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- A atenção focada no self como mediador entre sintomas depressivos e somatizaçãoPublication . Máximo, Duarte Santos Martinho; Garcia-Marques, TeresaA depressão tem um impacto enorme no panorama de saúde atual e agrega variados sintomas e consequencias. É conhecida a sua relação com sintomas somáticos sendo mesmo esta percebida como um possível fator preditor de depressão. Mas nem todos os deprimidos apresentam estes sintomas. Para perceber esta relação focamos-mos no conceito de Atenção ao Self (Self Focused Atention, SFA, Duval & Wicklund, 1972). Este refere os níveis de atenção focado na informação cognitiva e afectiva interior do indivíduo, apontando os dados para uma relação positiva com sintomas depressivos. Neste trabalho procuramos perceber se relação da somatização com a depressão, está associada ao nível de SFA do indivíduo. Num estudo correlacional onde se acedeu aos níveis de depressão, de somatização e de SFA junto de uma amostra da poplução portuguesa com idade igual ou maior a 18 anos, testamos o papel da atenção focada no self na relação entre sintomas depressivos e a somatização. Os resultados corroboram a estreita relação entre as três variáveis e dão suporte a um modelo de mediação. Estes dados são discutidos em torno do conceito de somatização e seu papel no síndrome depressivo.
- O papel do significado de vida e da espiritualidade no crescimento pós-traumático no lutoPublication . Almeida, Maria Larcher das Neves Matos; Almeida, Margarida Ferreira deIntrodução: A vivência do luto de um ente-querido pode ser um evento potencialmente desestabilizador. A capacidade de encontrar e atribuir significado à perda, como a recuperação e/ou busca de significado espiritual, pode facilitar a sua compreensão Este processo pode, em alguns casos, ser impulsionador de um crescimento pós-traumático. Objetivo: O objetivo deste estudo é a analise da presença do significado e a relação entre o crescimento pós-traumático, o significado da vida e a espiritualidade, numa população em luto. Método: Uma amostra de 269 adultos em processo de luto participaram neste estudo, completando questionários que avaliam o crescimento póstraumático (PTGI-X), o significado de vida (MILQ) e a espiritualidade (FACIT-Sp-12). Resultado: Os resultados evidenciaram que a presença de significado de vida e a espiritualidade predizem o crescimento pós-traumático, explicando 16,3% da sua variância. A espiritualidade explica 19,8% da variância do crescimento pós-traumático. Discussão: A presença de significado de vida e a fé contribuem para o desenvolvimento de crescimento pós-traumático no luto. Abordagens clínicas de ajustamento ao luto devem considerar a sua significância.
- A desumanização da doença mental e a adesão às crenças de continuidadePublication . Santos, Bárbara Alves Pinto dos; Martins, Ana Cristina CarvalhoRecentemente, verificou-se que a violação de normas sociais, nomeadamente através de comportamentos não-civilizados, se reflete na menor atribuição de características unicamente humanas. Por acréscimo, um considerável número de estudos aponta para a desumanização de pessoas com rótulo de doença mental (DM), no entanto com variações segundo o tipo de perturbação. A adesão às crenças de continuidade (CC), um conceito recente, difere também segundo a patologia em questão e tende a refletir-se na menor estigmatização das pessoas com DM. Assim, coloca-se a hipótese de que determinado sujeito-alvo com perturbação, ao exibir comportamentos ambiguamente animalistas, será desumanizado, havendo diferenças consoante a perturbação associada. Por outro lado, espera-se encontrar diferenças na adesão às crenças de continuidade e que estas se reflitam numa menor desumanização do alvo. Com vista a análise das hipóteses, procedeu-se à manipulação experimental, através de três vinhetas (depressão versus esquizofrenia versus sem perturbação). Obteve-se uma amostra de 220 participantes, que desumanizou o sujeito-alvo, mas sem diferenças significativas dependendo do rótulo. Por outro lado, verificou-se uma adesão moderada às crenças de continuidade, no entanto, sem diferenças significativas entre esquizofrenia e a depressão. Observou-se uma relação entre a atribuição de características humanas e a adesão às CC. Estes resultados foram discutidos com base na literatura sobre transgressão de normas sociais, a desumanização da doença mental, a familiaridade com a doença mental e sua relação com a desumanização, os estereótipos de género e a adesão às crenças de continuidade
