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- Stresse parental, regulação emocional dos adolescentes e a sua influência nas competências sociaisPublication . Quintino, Pedro Rui Jónatas; Brandão, Tânia Raquel PaisO objetivo deste estudo foi compreender se o Stresse Parental tem influência nas Competências Sociais dos adolescentes, e verificar se a Regulação Emocional dos mesmos ajudava a explicar essa associação. Participaram neste estudo 90 pais, 93 mães e 102 adolescentes com idades compreendidas entre os 15 e os 17 anos. O estudo é transversal e adota uma metodologia quantitativa. Os instrumentos utilizados na amostra foram: a Escala de Stresse Parental de Berry & Jones (1995) que avalia o Stresse Parental; o Questionário de Regulação Emocional para Crianças e Adolescentes (Gullone & Taffe, 2012), que avalia a Regulação Emocional dos adolescentes e o Questionário Para Mim é Fácil (Gaspar & Matos, 2015), que avalia as Competências Sociais dos adolescentes. Os resultados mostraram que a Regulação Emocional dos adolescentes e as Competências Sociais não variam de acordo com o sexo. Não se verificou uma associação direta entre o stresse dos pais e as Competências Sociais dos filhos. No entanto verificou-se uma associação indireta entre o Stresse Parental paterno e menores Competências Sociais dos filhos, associada a um menor uso da estratégia de Regulação Emocional Reavaliação Cognitiva. O efeito indireto da Supressão Expressiva dos filhos não foi significativo. Relativamente ao Stresse Parental materno, este não se associou diretamente nem indiretamente às Competências Sociais dos filhos. De forma geral, os resultados aqui encontrados sugerem que o Stresse Parental paterno, muitas vezes negligenciado na literatura, pode ter um impacto no funcionamento psicológico dos adolescentes, sobretudo através de uma interferência no desenvolvimento de estratégias de Regulação Emocional mais adaptativas, como a Reavaliação Cognitiva durante a adolescência.
- Os dilemas vivenciados durante o luto antecipatório pelos cuidadores familiaresPublication . Fernandes, Joana Sofia Névoa Tadeu Ferreira de Matos dos Reis; Coelho, Manuela Alexandra de MouraIntrodução: Há evidência de que a experiência dos cuidadores familiares (CF) em cuidados paliativos é geralmente acompanhada de elevado distress emocional, para o qual contribuem os múltiplos dilemas associados ao cuidar em fim-de-vida. No entanto, a literatura sobre esta vivência ainda é escassa. Sendo este um aspeto passível de modificação através de intervenção psicológica, é essencial desenvolver mais investigação sobre a natureza dos dilemas do cuidador. Objetivo: Estudar os dilemas vivenciados pelos cuidadores familiares de doentes em cuidados paliativos ao longo do luto pré-morte. Método: Foi utilizada uma abordagem qualitativa através da análise temática dos dados obtidos em entrevistas semiestruturadas realizadas a 31 CF de pacientes acompanhados em cuidados paliativos no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Resultados e conclusão: Foram encontrados diversos dilemas relacionados com o fim de vida do seu familiar, tendo estes sido agrupados em 4 grandestemas: (a) Como lidar com a doença?; (b) Onde é o meu lugar?; (c) Qual é o meu papel? e (d) Como será o meu futuro? Estes resultados contribuem para uma melhor identificação das dificuldades dos CF durante o luto antecipatório, no sentido de minimizar os sentimentos negativos que daí resultam, e assim promover a qualidade dos cuidados e o bem-estar desta população de risco.
- Invalidação emocional percebida, ruminação e autoestima na adultez emergentePublication . Carvalho, Diana Filipa Ramos; Brandão, Tânia Raquel PaisA adultez emergente é uma fase do ciclo de vida caracterizada por uma multiplicidade de desafios, com implicações significativas para as perceções de si, em que as relações interpessoais e a regulação emocional assumem um papel de relevo. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo analisar o papel mediador da ruminação na relação entre a invalidação emocional percebida e a autoestima negativa. Participaram neste estudo 177 jovens adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os 29 anos (M = 23.75, DP = 2.85). A invalidação emocional percebida, a ruminação e a autoestima negativa foram avaliadas através de medidas de autorrelato, disponibilizadas numa plataforma online. Os resultados mostraram uma associação positiva e significativa entre a invalidação emocional percebida e a ruminação, entre a invalidação emocional percebida e a autoestima negativa, e entre a ruminação e a autoestima negativa. No modelo proposto, a ruminação mediou parcialmente a relação entre a invalidação emocional percebida e a autoestima negativa. Estes resultados sugerem que quanto maior for a perceção de invalidação emocional, maior é o nível de ruminação e, consequentemente, mais negativa é a autoestima destes adultos emergentes. Os resultados destacam a importância de considerar não só a invalidação emocional percebida pelos adultos emergentes como também as estratégias de regulação emocional utilizadas pelos mesmos de forma a promover a sua saúde mental. Intervenções psicológicas dirigidas a estes aspetos podem contribuir para melhorar a autoestima dos adultos emergentes.
