana Margarida Fernandes Pereira do NascimentoNo meio organizacional, é notório um aumento exponencial de bullshits no local de trabalho. Entende-se por bullshits, um discurso que é elaborado com pouca consideração pela veracidade, tendo como objetivo enganar de forma deliberada o meio envolvente e assim, alcançar os interesses dos bullshitters. Este construto é constituído maioritariamente com temas acerca de veracidade, liderança e comunicação. Apesar de estudos teóricos revelarem um impacto negativo na produtividade e liderança das organizações, não existem estudos empíricos acerca dos impactos que a perceção de bullshits em contexto laboral tem no desempenho dos colaboradores e na satisfação do próprio colaborador com o trabalho. Na presente investigação procedemos à tradução e adaptação da Organizational Bullshit Perception Scale para a população portuguesa, sendo um contributo para a investigação do construto em si. O presente estudo tinha como principais objetivos: a compreensão da relação entre a perceção de bullshits em contexto organizacional com o desempenho dos colaboradores e, pretendíamos ainda, testar se a satisfação com o trabalho poderia explicar esta relação. O estudo contou com a participação de 170 participantes com recurso a um questionário que era constituído pelas escalas que avaliavam os construtos em estudo. Os resultados obtidos demonstraram que não existe relação significativa entre a perceção de bullshits em contexto laboral e o desempenho dos colaboradores, sendo que a satisfação com o trabalho não medeia esta relação. No entanto, verificou-se uma relação negativa significativa entre a perceção de bullshits em contexto laboral e a satisfação com o trabalho dos colaboradores. Com este estudo pudemos ter uma visão acerca de temas necessários que sejam tidos em conta nas organizações. Mais concretamente, é importante que as organizações adotem um estilo de comunicação claro e baseado em factos que promovam um ambiente de confiança e segurança, de forma a que os colaboradores apresentem maiores níveis de satisfação global com o trabalho.
- Dark Triad e Intenções de Saída: o Papel Mediador da Insegurança LaboralPublication . Penteado, Marta Maria Albergaria Castro; Sabino, Ana Margarida Fernandes Pereira do NascimentoA liderança é considerada extremamente importante no meio laboral. Nas últimas décadas a vertente negra da personalidade tem vindo a ganhar destaque, nomeadamente a Dark Triad que engloba os traços de Maquiavelismo, Narcisismo e Psicopatia. Com isto, torna-se importante o estudo da liderança negra em contexto de trabalho, assim como perceber os outcomes que advêm das mesmas. Assim, o presente estudo tem como objetivo entender se a percecção de traços dark nos chefes pelos colaboradores influencia positivamente a sua intenção de saída. Além disso, pretende compreender se a insegurança laboral medeia a relação destes dois construtos. A amostra da presente investigação é composta por 184 participantes que se voluntariaram a responder a um questionário para avaliar a perceção que os mesmos tinham dos traços dark nos chefes, a intenção de saída e a insegurança laboral. Os resultados encontrados demonstraram que a perceção dos três traços dark nos chefes influenciam positivamente a intenção de saída dos colaboradores e que a insegurança laboral medeia, de forma parcial, a relação entre os dois construtos. Com esta investigação conclui-se a urgência de adotar estratégias que minimizem o impacto das atitudes e comportamentos destes chefes, de modo a que os colaboradores tenham menores intenções de saída e que sintam menos insegurança no seu local de trabalho.
- O papel mediador do desempenho adaptativo na relação entre a autonomia e o bem-estar afetivo no trabalho e o papel moderador da mindfulnessPublication . Cabral, José Pedro Seabra de Figueiredo de Assis; Caetano, AntónioNum mundo cada vez mais incerto e volátil, compreender o que prediz maiores níveis de bem-estar no trabalho torna-se um problema central para que as organizações consigam estabelecer culturas saudáveis para si e para os seus colaboradores. Neste sentido, o presente estudo teve como principal objetivo alargar o conhecimento sobre de que forma é que a autonomia no trabalho está associada ao bem-estar afetivo através do desempenho adaptativo, como variável mediadora, e quando é que a mindfulness, enquanto variável moderadora, pode afetar esta relação. Aplicou-se um inquérito online respondido por 262 participantes. Os resultados demonstraram que a autonomia está positiva e significativamente associada ao bem-estar afetivo, sendo o desempenho adaptativo um mediador parcial desta relação. Verificou-se também que, quando a mindfulness é baixa, a existência de maior autonomia no trabalho e de maior desempenho adaptativo contribuem para que haja níveis de bem-estar afetivo mais elevados. Este estudo permitiu alargar o conhecimento sobre alguns processos que intervêm no bem-estar afetivo no trabalho, com saliência para o papel moderador da mindfulness. Com base nestes resultados, as organizações podem ponderar desenvolver programas de intervenção quer sobre a conceção e organização do trabalho quer sobre as competências dos colaboradores que permitam promover o seu desempenho e bem-estar afetivo.