Psicossomática
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Browsing Psicossomática by advisor "Pedro, António Francisco Mendes"
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- A depressão no idoso numa perspectiva psicossomáticaPublication . Santos, Elsa Gomes; Pedro, António Francisco MendesEste trabalho de dissertação de mestrado tem como objectivo o estudo sobre a depressão no idoso numa perspectiva psicossomática. Utiliza-se o método clínico de estudo de caso, recorrendo-se a uma metodologia que utiliza os seguintes instrumentos: entrevista clínica, teste projectivo de Rorschach, Escala da depressão do MMPI e Inventário da depressão de Beck. Compõem a amostra, deste estudo, nove casos com idades compreendidas entre os 74 anos e os 90 anos. As pessoas que compõem a amostra encontram-se no seu domicílio. Neste estudo, de carácter exploratório, procede-se a uma análise qualitativa dos resultados. A análise dos resultados permite observar que, face às alterações introduzidas pelo processo de envelhecimento, a depressão surge inscrita na história de vida dos indivíduos, onde o funcionamento e nomeadamente a relação com o outro, passando pelo imaginário e as condições de vida desempenham um papel importante no equilíbrio psicossomático dos sujeitos.
- Escutar o mar dentro da concha: Descritores do funcionamento psicossomatico oncologicoPublication . Andrade, Teresa Alexandra; Pedro, António Francisco Mendes
- Gaguez: Contributo da psicossomática para a sua compreensão e tratamentoPublication . Germano, Helena Maria de Jesus; Pedro, António Francisco MendesA presente investigação tem por objectivo fazer uma primeira avaliação da pertinência de uma intervenção psicossomática em sujeitos com gaguez. Neste âmbito, o ritmo constitui um aspecto fundamental, pois na gaguez o ritmo da fala está perturbado, sendo o ritmo um dos pilares da nossa humanização e existência, profundamente ligado à relação e aos afectos, a compreensão da organização rítmica dos sujeitos com gaguez - interligação dos ritmos relacionais, corporais e biológicos - está na base do problema desta dissertação: "Tendo sido a gaguez desde sempre vista como uma patologia isolada, não será mais correcto vê-la numa perspectiva psicossomática, como um sintoma de uma perturbação da organização rítmica do sujeito?". A investigação desenvolve-se através da metodologia de estudo de caso, com o enquadramento teórico da teoria do somático de Sami-Ali, escolhido por integrar a complexidade e estar aberto a novos desenvolvimentos, que aqui procuram concretizar-se. São estudados sete casos clínicos - sujeitos adultos jovens com gaguez, através dos seguintes procedimentos: entrevista aberta aos sujeitos no contexto da primeira consulta; entrevista à família, sempre que possível, para recolha mais profunda de dados da anamnese; observação directa dos sujeitos, num contexto de intervenção clínica; avaliação dos sujeitos através do Teste de Psicodiagnóstico de Rorschach, enquadramento da gaguez de cada sujeito nas Categorias de Disfluência de Blood e avaliação da gravidade da gaguez através do Quadro-Guia para a Avaliação da Gravidade da Gaguez de Wingate. Verificou-se que, nos sujeitos estudados, existem perturbações ao nível da organização rítmica, manifestações somáticas, perturbação de aspectos da identidade, e presença de impasse. Estes resultados conduziram à conclusão principal de que a psicossomática constitui uma abordagem compreensiva e uma via terapêutica pertinente e importante na gaguez.