- O desencontro em terapia: Aliança terapêutica, ruturas e o conteúdo da terapiaPublication . Quina, Ana Rafaela da Fonseca; Neto, David DiasSendo a aliança terapêutica um elemento fundamental para um processo terapêutico de sucesso e, a existência de ruturas, neste caminho conjunto, ser algo natural, mas por vezes negativo, a comunidade científica tem vindo a dedicar-se ao estudo destas duas variáveis para que seja possível atuar de forma responsiva e adequada aquando destes desencontros, prevenindo possíveis abandonos do tratamento. Neste estudo procura compreender-se se no processo terapêutico, em questão, surge um padrão de ruturas em função dos temas trabalhados em terapia. Para que seja possível esclarecer este objetivo foi analisado um caso clínico e, as 19 sessões que integram esta terapia, através da avaliação da qualidade da aliança terapêutica, da realização de uma análise temática e, da identificação e codificação de ruturas. Os resultados obtidos demonstram que a aliança terapêutica é um processo ativo e que a sua qualidade se altera ao longo do processo terapêutico como consequência das intervenções realizadas e, que neste caso em específico, o padrão de ruturas é transversal aos temas da terapia, o que demonstra que as ruturas identificadas não estão associadas aos temas trabalhados em terapia, mas sim a outros fatores. Apesar dos resultados conseguidos, não se exclui a possibilidade de que em processos terapêuticos mais longos, seja possível estabelecer a relação entre os temas trabalhados e os momentos de rutura.
- O papel mediador da autenticidade na relação entre as orientações para o bem-estar e o florescimento psicológicoPublication . Rodrigues, Mariana Ferreira Nunes; Gouveia, Maria JoãoA investigação científica sobre Bem-Estar, especificamente sobre o Florescimento Psicológico, ou seja, sobre os níveis elevados de Bem-Estar, é fundamental para a promoção da saúde mental. Nomeadamente os mecanismos subjacentes ao Florescimento Psicológico, o que o fomenta e como este se expressa na presença de outras variáveis. Entre as variáveis que podem estar correlacionadas com o Florescimento Psicológico estão as Orientações para o Bem-Estar e a Autenticidade. Nesse sentido, este estudo de mediação teve o objetivo de estudar o papel mediador da Autenticidade na relação entre as Orientações para o Bem-Estar, Eudaimónicas, Hedónicas e Extrínsecas e o Florescimento Psicológico. Foi um estudo de caráter correlacional com um delineamento transversal, utilizando uma amostra constituída por 324 participantes, maiores de 18 anos e com compreensão da língua portuguesa. Os instrumentos utilizados foram: um Questionário Sociodemográfico; a escala HEEMA (Hedonic, Eudaimonic, and Extrinsic Motives for Activities) (LeFebvre & Huta, 2021); a Escala de Autenticidade (Wood et al., 2008); e, a Escala de Florescimento Psicológico (Diener et al., 2010b). Os resultados permitiram confirmar as hipóteses colocadas, ou seja, de que a Autenticidade tem um papel de mediador parcial na relação entre a Orientação Eudaimónica e o Florescimento Psicológico, mas não medeia a relação entre a Orientação Hedónica e a Orientação Extrínseca e o Florescimento Psicológico. Foi ainda possível contribuir com informações novas sobre a relação entre as variáveis em estudo, aferir as limitações do estudo e sugerir possíveis estudos futuros que complementem esta investigação.