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Com a presente investigação pretende-se aceder à compreensão da importância das histórias infantis como produto da fantasia e a fantasia como “motor” da vida mental.
Para isso realizou-se um estudo exploratório em que se foi averiguar se a escolha e interpretação da história infantil pode representar um perfil da vinculação do próprio.
Partindo-se do princípio que os modelos de vinculação apresentados na fase adulta, sofrem influência das relações afectivas estabelecidas com os seus pais na infância, foi-se ainda perceber se existe relação entre as práticas educativas sofridas na infância e adolescência e os modelos de vinculação actuais.
A metodologia apresentada é composta por 3 instrumentos, escala de avaliação do adulto (EVA), inventário de Memórias de Infância (EMBU) e por fim por um questionário sobre histórias infantis construído por nós para a presente investigação.
A bateria de instrumentos foi aplicada numa amostra de conveniência constituída por 70 pais de crianças em idade pré-escolar residentes no concelho de Estremoz.
Através da sua aplicação procurou-se conhecer os modelos de vinculação desenvolvidos pelos sujeitos da amostra, as práticas educativas usadas com maior frequência pelos seus pais e as histórias preferidas de pais e filhos, assim como o entendimento que os pais têm delas.
Os resultados indicam que o modelo de vinculação desenvolvido pelos participantes do estudo com maior frequência é o estilo Seguro. As práticas educativas recordadas com maior frequência são o Suporte Emocional a ambos os pais e a História preferida de pais e filhos é os 3 Porquinhos, tratando-se ainda da história que os pais melhor conhecem.
Verificou-se uma relação negativa no limiar da significância entre o modelo de vinculação Evitante e a história do Gato das Botas, por sua vez encontraram-se ainda relações significativas entre as práticas educativas suporte emocional mãe, sobreprotecção mãe e pai e a história dos gato das botas, assim como entre o suporte emocional pai e sobreprotecção pai e a história da Gata Borralheira.
Por fim, constataram-se ainda relações significativas entre o estilo de vinculação Ansioso e as Práticas Educativas Rejeição Mãe e Pai e Sobreprotecção Mãe, assim como uma correlação negativa entre o Estilo Seguro e a Prática Rejeição Mãe, e entre o Estilo Evitante e a Prática Suporte Emocional Mãe.
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Dissertação de Mestrado apresentada ao ISPA - Instituto Superior