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As consequĂȘncias do trabalho por turnos nos enfermeiros do Hospital de Santa Marta

dc.contributor.authorBastos, Paula
dc.date.accessioned2011-01-19T16:19:13Z
dc.date.available2011-01-19T16:19:13Z
dc.date.issued2005
dc.descriptionDissertação de Mestrado em Psicossomaticapor
dc.description.abstractO trabalho por turnos Ă© um problema para a maioria dos trabalhadores e constitui um problema de saĂșde muitas vezes ignorado. Os enfermeiros pertencem a um grupo de profissionais particularmente sujeito a este tipo de regime de trabalho. A escolha deste tema recaiu sobre o facto de praticar o trabalho por turnos hĂĄ vĂĄrios anos e de ter vivenciado os diversos problemas relatados por vĂĄrios autores, nomeadamente perturbaçÔes gĂĄstricas, do sono, do humor e fadiga. Assim, a nossa experiĂȘncia profissional associada aos conhecimentos adquiridos ao longo do mestrado em PsicossomĂĄtica, encaminharam-nos para a realização de um estudo mais aprofundado nesta ĂĄrea. Para este trabalho aplicamos uma metodologia de tipo exploratĂłrio/descritivo, transversal e comparativo. Estabelecemos como objectivo geral descrever o impacto do trabalho por turnos nos enfermeiros a desempenhar funçÔes no serviço de Medicina e Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes (UCIP) do hospital de Santa Marta, em Lisboa, Como objectivos especĂ­ficos foram delineados os seguintes: - Identificar as principais perturbaçÔes somĂĄticas nos enfermeiros que trabalham em regime de horĂĄrio rotativo e fixo. - Comparar a incidĂȘncia das alteraçÔes somĂĄticas entre os enfermeiros com horĂĄrio rotativo e fixo. - Descrever as caracterĂ­sticas do sono nos trabalhadores por turnos e em horĂĄrio fixo. - Comparar os aspectos do ritmo sono-vigĂ­lia entre enfermeiros com regime de horĂĄrio rotativo e fixo. - Conhecer a vida onĂ­rica dos enfermeiros. - Identificar as diferenças que possam existir entre os indivĂ­duos que trabalham em esquema rotativo ou fixo. Este estudo pretende fazer correlaçÔes entre a alteração do ritmo sono-vigĂ­lia, com o aparecimento de alteraçÔes somĂĄticas, e as alteraçÔes psĂ­quicas traduzidas em perturbaçÔes especĂ­ficas dos sonhos nos enfermeiros a trabalharem por turnos. Ao longo do trabalho pretendemos testar as seguintes hipĂłteses: PH - Espera-se encontrar mais perturbaçÔes na saĂșde fĂ­sica e mental nos enfermeiros da nossa amostra, contrariamente aos enfermeiros em horĂĄrio fixo. - Espera-se encontrar um sono mais perturbado nos enfermeiros que trabalham por rumos, em comparação com os enfermeiros em horĂĄrio fixo. - Espera-se encontrar uma vida onĂ­rica mais perturbada nos indivĂ­duos que trabalham por turnos. A amostra do nosso estudo Ă© constituĂ­da pela população de enfermeiros a trabalhar por turnos Ă  mais de seis meses nos serviços de Medicina (11 indivĂ­duos) e UCIP (14 indivĂ­duos). Como se pretende fazer uma comparação entre os dois regimes de horĂĄrio, foi utilizado como grupo de testemunha os enfermeiros a trabalhar na consulta externa do mesmo hospital, em horĂĄrio fixo (manhĂŁs). Como instrumentos de recolha de dados foi utilizada uma bateria de questionĂĄrios denominada "Estudo Padronizado do Trabalho por Turnos" (ETTP). Deste conjunto de questionĂĄrios, utilizamos as seguintes secçÔes: questionĂĄrio do sono, questionĂĄrio de saĂșde fĂ­sica e questionĂĄrio geral de saĂșde e situação domĂ©stica Foi elaborado ainda um novo questionĂĄrio sobre a temĂĄtica sono e sonho em colaboração com o Professor Mendes Pedro, com o objectivo de complementar a informação obtida. A recolha de dados recorreu entre Setembro e Dezembro de 2004. Foi solicitada a colaboração dos enfermeiros, assegurando a confidencialidade e o anonimato. ApĂłs tratamento estatĂ­stico, as conclusĂ”es encontradas sĂŁo: - Os enfermeiros que trabalham por turnos nĂŁo apresentam mais perturbaçÔes na saĂșde fĂ­sica e mental, em comparação com os enfermeiros em horĂĄrio fixo. - As perturbaçÔes mais sentidas sĂŁo a nĂ­vel gastro-intestinal, nomeadamente a perturbação do apetite, azia/dores de estĂŽmago, sensação de inchaço, cĂłlicas e dispepsia, e afectam ambos os grupos. - Os enfermeiros que trabalham em horĂĄrio fixo apresentam tendencialmente um Ă­ndice de perturbação psicolĂłgica mais elevado que os enfermeiros que trabalham por turnos, traduzido por um discurso mais deprimido e com baixa da autoÂŹ confiança. - Foram encontradas mais perturbaçÔes do sono nos enfermeiros que trabalham por turnos, comparativamente com os enfermeiros em horĂĄrio fixo. - O sono dos enfermeiros que trabalham por turnos Ă© menos reparador e de menor qualidade. - Os enfermeiros que trabalham por turnos nĂŁo apresentam uma vida onĂ­rica mais perturbada, quando comparados com os enfermeiros em horĂĄrio fixo. - A maioria dos enfermeiros (65.7%) nĂŁo se conseguem recordar de nenhum sonho, sendo que os enfermeiros que trabalham em horĂĄrio fixo se recordam menos (cerca de 16.6%). - Os enfermeiros que trabalham em horĂĄrio fixo responderam menos afirmativamente Ă  questĂŁo "as pessoas nos meus sonhos tĂȘm rosto". - NĂŁo foram encontradas correlaçÔes entre a presença de perturbaçÔes somĂĄticas e a recordação dos sonhos. Espero que este estudo ajude no futuro a elaborar formas de pensar sobre o problema do trabalho por turnos, segundo o modelo psicossomĂĄtico, de modo a permitir uma visĂŁo mais globalizante do trabalho por turnos e de quem o pratica.por
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.12/351
dc.language.isoporpor
dc.publisherInstituto Superior de Psicologia Aplicadapor
dc.subjectPsicossomĂĄticapor
dc.subjectEnfermeirospor
dc.subjectTrabalho por turnospor
dc.subjectRitmos biolĂłgicospor
dc.subjectSonopor
dc.subjectSonhopor
dc.subjectPsychosomaticpor
dc.subjectNursespor
dc.subjectWorkday shiffspor
dc.subjectBiological rhythmspor
dc.subjectSleeppor
dc.subjectDreemspor
dc.titleAs consequĂȘncias do trabalho por turnos nos enfermeiros do Hospital de Santa Martapor
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceLisboapor
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typemasterThesispor

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