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- Uma abordagem holística dos factores psicossociais no local de trabalho: estudo dos seus antecedentes e consequentesPublication . Lopes, Catarina de Figueiroa Rego De Figueiredo; Ribeiro, Rui BártoloOs factores psicossociais no local de trabalho, positivos e negativos, compreendem os aspectos inerentes à organização, conteúdo, condições e ambiente de trabalho, sendo responsáveis pela variabilidade encontrada na saúde ocupacional dos trabalhadores. O presente trabalho procurou estudar: (i) o efeito mediador do papel de gestão do superior hierárquico na relação entre a cultura organizacional e os factores psicossociais; e o (ii) efeito mediador das variáveis satisfação no trabalho, stress, burnout problemas em dormir e sintomas depressivos, na relação entre factores psicossociais e a percepção de saúde geral. Foi realizado um estudo correlacional com recolha de dados online, através de um questionário de autopreenchimento, que contou com a colaboração de uma empresa portuguesa de administração pública. A amostra (n=624) é constituída exclusivamente por trabalhadores portugueses por conta de outrem, com idades entre os 19 e os 66 anos (M=46,45; SD=8,97), dos quais 63% são do sexo feminino. Os resultados evidenciaram existir: (i) um efeito de mediação parcial positivo dos papéis de gestão broker, coordenador e produtor na relação entre o modelo de cultura de relações humanas e a maioria dos factores psicossociais positivos (e.g., significado do trabalho); e (ii) um efeito de mediação total da satisfação intrínseca, burnout e sintomas depressivos na relação entre o conflito de papéis laborais e a percepção de saúde geral. Conclui-se que o tipo de cultura organizacional e os papéis de gestão do superior hierárquico poderão ser importantes preditores dos factores psicossociais. Discutem-se as limitações metodológicas e implicações práticas, sobretudo, ao nível da prevenção e intervenção em contexto organizacional.
- Análise do mito pessoal de Batman à luz da novela gráfica “O regresso do cavaleiro das trevas” de Frank Miller: A hipótese da “Chiropterantropia”Publication . Baptista, Manuel Guilherme Cardoso; Carreiras, Maria Antónia Trigueiros de CastroApós 78 anos de ter sido criado, a personagem de Batman tem vindo ganhar nas últimas décadas relevância mediática, impulsionada pela transição das narrativas da personagem da banda desenha para o grande ecrã. Na actualidade, Batman é considerado como um dos super-heróis mais emblemáticos, adquirindo o estatuto de ícone cultural, sendo igualmente reconhecido tanto por fãs, como por leigos. Face a tal mediatismo, torna-se pertinente refletir sobre uma personagem tão relevante nos dias de hoje. Entendeu-se por mito pessoal de Batman, o conjunto de elementos canónicos que formam a narrativa base sobre o mesmo. Com o presente trabalho pretendeu-se analisar o mito pessoal de Batman à luz da novela gráfica “O regresso do cavaleiro das trevas”, de modo a compreender as motivações e fantasias de Batman que estão por detrás da sua transformação em “Homem-Morcego” e da sua demanda contra o crime. Formulou-se uma conceptualização do mundo interno de Batman e com base na mesma colocou-se a hipótese da “Chiropterantropia”, processo transformativo intrapsíquico, que assume duas funções defensivas (refúgio psíquico; repleção narcísica) e que culmina na transformação externa em Batman. A hipótese formulada foi posteriormente comparada com o mito pessoal de Batman. Concluiu-se que o mito pessoal de Batman resultou da reorganização e reconstrução dos seus dados biográficos, sob a influência das suas fantasias precoces, que conduzem, em última instância, à “Chiropterantropia” e à sua demanda contra o crime. A culpa inconsciente de Batman é o elemento central e oculto a partir do qual o seu mito pessoal se constrói.
