Browsing by Issue Date, starting with "2020-07-30"
Now showing 1 - 6 of 6
Results Per Page
Sort Options
- O futuro académico, profissional, pessoal e o bem-estar de alunos do 9º ano e ensino secundário com e sem experiência de retençãoPublication . Carqueijeiro, Ana Filipa Rebeca Martins; Peixoto, FranciscoA retenção escolar demonstrou ter efeitos nocivos a curto prazo para os indivíduos que a experienciam, nomeadamente na escola e a nível pessoal, mas também a longo prazo nomeadamente a nível de oportunidades de carreira e de prosseguimento de estudos e do bem-estar dos indivíduos. O presente estudo teve como primeiro objetivo analisar os possíveis efeitos da retenção escolar nas perspetivas de tempo futuro, na satisfação das necessidades psicológicas básicas e na indecisão vocacional. O segundo objetivo pretendeu verificar qual a relação das variáveis em estudos, procurando compreender quais prediziam significativamente a indecisão vocacional. O terceiro e último objetivo procurou analisar as características psicométricas de um dos instrumentos utilizados, o Future Time Perspective Questionnaire de Peetsma (1992). Participaram no estudo 407 alunos com e sem experiência de retenção escolar a frequentar o 9º, 10º, 11º e 12º anos de escolaridade em três agrupamentos e uma escola secundária da rede pública na zona da Grande Lisboa, através da resposta a um questionário. Os resultados demonstram que a retenção escolar afeta a projeção no futuro dos indivíduos, afeta a satisfação da necessidade de competência, porém não contribui significativamente para a indecisão vocacional, ainda que o fator com maior peso para a indecisão de alunos retidos seja o desinvestimento escolar. Verificou-se que a idade e perspetivas mais positivas na escola e carreira a curto prazo, estão relacionadas com menores níveis de indecisão. Verificou-se também que frustração das necessidades psicológicas básicas de competência e de autonomia, bem como perspetivas menos positivas no domínio tempo livre a curto prazo estão relacionados com maiores níveis de indecisão. Por fim, verificou-se que perspetivas positivas no domínio escola e carreira a longo prazo estão relacionadas com menores níveis de indecisão. São discutidos possíveis motivos para os resultados obtidos e são apresentadas implicações práticas do estudo, bem como algumas limitações.
- Mind the employer attractiveness gap : uma nova abordagem ao estudo da atratividade das empresas do tecido empresarial português, o seu impacto na fuga de cérebros do país e o efeito geracionalPublication . Silva, Bárbara Beatriz Fandinga da; Andrade, Luís José NunesNum contexto de elevada competitividade internacional pela atração e retenção de talento nas empresas, o presente estudo aborda pela primeira vez, o impacto do Employer Attractiveness Gap das empresas em Portugal, na Intenção de Emigrar dos profissionais qualificados e de que modo é que o efeito geracional modera esta relação. Este estudo contou com a participação de 227 sujeitos residentes em portugal com grau de qualificação superior, de quatro grupos geracionais distintos: Baby Boom, X, Y e Z. Seguindo uma metodologia quantitativa, recorreu-se à adaptação da escala original de Employer Attractiveness de Berthon, Ewing e Hah (2005) para a análise do Employer Attractiveness Gap e à escala de Intenção de Emigrar de Chuvashov (2014), elaborada com base na Teoria do Comportamento Planeado de Ajzen (1985). Ambas as escalas foram traduzidas e adaptadas para a população portuguesa. Os resultados revelam-se bastante interessantes, na medida em que indicam que de facto existe um gap de atratividade positivo nas empresas em Portugal, que deve ser alvo de especial atenção pelos empregadores. Quando percecionado em atributos relacionados com o Desenvolvimento e Interesse, o Employer Attractiveness Gap positivo atua como fator push na decisão de emigrar de Portugal dos profissionais qualificados, sendo que nas gerações mais novas, o impacto do Employer Attractiveness Gap de Desenvolvimento na intenção de emigrar do país é mais acentuado, comparativamente com gerações mais maduras. Implicações práticas, sugestões para estudos futuros e limitações desta investigação, são também aprofundadas.
- O ensino bilingue no 1º ciclo - especifidades da práticas pedagógicasPublication . Bigodinho, Joana Filipa da Silva; Madeira, Ana Maria; Martins, Margarida AlvesO presente relatório tem como objetivo mostrar, de forma reflexiva e analítica, a prática pedagógica desenvolvida numa turma de 4º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB), de uma instituição bilingue. A turma integra 23 crianças, sendo que vinte têm o português como primeira língua e três têm o inglês como primeira língua. De acordo com as características do contexto, selecionou-se a temática da conceção das especificidades das práticas pedagógicas num contexto de ensino bilingue no 1º CEB. Para o estudo foi mobilizada a metodologia qualitativa, recorrendo-se, como instrumentos e técnicas, à observação direta e sistemática (diário de bordo e tabelas de observação), à realização de entrevistas à professora portuguesa e à professora inglesa e à análise documental. Pela observação realizada, foi possível uma caracterização dos diferentes momentos bilingues dentro do horário letivo das crianças, que demonstraram utilizações diferentes das línguas. Assim, os resultados demonstraram que as crianças adequam a sua língua conforme a situação e a pessoa a quem se dirigem, mas que os adultos mantêm sempre a sua língua de referência. As práticas pedagógicas implementadas pelas docentes diferem, adequando-se ao momento curricular e às crianças. Para implementar as práticas em contexto bilingue, são necessárias constantes reflexões, de forma a adaptar as práticas continuamente aos grupos e à realidade da comunidade envolvente.
