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- Literacia alimentar: definição, determinantes e o papel das instituições - Um estudo misto com profissionais portuguesesPublication . Mota, Maria João MarquesIntrodução: Atualmente, em Portugal, tem-se observado um aumento da prevalência de obesidade e de doenças não-transmissíveis. Investigações apontam para um declínio nas competências essenciais a uma alimentação adequada. Assim, investigadores têm-se focado no construto de literacia alimentar. Contudo, não existe ainda consenso relativamente à sua definição, os seus componentes e os determinantes ao seu desenvolvimento. O objetivo deste estudo é – através de uma metodologia mista– compreender a perspetiva de peritos portugueses sobre: i) definição de literacia alimentar, ii) os determinantes ao desenvolvimento de literacia alimentar, iii) medidas atuais e futuras de instituições portuguesas para a promoção de literacia alimentar da população geral e, iv) explorar como estas medidas procuram atenuar os determinantes referidos. Método: Amostra de 30 especialistas portugueses (20 mulheres; 10 homens) de âmbitos profissionais relacionados (in)diretamente com alimentação, com idades entre os 23 e 57 anos (DP = 8.60). Segundo uma metodologia mista, numa abordagem qualitativa as entrevistas foram analisadas recorrendo a uma análise de conteúdo dirigida e, numa abordagem quantitativa, inferiram-se comparações através do teste de Kruskal-Wallis. Resultados: Foram identificados três domínios como pertencentes à definição de literacia alimentar (Aspetos Psicológicos, Aspetos Alimentares e Conhecimento); Observou-se diferenças significativas entre grupos em dois determinantes: Sensibilidade Profissional e Influência da Indústria Nos Hábitos Alimentares. Atualmente, as instituições focam-se principalmente na educação do público geral e planeiam continuar no futuro. Discussão: O presente estudo proporciona uma definição inicial de literacia alimentar num contexto português. Ressalvando a necessidade de instrumentos de mensuração de modo a informar estratégias de intervenção.
- "When more is less": O efeito moderador das oportunidades de crescimento na sobrequalificação e fidelizaçãoPublication . Salgueiro, Maria Filipe Rosa Franco; Cesário, FranciscoA natureza volátil e competitiva que caracteriza o mercado de trabalho português exige uma maior qualificação da força de trabalho e uma melhor preparação das entidades empregadoras para garantir a rentabilização e satisfação dos recursos. Todavia, quando esta equação está em desequilíbrio, o trabalhador pode percecionar uma discrepância entre as suas competências individuais e as exigências da função, ou seja, está sobrequalificado (POQ) (Fine, 2007). Naturalmente, esta variável surge associada a consequências negativas, tais como a diminuição do compromisso organizacional (CO) (Zheng & Wang, 2017) e o aumento dos comportamentos de procura de emprego (CPE) (Wald, 2004), definidos como a relação de vinculação entre colaborador e organização (Meyer & Allen, 1991) e como a procura e avaliação de potenciais oportunidades de emprego (Blau, 1994), respetivamente. Estas associações destacam a importância de identificar variáveis que minimizem estes efeitos. Nesta lógica, despertou-se o interesse sobre o efeito da perceção de oportunidades de crescimento interno nestas relações e foram formuladas as seguintes hipóteses: a POQ tem um efeito significativo e positivo nos CPE (H1); o CO tem um efeito mediador na relação com a POQ e com os CPE (H2); e as oportunidades de crescimento têm um duplo efeito moderador na relação entre a POQ e os CPE (H3) e entre a POQ e o CO (H4). Neste estudo, participaram 167 trabalhadores portugueses e os resultados suportaram as hipóteses supramencionadas, i. e., quanto maior for a POQ menor será o CO e mais frequente será a prática de CPE; estas relações são mediadas pelo CO e podem ser suprimidas quando os trabalhadores acreditam que existem oportunidades de crescimento interno.
- Novos focus de compromisso: Com a chefia e com equipaPublication . Laborinho, Mariana de Fátima Brito; Cesário, Francisco José SantosO presente trabalho tem como fim contribuir para o estudo dos conceitos de compromisso com a chefia e com os colegas, como mediadores da relação entre as práticas de gestão de recursos humanos (PGRH) e o engagement. Para tal, tomou-se como hipóteses: (1) Um impacto positivo da perceção das PGRH no engagement; (2) Um impacto positivo da perceção das PGRH no compromisso com a chefia; (3) Um impacto positivo da perceção das PGRH no compromisso com a equipa; (4) Um impacto positivo do compromisso com a chefia no engagement; (5) Um impacto positivo do compromisso com a equipa no engagement; (6) O compromisso com a chefia exerce um papel mediador na relação entre as PGRH e o engagement e, (7) O compromisso com a equipa exerce um papel mediador na relação entre as PGRH e o engagement; Metodologicamente, este estudo tem um carácter quantitativo e recorreu-se ao inquérito por questionário, composto por quatro escalas. Contou-se ainda com a participação voluntária de 170 colaboradores, de várias organizações de Portugal. Os resultados, foram analisados através de estatística descritiva, análises fatoriais confirmatórias e as hipóteses foram testadas através de regressões lineares simples e múltiplas. Os mesmos evidenciaram um impacto significativo das PGRH no engagement, bem como destas no compromisso com a chefia e com a equipa. Também se confirmou o impacto significativo tanto do compromisso com a chefia e com a equipa, no engagement. Foi ainda comprovado o efeito de mediação total do compromisso com a chefia, na relação entre as PGRH e o engagement e um efeito de mediação parcial do compromisso moral com equipa nesta mesma relação.