- A experiência subjetiva da dependência do facebook numa perspetiva fenomenológico-existencialPublication . Barral, Ana Filipa Gonçalves; Rodrigues, Vitor AmorimA utilização excessiva das redes sociais, principalmente do Facebook, para alguns indivíduos parece tornar-se uma dependência, estando relacionada com problemas ao nível da saúde e bem-estar. A dependência do Facebook embora, ainda não seja, formalmente reconhecida como um diagnóstico clínico, tem vindo a ser amplamente estudada na literatura. Contudo, parece existir, uma falha de estudos de caráter qualitativo e/ou numa perspetiva Fenomenológica-Existencial que permitam compreender e descrever este fenómeno. Embora, certas estratégias terapias e intervenções de autoajuda, tenham sido propostas, torna-se necessário perceber, se os problemas causados por esta dependência merecem uma atenção clínica. Pretende-se com este trabalho, a realização de uma revisão de literatura que permita uma reflexão sobre o conhecimento da Psicologia acerca deste tema.
- Viajar no tempo com a música: Indução do humor através da música e as narrativas autobiográficasPublication . Rolo, Joana Margarida Loureiro; Cláudio, VictorPela sua relevância na identidade, sentido de vida e relações estabelecidas, as memórias autobiográficas constituem um elemento essencial na compreensão do ser humano. As narrativas verbais de acontecimentos autobiográficos constituem um processo de conversão de memórias autobiográficas em palavras, que permitem uma melhor integração das experiências individuais e subjetivas de cada um, a par da sua comunicação. Para além disso, essa transformação de memórias em palavras permite o estudo das mesmas. O objetivo desta investigação foi estudar a influência da indução do humor através da música (triste/alegre) nas narrativas de acontecimentos autobiográficos. Foi aplicado um protocolo constituído pela Tarefa de Narrativas Autobiográficas, Escala de Avaliação Emocional, Inventário de Depressão de Beck, Inventário de Ansiedade Estado e Traço, Escala de Desejabilidade Social, Escala de Vinculação do Adulto e Inventário de Sintomas Psicopatológicos, a uma amostra de 66 sujeitos, estudantes universitários. Metade dos participantes foi sujeito à audição de uma Música Triste e a outra metade à audição de uma Música Alegre. Foi encontrado um efeito de congruência das valências emocionais dos estados afetivos reportados depois da audição das músicas tanto em relação à valência emocional da música, como à valência emocional da narrativa autobiográfica. Não foram encontradas diferenças nas valências emocionais das narrativas entre indivíduos com e sem sintomatologia psicopatológica, nem entre padrões de vinculação seguros/inseguros. Foi encontrada uma diferença no número de palavras usado em narrativas emocionalmente ambivalentes relativamente às puramente negativas ou positivas. Analisou-se e discutiu-se, à luz da literatura existente, o conteúdo das narrativas.
- Crianças em equitação terapêutica: As vivências de pais e educadoresPublication . Silva, Joana Marques da; Gonzalez, António José César de AlmeidaProblema: A equitação terapêutica tem sido bastante estudada, contudo existem algumas lacunas no que diz respeito ao conhecimento da perspetiva dos pais/tutores que acompanham os seus filhos/educandos nas sessões. Objetivo: Este estudo pretende compreender a experiência vivida pelos pais/tutores no acompanhamento dos seus educandos durante as sessões de equitação terapêutica. Método: Entrevistas semiestruturadas de investigação, com base no método fenomenológico, a 4 pais/tutores com idades compreendidas entre os 30 e os 62 anos, analisadas através do mesmo método. Resultados: Emergiram os significados psicológicos das diferenças sentidas a nível motor e comportamental, da experiência pessoal positiva da Equitação Terapêutica, da experiência da primeira sessão, do impacto na relação pais/tutor-filho/educando, da vivência da relação criança-cavalo de forma positiva e evolutiva e da partilha da prática da equitação na escola e com os colegas. Discussão: Existe uma evidente ligação entre todos os significados psicológicos que levam a que estes pais/tutores se sintam satisfeitos e envolvidos com a equitação terapêutica.
