Browsing by Issue Date, starting with "2024-10-21"
Now showing 1 - 6 of 6
Results Per Page
Sort Options
- UM ESTUDO EUROPEU SOBRE OS FATORES ASSOCIADOS À INSATISFAÇÃO CORPORAL NO ENVELHECIMENTOPublication . Rita Sofia Coelho RolãoO envelhecimento é uma realidade cada vez mais presente na sociedade ocidental, havendo, no entanto, poucos estudos mais representativos desta população e, em particular, relacionados com a imagem corporal e a sexualidade. O presente estudo pretende assim adereçar tal, tendo utilizado uma base de dados de um estudo europeu realizado na Noruega, Dinamarca, Bélgica e Portugal, financiado pelo The Research Council of Norway e com Ana Carvalheira enquanto investigadora portuguesa. Objetivos: (1) analisar as diferenças entre a presença ou a ausência de dificuldades sexuais face à insatisfação corporal em mulheres e homens portugueses e noruegueses; e (2) estudar as variáveis associadas à insatisfação corporal em seniores. Método: Um total de 1,780 seniores portugueses e noruegueses, com idades entre os 60 e os 75 anos, preencheram um questionário. Resultados: A presença de determinadas dificuldades sexuais evidenciou uma insatisfação corporal significativamente superior face a participantes sem as mesmas. As quatro regressões hierárquicas realizadas revelaram fatores significativamente associados à insatisfação corporal: em mulheres portuguesas, o nível educacional, índice de massa corporal (IMC) e perceção de saúde; em mulheres norueguesas, o nível educacional, IMC, frequência de exercício físico, satisfação sexual e perceção de saúde; em homens portugueses, o IMC, satisfação sexual e perceção de saúde; em homens noruegueses, a idade, relação de compromisso, satisfação sexual e perceção de saúde. Conclusão: Os resultados salientam a importância de diversos fatores para a compreensão da insatisfação corporal em seniores consoante o seu género e a nacionalidade.
- Promoção do cálculo mental: Dinâmicas, comunicação e estratégiasPublication . Oliveira, Mariana Antunes Gonçalves; Ferreira, Nádia DiogoO presente relatório foi realizado no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, na Unidade Curricular de Prática Supervisionada em 1ºCEB. A investigação ocorreu durante um estágio numa turma de 4.º ano numa escola privada em Oeiras, que seguia uma abordagem pedagógica socioconstrutivista. A problemática desta investigação surgiu a partir da observação e informação recolhida no contexto de sala, aliada ao interesse da estagiária pela área curricular da Matemática. No decorrer do estágio foram visíveis as dificuldades e a evolução da turma, pois era frequente realizarem desafios de cálculo mental. No entanto ocorria apenas a resolução das tiras de cálculo mental e não a partilha das estratégias utilizadas, o que suscitou maior curiosidade em explorar este aspeto. A investigação visou compreender como promover o cálculo mental dos alunos e a sua comunicação matemática através de diferentes estratégias no 1.º ciclo do ensino básico, analisando tarefas e dinâmicas que favorecem essa aprendizagem, particularmente nas operações de adição e subtração com números racionais. Esta investigação sobre a prática supervisionada foi assente numa metodologia qualitativa, pois o interesse está centrado no processo e é importante que o investigador frequente o contexto onde decorre a investigação. Para a recolha de dados foram selecionados três alunos, com mais dificuldade no cálculo mental, os quais realizaram sete sessões de cálculo mental. As sessões consistiram na resolução de expressões numéricas e problemas com as operações de adição e subtração, com números naturais e decimais. Os principais resultados da investigação mostram que as estratégias de cálculo mental mais utilizadas foram o algoritmo na cabeça e a decomposição. O estudo evidenciou a necessidade de um uso criterioso na escolha dos números nas tarefas, favorecendo a mobilização de diferentes estratégias e a importância do papel do professor na promoção de uma comunicação matemática mais produtiva para a aprendizagem dos alunos.
