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Abstract(s)
No contexto pré-escolar, as interacções lúdicas representam os principais
processos através dos quais as crianças comunicam entre si e promovem relações que
permitem desenvolver as competências necessárias a nível social. Diversos estudos
salientam que a forma de brincar pode determinar a aceitação ou rejeição social e o
desenvolvimento de amizades. O presente estudo tem como objectivo analisar a relação
entre o tipo de comportamentos manifestados pelas crianças em actividades lúdicas e a
aceitação social no grupo de pares, bem como o número de amizades recíprocas
desenvolvidas nas relações diádicas. Participaram 128 crianças com idades entre os três
e os cinco anos, a frequentar uma instituição da rede particular de ensino. De forma a avaliar a aceitação social e o número de amizades recíprocas, recorreu-se às medidas sociométricas, que resultam do conjunto de três tarefas: Nomeação, Escala de
apreciação e Comparação entre pares. No sentido de analisar os comportamentos de
interacção lúdica foi utilizada a PIPPS – Penn Interactive Peer Play Scale, versão
portuguesa, adaptada de Fantuzzo et al. (1995), com 3 dimensões: Disrupção,
Desconexão e Interacção positiva. Os resultados permitiram confirmar as hipóteses de estudo que apontam para que as crianças que manifestam comportamentos de interação
positiva revelam uma maior aceitação por parte dos pares e um maior número de
amizades recíprocas, enquanto que as crianças que manifestam comportamentos de
disrupção e desconexão são alvo de uma menor aceitação social e apresentam um menor
número de amizades recíprocas.
Description
Dissertação de Mestrado apresentada ao Ispa - Instituto Universitário, na especialidade Psicologia Educacional
Keywords
Brincar Interacção lúdica entre pares; Competência social Aceitação social Amizades recíprocas