Psicologia da Saúde
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Browsing Psicologia da Saúde by Field of Science and Technology (FOS) "Psicologia da Gravidez e da Parentalidade"
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- Auto-eficácia, coping e expectativas da prematuridade durante a gravidezPublication . Santos, Ana Cristina Ranha dos; Botelho, Teresa Margarida Morais PitaA prematuridade, enquanto problema da sociedade moderna, afigura-se actualmente como objecto de variadas investigações nas diferentes áreas da prestação de cuidados de saúde. Optou-se aqui por um estudo de cariz prospectivo, fora do âmbito característico dos da área da prematuridade, ansiando contribuir para um maior conhecimento acerca da problemática. Pretende-se assim que a presente tese exploratória ajude a determinar se existem diferenças atribuíveis à vivencia do risco iminente de parto pré-termo. Realizou-se um estudo quantitativo com complemento de natureza qualitativa e com vertente longitudinal. A amostra foi constituída por 96 grávidas, das quais 61 internadas por risco iminente de parto prematuro e 35 não internadas. Abordaram-se questões de caracterização da amostra segundo características sóciodemográficas, história obstétrica e expectativas da prematuridade. Utilizou-se a “Escala de Auto-eficácia geral (Pais Ribeiro, 1995)” e o questionário “Brief COPE (Pais Ribeiro & Rodrigues, 2004)”. Concluiu-se que, na sua globalidade, os comportamentos das variáveis auto-eficácia e coping não apresentam diferenças significativas entre grupos de estudo, e que as expectativas da prematuridade dependem do internamento por risco de parto antecipado. A incidência de parto pré-termo foi de 50% e revelou-se dependente do risco, da gemelaridade, de características de coping e da expectativa do parto.
- A parentalidade no hiv: A vinculação dos pais seropositivos – o papel do segredoPublication . Freixo, Joana Sofia Guedes Paiva; Leal, Isabel PereiraO vírus da Imunodeficiência Humana tem sido objecto de variadíssimos trabalhos de investigação. Contudo, poucos estudos têm sido feitos tendo por base a Parentalidade neste contexto particular. Assim, esta investigação surge com o objectivo de compreender de que forma o facto de um dos pais ser seropositivo pode influenciar positiva ou negativamente, as ligações afectivas que estabelece com os filhos, ou seja, o vínculo que estabelecem enquanto pais. Este estudo teórico pretende essencialmente responder à questão fundamental de saber se “existem diferenças na relação que os pais seropositivos estabelecem com os seus filhos após terem conhecimento do diagnóstico de VIH? e “quais são essas diferenças?” O papel do segredo e a sua influência na relação de vinculação foi um outro aspecto a ser considerado na investigação. A amostra, recolhida no Hospital de Joaquim Urbano, é constituída por 21 pais de ambos os sexos, com recurso a instrumentos: Escala de Vinculação do Adulto (EVA), questionário sócio - demográfico e uma entrevista semi-estruturada. Dos nossos resultados destacamos que 57.1% dos pais alteraram o relacionamento com os filhos após terem conhecimento do diagnóstico. Concluímos que a alteração da relação pais - filhos após conhecimento do diagnóstico diferencia positivamente o conforto com a proximidade entre ambos.
