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- Louca, frágil, vítima, impulsiva, má. Um estudo sobre as atitudes da guarda prisional face a mulheres ofensorasPublication . Knittel, Sofia Oliveira; Sousa, Daniel Cunha Monteiro deOs Guardas Prisionais detêm extrema importância no processo de reclusão dos indivíduos que cometeram crimes, contribuindo para a sua ressocialização. Contudo, não são imunes a crenças e atitudes disseminadas socialmente acerca de diversos tópicos, como a criminalidade feminina, sendo que estas poderão enviesar o seu comportamento. O presente estudo teve como principais objetivos explorar as atitudes destes elementos face ao crime cometido por mulheres, além de as relacionar com outras variáveis de relevo, como o sexo e o posicionamento político. Para tal, recorremos a um questionário composto pelo instrumento “Atitudes sobre o Crime Feminino” (ACF), por uma medida breve de avaliação da personalidade – TIPI-P – e por questões de natureza sociodemográfica, aplicado a 132 Guardas Prisionais e em seis Estabelecimentos Prisionais. Primeiramente, aferimos a estrutura fatorial da escala ACF, tendo-se obtido quatro fatores distintos da versão original. Posteriormente, observámos uma tendência avaliativa predominantemente negativa, principalmente em participantes jovens e mulheres, que expressaram maior concordância com a visão patológica da mulher que comete crimes e, consequentemente, com a dupla punição. Contrapondo, os homens mais velhos tenderam a percecionar a mulher como vítima, além de possuírem mais conhecimentos técnicos adequados, mostrando-se mais tolerantes. Em suma, verifica-se uma atuação diferenciada face a mulheres que cometem crimes, assente na complexa relação entre género, papéis de género e criminalidade. Assim, ora é reforçada a visão da “mulher frágil”, ora é julgada a “mulher má”, levando-nos a crer que ‘serse mulher’ (ainda) não suscita respostas legais neutras por parte do Sistema de Justiça.
- Análise das entrevistas de duas mulheres chilenas e duas mulheres búlgaras após a leitura do Mito do TraucoPublication . Constantino, Rodrigo Miguel Diuana; Marques, Maria EmíliaOs mitos são uma linguagem simbólica que têm uma relação íntima com o inconscien te. Desde Freud, que a psicanálise recorre à mitologia grega para explicar e compreender fenómenos psíquicos. Contudo, muitas culturas têm a sua própria mitologia, pelo que uma compreensão psicanalítica desta ajudará a compreender o ser humano na sua di versidade cultural. Assim, o objetivo deste estudo foi explorar o mundo interno de duas mulheres chilenas e duas mulheres búlgaras apos a leitura do mito do Trauco originário da ilha de Chiloé, e compreender quais as temáticas psíquicas que o mito do Trauco evocava nas participantes. Para isto, utilizou-se o método de entrevista de narrativa de associação livre (Fani) proposto por Hollway e Jefferson (2000). Todas as participantes, cada uma à sua forma, abordaram a temática da sexualidade e da representação do masculino e do feminino.