- Comportamento de partilha das crianças : estudo da sua relação com a empatia e com os valores dos paisPublication . Oliveira, Sónia Isabel Pardal; Menéres, SofiaO comportamento pró-social tem sido amplamente estudado ao longo dos anos, em diversas fases do desenvolvimento, havendo algumas contradições na literatura. Neste estudo, o foco vai para o comportamento de partilha e o objetivo foi perceber se características individuais das crianças, como a empatia, e características dos cuidadores principais, como os valores dos seus pais, estão relacionadas com o seu comportamento de partilha. Participaram neste estudo trinta e duas crianças e os seus respetivos pais, sendo que apenas um dos progenitores respondeu ao questionário solicitado. O comportamento de partilha foi avaliado através do Jogo do Ditador (Kahneman et al., 1986), numa versão utilizada por Malti e colaboradores (2016). Para avaliar os valores dos pais, usou-se a Escala de Valores Humanos de Schwartz (2003) e para a empatia a Parents’ (or Teachers’) Reports of Children’s Sympathy/Empathy (Zhou, Valiente & Eisenberg, 2003). No seu conjunto, os resultados obtidos não sustentaram as hipóteses deste estudo, demonstrando que o comportamento de partilha nas crianças pode ser mais influenciado por uma série de outros fatores distintos dos que aqui se apresentam.
- O outro lado do employer attractiveness : será esta uma estratégia exclusiva para talentosPublication . Duarte, Ana Raquel Costa; Andrade, Luís José NunesSão poucas as investigações no âmbito do Employer Branding que procuram compreender o impacto destas estratégias nos colaboradores atuais de uma organização, assentando a maioria na perspetiva da atração de Talento. Este estudo procura colmatar esta lacuna através da compreensão do impacto destas práticas no Desempenho Individual de Trabalho e nas Intenções de Saída, aspetos essenciais para o alcance de vantagem competitiva no contexto atual. Adicionalmente, tendo em conta que estas práticas surgem associadas à atração de Talento, procurou compreender-se o efeito moderador do Talento nesta relação. Este estudo contou com a participação de 227 sujeitos empregados (72% do sexo feminino e 28% do sexo masculino), com idades compreendidas entre os 18 e os 62 anos. Recorreu-se a quatro instrumentos, a escala de Employer Attractiveness (EA) de Puri (2018), a escala de Desempenho Individual de Trabalho de Koopmans e colaboradores (2012), a escala de Intenções de Saída de Bozeman e Perrewe’s (2001) e a escala de Talento Organizacional de Oliveira e colaboradores (2013). Os resultados obtidos permitem verificar a existência de um impacto significativo de algumas dimensões do EA (Valor Papel, Valor Familiar, Valor Crescimento Carreira, Valor Ético e Cultural, Valor Localização e Valor Desenvolvimento) nos outcomes em estudo. Ao nível do efeito moderador do Talento, este apenas se verificou parcialmente na relação entre o EA e o Desempenho, tendo estas práticas demonstrado um efeito potenciado em colaboradores com menores níveis de Talento.
- Funcionamento sexual feminino na meia idade : proposta de um modeloPublication . Leal, Ana Borgas; Pimenta, FilipaIntrodução: Falta unanimidade relativamente aos fatores que contribuem para o funcionamento sexual feminino (FSF). O objetivo deste estudo é explorar a relação entre um conjunto de variáveis sociodemográficas, de menopausa, de saúde percebida e de estilo de vida, e o FSF, numa amostra comunitária portuguesa, na meia idade. Método: Uma amostra de 455 mulheres, entre os 45 e os 65 anos (M=52,16; DP=4,89), responderam a um conjunto de questionários on-line (n=358) e em papel (n=97). Recolheram-se dados sociodemográficos, de menopausa, de saúde percebida e de estilo de vida. O FSF foi avaliado com recurso ao Índice de Funcionamento Sexual Feminino (FSFI-6), os sintomas de menopausa pela Cervantes (CS-10). Desenvolveu-se um modelo de equações estruturais para explorar as relações, entre as variáveis independentes e a variável dependente (FSFI-6). Resultados: O modelo estrutural revelou um bom ajustamento (𝜒2/df=2,604; CFI=0,944; TLI=0,903; RMSEA=0,059; P(rmsea<0,05)=0,017; C.I. 90%]0,052;0,067[). A variância explicada foi de 34,5%. O FSF é melhor explicado através das variáveis: relação afetivo-sexual (𝛽=0,437;𝑝<0,001); ter afrontamentos (𝛽=−0,123;𝑝=0,021); ter desconforto e secura vaginal (𝛽=−0,240;𝑝<0,001); problema psicólogo (𝛽=−0,120;𝑝=0,004); frequência de consumo de bebidas alcoólicas (𝛽=0,092;𝑝=0,023). Idade, número de filhos, habilitações académicas, estado profissional, rendimento anual, doença recente, estadio de menopausa, IMC, consumo de tabaco e exercício físico, não estão associados ao FSF, de acordo com este modelo. Conclusão: Mulheres sem relacionamento e com sintomas de menopausa mais graves poderão constituir um grupo de risco para um pior FSF e, como tal, necessitar de ajuda especializada.