Psicologia das Organizações
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Browsing Psicologia das Organizações by advisor "Barracho, Carlos"
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- Burnout nos profissionais dos centros de atendimento de toxicodependentes: Causas e consequênciasPublication . Correia, Anabela G.; Barracho, CarlosBaseando-nos no modelo de Jackson, Schwab e Schuler (1986a), para determinar as causas e consequências do burnout, neste estudo apresentamos um modelo integrado de burnout, onde analisaremos as possíveis relações entre factores antecedentes ou preditores de burnout (organizacionais e individuais) e as consequências deste no comportamento de um grupo específico. As variáveis preditoras do burnout, foram classificadas em a) factores organizacionais, que correspondem às subescalas definidas pela Work Environment Scale (envolvimento, coesão, supervisão, autonomia, orientação, pressão, clareza, controlo, inovação e conforto) e b) factores individuais como o sexo, idade, escolaridade, estado civil, existência de filhos, grupo profissional, funções de chefia, tempo de exercício na função', vínculo laborai e horas que trabalha por dia. Para as consequências foram consideradas as seguintes variáveis: turnover, absentismo, satisfação no trabalho e sintomas psicossomáticos. O burnout foi definido como uma síndroma composta por três componentes: exaustão emocional, despersonalizacão e realização pessoal, de acordo com Maslach e Jackson (1981a). A população considerada foram todos os profissionais dos Centros de Atendimento de Toxicodependentes de Lisboa e Vale do Tejo (N=188). Destes, 88-sujeitos, 47% da amostra total, responderam aos instrumentos. Foram colocadas as hipóteses de que o burnout estava associado com alguns dos dez factores organizacionais considerados e com alguns dos dez individuais, que influenciariam este. Para as consequências hipotetisámos a relação do burnout com as quatro variáveis retiradas da literatura, .acima referidas . Utilizámos um instrumento composto por três questionários: o Maslach Burnout Inventory (MBI) para avaliar os três componentes do burnout, o Work Environment Scale (WES) para avaliar os factores organizacionais e um conjunto de questões para avaliar os factores individuais e as consequências do burnout no comportamento. No que respeita à validação das escalas, na escala MBI os resultados encontrados apontam no sentido de boas qualidades métricas, no que respeita à consistência interna e validade. Quanto à escala WES, no que respeita à consistência interna esta não apresentou tão boas qualidades métricas, mas apesar de não serem os resultados desejáveis, considerámo-los aceitáveis. Baseados no Maslach Burnout Inventory, verificamos que apenas na subsescala de exaustão emocional, os sujeitos apresentam valores elevados da síndroma de burnout (média = 26). Atendendo às hipóteses colocadas, para o tratamento dos dados, procedeu-se à análise de variância (ANOVA) e à análise de regressão (regressão linear múltipla), relativamente aos factores individuais e organizacionais, respectivamente. Os dados sugerem que em relação aos factores preditores de burnout estudados, poucas associações foram verificadas, e as encontradas apresentaram uma grande dispersão, não sendo possível comprovar ou infirmar com precisão a existência de preditores de burnout e as consequências deste, mas apenas fazer inferências acerca do tipo de associação positiva ou negativa entre as variáveis. Em relação aos factores individuais, significativas diferenças foram encontradas entre as variáveis sexo, idade e tempo de exercício na função na dimensão exaustão emocional e entre a variável tempo de exercício, na função e a despersonalização. Verificando-se assim, que são os profissionais do sexo masculino e os profissionais que têm menos de 25 anos, que parecem ser os grupos mais afectados com a síndroma de exaustão emocional. Quanto ao tempo de exercício da função, constatou-se que são os profissionais com menos de 1 ano de experiência profissional, que apresentam níveis mais altos de exaustão emocional e os com mais de 10 anos de experiência profissional, que apresentam níveis mais altos de despersonalização. Quanto aos dez factores organizacionais considerados somente em três se verificou alguma relação com as subescalas do Maslach Burnout Inventory, são: a pressão no trabalho associada à exaustão emocional; a autonomia e o envolvimento associados à despersonalização e à realização pessoal. No que respeita às consequências, verificamos que os sintomas psicossomáticos, a satisfação no trabalho e o turnover, são os factores mais associados à síndroma de burnout. Assim, apesar das correlações encontradas não serem fortes, verificamos que a exaustão emocional é a dimensão que mais se relaciona com os sintomas psicossomáticos. Apresentando a satisfação profissional uma associação negativa com a despersonalização e positiva com a realização pessoal. Quanto ao turnover constatamos que são os profissionais que mais desejam sair da organização, os que apresentam maiores níveis de despersonalização, e os que não desejam sair os que se sentem mais realizados profissionalmente. Atendendo a estes resultados, um modelo mais compreensivo deverá ser desenvolvido sobre a relação entre preditores, sintomas psicológicos de burnout e as consequências deste. As organizações deverão preocupar-se em diagnosticar factores que têm um efeito significativo nos aspectos do burnout e implementar estratégias para prevenir e reduzir o burnout e as suas consequências, porque não o fazendo colocam em risco o bom funcionamento dos serviços.
