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- Burnout e Empatia em Guardas PrisionaisPublication . Veiga, Mariana Alves; Rodrigues, Andreia Luísa Gonçalves Teixeira CastroExistem poucas profissões que se desenvolvem em contextos tão hostis como a de guarda prisional. Desta forma, o presente trabalho teórico visa contribuir para a reflexão da profissão de guarda prisional, explorando a relação entre dois constructos bastantes atuais, o burnout e a empatia. Para tal, o presente estudo conta com uma amostra composta por 132 guardas prisionais, de ambos os sexos, que exerciam as suas funções em estabelecimentos prisionais pertencentes à zona de Lisboa, Porto e Beja. Os níveis de burnout e de empatia foram avaliados através da Medida de Burnout de Shirom-Melamed (MBSM) e da Escala Básica de Empatia (BES-A), respetivamente. Os resultados evidenciaram que a maioria dos/das guardas prisionais que constituem a amostra possuem baixos níveis de empatia e de burnout, estando este grupo de profissionais mais suscetível a experienciar sintomas de desgaste físico e cognitivo do que sintomas de exaustão emocional. Tanto a empatia cognitiva como a empatia afetiva demonstraram ser preditores significativos dos sintomas de burnout, sendo sugerida a possibilidade de a empatia cognitiva atuar como fator de proteção no desenvolvimento de sintomas de burnout, nomeadamente, de exaustão emocional.
- Competências de Intervenção de um Psicoterapeuta Eficaz [Análise Qualitativa de Sessões de Psicoterapia]Publication . Gil, Cátia Baptista; Sousa, Daniel Cunha Monteiro deProblema: A inexistência de um consenso na literatura sobre o significado de expertise em psicoterapia transformou-se num debate relevante a importantes reflexões sobre profissionais de destaque e seus desempenhos. Contudo, apesar de haver muitos estudos focados nos factores dos terapeutas com melhores resultados (outcomes), existe ainda uma lacuna de estudos baseados no critério dos outcomes. Objectivo: Este estudo procurou explorar qualitativamente uma psicoterapeuta que foi identificada, por uma clínica universitária inglesa, como tendo sistematicamente bons outcomes clínicos. Método: Procedeu-se à análise de 29 sessões de dois pacientes acompanhados por uma psicoterapeuta escolhida com base nos seus outcomes. As sessões foram audiogravadas e analisadas pela abordagem construtivista Grounded Theory (Charmaz, 2014). Resultados: A análise de dados deu origem a 14 categorias, que representam as intervenções clínicas utilizadas pela psicoterapeuta. A estrutura de organização dos três grandes domínios: (1) Promoção do senso de agencidade do cliente e da natureza colaborativa do processo terapêutico; (2) Apoio à exploração de conteúdos significativos, equilibrando responsivamente entre seguir o cliente e introduzir novas dimensões; (3) Criação de um clima relacional de segurança emocional para o cliente, assente na presença empática, autenticidade e aceitação incondicional.