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- O papel moderador da regulação emocional na relação entre o contágio emocional e o rendimento desportivoPublication . Borges, Cláudia Ferreira; Almeida, Pedro Henrique Garcia Lopes deA presente dissertação teve como objetivo estudar a relação do contágio emocional e do rendimento desportivo (negativa para o contágio de emoções negativas e positiva para o contágio de emoções positivas) bem como o papel moderador da regulação emocional, nesta relação. Estas variáveis são importantes para o estudo proposto pois ajudam a entende qual a influência dos aspetos psicológicos no rendimento dos atletas, de forma a dar um maior suporte na otimização destes resultados. A amostra do presente estudo foi constituída por 226 participantes, com idades compreendidas entre os 12 e os 33 anos (M = 18.7, DP = 4.08). Os participantes deste estudo preencheram um questionário online: Escala de Contágio Emocional (ECE), Questionário de Perceção de Rendimento Desportivo (QPRD) e Escala de Regulação Emocional (ERE). Os resultados revelam que não existe correlação significativa entre o contágio emocional e o rendimento percebido dos atletas; por oposição, é visível uma correlação positiva entre a regulação emocional e o rendimento desportivo, na dimensão de reavaliação de regulação emocional. Para a moderação, os resultados não suportam a hipótese no sentido que o efeito do contágio emocional sobre o rendimento desportivo é positivo nos indivíduos que têm uma elevada capacidade de supressão na regulação emocional. Outra perspetiva confirma que quanto maior é o contágio emocional negativo pior é a perceção dos indivíduos face ao rendimento desportivo. Os resultados das correlações entre o contágio emocional e o rendimento diferem entre géneros, sendo que as mulheres demonstram ser mais propensas a ser contagiadas emocionalmente, tendo reflexo no seu rendimento desportivo.
- Para além das habilidades físicas: o papel mediador do bem-estar eudaimónico na relação entre inteligência emocional e desempenhoPublication . Silva, Mafalda Maria de Pina e Sousa Gomes da; Almeida, Pedro Henrique Garcia Lopes deA presente dissertação tem como objetivo estudar a relação entre inteligência emocional, bem-estar eudaimónico e desempenho desportivo subjetivo. Em específico, pretendemos contribuir para a compreensão do efeito da inteligência emocional sobre o rendimento desportivo, propondo o bem-estar eudaimónico como variável mediadora deste processo. Para tal, jogadores de futebol foram recrutados para participar num questionário online, no qual preencheram o Trait Meta Mood Scale (Salovey et al., 1995), de forma a medir a inteligência emocional, o Questionnaire of Eudaimonic Well-Being in Sports Context (Batanero et al., 2021), de forma avaliar o bem-estar eudaimónico, e o Questionário de Perceção de Rendimento Desportivo (Gomes, 2016), de forma a avaliar o rendimento desportivo percebido. A amostra resultante do presente estudo foi assim constituída por 122 jogadores/as de futebol (M = 16.6, DP = 2.77), 27 (22.1 %) do género feminino e 95 (77.9 %) do género masculino. Os resultados obtidos evidenciaram uma relação significativa positiva entre a inteligência emocional e o desempenho desportivo percebido. Adicionalmente, verificou se uma correlação significativa entre a inteligência emocional e o bem-estar eudaimónico, e entre este e o desempenho desportivo percebido. A mediação proposta foi suportada, porém evidenciando uma diferença entre as dimensões específicas de bem-estar na sua capacidade de mediar este efeito, sendo que apenas a dimensão associada ao Sentido de Significância e Propósito mediou significativamente o efeito da inteligência emocional sobre o desempenho. Estes resultados salientam a importância do desenvolvimento de estratégias e intervenções psicológicas focadas na melhoria da inteligência emocional, em particular na dimensão de reparação, conciliando com uma promoção mais holística e integrativa no treino e no suporte psicológico de um sentimento de significado e propósito, referente ao bem-estar eudaimónico e contribuindo para o desempenho.