- Decisão/participação: Uma dimensão critica da liderança em enfermagemPublication . Neves, Odília Maria Taleigo; Barracho, Carlos
- Espaço clínico: A influência do espaço das unidades de cuidados intensivos no clima socialPublication . Luis, Almerinda Franco; Barracho, CarlosPretende-se com a presente Tese de Mestrado, verificar se existe influência do tipo de espaço de trabalho (aberto / fechado ) das unidades de cuidados intensivos ( UCI), no clima social dos grupos que nelas desenvolvem a sua actividade profissional. A população é constituída por 96 sujeitos de ambos os sexos e de 5 grupos profissionais, dos quais 36 pertencem à unidade de estrutura aberta e 60 à unidade de estrutura fechada. Participaram no estudo todos os sujeitos que durante o período definido para a recolha dos dados se encontravam a trabalhar e que reuniam os critérios de inclusão no estudo. Por condicionalismos que se prendem com o reduzido número de sujeitos de alguns grupos profissionais, a análise dos resultados incide apenas sobre três grupos - médicos, enfermeiros e auxiliares de acção médica. O presente estudo apresenta um design factorial 2*3, sendo consideradas como variáveis independentes, o tipo de espaço (aberto / fechado) e a profissão e como variáveis dependentes, três dimensões do clima social - a coesão do grupo, o controlo e conforto físico. O instrumento de medida do clima social é a " Work Environment Scale " ( W.E.S.), a escala desenvolvida por Moos e Insel em 1974, que contempla dez variáveis incluindo o conforto físico. A partir da análise dos resultados verifica-se que existem diferenças significativas de percepção do ambiente social, consoante o tipo de estrutura física do local de trabalho. Na globalidade, os sujeitos da unidade aberta percepcionam o clima de uma forma mais positiva. Verifica-se que os profissionais da unidade aberta percepcionam mais coesão, mais apoio do chefe ou supervisor (p< .01), mais autonomia e mais inovação (p< .05), do que os profissionais da unidade de espaço fechado. Relativamente à unidade de espaço fechado, os indivíduos na globalidade, percepcionam mais controlo por parte dos supervisores ou chefes e mais conforto físico (p< .05) do que os indivíduos da unidade de espaço aberto. Também se verifica que existe diferença de percepção do clima, entre os enfermeiros de ambas as unidades. Os enfermeiros da unidade aberta percepcionam mais envolvimento, mais coesão, mais apoio do chefe, mais autonomia, mais inovação (p<- .01) e mais clareza (p< .05) do que os enfermeiros da unidade de espaço fechado. Os enfermeiros da unidade fechada percepcionam mais controlo (p< .05) do que os seus pares da unidade aberta. Também é objectivo deste estudo, verificar se as percepções do clima diferem de acordo com o tipo de profissão. Relativamente aos profissionais da unidade aberta, verifica-se que os enfermeiros percepcionam a dimensão do relacionamento (o envolvimento, a coesão e o apoio), de forma significativamente mais positiva (p< .05) do que os médicos. Relativamente à dimensão desenvolvimento pessoal, a orientação para a tarefa é percepcionada de um modo significativamente mais acentuado (p< .05) pelos enfermeiros, relativamente aos médicos. No que se refere à dimensão sistemas de manutenção e mudança, também se verifica que existem diferenças significativas (p< .05) de percepção do clima. entre médicos e enfermeiros, com os enfermeiros a apresentarem níveis superiores de controlo, de clareza, de inovação e de conforto físico, do que os médicos. No que diz respeito às diferenças de percepção entre enfermeiros e auxiliares de acção médica verifica-se que na unidade aberta os enfermeiros percepcionam de uma forma significativamente mais .05) o apoio do chefe, a autonomia e o conforto físico, relativamente aos auxiliares de acção médica. No que se refere aos médicos e auxiliares de acção médica da unidade aberta, apenas se verifica have diferença significativa (p< .05) na percepção do controlo, com os auxiliares a percepcionarem mais controlo por parte do chefe. Na unidade fechada, verifica-se que existe diferença de percepção entre médicos e enfermeiros relativamente à pressão no trabalho (p< .01), sendo que esta é percepcionada de forma mais acentuado pelos enfermeiros. Entre os médicos e auxiliares de acção médica, verifica-se que os médico percepcionam a coesão de forma significativamente mais positiva (p< .05) e que os auxiliares de acção médica percepcionam mais pressão no trabalho e mais conforto físico do que os médicos (p< .05).
