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- Sentir o perigo: o impacto dos níveis de severidade da tarefa na resposta emocional dos membros de equipas de desencarceramentoPublication . Santana, Alexandra Coelho; Quinteiro, Pedro MarquesO presente estudo teve como principal objetivo compreender o impacto da tarefa de desencarceramento na resposta emocional dos membros de equipas de desencarceramento, tendo como foco principal a emoção da felicidade e tristeza. Nesse sentido, foram introduzidos imprevistos que alterassem o nível de severidade, criando duas condições distintas. A condição 1 referente à baixa severidade e a condição 2 correspondente a alta severidade. A amostra é composta por 9 equipas da condição 1 e 9 equipas da condição 2, cada equipa constituída por 5 elementos, fazendo um total de 90 participantes. Os elementos das equipas tem idades compreendidas entre os 19 e os 27 anos (M=24,1798; DP=2,12967), em que 23 dos participantes (25,6%) referem já ter experiência prévia enquanto bombeiro e 64 participantes (71.1%) indicam não ter experiência prévia. Para avaliar as emoções foi utilizado um formulário que continha a emoção da felicidade, orgulho, tristeza e raiva extraídas da lista pré-existente de Shaver referida no estudo Weiss, Suckow e Conprazano (1999). Os resultados sugerem que as hipóteses foram apenas parcialmente corroboradas. No entanto, é possível compreender que apesar de não se constatarem evidências estatísticas que suportem o impacto da tarefa de desencarceramento na resposta emocional dos elementos das equipas de desencarceramento, existem evidencias estatísticas que existe impacto da condição 1 (baixa severidade) na emoção da felicidade e impacto da condição 2 (elevada severidade) na emoção da tristeza.
- A aceitabilidade dos adornos corporais em contexto de trabalhoPublication . Luz, Beatriz Marques Caires da; Cesário, Francisco José SantosO presente estudo teve como objetivo avaliar se determinadas características da personalidade podem influenciar a aceitabilidade de um colega de trabalho que possua adornos corporais visíveis. Adicionalmente, pretendeu avaliar se essa aceitabilidade varia consoante o tipo trabalho (presencial ou não presencial) e com o tipo de recompensas (comissões coletivas ou individuais). Esta investiga-ção teve como base o estudo de Miller, McGlashan e Eure (2008). A amostra deste estudo foi constituída por 257 participantes, 153 do sexo feminino e 104 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 16 e os 66 anos. Através de um cenário criado por Miller e Nicols (2008), a variável presença ou ausência de contato com os clientes e a variável distribuição de recompensas foram manipuladas. De modo a avaliar a aceitabilidade foi utilizada a escala de 3 itens dos mesmos autores. Para medir a personalidade foi utilizada a escala BFI de 44 itens de John, Donahue e Kentle (1991), adaptada e traduzida por Vanessa Simões (2018). Os resultados mostram que os níveis de aceitabilidade de um colega com adornos corporais são mais elevados quando o tipo de trabalho é não presencial. Embora não tenha sido significativo, os níveis de aceitabilidade apresentam-se mais elevados quando as recompensas são individuais em comparação com as recompensas coletivas. Também que não existe um efeito de interação significativo do tipo de contacto com o cliente (presencial ou não) e do tipo de comissões (individuais ou coletivas) na aceitabilidade pelos colegas de trabalho. Adicionalmente, quanto maior o número de tatuagens e de piercings detidas pelo participante, melhor a sua aceitação de colegas com uma tatuagem ou piercing visível. Por último, os resultados indicam-nos que apenas o traço de personalidade “Amabilidade” tem uma associação significativa e positiva com a aceitação. Conclui-se que a rejeição de um colega de trabalho com piercings e tatuagens visíveis acontece essencialmente quando o trabalho envolve contacto presencial com os clientes, que a amabilidade é a única dimensão da personalidade que pode facilitar a aceitação de um colega de trabalho e que a presença de piercings e tatuagens no próprio auxilia na aceitação de um colega que os detenha.
- Ter filhos será um fator discriminatório na carreira das mulheres?Publication . Tatiana Filipa Vieira de Oliveira; Cesário, Francisco José SantosO objetivo do presente estudo é perceber se as mulheres com filhos são alvo de maior discriminação no que diz respeito à sua progressão de carreira, considerando que na atualidade o tema da igualdade de género é foco de especial atenção. Adotando uma metodologia do tipo quasi-experimental, com um design 2x2 fatorial, foram apresentados 4 candidatos (mulher sem filhos, mulher com filhos, homem sem filhos e homem com filhos) aos 136 participantes deste estudo. Cada participante avaliou um destes candidatos focando-se nas suas perceções e se o recomendaria para a promoção interna. Os resultados demonstraram que não existem diferenças significativas quanto à Recomendação para a progressão. No entanto, em relação às impressões, o candidato “homem sem filhos” foi percecionado como tendo menor focus na Vida Pessoal, enquanto todos os candidatos eram percecionados como tendo o mesmo nível de focus no Trabalho. Em conclusão, as mulheres com filhos são consideradas tão válidas como os homens para uma promoção interna, diferenciando-se destes somente na perceção de que o seu focus na Vida Pessoal é mais elevado, se bem que de forma significativa apenas quando ambos não têm filhos.
- O papel das relações interpessoais na satisfação laboral e desempenho dos colaboradores em organizações situadas em Espaço Rural e Espaço UrbanoPublication . Ramos, Rita Cristina Lourenço dos; Silva, Pedro Marques Quinteiro Fernandes daO estudo teve como objetivo explicar o papel das Relações Interpessoais na Satisfação Laboral e Desempenho Individual Percebido em contexto laboral e verificar a existência de diferenças significativas no estudo das variáveis em meios rurais e meios urbanos. O estudo conta com uma amostra total de 73 participantes que se divide em 31 participantes do meio rural e 42 participantes do meio urbano. As idades dos participantes variam entre os 21 e os 68 anos. Todos os participantes trabalham pelo menos à 6 meses na mesma organização e todos se encontram em Portugal Continental. A escala utilizada para medir a Satisfação Laboral foi a Escala Geral de Satisfação de Warr et al (1979) adaptada à população portuguesa, para medir o Desempenho Individual Percebido foi utilizada uma versão reduzida da escala adaptada de Auto-perceção do Desempenho de Williams e Anderson (1991), por fim para medir as Relações Interpessoais utilizou-se a escala QRI – Inventário da Qualidade das Relações Interpessoais de Pierce (1994) adaptada à população portuguesa por Neves e Pinheiro (2009). Os resultados obtidos confirmam que as Relações Interpessoais positivas se correlacionam positivamente com a Satisfação laboral, contudo as Relações Interpessoais positivas não têm uma influência significativa com o Desempenho Individual nem com a Satisfação Laboral, apenas as Relações Interpessoais negativas influênciam de forma significativa o Desempenho Individual, sendo esta uma relação negativa. Os resultados confirmam-nos ainda que a relação entre Satisfação laboral e Desempenho Individual é positiva e significativa. Verificou-se ainda que não existem diferenças significativas entre o meio rural e o meio urbano no que concerne ao estudo destas variáveis.