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- As características interpessoais do terapeuta e a aliança terapêutica na perspectiva do clientePublication . Taveira, Mafalda Isabel de Oliveira Varino da Fonseca; Sousa, Daniel Cunha Monteiro deObjectivo: O terapeuta poderá contribuir para o sucesso da terapia e acrescentar-lhe valor através das suas qualidades pessoais (Baldwin & Imel, 2013) e de uma relação de colaboração com o cliente. Pelo que as características interpessoais do terapeuta poderão influenciar o progresso do cliente na terapia (Anderson, McClintock, Himawan, Song & Patterson, 2016) e a qualidade da aliança (Ardito & Rabellino, 2011). Contudo, sendo uma relação dual, seria benéfico analisar como essas características são apreendidas pelo próprio cliente. Método: Recorrendo à elaboração e adaptação de escalas – FIS-C (Facilitative Interpersonal Skills – Client) e escala de Avaliação de Sessão – SRS – que permitem essa análise por parte do cliente, e ao estudo das suas características psicométricas. O preenchimento das escalas foi efectuado por 205 participantes, a frequentar psicoterapia. Resultados: Ambas as escalas apresentam bons níveis de validade, fiabilidade, sensibilidade e ajustamento. Com uma boa consistência interna na sua totalidade e para os itens que as constituem. Existindo uma correlação positiva entre as características interpessoais do terapeuta e a qualidade da aliança, sendo o factor de Fluência Verbal o que apresenta uma maior correlação. Conclusões: Estes dados permitem concluir que as características interpessoais do terapeuta exercem influência sobre a qualidade da aliança estabelecida, existindo alguns factores que se destacam.
- A suscetibilidade da tendência deprimida: O caso do efeito de ancoragemPublication . Rute Amaral Dias; Garcia-Marques, TeresaEstados afetivos negativos induzem um processamento de informação mais extenso e detalhado, o que permite que os individuos neste estado estejam mais protegidos de vieses cognitivos em processos de decisão. No entanto, não se encontra evidência deste efeito em processos de ancoragem e ajustamento. Neste trabalho procura-se testar esta hipótese com os indivíduos que manifestem uma maior ou menor tendência depressiva. Pretende-se fornecer informação relativa à forma como os indivíduos com tendência depressiva, em contraste com indivíduos não-deprimidos, demonstram sensibilidade aos efeitos de ancoragem, nomeadamente, a âncoras elevadas e baixas em estimativas de frequência. Procura-se perceber se o tom afetivo do contexto modera este efeito, nomeadamente, como o efeito de ancoragem se manifesta quando lhes são apresentados conteúdos de tom afetivo neutro, negativo e depressivo. Para identificar a tendência depressiva, os participantes (N=245) completaram tarefas de ancoragem e preencheram a Escala de Depressão de Beck, sendo, posteriormente, divididos nos quartis extremos. Os resultados alcançados sugerem que, tanto os indivíduos com tendências depressivas como os individuos não-deprimidos, são mais suscetíveis à âncora nas frases neutras do que nas negativas. Os deprimidos são, no entanto, mais propensos a este efeito, sobrestimando e subestimando mais consoante as ancoras. Mais relevante ainda é o facto de que, quando expostos às frases de tom afetivo depressivo, os resultados sugerem uma diferença significativa entre os dois grupos. Enquanto os indivíduos não-deprimidos aparentam tratar estas frases de maneira muito idêntica às do tom afetivo negativo, os individuos com tendências depressivas aparentam tratá-las de maneira muito diferente, comparativamente às frases dos outros tons (negativas e neutras). Ainda neste tom afetivo, muito surpreendentemente, os participantes com tendências depressivas, aparentam não ancorar. Estes resultados são, posteriormente, discutidos à luz da literatura sobre ancoragem e estado afetivo negativo. Limitações do estudo são também discutidas, tal como futuras investigações são fornecidas.