- Assessing personality disorders in adolescence : a validation study of the IPOP-APublication . Leal, I.; Silva, Sara Bailote; Ramos, Maria Meireles; Pedreira, Marta; Ramos, Vera Santos; Pires, PedroBackground: The need to develop clinical and empirically-based tools for assessing personality development in adolescence led to the proposal of the IPOP-A (Ammaniti, Fontana, Kernberg, Clarkin, & Clarkin, 2011), a semi-structured interview for adolescents that aims to differentiate personality organization processes from characteristics that may reflect a personality disorder. Objective and Method: This research aimed to evaluate the adaptation of the IPOP-A to the Portuguese population, attending to its diagnostic properties and its discriminant validity by comparing a clinical group with a nonclinical one. A total sample of 44 adolescents from 13 to 18 years old has taken part in this study, 22 of whom had a previous personality disorder diagnosis. The content of the interviews was transcribed and codified according to the coding manual. Results: Acceptable internal consistency values across the dimensions of the IPOP-A are found and statistically significant differences are revealed between the clinical group and nonclinical group, with the clinical group revealing values that suggest higher impairment in the dimensions of the personality functioning in comparison with the nonclinical one. Conclusion: Our study supports that the Portuguese version of the IPOP-A can be considered a valid instrument to identify adolescents with a personality disorder
- Quando o amor, o cuidar e a dor se unem - Cuidadores informais: A relação entre a ansiedade, a depressão, o stresse, o luto antecipatório e a sobrecarga do cuidarPublication . Garcia, Rita Sofia Montez; Pereira, Maria GouveiaDiversos estudos apontam para um impacto significativo no bem-estar do doente consoante o bem-estar do cuidador, nomeadamente a sobrecarga sentida pelo cuidador implica uma diminuição do bem-estar do doente (Bakker et. al, 2017). Assim, é essencial realizar um estudo de modo a avaliar variáveis psicopatológicas que podem surgir durante a prestação de cuidados em cuidadores informais. O presente estudo tem como primeiro objectivo compreender se a Ansiedade, o stresse, a depressão e a sobrecarga estão correlacionados. Como segundo objectivo pretende-se explorar se o luto antecipatório tem influência nos níveis de Sobrecarga e nos níveis de Depressão do cuidador informal, bem como analisar se o grau de parentesco entre o cuidador e a pessoa cuidada introduz diferenças nas variáveis em estudo. Participaram 151 cuidadores informais e foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Ansiedade, e Depressão e Stresse (Honrado, Leal & Pais-Ribeiro em 2009), Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (Martins, Ribeiro & Garret, 2006) e o Inventário do Luto para os Cuidadores de Marwit-Meuser – Forma Reduzida (Areia, Major & Relvas, 2017). Verificou-se que a Depressão, o Stresse, a Ansiedade e a Sobrecarga se encontram correlacionadas e que a Sobrecarga Emocional e o Suporte Familiar são variáveis preditoras da Ansiedade. A Depressão e o Stresse têm impacto nas dimensões da Sobrecarga. Concluiu-se que o Luto Antecipatório, a Sobrecarga e a Depressão também se encontram correlacionados. Verificaram-se diferenças consoante o grau de parentesco entre cuidador e pessoa cuidada na Ansiedade, no Stresse e em três dimensões da sobrecarga.