- Homens e mulheres em armas: O confronto de duas identidadesPublication . Castelão, Maria Paula L.; Barracho, CarlosInexistente
- Influência do espaço clínico nas relações interpessoais dos médicos e enfermeiros dum hospital psiquiátricoPublication . Santos, Maria da Conceição; Barracho, CarlosEsta dissertação tem como finalidade descrever e analisar a influência do espaço de trabalho nas relações interpessoais dos médicos e enfermeiros. O estudo procura compreender o espaço hospitalar como núcleo de influência no processo de comunicação, e as relações interpessoais através das percepções dos profissionais. A inexistência de qualquer estudo que permitisse compreender a influência do espaço de trabalho nas relações interpessoais, foi um dos factores que contribui para c desenvolvimento deste tema. A abordagem teórica incidiu nos conceitos teóricos de Hall, Moles, Fischer e Barracho sobre o "Espaço", os das "Relações Interpessoais" em Heider, Littlejohn e outros. A operacionalidade do nosso estudo, teve por base os pressupostos dos estudos exploratórios. Limitou-se ao espaço hospitalar psiquiátrico do Hospital Júlio de Matos, atendendo à dimensão do estudo e à acessibilidade da colheita de dados. Para a realização do pré-teste, foi seleccionado o Hospital Sobral Cid-Coimbra, cujos espaços são semelhantes ao Hospital que pretendíamos estudar. O estudo, fundamenta-se na percepção de 103 sujeitos (médicos e enfermeiros) , que se encontam no exercicio das suas funções no período da aplicação do instrumento de colheita de dados. O método utilizado para instrumento de recolha de informação foi um questionário, com base nas entrevistas não estruturadas, análise documental/observação e entrevistas semi-estruturadas. A análise documental teve como finalidade a análise de peças desenhadas, a observação dos espaços dos serviços que permitem o agrupamento de acordo com as características arquitectónicas. O questionário, teve com base procurar avaliar as percepções dos médicos e enfermeiros {N=103), através da objectivação no que se refere ao espaço de trabalho e as relações interpessoais, o que permitiu associar as duas variáveis em estudo. Procurou-se complementar as opiniões recolhidas do questionários, através das entrevistas semi-estruturadas com aplicação de um inquérito gráfico a uma sub-amostra (N=33) sujeitos. As escalas foram aplicadas pela primeira vez num contexto hospitalar. A escala que avalia o espaço de trabalho foi uma tradução e confirmação da tradução por três juizes e adaptação à realidade do espaço hospitalar psiquiátrico do Hospital Júlio de Matos, cedida pelo Professor Fischer, a que avalia as relações interpessoais foi por nós construída, por tal facto procedemos à sua validação. Os serviços foram codificados e agrupados em Tipo A e Tipo B, consoante as características arquitectónicas apresen¬tadas . As variáveis controladas foram a idade, o sexo, e categoria profissional e a antiguidade (tempo de exercicio profissional na instituição) e serviço. As variáveis em estudo foram quantificadas de modo a permitir serem analisadas e trabalhadas com o valor da escala original [1-5]. Os dados recolhidos foram analisados e tratados estatisticamente através do programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences) por Windows, release 6.0, tendo procedido ao Teste de Igualdade de Médias. Análise de variáveis e correlação r de Pearson, o que permitiu analisar as questões em estudo. Procedemos à técnica de análise de conteúdo para analisar o conteúdo do discurso recolhido através das entrevistas semi-estruturadas. O presente estudo, revela que na globalidade os médicos e enfermeiros tem uma imagem negativa do espaço hospitalar. No entanto, quando analisada a percepção do espaço por categoria profissional, constatamos que os médicos apresentam diferentes percepções do espaço de trabalho comparativamente aos enfermeiros. Salienta-se, ainda, a importância que os sujeitos atribuem ao espaço exterior (parque) do Hospital. Na análise do estudo, das relações interpessoais ressalta a importância atribuída à comunicação, às atitudes, papéis e ao espaço. Revelam não existir dificuldade na comunicação entre médicos e enfermeiros. Pensamos que este estudo, poderá contribuir para uma harmoniosa reestruturação funcional do Hospital no sentido de se adequarem os espaços de modo a facilitarem o desenvolvimento das relações interpessoais entre os profissionais.
