Browsing by Author "Sani, Ana Isabel"
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- Questionário de diagnóstico local de segurança : Estudo numa comunidade urbanaPublication . Sani, Ana Isabel; Nunes, Laura M.Este texto apresenta de um questionário construído em colaboração com o Comando Metropolitano do Porto, que intervém numa comunidade urbana problemática, situada na freguesia da Sé, Porto. Subjacente à construção do questionário para levantamento de Diagnósticos Locais de Segurança (DLS), segundo as diretrizes ministeriais nacionais, esteve a necessidade de, naquela comunidade urbana, se caracterizar o sentimento de (in)segurança dos moradores nas suas componentes objetiva e subjetiva. O instrumento, cuja versão final é composta por cinco secções, foi administrado a uma amostra de 244 indivíduos de ambos os sexos, residentes, trabalhadores ou estudantes naquela região e com idades entre os 16 e os 82 anos. O estudo transversal e descritivo revelou o predomínio de uma perceção de segurança, não obstante a noção de aumento da criminalidade. O tráfico de drogas surgiu como crime mais frequente, e os mais temidos foram furto/roubo, assalto a residência e tráfico de drogas. O desemprego e os problemas económicos foram percebidos como causas para o aumento da criminalidade. A reabilitação urbana e o aumento de policiamento foram medidas sugeridas para aumentar a segurança. Estes e outros resultados reforçam a importância de diagnósticos locais de segurança, para a elaboração de estratégias preventivas adequadas a cada comunidade específica.
- Segurança e vitimação entre estudantes universitários na cidade do PortoPublication . Nunes, Laura M.; Sani, Ana Isabel; Caridade, Sónia Maria; Sousa, Hélder Fernando; Dinis, Maria Alzira PimentaResumo: Apresenta-se um estudo exploratório com 307 estudantes de instituições de ensino superior do Porto. Os participantes de ambos os sexos, com idades entre os 18 e os 48 anos (M=23; DP=5.6) responderam a um questionário de diagnostico local de segurança, a fim de captar as percepções sobre o crime e a vitimação na área, os sentimentos de segurança e as concepções sobre a actuação policial. Os resultados apontam para uma percepção geral de segurança, apesar dos roubos ou dos peditórios reportados. A experiencia de vitimação (15%), nem sempre reportada as autoridades, traduziu-se numa percepção fragilizada quanto a actuação policial. O estudo permite concluir pela importância da formulação estratégica de planos de segurança baseada numa participação da comunidade.
- «Ser ou Não Ouvida» : perceções de Crianças Expostas à Violência DomésticaPublication . Azevedo, Vera; Sani, Ana IsabelResumo: Este estudo qualitativo, de caráter exploratório e descritivo, foi realizado junto de crianças vítimas de violência doméstica e teve como objetivo geral compreender como aquelas percecionam o facto de serem ou não ouvidas no âmbito dos processos em que estão envolvidas. A amostra intencional foi composta por dez crianças portuguesas, com idades entre os sete e os 17 anos, de ambos os sexos, que se encontravam acolhidas com as suas mães em casa de abrigo para vítimas de violência doméstica há pelo menos um mês. Os dados foram recolhidos através de entrevista semiestruturada, previamente testada. Da análise do conteúdo das respostas salienta-se a emergência de duas categorias, ‘auscultação da criança pelos adultos’ e ‘participação em tribunal’, com base nas quais se discute a importância da escuta da opinião da criança, ajudando na compreensão de como esta pensa e sente determinadas questões e como pode contribuir para a resolução de certos problemas. A maioria das crianças deseja poder expressar perante o magistrado algumas das suas necessidades, sendo uma delas a garantia de segurança, através do afastamento do agressor. Discute-se com base nestes resultados qualitativos a relevância da participação da criança em decisões da justiça.
- Toxicodependência e vitimação : Inquérito dirigido a indivíduos dependentes de drogasPublication . Nunes, Laura M.; Sani, Ana IsabelA toxicodependência apresenta-se ligada a outros problemas, como a prática criminosa e a vitimação. Esta última não tem sido suficientemente explorada, verificando-se que os inquéritos de vitimação não apuram o papel das drogas nas ocorrências criminais, nomeadamente, no que diz respeito à vítima. Contudo, é frequente a presença de substâncias, tanto no ofensor, como na vítima ou em ambos. Este trabalho explora alguns modelos teóricos que acabam por corroborar a ideia de que o toxicodependente é frequentemente vítima de crime, apresentando-se um questionário construído para a realização de inquéritos de vitimação sobre a população toxicodependente. Através do instrumento podem inquirir-se os indivíduos a respeito da vitimação vivida no período antecedente à toxicodependência e na fase de dependência. Assim, após os dados sociodemográficos, questiona-se a vitimação prévia à dependência, as circunstâncias e condições dessas ocorrências, seguindo-se outra parte referente à vitimação vivida na fase de toxicodependência, às circunstâncias e condições em que tal se verificou, havendo sempre referência ao eventual papel das drogas consumidas, pelas vítimas e/ou ofensores. Conclui-se ser muito importante avaliar a vitimação de populações específicas como esta, devendo atender-se ao papel das drogas e integrando-se a componente da vitimação nos programas de atendimento a toxicodependentes.
- Versão Portuguesa da Escala de Perceção da Criança sobre os Conflitos Interparentais – Versão para crianças dos 7 aos 9 anos (EPCCI-C)Publication . Sani, Ana Isabel; Almeida, Telma CatarinaResumo: As perceções da criança acerca dos conflitos interparentais constituem um importante fator mediador do impacto que estes têm no seu desenvolvimento, pelo que se torna crucial uma adequada avaliação. Neste artigo apresentamos a versão portuguesa da Escala de Perceção da Criança dos Conflitos Interparentais (EPCCI-C), cujo original designado por Children’s Perception of Interparental Conflict Scale for Young Children (CPIC-Y) foi desenvolvido por Grych em 2000. Esta escala de autorrelato tem como objetivo avaliar as perceções produzidas pelas crianças entre os sete e os nove anos de idade acerca dos conflitos entre os pais, tais como as características dos incidentes, a perceção de ameaça, de culpa e a representação sobre a relação pais-criança. Esta versão foi testada em contexto escolar com uma amostra de crianças do 1º ciclo de ensino básico e revelou boas qualidades psicométricas. Estas propriedades e outros elementos caracterizadores do instrumento são discutidos neste artigo.