Browsing by Author "Maia, Joana"
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- Representações de vinculação na infância: Competência verbal, estabilidade e mudançaPublication . Maia, Joana; Veríssimo, Manuela; Ferreira, Bruno; Monteiro, Lígia Maria Santos; Antunes, Marta Justino FerrúcioVisando identificar diferenças individuais no modo como as crianças encenam uma variedade de situações relacionadas com a vinculação, o Attachment Story Completion Task (ASCT, Bretherton & Ridgeway, 1990) tem sido utilizado em diferentes culturas, sendo uma das metodologias narrativas de completamento de histórias mais utilizadas durante o período pré-escolar. Não obstante o vasto reconhecimento do seu valor, tanto clínico como empírico, mais estudos revelam-se indispensáveis para confirmar a validade discriminativa do ASCT face a medidas de competência verbal, bem como para clarificar alguns aspectos relacionados com a sua fiabilidade. Procurando contribuir para uma melhor compreensão da utilização do instrumento na população portuguesa, o presente estudo debruçase especificamente sobre a potencial influência da idade e do Q.I. verbal nas respostas dadas pelas crianças. O ASCT foi aplicado a 159 crianças em idade pré-escolar e escolar (M=66.11, DP=9.96), tendo o desempenho dos sujeitos ao longo da tarefa sido analisado através de uma escala contínua de segurança, por investigadores independentes, previamente treinados. Os valores de segurança (quer história a história, quer no conjunto das histórias) não apresentaram associações relevantes com nenhuma das variáveis sócio-demográficas consideradas, nem com a idade dos participantes. Foi, no entanto, encontrada uma associação positiva, de fraca intensidade com o Q.I. verbal, estimado através da WPPSI-R [Wechsler, 1989) (r=.16, p(unilateral)<.05]. A estabilidade da medida foi explorada numa sub-amostra de 34 sujeitos, após um intervalo temporal de, aproximadamente, 11 meses. Verificou-se que, embora haja uma tendência para o desempenho global dos sujeitos ser avaliado, em termos da média grupal, de forma significativamente mais elevada [t(33)=2.50, p(unilateral)<.01, d=.49], quando avaliada intra-sujeitos, a segurança mostra-se moderadamente estável (r=.33, p<.05, n=34). Final - mente, foram encontradas evidências que sugerem influências recíprocas, ao longo do desenvolvi - mento, entre aspectos associados à segurança das representações e capacidade verbal.
- Singularidades de género nas representações de vinculação durante o período pré-escolarPublication . Maia, Joana; Veríssimo, Manuela; Ferreira, Bruno; Ferreira, Bruno; Silva, Filipa; Antunes, MartaVisando identificar diferenças individuais no modo como as crianças encenam uma variedade de situaçõesrelacionadas com a vinculação, o Attachment Story Completion Task-ASCT (Bretherton. Ridgeway, &Cassidy, 1990) tem sido utilizado em diferentes culturas, tanto com amostras clínicas como normativas,sendo uma das metodologias de narrativas mais utilizadas durante o período pré-escolar. Todavia, umponto problemático da sua utilização prende-se com o facto de alguns estudos reportarem especificidadesao nível dos perfis narrativos evidenciados por meninos e meninas o que, do ponto de vista da Teoria daVinculação, não seria de esperar. O ASCT foi aplicado a 252 crianças em idade pré-escolar (M=62; DP=15,1) tendo as narrativas sido analisadas através de uma escala contínua de segurança. Não foi encontradanenhuma relação significativa entre a segurança das narrativas e o Q.I. verbal dos participantes. Nasrespostas ao ASCT verificou-se uma diferença em função do género [F(1, 253)=11,8, p<0,01], com ashistórias produzidas pelas raparigas, em média, a receberem pontuações mais elevadas na dimensãosegurança. Várias hipóteses teóricas são exploradas para explicar os perfis encontrados e, partindo daideia avançada por Oppenheim (1997) de que a aplicação deste tipo de metodologias representa umasituação indutora de ansiedade para a criança, é dado destaque à tese evolutiva proposta por Taylor et al.(2000) que afirma existir divergências ao nível das estratégias de regulação emocional tendencialmenteadoptadas pelos dois sexos em situações de stress e de conforto interpessoal.