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- Experiências e vivências de imigrantes detidos no centro de detenção do PortoPublication . Costa, Daniela Filipa de Sousa; Ornelas, José H.O presente estudo pretende analisar as narrativas e vivências psicossociais dos indivíduos que se encontram na Unidade Habitacional de Santo António (UHSA) e o significado atribuído às mesmas, assim como examinar o padrão quotidiano vivenciado no centro de detenção, e por último refletir sobre os problemas existentes a nível do processo político e burocrático que tem como consequência a detenção. De modo a conseguir adquirir um conhecimento abrangente, não apenas focado no individuo, mas tendo em conta também o ambiente que o rodeia, foi adotado o modelo ecológico desenvolvido por Kelly (1969), composto por quatro princípios, sendo eles: a interdependência, o ciclo de recursos, a sucessão e a adaptação. Além disto acrescentou-se a dimensão da justiça, assim como sugerido pelo modelo do Prilleltensky (2014). É importante referir que este modelo teórico de análise foi desenvolvido pela Dra. Esposito, em conjunto com o Professor Ornelas e a Professora Arcidiacono de modo a elaborar um quadro ecológico de análise dos centros de detenção para migrantes (Esposito, Ornelas & Arcidiacono, 2015). Os resultados obtidos demonstram que os entrevistados comparam a UHSA a um sistema prisional. Privados da sua liberdade, eles deixam de ser indivíduos independentes para passarem a ser controlados e dependentes de outros. A detenção mostra afetar diversas vertentes da vida dos entrevistados,
- Femicidío contributos para a sua visibilidade e prevenção : análise retrospetivaPublication . Teixeira, Maria Amália Gradim Lopes; Ornelas, José H.Este estudo tem por objetivo contribuir para uma melhor compreensão do fenómeno femicídio, quais os fatores de risco, a sua prevalência e como podemos trabalhar a sua prevenção, dar voz às vítimas, torná-lo visível e evitá-lo, nomeadamente no contexto atual de pandemia. O homicídio é uma das principais causas de morte prematura, por sua vez femicídio (homicídio de mulheres no contexto das relações de intimidade) é uma das principais causas de morte de mulheres em todo o Mundo, este crime de femicídio carateriza a morte violenta da mulher na sua condição de sexo/género e ocorre nas relações interpessoais, sendo uma realidade preocupante na sociedade atual. Para compreensão do fenómeno femicídio foi feito um estudo orientado para a ilustração, descrição e análise dos relatórios da EARHVD (Equipa de Análise Retrospetiva de Homicídio em Violência Doméstica – Ministério da Administração Interna - Portugal, disponíveis online de 2017 e 2018. A análise dos 11 relatórios, contempla os fatores de risco existentes na maioria dos casos descritos e cujas dimensões são as seguintes: História de Violência Doméstica (HVD); Recorrência de Violência doméstica (RVD), Tentativa de Estrangulamento (TE); Ameaça de Morte (AM) e Stalking (S). Pretende-se encontrar o padrão de perigosidade e os momentos que constituem o que designamos por Disparador de Perigosidade. Tendo em conta a atual situação de pandemia, foi elaborada uma análise do potencial de agravamento do fenómeno.
- Um Grito em Silêncio : a relação das variáveis funcionamento familiar, sentimento de pertença, bem-estar mental e ideação suicida com os comportamentos autolesivos e as tentativas de suicídioPublication . Rouquinho, Inês Catarina de Fernandes e; Pereira, Maria GouveiaAtravés da literatura, é possível verificar que os comportamentos suicidários são uma questão de saúde pública e que se verificam como o segundo motivo de morte nos jovens com as idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos ([WHO], 2014). A presente investigação tem como objetivo clarificar a relação que existe entre as variáveis relacionais e individuais com os comportamentos autolesivos e as tentativas de suicídio nos jovens adultos. Este estudo é composto por uma amostra de 190 participantes, com idades entre os 18 e os 25 anos. Como instrumentos, foram utilizados: a Escala de Coesão e Flexibilidade Familiar FACES IV (Olson, 2011); o Inventário de Clima Familiar (Teodoro et al., 2009); o Clinical Outcome Routine Evaluation – Outcome Measure (Evans et al., 2000); a Escala de Solidão da UCLA (Félix, 1989); o Instrumento de Avaliação do Sentimento de Pertença (Monteiro & Maia, 2009); o Inventário dos Comportamentos Autolesivos (Duarte et al., 2019); e o Questionário de Ideação Suicida (Reynolds, 1998). Os resultados demonstraram que 51.6% (N=98) dos participantes referem já ter realizado comportamentos autolesivos, enquanto 48.4% (N=92) não tem comportamentos autolesivos. No que concerne às tentativas de suicídio, 88.4% responderam nunca ter feito nenhuma TS, 7.9% responderam já ter feito 1 TS, 2.1% afirmaram já ter feito 2 a 10 TS e 1.6% referem que fizeram mais de 10 TS. Verificou-se, ainda, uma associação significativa negativa entre o bem-estar mental, funcionamento familiar, sentimento de pertença e solidão com os comportamentos autolesivos e as tentativas de suicídio, bem como uma associação significativa positiva entre a ideação suicida e os comportamentos autolesivos e as tentativas de suicídio.