- Influência do espaço clínico psiquiátrico na relação terapêutica enfermeiro/doentePublication . Presado, Maria Helena; Barracho, CarlosA necessidade de compreender o espaço hospitalar como “veiculo terapêutico" levou-nos à realização deste estudo sobre a problemática de "Influência do Espaço Clinico Psiquiátrico na Relação Terapêutica Enfermeiro/Doente". O desenvolvimento bibliográfico, incidiu nos constructos teóricos de "espaço", cujos conceitos são baseados em Fischer e Hall, os de "Relação Terapêutica" em Lazure e Chaliffour. Um estudo descritivo e analítico de orientação essencialmente exploratória, limitou-se ao espaço Hospitalar do Hospital Júlio de Matos (tendo sido efectuado c pré-teste em espaço semelhante - Hospital Sobral Cid). Este estudo, fundamenta-se nas percepções de 81 enfermeiros que se encontravam no desempenho das suas funções no respectivo período de aplicação dos instrumentos de colheita de dados. Como instrumentos de recolha de informação foram seleccionados o questionário, a entrevista e análise documental/observação. A análise documental permitiu o agrupamento dos serviços de acordo com as suas características arquitectónicas. O questionário, teve como intenção avaliar as percepções dos enfermeiros(N=81) no que se refere ao espaço de trabalho e relação terapêutica por forma a se poderem associar as duas variáveis. As entrevistas visam complementar as informações recolhidas e aprofundar as opiniões dos enfermeiros(n=30) face a esta problemática. Foram controladas as variáveis sexo, idade, tempo de exercício profissional na instituição e categoria profissional. Codificámos os serviços e agrupámos em tipo A, B e C de acordo com a sua estrutura física e arquitectónica. As variáveis "espaço de trabalho" e "relação terapêutica" foram quantificadas de forma a serem trabalhadas e analisadas com o valor da escala original [1-5]. Estas variáveis, correspondem a duas escalas aplicadas pela primeira vez num contexto hospitalar português. A que avalia o Espaço de Trabalho, foi uma tradução e adaptação da escala utilizada por Fischer. Sendo a que avalia a Relação Terapêutica por nós construída. Procedendo-se por isso, à respectiva validação das mesmas. O tratamento estatístico foi efectuado através do programa S.P.S.S. versão 6.0 tendo-se procedido ao Teste de Igualdade de Médias, Análise de Variância e correlação r de Pearson para análise das nossas questões em estudo. Efectuou-se análise de conteúdo do discurso das entrevistas e do inquérito semântico. Verificamos que na globalidade existe uma percepção negativa do espaço hospitalar e que os enfermeiros de nível 1 atribuem scores médios mais elevados para todas as dimensões da relação terapêutica. Apesar dos enfermeiros entrevistados considerarem que o espaço influência a relação terapêutica, e de demonstrarem preocupação na escolha dos mesmos por forma a facilitar o ambiente terapêutico. Verificamos que não existe associação significativa entre as duas variáveis. No entanto, quando comparamos a relação terapêutica com os serviços verificamos associações significativas. Salienta-se essencialmente uma preocupação com a componente humanística por parte dos enfermeiros que atribuem ênfase primordial à comunicação, disponibilidade e envolvimento como base fundamental da relação terapêutica. Pensamos que este estudo poderá contribuir para uma harmoniosa reestruturação funcional do Hospital Júlio de Matos, no sentido de se adequarem os espaços mais facilitadores da relação terapêutica enfermeiro/doente contribuindo para uma rápida reabilitação dos mesmos. Assim como, poderá contribuir para a definição dos programas formação da responsabilidade do Departamento de Formação Permanente.
