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Estatuto do cuidador informal : aceder, compreender, avaliar e usar - um contributo prático da literacia em saúde dirigido ao cuidador informal

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O desempenho dos cuidadores informais tem vindo a ser descrito como complexo, quer no âmbito pessoal ou social. Uma atividade que pela sua invisibilidade e pelo défice de poder das pessoas que nela estão envolvidas tem sido escamoteada e votada a algum ostracismo, do ponto de vista das políticas sociais, laborais e fiscais. Os cuidadores informais frequentemente referem dificuldades relacionadas com a falta de conhecimento, de recursos, entre os quais económicos, e de suporte social (Figueiredo et al., 2012; Rodríguez-González et al., 2017). Estes dados configuram uma grande preocupação na área da saúde, sendo prioritária uma estratégia nacional de cuidar de quem cuida. A insatisfação com o nível de apoio está associada a maior stress e sobrecarga do cuidador informal (Martins, 2016; Ocampo et al., 2007; Sequeira, 2010). Um bom suporte social diminui o risco de doença do cuidador, nomeadamente depressão, ansiedade ou doenças psicossomáticas e traduz-se em maior qualidade de vida (Lopes-Cerda et al., 2019; Pereira & Carvalho, 2012). Os autores salientam que a deteção precoce de fatores de risco ou sinais de sobrecarga é importante para prevenir a exaustão do cuidador, evitando resultados negativos em saúde. As redes de cuidados informais de idosos que vivem sozinhos são geralmente escassas e, tendencialmente, os idosos com doenças crónicas e com necessidade de maior apoio são aqueles com menor rede de suporte. De acordo com o Relatório de acompanhamento trimestral, Implementação das medidas de apoio ao cuidador informal (Instituto da Segurança Social, Serviço Nacional de Saúde e Administração do Sistema de Saúde de 15 de fevereiro de 2021), e num conjunto de 415 requerentes ao ECI, emerge o seguinte perfil: – 85% mulheres, entre os 50-59 anos, média de idade 52 anos; – 41 dos requerimentos foram realizados por pessoas com mais de 65 anos; – 37% são pais e 32% são filhos. No geral, a maioria dos cuidadores informais são filhos ou cônjuges, mulheres, de meia-idade, a residir em domicílio diferente da pessoa cuidada. As principais necessidades do cuidado passam por ajuda nas compras e na gestão das finanças, na limpeza da casa ou do jardim e nos transportes. São ainda apontadas dificuldades a lidar com equipamentos eletrónicos, resolver assuntos administrativos e necessidade de acompanhamento a consultas médicas (Melo et al., 2014; Verver et al., 2018).

Description

Keywords

Literacia em saúde Health literacy Cuidador informal Informal caregiver

Citation

Nascimento, C., Jasmins, C., Fernandes, I., Silva, R., & Nogueira, R. (2022). Estatuto do cuidador informal: Aceder, compreender, avaliar e usar - Um contributo prático da literacia em saúde dirigido ao cuidador informal. In C. Lopes & C. Vaz de Almeida (Coords.), Literacia em saúde na prática 2022 (pp. 49-65). Edições ISPA [ebook].

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Edições ISPA

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