Browsing by Author "Rosa, Maria Matoso Coelho"
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- Estudo sobre a influência de factores emocionais maternos no desenvolvimento precoce do bebéPublication . Rosa, Maria Matoso Coelho; Sá, EduardoO objectivo principal desta investigação consistiu em tentar compreender de que forma os factores emocionais maternos podem influenciar o desenvolvimento precoce de um indivíduo. Partindo de teorias psicanalíticas da "Relação de Objecto", procurou-se criar um instrumento que permitisse um rápido diagnóstico de situações de risco de desenvolvimento de patologia mental futura, em bebés Foi delineada a seguinte hipótese: Mães com níveis de auto-estima elevados têm mais recursos para lidar com os seus bebés, diminuindo o risco de desenvolvimento de patologia mental. A amostra correspondeu a uma amostra de conveniência, e foi recolhida, essencialmente, na sede e em gabinetes da Associação "Ajuda de Mãe", sendo constituída por 31 mães, com bebés de idades compreendidas entre os 4 e os 12 meses. Foram utilizados dois instrumentos: uma adaptação de The Maternal Self-Report Inventory de Shea e Tronik (1988), realizada por Galvão (2002) e a Escala de Apgar de Saúde Mental (instrumento criado para este estudo com o propósito de calcular o índice de risco de ocorrência de patologia posterior). Os dados recolhidos através do Inventário de Auto-estima Materna e da Escala de Apgar de Saúde Mental sofreram uma análise quantitativa, mediante técnicas estatísticas, tendo sido ainda utilizado um programa de computador estatístico: SPSS. O teste estatístico utilizado foi o coeficiente de correlação de Spearman. Os resultados indicam que: a aceitabilidade da função materna, os sentimentos respeitantes à gravidez, parto e pós parto e a expectativa de competências maternas relacionam-se de uma forma directa e inter-inftuenciam-se; quanto mais sinais de saúde o bebé demonstre, menores são as condições para o acontecimento de perturbações; quanto maior o suporte sentido pela mãe, mais disponível está para fazer face às angústias relacionadas com as alterações de vida inerentes ao nascimento de um filho; quanto maior o suporte familiar sentido, maior é a possibilidade de serem detectadas situações clínicas atípicas; mães que apresentam um suporte familiar marcado, poderão fazer com maior facilidade delegação de competências maternas, potenciando perturbações ao nível da relação mãe-bebé e, consequentemente, a ocorrência de situações clínicas atípicas mais frequentes. Tendo em consideração as correlações emergentes entre os dois instrumentos utilizados, pondera-se que, apesar de existir uma tendência para a confirmação da hipótese de partida, a sua aceitação é precipitada. De facto, considera-se imprescindível um aumento substancial da dimensão da amostra.
- Sobre o que se transporta: (Contra)transferência(s)Publication . Nascimento, Ana Paula da Silva; Pinheiro, Catarina Bray; Cunha, Isabel Maria Gonzalez Duarte da; Rosa, Maria Matoso Coelho; Machado, Rita PimentaNo presente trabalho, as autoras propõem-se pensar as noções de transferência e de contratransferência, pensando em malas (continentes de conteúdos) que imigrantes transportavam para um país estrangeiro, realçando o que cada um, terapeuta e paciente transportam na/para/da relação, tendo por base o modelo psicanalítico, pedra basilar na prática da Psicoterapia de Inspiração Psicanalítica. Inicialmente é apresentada uma perspectiva histórica da leitura destes fenómenos transferenciais. Posteriormente, são expostas algumas teorias e perspectivas que, no entender das autoras, descrevem de forma mais completa e mais próxima da realidade o modo como os fenómenos (contra) - transferenciais surgem no setting psicoterapêutico. A clarificação das noções de transferência e de contratransferência, explicitam a sua pertinência para a prática clínica, numa articulação directa com a psicopatologia tal como a podemos entender em termos clássicos, através das noções de Neurose, Patologia Limite e Psicose. Dada a necessidade de olhar para estes conceitos sob um outro prisma quando se trabalha em instituições, as autoras procuraram um (re)significar do encontro terapêutico, reflectindo-se sobre a pertinência da transferência e de contratransferência, quer para a Psicanálise, como para a Psicoterapia de Inspiração Psicanalítica.