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- A persuasão do psicoterapeuta e racionais terapêuticos: Um estudo qualitativoPublication . Conceição, Catarina Alexandra Santos; Sousa, Daniel Cunha Monteiro deObjetivo: Procurou-se aprofundar as características dos psicoterapeutas (verbais e não-verbais) que os pacientes mais percecionam como eficazes na co-construção dos racionais terapêuticos utilizando uma abordagem qualitativa. Método: Utilizou-se o método qualitativo Grounded Theory (Charmaz, 2014; Fernandes & Maia, 2001) com o intuito de analisar as 10 entrevistas que foram realizadas a pacientes com um processo psicoterapêutico em curso ou finalizado no último ano e que ocorre em contexto privado. Resultados: A análise dos dados gerou 19 categorias que remetem para comportamentos persuasivos do psicoterapeuta aquando da co-construção de racionais terapêuticos. Estas categorias foram organizadas em 5 domínios que remetem para construtos teóricos únicos e interrelacionados: (1) Adoção de uma variedade de comportamentos não-verbais; (2) Promoção e fortalecimento da relação terapêutica; (3) Adaptação dos comportamentos verbais às características do paciente assente na exploração e validação do problema; (4) Criação de um clima de receção/transmissão de feedback e discussão com o paciente; (5) Comportamentos do terapeuta que não auxiliam na co-construção do racional terapêutico. Conclusão: Os resultados do presente estudo permitiram aprofundar os comportamentos persuasivos (verbais e não-verbais) que, na ótica do paciente, são favoráveis e desfavoráveis para a eficácia do processo terapêutico aquando da co-construção dos racionais terapêuticos. Estes resultados vão ao encontro do que a literatura sobre os comportamentos persuasivos do terapeuta tem vindo a sugerir e os seus benefícios para a eficácia do processo terapêutico.
- (Des)Iguald@de de género e a maternidade – atitudes de mulheres e homens portuguesesPublication . Dinis, Joana Filipa Ventura Mesquita; Leal, Isabel PereiraEnquadramento: As atitudes dos homens e das mulheres são preponderantes para compreender as assimetrias que as questões ligadas à maternidade e parentalidade podem trazer à noção de igualdade de género, bem como estereótipos associados. Depreende-se que a função biológica e reprodutora poderá desencadear disparidades entre ambos os sexos. Os estereótipos de género poderão ser preditores de uma realidade desigualitária, que reconhece a mulher como eixo central nas temáticas inerentes à maternidade e parentalidade. Objetivos: Investigar as atitudes das mulheres e homens portugueses pela lente da maternidade, e como é que as mesmas fracionam as ideologias de igualdade de género e, consequentemente, perpetuam noções de estereótipos de género. Método: A amostra é composta por 802 participantes, 591 do sexo feminino (73,7%) e 211 do sexo masculino (26,3%). Os dados incluíram um questionário sociodemográfico, a Escala de Igualdade de Género (bidimensional de 7 itens) e Escala de Estereótipos de Género (unidimensional com 14 itens) concebidas e validadas nesta investigação. Foram também utilizados os 9 itens excluídos da Escala de Igualdade de Género, encarados como questões independentes, devido à pertinência para o estudo dos temas abordados nos mesmos. Resultados: Correlações estatisticamente significativas entre as variáveis de igualdade de género, estereótipos de género e parentalidade. Homens apresentam atitudes mais igualitárias e estereotipam menos do que as Mulheres, no entanto o mesmo não se verifica na dimensão da parentalidade. Itens excluídos apresentam correlações maioritariamente negativas e valores semelhantes entre os sexos em termos de atitudes igualitárias, no entanto, destacam-se alguns itens relativos às questões biológicas, amamentação e gravidez
- Diversidade e preconceito:Atitudes transfóbicas e cisnormatividade em PortugalPublication . Leal, Madalena Camacho De Macedo; Leal, IsabelA transfobia e a cisnormatividade são conceitos discriminatórios atuais e frequentemente presentes e referenciados, no entanto a literatura e investigação relativamente à população portuguesa carecem de profundidade (Gato, 2022). Ambos os conceitos têm por base atitudes discriminatórias e de segregação com constante influência negativa na comunidade LGBTQI (Bettcher, 2014). Para uma melhor compreensão das atitudes transfóbicas e cisnormativas, o presente projeto visa analisar se existe influência por parte de fatores sociodemográficos como a idade, o género e a orientação sexual, nos níveis de atitudes transfóbicas e cisnormativas da comunidade portuguesa. A recolha dos dados a investigar foi realizada através da partilha online de um inquérito, o qual incluí um questionário sociodemográfico e o questionário Genderism and Transphobia scale. Para o tratamento e análise dos dados foram administrados diferentes testes estatísticos no programa estatístico SPSS, tais como Kruskal - Wallis e Regressão Linear Simples. Os resultados foram de encontro com a literatura na medida em que relavam uma ascensão das atitudes transfóbicas e cisnormativas aquando do avançar da idade, o género que demonstrou, a partir dos dados recolhidos, maiores níveis de atitudes transfóbicas e cisnormativas foi o género masculino e o grupo de orientação sexual que se destacou pelos maiores níveis de atitudes transfóbicas e cisnormativas foi o grupo de orientação heterossexual. A literatura sugere justificativas tais como, por exemplo, as normas sociais conservadoras enraizadas e a resistência à mudança, a masculinidade tradicional e a hétero-cis-normatividade.