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Reflexões de um médico de família a propósito do curso de pós-graduação em Literacia em Saúde: Modelos, estratégias e intervenção

dc.contributor.authorNunes, José Mendes
dc.date.accessioned2020-06-22T15:31:13Z
dc.date.available2020-06-22T15:31:13Z
dc.date.issued2019-11
dc.description.abstractComeço por enunciar três características (sem prejuízo de alguém poder encontrar mais) do médico de família (MF) que fazem dele um dos técnicos de saúde com maior responsabilidade pela Literacia em Saúde (LS). Em primeiro lugar, se considerarmos o continuo saúde-doença, o MF trabalha no polo da saúde enquanto os restantes especialistas trabalham no polo da doença. Isto faz do MF especialista da saúde enquanto os especialistas hospitalares são especialistas da doença. Assim o MF tem oportunidade de partilhar informação sobre saúde em condições de saúde e em condições de doença, mesmo nas circunstâncias de doença ele tem a oportunidade, vocação e formação para abordar a “parte saudável” do doente, fazendo expandir o lado saudável em desfavor da doença em vez da abordagem dos especialistas da doença que, focados na doença, “comprimem” o lado saudável que qualquer doente têm. Aliás, basta alguém ter uma doença que logo é designado de doente e reduzido à sua doença (“o diabético”, “o alcoólico”, etc.), independentemente do que têm de saudável. A segunda característica é a pluralidade de agentes de saúde com quem interage e com quem tem interface. Ele contacta com todos os restantes especialistas, hospitalares ou não. Tem interfaces comunicacionais com enfermagem e outros técnicos de saúde como nutricionistas, psicólogos, terapeutas da fala, fisioterapeutas, farmacêuticos, etc. Mas, para além disso, contacta com autarcas, padres, estruturas comunitárias (lares, centros de dia). Contacta com a Segurança Social, familiares de doentes, amigos e até vizinhos. Então o MF tem oportunidade de influenciar não só o doente, mas também o seu contexto micro e macrossocial. Finalmente, o MF presta cuidados em continuidade que vão desde a conceção até à morte. Portanto, partilha informação sobre saúde nas diversas fases da vida pessoal, do ciclo familiar, nas diversas etapas da vida, nos momentos de felicidade e nos de tristeza, na austeridade e na abundância, na saúde na doença. Por consequência, o MF deve, por excelência, um profissional de comunicação e da relação. Deixem que lembre o que se entende por LS. É a capacidade das pessoas em obter, processar, compreender/integrar, usar e poder usar informação (sobre saúde) necessária para tomar decisões sobre problemas de saúde, defesa da saúde e escolha de estilos de vida saudáveis (Sørensen, Van Den Broucke, Fullam, Doyle, & Pelikan, 2012).
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationIn C. Lopes & C. V. Almeida (Coords.), Literacia em saúde na prática (pp. 33-41). Lisboa: Edições ISPA [ebook].pt_PT
dc.identifier.isbn978-989-8384-57-7
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.12/7661
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
dc.publisherEdições ISPApt_PT
dc.relation.publisherversionhttp://loja.ispa.pt/produto/literacia-em-saude-na-praticapt_PT
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/pt_PT
dc.subjectLiteracia em saúde
dc.subjectPoliticas
dc.subjectPós-graduação em Literacia em Saúde
dc.subjectCapacitação dos profissionais de saúde
dc.subjectMedicina geral e familiar
dc.titleReflexões de um médico de família a propósito do curso de pós-graduação em Literacia em Saúde: Modelos, estratégias e intervençãopt_PT
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dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceLisboapt_PT
oaire.citation.endPage41pt_PT
oaire.citation.startPage33pt_PT
oaire.citation.titleLiteracia em saúde na práticapt_PT
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typebookPartpt_PT

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