- Satisfação salarial e liderança transformacionalPublication . Heitor, Maria Isabel P.; Barracho, CarlosEste estudo aborda a satisfação salarial enquanto constructo multidimensional tendo por base os trabalhos de Heneman e Schwab (1979, 1985). Nele, são evidenciadas as capacidades psicométricas do Questionário de Satisfação Salarial (PSQ), tendo em conta quer a fidelidade (α= .91 e α= .96 no primeiro e segundo momento respectivamente) quer a qualidade de ajustamento dos dados ao modelo hipotético construído. São ainda enaltecidas as capacidades do referido questionário, para medir separadamente a satisfação salarial. O papel do líder transformacional no processo de satisfação salarial também foi por nós estudado, através de um modelo de equação estrutural. A este respeito, podemos concluir que o líder, para além de ser visto como mais eficaz e de proporcionar maior satisfação, conduz ao esforço extra dos colaboradores. Dado que não foi encontrada nenhuma versão do PSQ em Português, efectuamos a sua tradução e adaptação, complementada por um pré-teste. Atendendo ao elevado coeficiente alpha (.95) e à pureza factorial obtida nesta fase, a partir da análise factorial exploratória para uma amostra de quarenta sujeitos, redigimos a versão do PSQ, posteriormente utilizada. Basicamente, o estudo divide-se em dois momentos, antes e pós revisões salariais. A amostra é constituída por sujeitos de duas empresas comerciais. Os questionários foram entregues e recolhidos durante a realização de acções de formação, resultando numa mortalidade praticamente inexistente. As condições de aplicação mantiveram-se da situação experimental, admitindo-se deste modo, que também controlamos possíveis efeitos devidos à instrumentação. De modo a contemplar todos os empregados da população visada (equipa de vendas), tornou-se necessário ajustar a distribuição dos instrumentos, às datas de realização das acções de formação, facto que implicou a decomposição da amostra em vários grupos, totalizando uma população de 428 sujeitos. Estes exercem funções de chefes/gestores de loja, responsáveis de loja e vendedores, em diversos pontos de venda distribuídos por Portugal continental e ilhas. Foram utilizados três instrumentos, PSQ, Job Descriptive Index (JDI) e Questionário Multifactorial de Liderança-QML (Bass, 1985). Os resultados obtidos tendo por base estes instrumentos permitiram-nos concluir que o PSQ avalia conceptualmente aspectos distintos do salário e que o líder exerce influência neste processo. A exploração de dados sobre condições qualificadoras leva-nos a concluir que consoante o cargo exercido e o tempo de antiguidade, os indivíduos experimentam diferente satisfação salarial. Apenas os chefes de loja são sensíveis às revisões salariais, sendo estes os que estão menos satisfeitos com o salário. Contrariamente, os vendedores valorizam o papei do líder no processo de satisfação salarial, menosprezando os efeitos do aumento efectivo de salário. A análise factorial confirmatória permitiu-nos analisar o grau de especificidade com que os items saturam em cada um dos seus constructos hipotéticos bem como o grau com que os mesmo se distinguem uns dos outros. O modelo hipotético de quatro factores revela um bom ajustamento dos dados em ambos os momentos (χ2- 348.55, df= 129, p< .001. GFI= .886, AGFI= .849, NFI= .881, PH= .742, RMSR- .05, no momento 1 para n= 310, χ2= 180.32, df= 129, p< .001. GFI= .858, AGFI= .812, NFI= .875, PFI= .738, RMSR= .07, no momento 2 para n= 118), despistando os efeitos da revisão salarial que ocorreu entre o intervalo de tempo. A validade discriminante das dimensões do PSQ é suportada pela confirmação do modelo de um único factor, o qual revela um fraco ajustamento dos dados (χ2= 756.13, df= 135, p< .001), comparativamente ao modelo geral de quatro factores. Dado que as diversas dimensões do PSQ não registam dados sucessivamente melhores após um aumento efectivo de salário, somos levados a crer que a satisfação salarial depende de outros factores que não aqueles que são avaliados nas suas dimensões. Por sua vez, estas são diferenciadamente preditas por uma série de causas (recompensa contingencial, salário contingente do desempenho, atitudes face à avaliação do desempenho). De igual modo se confirma que o líder pode modificar as probabilidades percebidas, podendo estar na origem de recompensas valiosas, tal como nos sugere Syroit (1996), Os resultados realçam a necessidades de regras claras que relacionem desempenho e recompensas, possibilitando a cada um conhecer com clareza, não só o que se espera dele, mas também quais os parâmetros com que o seu desempenho é avaliado. Para além da adequação dos dados em particular e da confirmação dos modelos hipotéticos em geral, acima de tudo, os resultados deste estudo fornecem pistas para trabalhos futuros a desenvolver não só no âmbito da satisfação salarial mas também da liderança transformacional.