- Regulação emocional dos pais e regulação emocional em adolescentes: impacto nas competências sociaisPublication . Antunes, Catarina Maria Oliveira; Brandão, Tânia Raquel PaisCom este estudo procurou-se compreender se a Regulação Emocional dos pais influencia as Competências Sociais dos filhos adolescentes, tendo como variável mediadora a Regulação Emocional dos filhos. Neste estudo participaram 93 mães, 90 pais e 102 adolescentes, cujas idades se encontram entre os 15 e os 17 anos. Este estudo é transversal, sendo que recorre a uma metodologia quantitativa. Os instrumentos utilizados neste estudo foram: o Questionário de Regulação Emocional que avalia a Regulação Emocional dos pais, o Questionário de Regulação Emocional – Crianças e Adolescentes (ERQ-CA) que avalia a Regulação Emocional dos adolescentes, e, por fim, o Questionário “Para Mim é Fácil” que avalia as Competências Sociais dos adolescentes. Não foram encontradas diferenças significativas na Regulação Emocional dos adolescentes nem nas suas Competências Sociais de acordo com o sexo. Os resultados mostraram que a Regulação Emocional da mãe e do pai não tiveram um efeito direto nas Competências Sociais dos adolescentes. No entanto, os efeitos indiretos mostraram que a Regulação Emocional dos pais, em específico o uso da Supressão Expressiva (por parte dos pais), associou-se às Competências Sociais dos filhos através da Regulação Emocional dos filhos, em específico, o uso da Reavaliação Cognitiva. Em suma, os resultados sugerem que a forma como os pais lidam com as suas próprias emoções podem contribuir para o desenvolvimento de competências emocionais dos adolescentes por influenciarem a forma como eles próprios regulam as suas emoções. Estes resultados sugerem a importância de trabalharmos a Regulação Emocional junto de jovens que experienciam dificuldades em termos de Competências Sociais.
- Recuperar dá trabalho: impacto da orientação para o bem-estar e capacidade hedónica na recuperação do trabalhoPublication . Fonseca, Josué Santiago Magalhães de Carvalho Felizardo da; Gouveia, Maria João Pinheiro MoraisA realidade atual das condições de trabalho revela um cenário desafiador e exigente para os profissionais. Cargas horárias excessivas, altos níveis de stress, assim como fastigiosas exigências cognitivas e emocionais são alguns dos desafios enfrentados pelos trabalhadores. Face a este cenário atual, a promoção do bem-estar e da performance no trabalho tem-se tornado uma das principais preocupações no âmbito da saúde organizacional. O bem-estar no trabalho pode ser obtido de variadas formas. O presente estudo propõem-se a analisar se existe relação entre as Orientações individuais para o Bem Estar e a Experiência de Recuperação dos trabalhadores, tendo em conta a Capacidade Hedónica dos mesmos. Os resultados revelam que as orientações hedónicas e eudaimónicas detêm papéis distintos nas experiências de recuperação. A Eudaimonia apenas se correlaciona significativamente com a experiência de Mestria, e de forma negativa com o Afastamento Psicológico. A Hedonia, correlaciona-se significativamente com todas as experiencias de recuperação, à exceção da Mestria. Isto enfatiza a necessidade de desenvolver estratégias de gestão de stress e recuperação do trabalho que tenham em consideração as orientações individuais. Adicionalmente, a Capacidade Hedónica, mais concretamente Sucesso Hedónico, demonstrou ter um efeito mediador significativo entre as variáveis analisadas, revelando ser um possível mecanismo que facilita a experienciação destes diferentes tipos de recuperação. Contudo, estudos futuros são necessários para confirmar se níveis mais elevados de experiências de recuperação se traduzem em maiores níveis de recuperação geral do indivíduo, ou se revelam uma maior necessidade de experienciar esses tipos de recuperação, devido a baixos níveis de recuperação geral.
- A empatia dos agressores, vítimas e observadores de Cyberbullying e o papel do sexo em jovens portuguesesPublication . Lucas, Bruna Salgado; Patrão, Ivone Alexandra MartinsA tecnologia faz cada vez mais parte do quotidiano, o que pode acarretar riscos para a saúde mental dos jovens. Um desses riscos é a exposição ao cyberbullying numa fase do desenvolvimento onde se testam as competências sociais no grupo de pares. O objetivo principal deste estudo é compreender se o nível de empatia varia em função do agente de Cyberbullying (agressor, vítima, espetadores), e se o sexo interage com o tipo de agente de cyberbullying nos níveis de empatia. Utilizou-se uma metodologia de cariz quantitativo, com recolha de dados por conveniência, online. A amostra é constituída por jovens portugueses entre os 18-30 anos. O cyberbullying foi avaliado através de dois questionários: Questionário de Cyberbullying (CQ_A) (Pinto & Cunha, 2011) e o Questionário de Cyberbullying-vitimização (CBQ-V) (Pinto & Cunha, 2011). A “empatia” foi medida através da Escala de Empatia Básica (BES) (Pechorro, et al., 2018). Os resultados revelam que existem diferenças estatisticamente significativas entre os agentes de Cyberbullying em todas as escalas e subescalas de empatia sendo que as vítimas têm valores mais altos de empatia. Demonstram, ainda, que não existiu uma interação estatisticamente significativa entre o sexo e o tipo de agente de cyberbullying nos níveis de empatia. Por fim, os resultados apontam para a necessidade de se apostar em programas de promoção do uso saudável e ciberseguro da tecnologia, de forma a reduzir os fenómenos associados ao cyberbullying e promover a mudança de comportamentos de risco para o desenvolvimento saudável e para a segurança no contacto com o mundo online.