- Hipertiroidismo: Estudo de uma população de doentes hipertiroideus numa perspectiva psicossomáticaPublication . Costa, Rogério Aurélio das Neves; Pedro, António Francisco MendesO objectivo do presente trabalho é a caracterização de uma população sofrendo de hipertiroidismo, avaliada numa perspectiva multidimensional, que inclui as vertentes biológica, comportamental e relacional. Na Primeira Parte da dissertação é feita uma revisão temática do hipertiroidismo e dos contributos teóricos adquiridos ao longo das formações nas áreas da Medicina Familiar e da Psicossomática. Nesta revisão mereceram destaque a influência patogénica dos acidentes de vida no desencadear de diversas doenças, nomeadamente o hipertiroidismo; a relevância do padrão comportamental; o valor do cortisol salivar como marcador da doença psicossomática e a importância da função do imaginário na manutenção da homeostase. A Segunda Parte contempla o trabalho de campo, a discussão e as conclusões. Foram estudados 32 doentes sofrendo de hipertiroidismo, os quais correspondem a uma amostra de conveniência obtida a partir das listas de utentes de 6 Clínicos Gerais do Centro de Saúde de Évora. Sendo uma amostra de conveniência, a análise estatística ficou limitada ao estudo das frequências. Os dados relativos à doença e à respectiva evolução foram retirados dos processos clínicos individuais. A todos os doentes alvo de estudo foi aplicado um questionário, elaborado pelo Autor, onde constavam os dados sociológicos e os registos dos vários parâmetros avaliados, entre os quais aqueles que permitiam caracterizar a função do imaginário. Os parâmetros de actividade da doença tiroideia foram determinados a partir dos valores plasmáticos das hormonas tiroideias. O padrão comportamental foi avaliado de acordo com a escala de Botner. O cortisol salivar foi doseado por Técnica Coat-A-Count (RIA). Os acidentes de vida foram medidos com base na escala de Holmes e Rahe. As hipóteses colocadas eram que os doentes com hipertiroidismo tinham um padrão comportamental compatível com o comportamento do tipo A; que tinham um ritmo circadiano do cortisol salivar diferente do normal; que se verificariam alterações a nível do funcionamento do imaginário; que no ano anterior ao aparecimento da doença tinham sofrido acidentes de vida importantes. A análise das frequências permitiu verificar que o comportamento tipo A estava presente num número significativo de doentes; que o ritmo circadiano do cortisol salivar não se afastava dos parâmetros da normalidade, quer se tratasse de doentes em fase activa da doença ou já compensados; que a nível da função do imaginário, a insónia5 atingindo quase 50 % dos doentes era o factor mais representado; finalmente, a nível dos acidentes de vida, a perda de um familiar próximo ocorreu em 34,4% dos doentes estudados.
- Imagem corporal na toxicodependência e VIH / SIDAPublication . Gomes, Ana; Pedro, António Francisco Mendes; Dias, Carlos AmaralProcedeu-se à comparação de três grupos de indivíduos toxicodependentes, quanto à representação da imagem corporal. Um dos grupos é constituído por seronegativos para o VIH, outro de seropositivos para o VIH, sem história de infecções oportunistas, o último grupo é constituído por sujeitos seropositivos com história de infecções oportunistas. A comparação entre estes grupos efectuou-se relativamente ao modo como cada grupo representa a sua imagem corporal a partir de uma escala de análise da imagem corporal construída por Leventhal (1983). Esta escala permite desenvolver uma comparação entre medidas reais (MR) e medidas imaginárias (MI) relativamente a 22 partes do corpo. A partir daqui verificámos como é que estes sujeitos se relacionam com o seu corpo, não só com o corpo real, mas também com um corpo imaginário. Consideramos que a imagem corporal representada pelo sujeito é o resultado da relação entre as medidas reais (corpo real) e as medidas imaginárias (corpo imaginário). Aqui podemos verificar uma aproximação ou um afastamento entre ambos os corpos, estando a distorção no afastamento, desajustamento e desadequação entre medidas reais (corpo real) e medidas imaginárias (corpo imaginário). Desta comparação verificamos que as diferenças entre os grupos ocorrem particularmente entre o grupo de sujeitos seronegativo para o VIH e os dois grupos de seropositivos para o VIH. São os dois grupos de sujeitos infectados com VIH que apresentam de forma mais acentuada distorção da imagem corporal, independentemente da fase da evolução da infecção, não sendo tal um factor de agravamento ou diferenciação. Não se verificam diferenças entre os sexos, nas habilitações académicas e relativamente ao factor tempo de terapêutica antiretroviral, relativamente à imagem