- De que forma é que a magnitude da mudança influencia a forma como as equipas de bombeiros se coordenam e adaptam após um imprevisto durante uma extraçãoPublication . Venâncio, Tânia Sofia Alves; Quinteiro, Pedro MarquesEste estudo visa compreender de que modo é que a magnitude da mudança influencia a forma como as equipas de bombeiros se coordenam e se adaptam após um imprevisto durante a extração. A amostra é composta por 140 recrutas pertencentes ao Regimento de Sapadores Bombeiros Lisboa. Estes 140 participantes estão distribuídos por 28 equipas, constituídas por 6 elementos (Técnico 1, Técnico 2, Técnico 3, Técnico 4, Socorrista, Chefe). De modo a avaliar as variáveis de coordenação (implícita e explicita), foi desenvolvida uma grelha de codificação com o objetivo de codificar os comportamentos de coordenação ocorridos durante a tarefa de extração. Para avaliar o desempenho adaptativo da equipa, foi utilizada uma versão da escala de Pulakos et al. (2000), adaptada para a população portuguesa por Marques-Quinteiro, Ramos-Villagrasa, Passos e Curral (2015). Os resultados demonstram que algumas das hipóteses não foram corroboradas. No entanto, sugerem que existe uma relação significativa entre a adoção de comportamentos de coordenação implícita e a duração da tarefa. Porém, os resultados parecem indicar que não existe qualquer relação entre a coordenação explicita e implícita com a adaptação avaliada pelo líder. Verificou-se que a magnitude da mudança exerce uma influência sobre a coordenação implícita e esta, tem uma especial importância nas tarefas de rotina.
- Em Portugal, de quarentena : impactos sobre o bem-estar e a saúde mental nos estudantes universitáriosPublication . Havrylyuk, Bohdan; Gonzalez, António José César de AlmeidaObjetivo: Vários países tiveram de entrar em quarentena devido à pandemia do COVID-19, sendo que diferentes estudos sugerem que esta medida tem impactos negativos para o funcionamento psicológico. Visto que a pandemia trouxe alterações súbitas ao quotidiano, muitos estudos sobre a saúde mental estão limitados a reportar taxas de prevalência. Pretende-se descrever os impactos da quarentena de 2020, comparando os dados de um conjunto de sujeitos portugueses ao nível do bem-estar, da ansiedade e da depressão durante a quarentena, com os que foram reportados num período prévio à pandemia chegar a Portugal. Método: Recorreu-se a uma amostra de conveniência de 103 estudantes univesitários portugueses (81.6% do sexo feminino) com uma média de idades de 22.58 ( DP = 7.04) anos. Foi utilizado um delineamento quantitativo, que inclui análises comparativas transversais e longitudinais, bem como análises correlacionais. As escalas WEMWBS e PHQ-4 foram utilizadas nas suas versões traduzidas para português para se compreender os níveis de bem-estar e de ansiedade e depressão, respetivamente. Resultados: Em média, houve uma deterioração nos níveis de bem-estar e um aumento dos sintomas de depressão, mas não de ansiedade. Ao nível sintomatológico, os estudantes do sexo feminino foram mais impactados do que os do sexo masculino. Estes resultados vão ao encontro de estudos prévios. Foram também identificados alguns factores significativamente correlacionados com as escalas de saúde mental.
- Regulação emocional em equipas ICEPublication . Filha, Fernanda da Silva Xavier; Quinteiro, Pedro MarquesCom o passar dos anos temos cada vez mais dado valor a investigações científicas em locais Isolados, Extremos e Confinados como o Espaço ou a Antártida. No entanto apesar do funcionamento de equipas ser um tema muito estudado em áreas como Psicologia e Sociologia, não há muita pesquisa sobre como equipas funcionam em ambientes ICE onde existem condições tão específicas, com condições de trabalho difíceis, perigosas e uma variedade de estressores que são muito desafiadores, fazendo assim que as pesquisas anteriormente feitas para equipas não se aplique de maneira exata a esse contexto. Sendo essencial haver estudos das equipas nesse contexto para que essas elas não sejam só mais eficientes e funcionais, mas para evitar sequelas psicológicas para os indivíduos dentro dessas equipas. Com o objetivo de contribuir para essas pesquisas, esta tese procurou entender como a Regulação Emocional foi realizada, tanto a nível individual como de equipa com oito indivíduos que já participaram de missões na Antártida. O método utilizado foi qualitativo, com entrevistas realizadas por Zoom e análise das mesmas utilizando o programa MaxQDA e tabelas tanto para comparar como analisar os conteúdos das entrevistas. Os dados encontrados foram muito variados entre indivíduos, mas também há concordâncias em alguns aspetos. Em termos de melhorar os afetos um dos mais usados é comunicar e colaborar com outros. Já do lado de piorar os afetos o confronto direto. A nível individual algumas das estratégias usadas para regular emoções foi conversar evitar pensar sobre o problema, fazer algo prazeroso, reavaliação dos sentimentos, desabafar sobre seus sentimentos e procurar ajuda ou conforto de outros. Apesar de ser dados interessantes para contribuir para a pesquisa é essencial haver estudos mais aprofundados e de mais longa duração para poder entender como equipas nesses ambientes funcionam e melhorar seu desempenho.