PSAU - Dissertações de Mestrado
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Browsing PSAU - Dissertações de Mestrado by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Médicas::Outras Ciências Médicas"
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- Contribuições genéticas e ambientais no comportamento social indiscriminado de crianças institucionalizadas : insights da Síndrome de WilliamsPublication . Câmara, Beatriz Andion Boullosa Perry da; Sampaio, Adriana; Sampaio, AdrianaO comportamento social indiscriminado (ISB) é uma das manifestações comportamentais mais pervasivas que emergem na literatura sobre institucionalização. Existem, porém, diferenças individuais quanto à manifestação do comportamento social nas crianças institucionalizadas, o que aponta para uma possível interação gene x ambiente (GXE). Investigação prévia contribuiu com a identificação de um conjunto de genes comumente associados à psicopatologia e comportamento social nos estudos GXE. Neste estudo, propomos a análise de um gene candidato (GTF2I), localizado no cromossoma 7, que se apresenta deletado na síndrome de Williams (SW). A SW é uma perturbação neurogenética associada a um perfil socio-cognitivo único, nomeadamente um fenótipo de hiper-sociabilidade que se assemelha ao ISB observado em crianças institucionalizadas. Neste estudo participaram 126 crianças institucionalizadas em idade pré-escolar (M=4.10 anos, DP=.95), juntamente com o seu cuidador institucional. O ISB foi avaliado através da Disturbances of Attachment Interview e foram recolhidas amostras de saliva das crianças para genotipagem. Os níveis de cooperação e de responsividade sensível do cuidador estavam negativamente associados ao ISB. Verificou-se um efeito GXE, consistente com o modelo de duplo-risco: os genótipos TG e GG emergiram como alelos de risco para o desenvolvimento de ISB, sendo que crianças portadoras destes alelos eram as que apresentavam maiores níveis de ISB quando expostas aos menores níveis de responsividade sensível do seu cuidador. Esta investigação é pioneira na análise dos polimorfismos do gene GTF2I no estudo do ISB em crianças institucionalizadas, permitindo uma melhor compreensão sobre os mecanismos pelos quais algumas crianças institucionalizadas, mas não outras, desenvolvem ISB.