- Bem-estar na escola: Estratégias para o desenvolvimento de competências socioemocionais no 1ºCEBPublication . Cabral, Joana Salgueiro; Brito, Ana TeresaA presente investigação, realizada no âmbito do Relatório Final de Prática de Ensino Supervisionada no Mestrado em Educação Pré-escolar, assenta no tema da inclusão e necessidade de resposta a todas as crianças. A partir do tema escolhido, surgiram as seguintes questões de investigação: i) Compreender como a equipa de sala e de instituição perceciona a inclusão e se sente preparada para a realizar - oportunidades e constrangimentos; (ii) Quais as estratégias que a educadora e equipa – de sala e instituição - mobilizam para conseguir realizar uma inclusão de qualidade. Tendo por base uma abordagem qualitativa, foram utilizados vários instrumentos de recolha, nomeadamente, observação participante e não participante, através do registo de notas de campo; entrevista semi-diretiva à educadora cooperante e à auxiliar de sala e um questionário direcionado às cinco educadoras que compõem a equipa da instituição para entender as suas perspetivas sobre inclusão no jardim de infância, para acolher cada criança no grupo. Os resultados obtidos sugerem que é necessária formação inicial e contínua de forma a responder às necessidades da criança, como também incluir todos no processo de desenvolvimento da mesma, contando assim com o apoio e cooperação da comunidade, família e, sobretudo, com a participação da própria criança e do grupo de pares, como sujeitos ativos do seu desenvolvimento. No que diz respeito as estratégias identificadas, estas passam por trabalhar em grande e pequeno grupo, no âmbito da rotina da criança, utilizando diferentes materiais e equipamentos, adaptando a planificação quando necessário e escutar a voz ativa da criança.
- Qualidade da amizade e asociações com os sentimentos de solidão e comportamentos online na adolescênciaPublication . Correia, Bárbara Filipa Neves; Fernandes, MaríliaOs estudos realizados no âmbito da qualidade da amizade na adolescência têm demonstrado que quando estas são caracterizadas por elevados níveis de Validação Pessoal/Cuidado e Partilha de Intimidade, permite aos adolescentes promoverem a autoconfiança, fortalecer competências sociais e experienciar a própria identidade (Rabaglietti et al, 2007; Fonzi, 1996). As amizades durante a adolescência são ainda essenciais para o desenvolvimento de rapazes e raparigas (Hartup, 1993). Embora a amizade tradicional/offline ainda permaneça, o desenvolvimento da internet permitiu conduzir a novos tipos de amizade. Estes tipos de amizade podem ter enormes implicações para os sentimentos de solidão nos adolescentes. Neste sentido, a presente dissertação apresentou como principal objetivo compreender as diferenças existentes entre a qualidade de amizade em diferentes contextos e as respetivas associações com os sentimentos de solidão na adolescência. A amostra contou com a participação de 320 adolescentes (56.2% do sexo feminino; 95.3% de nacionalidade portuguesa) entre os 10 e os 16 anos (M=12.64; DP=1.30), recrutados de duas instituições localizadas na Área Metropolitana Lisboa. Os participantes reportaram sobre a qualidade da amizade (FQQ, Parker & Asher, 1993; adaptado por Freitas, et al., 2013), sobre os seus comportamentos online (adaptado de Valkenburg & Peter, 2007, Williams, 2006 e Kaye & Quinn, 2020) e sobre os seus sentimentos de solidão (RPQL, Hayden-Thoms, 1989; adaptado por Ribeiro et al.,2019). Os nossos resultados mostram que os adolescentes apresentaram valores elevados nas dimensões positivas da qualidade da amizade e valores baixos na dimensão negativa. Em relação à dimensão de Partilha de Intimidade, as amizades online aproximaram-se mais das amizades mistas do que as amizades online com as amizades offline. As raparigas apresentaram melhores valores de qualidade da amizade, em comparação com os rapazes. Quanto às associações entre a qualidade da amizade e os comportamentos online, os jovens com amizades mistas apresentaram maior tempo nas redes sociais e a comunicar com os amigos. Em relação aos comportamentos online, as raparigas apresentarem maior tempo nas redes sociais e os rapazes maior tempo a jogar. A conversa com a amigos e uso de redes sociais relacionou-se com a idade do adolescente. O sentimento de integração nos dois contextos parece ser mais importante para gerar solidão do que a proximidade emocional. Constatou-se que os adolescentes com amizades offline demonstram maiores níveis de sentimentos de solidão na intimidade com pares, em relação às amizades nos outros contextos. Neste sentido, apresentaram maior tempo na internet de forma a compensar os défices de socialização. As raparigas e os adolescentes mais velhos apresentaram serem mais solitárias no contexto da família.