- A prática religiosa e a sua relação com a Espiritualidade e com o Florescimento PsicológicoPublication . Leiria, André Henrique Pereira; Gouveia, Maria João Pinheiro MoraisA religião é um contexto muito importante para muitos indivíduos na sociedade e a espiritualidade é vista como uma dimensão fundamental para o bem-estar de cada um (Aldwin, et al, 2014) Este trabalho teve como principais objetivos a analise da possível relação entre a prática religiosa com os níveis de bem-estar espiritual e os níveis de florescimento psicológico; e verificar a relação entre as dimensões do bem-estar espiritual com as dimensões do florescimento psicológico. Os instrumentos utilizados para o efeito foram o Spiritual Health and Life Orientation Measure (SHALOM) e o PERMA-Profiler (Seligman, 2011; Butler e Kern, 2013). O estudo contou com 837 participantes com idades compreendidas entre os 18 e os 83 anos (M= 41,34; DP= 11,97), dos quais 69,9% são do sexo feminino e 30,1% do sexo masculino. Deste amostra, 63,7% indicam ter uma prática religiosa. Os resultados demonstraram a existência de uma relação significativa entre ter uma prática religiosa e os níveis de bem-estar espiritual, bem como nos níveis de florescimento psicológico. A frequência da prática religiosa indicou que quanto maior for a sua regularidade, mais altos são os níveis de bem-estar espiritual e de florescimento psicológico. E quanto menor for a prática, mais altos são os níveis das dimensões Emoções Negativas e Solidão do florescimento psicológico. A relação entre as dimensões do bem-estar espiritual e as dimensões do florescimento psicológico demonstrou ser positiva, no entanto, revelou-se fraca. Conclui-se que ter uma prática religiosa tem uma importância para o bem-estar do indivíduo, no entanto, admite-se que possa não ser relevante para todos os seres humanos.
- O comportamento de partilha depende das características do destinatário? Um estudo com crianças em idade pré-escolarPublication . Andrade, Bruna Gaspar; Menéres, SofiaO presente estudo investiga se o comportamento de partilha, varia em função das características dos destinatários, em crianças de idade pré-escolar. Participaram neste estudo cento e oitenta e seis crianças de três, quatro e cinco anos. O comportamento de partilha foi avaliado através do Jogo do Ditador, onde os participantes tiveram a oportunidade de doar autocolantes a nove destinatários hipotéticos: neutro, moralmente merecedores (partilha, não empurra), moralmente não merecedores (partilha, empurra), em necessidade (com poucos brinquedos, triste) e sem necessidade (com muitos brinquedos, contente). Quando comparadas com as crianças de três e quatro anos, as crianças de cinco anos deram mais autocolantes aos destinatários com poucos brinquedos, que partilha, triste e contente. Além disso, contrariamente às crianças de três e quatro anos, que não apresentaram diferenças na forma como partilharam autocolantes com os destinatários, as crianças de cinco anos deram mais autocolantes aos destinatários com poucos brinquedos, contente e menos aos destinatários que não partilha e que empurra. No seu conjunto, estes resultados indicam que as crianças de três e quatro anos ainda não utilizaram pistas contextuais, para adaptarem as suas decisões de partilha, ao contrário das crianças de cinco anos. São discutidas implicações destes resultados para a compreensão do comportamento de partilha.
- Vinculação parental e vinculação amorosa: Um estudo com jovens adultosPublication . Mota, Sara Filipa dos Santos; Pereira, Maria GouveiaEste estudo enquadra-se na teoria da vinculação (Bowlby, 1969; Bartholomew, 1990) e tem como objectivo avaliar a percepção dos jovens adultos sobre a sua Vinculação Parental, a sua Vinculação Amorosa e analisar a relação entre estas variáveis em função da configuração familiar. Foram aplicados o Questionário de Vinculação ao Pai e à Mãe (QVPM) (Matos & Costa, 2001) e o Questionário de Vinculação Amorosa (QVA) (Matos, Barbosa & Costa (2001), versão reduzida) a 227 jovens adultos (66 filhos de pais divorciados e 161 filhos de pais casados), com uma média de idades de 25.65 anos. Os resultados obtidos demonstram que o padrão de vinculação destes jovens adultos é maioritariamente seguro (39.6% ao pai; 55.9% à mãe; 45.4% ao parceiro amoroso). Verificou-se a existência de uma correlação positiva entre a vinculação parental e a vinculação amorosa, embora apenas significativa relativamente à mãe, ou seja, o tipo de vinculação à mãe prediz o tipo de vinculação ao parceiro amoroso (rs = 0.186, p < 0.01). O divórcio parental não se demonstrou relacionado com a vinculação ao par amoroso 2א) (3)= 3.113, p=ns).