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- Uma viagem por várias terapias : o uso de diferentes abordagens terapêuticas na perspetiva de uma clientePublication . Pereira, Catarina Filipa Gil; Gonzalez, António José César de AlmeidaA investigação em psicoterapia, recentemente, tem-se debruçado sobre a Aliança Terapêutica (AT), as rupturas e a monitorização do processo terapêutico, tentado compreender as características que são susceptíveis de influenciar o progresso da terapia. A AT, em particular tem sido um dos focos principais da investigação em psicoterapia. Contudo, existem, poucos estudos com pacientes que têm um histórico de drop outs ou de várias mudanças de terapias e terapeutas. O presente trabalho procurou colmatar esta lacuna, e teve como objetivo compreender a experiência de uma pessoa que recorre a diversas terapias e terapeutas, as variáveis que estão associadas a esta procura, bem como os aspetos positivos e negativos que tiveram maior relevância ao longo do seu processo terapêutico. Realizou-se uma entrevista semi-aberta e foi utilizada uma metodologia qualitativa, nomeadamente uma análise de conteúdo, onde foram consideradas três categorias principais: (1) “Características e contexto pessoal (Visão do mundo)”, (2) “Razões que levaram ao processo terapêutico/objetivos” e a (3) “Experiência do percurso terapêutico”. Verificou-se que os resultados, na generalidade, foram ao encontro da investigação mais recente sobre AT, rupturas e drop outs, sobretudo no sentido em que, para a participante, é a presença dos constituintes centrais da AT que mais parecem moldar a sua adesão à terapia.
- Coping Parental para Lidar com as Emoções Negativas : associações com o funcionamento executivo no pré-escolarPublication . Verhaeghe, Débora Dinis; Fernandes, Carla Sofia Rodrigues DiasA parentalidade e a regulação emocional são consideradas fatores cruciais para o funcionamento executivo. A investigação tem-se focado na significância da regulação emocional para o funcionamento executivo, focando-se sobretudo em indicadores da criança. Contudo, pouco se sabe acerca da relação entre as reações dos pais para lidarem com as emoções negativas das crianças (refletindo estratégias parentais de regulação emocional) e o funcionamento executivo das crianças, ainda que existam evidências das suas potenciais implicações para o ajustamento social e psicológico. Assim, o presente estudo pretende avaliar a associação entre as estratégias (positivas e negativas) de regulação emocional que os pais reportam mobilizar, em particular, no que se refere às reações dos pais perante as emoções negativas dos filhos, e o modo como descrevem o seu funcionamento executivo. Participaram no estudo 87 mães de crianças (40 raparigas e 47 rapazes) de idade pré-escolar. As reações parentais às emoções negativas dos filhos foram avaliadas através da Escala de Estratégias de Coping para Emoções Negativas das Crianças. Para a avaliação do funcionamento executivo foi utilizado o Inventário Comportamental de Funcionamento Executivo para Crianças Pré-escolares. Os resultados obtidos indicam que as mães reportaram utilizar mais estratégias de regulação positivas perante as emoções negativas dos filhos, do que negativas. Contudo, as mães que reportaram uma maior probabilidade de utilizaram estratégias de regulação emocional negativas, tendem a percecionar as suas crianças como apresentando problemas comportamentais indicadores de um pior funcionamento executivo, quer a nível global, quer em todas as habilidades e dimensões.
- Resiliência familiar no contexto da doença crónica pediátrica : impacto do desgaste do Cuidador familiar e do crescimento pós-traumático nas respostas de doping dos pais cuidadoresPublication . Romano, Ana Esteves Monteiro Grenha; Ramos, CatarinaIntrodução: A doença crónica pediátrica tem sido conceptualizada como um acontecimento extremamente disruptivo que ultrapassa o nível individual, refletindo-se em toda a família. A partir do momento em que há um diagnóstico, os papéis e as responsabilidades dos cuidadores mudam para se acomodar às necessidades da criança. O coping é considerado um processo que contribui ativamente para a adaptação familiar à doença. O principal objetivo desta investigação é avaliar o coping e a sua relação com diversos fatores clínicos, sociodemográficos e psicossociais, nomeadamente o desgaste do cuidador familiar e o crescimento pós-traumático (CPT). Método: A amostra é constituída por 127 participantes (M = 40,25; DP = 7,38) que são ou foram cuidadores de crianças/ adolescentes com doenças crónicas, cujo diagnóstico foi feito entre os 0 e os 19 anos e fluentes na língua portuguesa. Através da plataforma Google forms, os participantes responderam ao protocolo de investigação, no qual constou o questionário de dados sociodemográficos e clínicos, o Coping Health Inventory for Parents (CHIP), a Escala da sobrecarga do cuidador (EDCF) e o Inventário de Desenvolvimento Pós-Traumático (IDPT). Resultados: Verificou-se uma correlação negativa e significativa entre o coping e o desgaste do cuidador (r = 0,19; p = 0,031) e por outro lado verificou-se uma correlação positiva e significativa entre o coping e o CPT (r = 0,38; p ≤ 0,001). O modelo final de coping foi significativo (F (5,121) = 10,98; p ≤ 0,01) e constituído pelas variáveis Relações com os Outros (β = 0,33; p ≤ 0,01), Desgaste da Relação (β = 0,15; p = 0,058), Desgaste Objetivo (β = -0,21; p = 0,009), Crescimento Pessoal (β = 2,61; p = 0,010) e situação atual (β = 2,10; p = 0,038) são as principais preditoras do coping nesta amostra. Conclusão: Este estudo contribui com importantes evidências para o estudo do coping no Modelo de Resiliência Familiar, sendo que se propõem que estudos futuros incluam variáveis positivas para a compreensão do coping, neste modelo.