corporal entre os grupos. Este estudo é o seguimento de outro que já definiu a existência nos toxicodependentes de distorção da imagem corporal. Contudo, salienta-se que são os seropositivos que representam a sua imagem corporal de forma mais distanciada do corpo real. Parece que o fenómeno VIH potencia no sujeito que com ele convive uma nova relação com o corpo, que encerra em si significados de doença e de morte o que pode estar na base do desajustamento a este novo corpo e logo uma representação do mesmo desarticulada e distorcida. ABSTRACT We have compared three groups of drug addicts in what concerns the representation of the body image. The first of these groups was composed by HIV negative individuals; the second group was formed by HIV positive citizens with no opportunist infection history; and the last group was constituted by HIV positive individuals, with some opportunist infection history. The comparison between these three groups was based on the way each group would represent its body image, based on a body image scale of analysis created by Gloria Leventhal in 1983. This scale allows the development of a comparison between real measures (RM) and imaginary measures (IM) of 22 parts of the human body. From hereon we have ascertained the different types of relationship of these individuals with their body, not only with the real body itself, but also with some sort of an imaginary body. We consider that the body image represented by the individual is the result of the relationship between the real measures (real body) and the imaginary measures (imaginary body). Here we could testify an approach or, otherwise, a distance between both of the bodies, the distortion lying upon a distance, a maladjustment or an inadequacy between the real measures (real body) and the imaginary measures (imaginary body). As a result of this comparison, we have verified that the differences between the groups occur particularly among the group of HIV negative citizens and the two groups of HIV positive individuals. The two groups of HIV infected individuals are the ones who present a more notorious distortion of the corporal image, independently of the phase of evolution of the infection, not being such a factor of aggravation or differentiation. We have not verified any differences between the three groups based on sex, scholar education nor on the antiretroviral factor of therapeutic time, respect to the body image. This study has been done in sequence of another one which had already defined the existence of a distortion of the body image among drug addicts. However, we must underline that the HIV positives are the ones who represent their corporal image in a more distanced way from the real body. It seems that the HIV phenomenon harnesses in the citizen who coexists with it some sort of a new relationship with his body, containing death and illness notions which can lye on the basis for the maladjustment to this new body and, so being, for a distorted and disarticulated representation of the same.
- Impasse e cancro da mama: Uma questão de tempo?Publication . Santos, Mafalda; Pedro, António Francisco MendesHoje em dia está bem presente o facto de a Psicossomática não se referir a uma doença do imaginário como era defendido, no geral, pela Escola de Paris. Assim, o que importa perceber é o funcionamento das pessoas que apresentam uma patologia orgânica, isto é, tentar compreender como vivenciam o seu corpo e as suas especificidades: ritmos, espaço, tempo. Importa igualmente perceber qual é o lugar do imaginário neste processo. Os objectivos específicos desta investigação serão os de aprofundar em casos de mulheres com cancro da mama, nomeadamente a existência de uma situação de impasse, a vivência de uma temporalidade própria (Sami-Ali, 1992, 2000), a existência de uma depressão falhada (Coimbra de Matos, 1999), a problemática da identidade. Participaram neste estudo quatro mulheres com diagnóstico de cancro na mama, com idades que variam entre os trinta e os cinquenta anos. Os instrumentos utilizados neste estudo incluíram a entrevista clínica, a Prova Projectiva de Rorschach e o Desenho da Figura Humana. Verificou-se, ao longo deste trabalho, que todas as mulheres apresentavam situações de vida compatíveis com o conceito de Impasse, definido por Sami-Ali (1997, 2000). Não só um impasse relacional, que põe em causa todo o ser, como também uma vivência própria de temporalidade que encerra em si mesma o impasse. A depressão falhada de Coimbra de Matos (2003), pode ser igualmente utilizada na explicação do que sucede nestas mulheres. Mas a conclusão desta investigação prende-se, acima de tudo, com um novo questionamento sobre o que está realmente em causa nesta doença.