Psicologia Forense
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Browsing Psicologia Forense by advisor "Pereira, Maria Gouveia"
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- O Impacto da supervisão parental e da vinculação afetiva enquanto moderadores na relação entre polivitimização e Delinquência JuvenilPublication . Santos, Inês Sofia Saramago dos; Pereira, Maria GouveiaAs experiências de vitimização durante a infância e a adolescência têm um grande impacto no desenvolvimento do indivíduo e na sua conduta. A exposição à violência é mais propícia no período da infância, uma vez que as crianças têm uma estrutura frágil e encontram-se dependentes de outros. Por outro lado, a literatura demonstra que os adolescentes que tenham sido vítimas de crimes, nomeadamente maus tratos, furto, roubo à mão armada, crimes de ódio, cyberbullying e furto dirigido a si, apresentam uma probabilidade superior de delinquir. Contudo, como defendido por vários autores, a família tem um papel importante na dissuasão da conduta delinquente nos jovens, através de uma adequada supervisão parental e do estabelecimento de vinculação afetiva. O presente estudo procura averiguar se a supervisão parental e a vinculação afetiva têm um efeito moderador na relação entre a polivitimização e a delinquência juvenil, bem como qual destas variáveis tem maior força protetora nesta relação. Neste estudo, onde é contemplado dados recolhidos no âmbito do ISRD 3 em Portugal, existem 2315 adolescentes (1103 rapazes e 1212 raparigas), que frequentavam do 7º ao 12º ano de escolaridade. Neste âmbito, foi utilizado um instrumento de autorrelato, o ISRD3, para aceder a polivitimização, delinquência juvenil, supervisão parental e vinculação afetiva. Os resultados demonstram a existência de um efeito moderador estatisticamente significativo na relação entre a polivitimização e a delinquência juvenil, por parte da supervisão parental e da vinculação afetiva. Apesar de ambas as variáveis terem um efeito moderador e de a sua força diminuir quando aumentam as experiências de vitimização, a vinculação afetiva demonstrar ter uma menor força protetora. Por sua vez, a supervisão parental demonstra ser o fator protetor com maior impacto na relação entre a polivitimização e a delinquência.
- Violência doméstica perpetrada contra pessoas idosas: Análise de processos judiciaisPublication . Cesani, Jéssica Fonseca Pires; Pereira, Maria GouveiaIntrodução: No sentido de aumentar a investigação sobre a violência doméstica perpetrada na população idosa, em Portugal, pretendeu-se identificar e traçar os perfis das vítimas e ofensores, identificar as caraterísticas da vitimação, os fatores de risco individuais e contextuais, as decisões judiciais e analisar a relação entre o grau de ensino das vítimas e as formas de violência. Método: Foram consultados 80 processos crime e acórdãos, pertencentes, maioritariamente, às regiões do Porto e Lisboa. 87 pessoas eram vítimas e 80 ofensores. Foi construída uma grelha de codificação para recolher os dados. Resultados: Verificou-se que as vítimas tinham idades compreendidas entre os 60 e os 91 anos, eram, maioritariamente, casadas/em união de facto, com baixa escolaridade e reformadas. Os ofensores tinham idades entre os 29 e os 85 anos, eram, maioritariamente, divorciados, com baixa escolaridade e empregados. A relações mais estabelecidas foram ex cônjuges/ex companheiros e cônjuges/companheiros. A situação de vitimação durou, grosso modo, entre 2 e 6 anos, foi continuada e predominaram a violência psicológica e física. Foram identificados fatores de risco individuais e contextuais na presente amostra. As penas principais tiveram uma duração média de 2 a 2,9 anos, sendo a suspensão da execução da pena de prisão a pena de substituição mais prevalente. Foi encontrada uma associação significativa entre o grau de ensino das vítimas e a violência financeira. Conclusão: Apesar das limitações, este estudo acabou por constituir uma mais valia na compreensão deste fenómeno. Dada a importância desta problemática, sugere-se a realização de mais estudos, especialmente em Portugal.