- O impacto do funcionamento familiar, do autocontrolo e das experiências traumáticas na delinquênciaPublication . Brito, Ana Catarina Gameiro de; Pereira, Maria GouveiaCom o presente estudo pretende-se dar evidências adicionais do impacto que o funcionamento familiar e as experiências traumáticas na infância têm nos comportamentos delinquentes dos mais jovens, bem como a influência que o autocontrolo apresenta neste fenómeno, que segundo a Teoria Geral do Crime é a principal causa para a prática de comportamentos desviantes (Gottfredson & Hirischi, 1990). Os dados do presente estudo foram recolhidos de uma amostra de 337 participantes com idades entre os 18 e os 21 anos de idade, que responderam aos instrumentos, Escala de Comportamentos Desviantes (Sanches & Gouveia-Pereira, 2013), Questionário de Traumas de Infância (Dias, Sales, Carvalho, Castro Vale, Kleber e Mota Cardoso, 2013), Escala Breve de Autocontrolo (Pechorro, Pontes, DeLisi, Alberto e Simões, 2018) e Escala de Avaliação da Flexibilidade e Coesão Familiar (FACES IV) (Olson,2011). A análise dos resultados demonstrou que quanto mais experiências traumáticas apresentarem os jovens, mais comportamentos delinquentes terão e quanto mais experiências traumáticas vivenciaram menos autocontrolo apresentam. Também se verificou que quanto mais equilibrado for o funcionamento familiar, menos comportamentos delinquentes serão apresentados pelos jovens. Através destes resultados também se percebeu que existem diferenças nos comportamentos delinquentes ao nível do sexo e das suas experiências traumáticas. Por fim, foi possível verificar que as experiências traumáticas são uma variável mediadora da relação entre o funcionamento familiar e os comportamentos delinquentes. As conclusões e limitações são discutidas.
- Cuidadores familiares de crianças com doenças crónicas : o impacto da doençaPublication . Pereira, Inês Cardia; Ramos, CatarinaIntrodução: Com base na literatura evidencia-se que, no processo de doença crónica, o cuidador familiar da criança é compreendido como um fator de proteção e auxílio para a mesma, e devido ao impacto da doença, na vida da criança, podem surgir reações positivas de enfrentamento da doença no cuidador. O principal objetivo desta investigação é compreender a adaptação dos cuidadores familiares à doença crónica da criança, avaliando a resiliência, bem-estar espiritual, bem-estar subjetivo e crescimento pós-traumático. Método: A amostra é constituída por 127 participantes (M = 40 anos,26; DP = 7,38), que são, ou foram, cuidadores de crianças com doenças crónicas. Os participantes preencheram um questionário online com os seguintes instrumentos: Escala de Resiliência, o Questionário de Bem-Estar Espiritual, a Escala de Satisfação com a Vida, a Escala de Afeto Positivo e Negativo e o Inventário de Desenvolvimento Pós-Traumático. Resultados: Os resultados evidenciam a manifestação das variáveis supracitadas na população de pais cuidadores de crianças com doenças cronicas e demonstram que o estado civil, internamentos e bem-estar espiritual estão relacionados com resiliência, bem-estar subjetivo, crescimento pós-traumático e resiliência predizem o bem-estar espiritual, o crescimento pós-traumático e o bem-estar espiritual são preditores de bem-estar subjetivo, e o bem-estar subjetivo e espiritual contribuem para o crescimento pós-traumático. Conclusão: Este estudo demonstra que os cuidadores tendem a manifestar ajustamento psicossocial na gestão da situação de doença crónica, percecionando as variáveis psicossociais supracitadas, e possibilita evidências empíricas importantes para a criação de um modelo teórico que explique a relação entre as mesmas.
- A qualidade de vida, a imagem corporal, a intimidade e a satisfação sexual em pessoas com doenças autoimunesPublication . Araújo, Ana Margarida Cerqueira; Ramos, CatarinaIntrodução: As doenças autoimunes são um vasto grupo de patologias, para as quais não existe uma cura. O tratamento apenas atrasa a evolução que a doença poderá ter, não se sabendo ao certo as verdadeiras causas para o aparecimento deste tipo de doenças. No entanto, a agressividade dos seus sintomas e a evolução da doença podem ter um forte impacto na vida dos seus portadores, nomeadamente na qualidade de vida, na imagem corporal, na intimidade e na satisfação sexual). O principal objetivo é verificar a relação entre estes fatores e compreender se o tipo de doença os influencia. Método: A amostra é constituída por 500 participantes com idades superiores a 18 anos com doenças autoimunes (M = 39,65; DP = 10,17). Para construir o questionário foram utilizadas as seguintes escalas: Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida (WHOQOL-Bref), Escala de Imagem Corporal (BIS), Escala de Avaliação de Intimidade na Relação e Nova Escala de Satisfação Sexual. Os questionários foram preenchidos online. Resultados: Os participantes reportaram resultados medianos em todas as escalas associadas às variáveis psicossociais à exceção da imagem corporal que apresentou médias de resposta bastante elevadas. Verificou-se ainda a associação entre as variáveis psicossociais em estudo e que determinados grupos de doenças autoimunes (i.e., gastrointestinais, reumáticas, dermatológicas, sistémicas/neurológicas e sanguíneas) apresentam índices mais elevados de qualidade de vida, imagem corporal, intimidade e satisfação sexual quando comparados com os restantes grupos de doenças autoimunes. Conclusão: Os resultados deste estudo suportam a importância de compreender a manifestação de cada um destes fatores nas diferentes doenças autoimunes e a necessidade do desenvolvimento de intervenções focadas na adaptação