- Transição para a parentalidade: Estudo comparativo entre mulheres e homens primíparosPublication . Abreu, Lília Maria Reis; Pocinho, Margarida; Leal, Isabel PereiraNo contexto do ciclo de vida da família, a maternidade/paternidade surgem como realidades distintas, quer na dimensão temporal quer na dimensão vivencial. Por vezes, confundidas e interpretadas como sinónimas na realidade de ser mãe/pai, sustentam, na sua interligação, todo um processo de transição e adaptação. Entre todas as transições (quer a nível individual quer a nível de casal), aquela que se destaca é a que ocorre quando a mulher e o homem se tornam pais. A transição para a parentalidade é frequentemente descrita como um momento de crise, sobretudo no caso do primeiro filho. Esta acarreta uma série de transformações físicas (do corpo da mulher) e relacionais (da mulher/homem de cada um dos membros e consigo próprios e com as famílias de origem), que envolvem uma reorganização a todos os níveis (biológico, cognitivo, emocional, relacional e social), razão pela qual, esta fase é consensualmente entendida como um período de profunda transformação no desenvolvimento, dos envolvidos. (Colman & Colman, 1998; Canavarro, 2001; Figueiredo, 2005). A este respeito Dickie (1987) acrescenta que a mulher experimenta maior perturbação com os seus novos papéis, nomeadamente pelas mudanças que ocorrem aos mais diversos níveis. Dado que esta reorganização pode ser distinta ao longo do tempo que se segue ao parto pretendeu-se com este estudo da natureza transversal identificar os factores que contribuem para a adaptação materna e paterna, em pais e mães pela primeira vez, durante os seis meses de idade do filho. Para concretizar este objectivo, foi considerada como variável dependente, a adaptação parental ao nascimento do primeiro filho. A amostra de casais foi de conveniência e intencional foi constituída 133 pais que frequentaram a consulta nos centros de saúde da RAM, no período compreendido entre Junho e Agosto de 2009. Relativamente à recolha de dados utilizaram-se o Teste de Transição Parental, a Escala de Percepção de Stress (Perceived Stress Scale) e Escala de Avaliação de Emoções. Na analise os dados verificaram-se diferenças significativas no género relacionadas com as dimensões nas variáveis necessidades individuais e culpa, sendo as mães que apresentando valores mais elevados, que apresentam maiores índices de stress percebido. Esta constatação permite que se considere que as mães possuem maiores, mais dificuldades na adaptação ao nascimento do primeiro filho. O apoio dos profissionais de saúde, quer a nível técnico quer emocional evidencia-se como crucial fundamental nesta etapa do desenvolvimento do casal e do filho. Por último, verifica-se que os resultados concordantes à luz da contextualização teórica.
- A vivência da amamentação no seio do casal parentalPublication . Pereira, Maria Cândida Fernandes; Leal, Isabel PereiraApesar das mudanças que vimos a constatar no percurso do papel do pai nas últimas décadas, as sociedades tendem a atribuir ao género feminino, o maior envolvimento na responsabilidade pelos filhos. A amamentação é uma dessas imputações, defendida pela OMS como prática alimentar exclusiva das crianças nos primeiros 6 meses de vida. Pretendemos saber quais os eventuais impactos desta prática para o pai, para a saúde e bem-estar do casal e para a relação conjugal. Assim, os objectivos deste trabalho são os de aceder às vivências dos casais que optam por este método alimentar. A nossa amostra constitui-se de forma não probabilística e por conveniência, por 15 casais de nacionalidade portuguesa e raça caucasiana, que amamentaram os seus filhos durante um período mínimo de três meses. Tratase de um estudo exploratório, descritivo e transversal; cujo método de recolha de dados foi a entrevista semi-estruturada individual (30 entrevistas), através da aplicação de um guião de questões construído para o efeito. A técnica de análise dos dados qualitativos foi a análise de conteúdo, tendo-se optado por realizar uma análise temática e frequencial. Os principais resultados indicam que a amamentação não carece de tomada de decisão, por ser uma primeira opção, tendo em conta as crenças sobre os benefícios para a criança. É vivida pelos casais entre um misto de encantamento e de vulnerabilidades, onde sobressai o cansaço (físico e psicológico), o espírito de sacrifício e a falta de disponibilidade para o parceiro conjugal, bem como os sentimentos de exclusão paterna (face à parceira e à criança). Os casais subvalorizam esse mal-estar, essencialmente por ser transitório e estarem convictos de que o mesmo não deriva da prática da amamentação, mas está intrínseco à transição para a parentalidade. A perda do pudor face à prática da amamentação em público pode ser vantajosa para a manutenção da vida social dos casais e para a minimização dos sentimentos de privação da liberdade individual. Os casais mostraram-se confusos e ambivalentes face aos benefícios da amamentação para a relação de casal, mas a maioria reconheceu que esta fortalece a união conjugal, embora perturbe o envolvimento sexual. No comportamento paterno, os participantes da amostra demonstraram interessar-se pela postura igualitária no que se refere ao género, porém subsistem algumas visões e comportamentos tradicionalistas. Dar continuidade à exploração do tema e alertar as futuras díades parentais, evidencia-se como fundamental para que lhes seja possibilitada a oportunidade de optarem de forma consciente e esclarecida, minimizando este potencial factor de risco para o desmame precoce.