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- A influência da regulação emocional na relação entre o autoconceito e a memória autobiográfica na adolescênciaPublication . Marques, Margarida Ferreira; Santos, António José Freitas dosO presente estudo tem por objetivo compreender como o autoconceito e a regulação emocional influenciam a memória autobiográfica dos indivíduos. A memória autobiográfica é uma capacidade cognitiva que permite ao individuo lembrar-se dos eventos que experienciou. Para que a memória se desenvolva é necessário o desenvolvimento da noção de self. A memória é ainda influenciada pelas estratégias de regulação emocional utilizadas pelo indivíduo. Assim, foi aplicada a Escala de Autoconceito e Autoestima para Adolescentes, o Questionário de Regulação Emocional – Crianças e Adolescentes (ERQ-CA) e o Teste da Memória Autobiográfica (AMT) a adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos, de um centro de estudos de Sintra. Os resultados demonstraram que, de um modo geral, indivíduos com autoconceitos mais elevados e com maiores níveis de supressão emocional apresentam valores mais baixos de memória autobiográfica.
- As Relações entre a Resiliência, a Vinculação e a Depressão na AdolescênciaPublication . Ferreira, Carolina Maria Pedra de Freitas Lopes; Santos, António José Freitas dosO objetivo deste estudo é compreender a relação entre três variáveis diferentes: resiliência, depressão e vinculação. Tendo em conta o período de metamorfose pelo qual os adolescentes passam, descrito por Coimbra de Matos (2002, p. 147) como “a passagem do Cabo das Tormentas - figurada como difícil e perigosa -, que se transforma em Cabo da Boa Esperança” é importante perceber como a depressão poder afetar o seu caminho e que processos podem proteger ou pôr em risco os adolescentes. A amostra deste estudo é de 29 alunos com idades entre os 15 e os 18 anos, entre eles, 11 são do sexo masculino e 18 do sexo feminino e 12 são do género masculino e 17 do género feminino e com uma média de idades dos participantes de 17 anos. É possível compreender através da análise dos dados que existem diferenças entre o género masculino e feminino, sendo que o género feminino tem mais tendência para investir nas relações do que o género masculino, tendo valores associados a dimensões da Dependência mais elevados e o género masculino tem níveis de Perceção de Self mais elevados. Os diferentes géneros passam por processos de socialização diferentes que são muito relevantes de serem compreendidos para que seja possível entender o funcionamento das variáveis. Em termos de resiliência, é essencial ter em conta que esta varia com indivíduo, pois as situações de risco para um determinado sujeito podem ser consideradas protetoras para outro, dependendo do contexto. Por fim, é feita uma reflexão acerca dos resultados obtidos, as limitações e o que poderá ser feito no futuro.
- A perceção de Mulheres Bissexuais consumidoras de Canábis e os seus estilos de copingPublication . Vieira, Rúben António Areia; Rodrigues, Vitor José de Conceição Teixeira AmorimA literatura tem investido atualmente na comunidade LGBTQ+ para aprofundar o seu conhecimento. Um dos investimentos tem sido a observação do seu consumo de substâncias e como influencia as suas vidas. Portugal foi dos primeiros países a descriminalizar o consumo de substâncias como estratégia preventiva face ao problema que se deparava relativamente ao consumo de substâncias. O estudo presente foca-se num grupo pouco representado dentro e fora da comunidade, as mulheres bissexuais e tenta compreender se o seu consumo de substâncias atua como mecanismo de coping face às adversidades que sofrem pelo seu género e/ou orientação sexual. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas que procuram conhecer as experiências de vida destas mulheres, utilizando a análise fenomenológica interpretativa. Os resultados observados mostram que a amostra não consome para lidar com experiências bifóbicas e/ou misóginas mas sim para regular a sua ansiedade, ciclo de sono e como um agente de facilitador social.