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- Estatuto do cuidador informal : aceder, compreender, avaliar e usar - um contributo prático da literacia em saúde dirigido ao cuidador informalPublication . Nascimento, Carla Alexandra Fernandes do; Jasmins, Clara; Fernandes, Isabel; Silva, Raquel; Nogueira, RuiO desempenho dos cuidadores informais tem vindo a ser descrito como complexo, quer no âmbito pessoal ou social. Uma atividade que pela sua invisibilidade e pelo défice de poder das pessoas que nela estão envolvidas tem sido escamoteada e votada a algum ostracismo, do ponto de vista das políticas sociais, laborais e fiscais. Os cuidadores informais frequentemente referem dificuldades relacionadas com a falta de conhecimento, de recursos, entre os quais económicos, e de suporte social (Figueiredo et al., 2012; Rodríguez-González et al., 2017). Estes dados configuram uma grande preocupação na área da saúde, sendo prioritária uma estratégia nacional de cuidar de quem cuida. A insatisfação com o nível de apoio está associada a maior stress e sobrecarga do cuidador informal (Martins, 2016; Ocampo et al., 2007; Sequeira, 2010). Um bom suporte social diminui o risco de doença do cuidador, nomeadamente depressão, ansiedade ou doenças psicossomáticas e traduz-se em maior qualidade de vida (Lopes-Cerda et al., 2019; Pereira & Carvalho, 2012). Os autores salientam que a deteção precoce de fatores de risco ou sinais de sobrecarga é importante para prevenir a exaustão do cuidador, evitando resultados negativos em saúde. As redes de cuidados informais de idosos que vivem sozinhos são geralmente escassas e, tendencialmente, os idosos com doenças crónicas e com necessidade de maior apoio são aqueles com menor rede de suporte. De acordo com o Relatório de acompanhamento trimestral, Implementação das medidas de apoio ao cuidador informal (Instituto da Segurança Social, Serviço Nacional de Saúde e Administração do Sistema de Saúde de 15 de fevereiro de 2021), e num conjunto de 415 requerentes ao ECI, emerge o seguinte perfil: – 85% mulheres, entre os 50-59 anos, média de idade 52 anos; – 41 dos requerimentos foram realizados por pessoas com mais de 65 anos; – 37% são pais e 32% são filhos. No geral, a maioria dos cuidadores informais são filhos ou cônjuges, mulheres, de meia-idade, a residir em domicílio diferente da pessoa cuidada. As principais necessidades do cuidado passam por ajuda nas compras e na gestão das finanças, na limpeza da casa ou do jardim e nos transportes. São ainda apontadas dificuldades a lidar com equipamentos eletrónicos, resolver assuntos administrativos e necessidade de acompanhamento a consultas médicas (Melo et al., 2014; Verver et al., 2018).
- Estudo Storytelling: Pela voz e criatividade de profissionais das áreas da saúdePublication . Almeida, Cristina Vaz de; Lopes, Carlos; Gonçalves, Beatriz; Nascimento, Carla Alexandra Fernandes do; Bernardes, Carla De Paula; Marques, Catarina; Mendonça, Clara Jasmins; Santos, Diogo Manuel Franco; Rocha, Eliana; Feio, Graça; Sampaio, Helena; Fernandes, Isabel; Fonseca, Mariana; Simões, Patrícia; Taborda, Paula; Silva, Raquel; Rita, Francisco; Nogueira, Rui; Pires, SusanaContar histórias, ou partilhar uma perspetiva pessoal, é uma forma essencial de comunicação e um veículo de ligação humana. Os seres humanos são intrinsecamente narradores de histórias. As histórias são uma das formas fundamentais de dar sentido ao mundo, aprender e compreender. A leitura de narrativas - storytelling - permite, nas áreas da saúde, um efeito muito positivo. O storytelling tem provado que, através da narrativa e da associação a elementos que fortalecem a imaginação, os seus destinatários compreendem melhor a mensagem porque esta fica associada à criatividade, imaginação e a um certo humor, levando as pessoas a agirem mais facilmente. Partindo do princípio que se pretende que as pessoas compreendam melhor como gerir a sua saúde em todo o seu ciclo de vida, o storytelling consegue captar a atenção, de uma forma simples e acessível, trabalhando as memórias, a intenção de comportamento, o envolvimento e, por fim, a ação conducente a uma melhor saúde. Neste sentido, um grupo ativo de vinte profissionais das áreas da saúde juntou-se para oferecer ao público estas narrativas escritas e orais (podcast) com conteúdos sobre saúde: vacinação, medicação, exercício físico e longevidade. O objetivo deste projeto foi tratar de assuntos de saúde através da narração de histórias do dia-a-dia que podem ser contadas e passadas em vários ambientes de saúde, desde hospitais, clínicas, unidades de saúde e outros espaços. Neste âmbito, através de uma metodologia qualitativa de cocriação, foi criado um podcast que reúne, pela primeira vez, um projeto de storytelling feito por profissionais das várias áreas da saúde no âmbito da área da literacia em saúde na prática, constituído por sete histórias narradas, de acordo com os princípios do storytelling, com o intuito de contribuir para melhores resultados em saúde através da melhoria do bem-estar de quem as ouve. As narrações sobre saúde, contadas de modo a estimular a fantasia e a agradabilidade da audição, poderão ser uma ferramenta promotora de um melhor acesso, compreensão e uso da informação em saúde, que conduz a melhores tomadas de decisão e, por isso, melhores resultados em saúde. O que tem de inovação é a capacidade transformadora que os profissionais das áreas da saúde têm para desenvolver, para além das competências técnicas, as suas competências relacionais e criativas que visam melhorar a saúde das pessoas e tornar este mundo complexo da saúde mais acessível. As implicações práticas deste projeto visam estimular e incentivar outros profissionais das áreas da saúde, sociais e da educação a contribuírem com o seu talento, criatividade e imaginação a criarem narrativas que, juntando a emoção e a razão, permitam uma melhor literacia em saúde do cidadão.