- Associação entre masculinidade tradicional e ideação suicida: Contributos para a compreensão do efeitoPublication . Conceição, Catarina Sofia Capela da; Miranda, Mariana Pires deEste estudo aprofunda o conhecimento sobre a relação entre masculinidade tradicional e ideação suicida, ao explorar os fatores contribuidores para a compreensão do seu efeito. Neste sentido, procurámos testar o papel mediador da intenção de procura de ajuda (formal e informal), da pertença a múltiplos grupos e da satisfação na associação entre normas específicas de masculinidade tradicional (controlo emocional e autossuficiência) e ideação suicida. Este estudo contou com 169 participantes que se identificavam com o género masculino. Os resultados confirmaram uma correlação entre autossuficiência e ideação suicida, assim como o efeito mediador da intenção de procura de ajuda, que inesperadamente apresentou resultados contraditórios ao nível das fontes de ajuda: a intenção de procura de ajuda informal apresentou uma correlação negativa com a ideação suicida e a intenção de procura de ajuda formal uma correlação positiva. Adicionalmente, as variáveis relacionadas com a pertença grupal ou com a satisfação na relação não contribuíram para a explicação do efeito entre as duas variáveis em análise. Estes resultados destacam a importância de considerar a complexa relação entre os níveis de autossuficiência, a intenção de procura de ajuda e a ideação suicida na intervenção clínica com indivíduos do género masculino.
- No limite: Perceção do apoio social dos professores, vergonha externa e pedido de ajuda em adolescentes com história de comportamentos autolesivosPublication . Salvador, Ândria Bruna Ferro; Duarte, EvaEmbora a prevalência de comportamentos autolesivos na adolescência, em Portugal e no mundo, tenha vindo a sofrer um aumento, somente uma minoria destes adolescentes procura ajuda para lidar com estas dificuldades. Neste sentido, e tendo em consideração a ainda escassa investigação focada neste tema, é fundamental compreender como determinados fatores influenciam o processo do pedido de ajuda. Assim, o presente estudo pretende caracterizar como a vergonha externa, a perceção do apoio social dos professores e a ideação suicida impactam o pedido de ajuda junto de adolescentes com história de CAL, integrando uma investigação mais geral sobre este fenómeno. Para tal, foi utilizada uma amostra de 763 adolescentes de escolas portuguesas (47.2% masculino; 52.2% feminino; idade: 12 – 21 anos, 𝑥̅= 16.6), englobando 438 (57.4%) adolescentes com história de CAL e 325 (42.6%) sem história de CAL. Dos participantes com história de CAL, 259 (59.5%) pediram ajuda e 179 (40.5%) não pediram ajuda. Foram utilizados o Inventário de Comportamentos Autolesivos, Questionário de Ideação Suicida, Escala do Pedido de Ajuda – Barreiras, Escala do Pedido de ajuda – Facilitadores, Escala de Perceção de Suporte Social e Escala de Vergonha Externa – Versão Breve para Adolescentes. Os resultados evidenciaram que o grupo de adolescentes com história de CAL apresentam níveis elevados de VE e de PASP. Em relação ao pedido de ajuda, denotou-se a presença de níveis elevados de facilitadores, PASP, IS e baixos de barreiras ao pedido de ajuda, comparado ao grupo que não pediu ajuda.