Browsing by Author "Pinheiro, Catarina Bray"
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- O Eu-pele no Rorschach: A sua expressão em adolescentes toxicodependentesPublication . Linhares, Márcio B. F.; Pinheiro, Catarina BrayO conceito de Eu-pele, a estrutura e funcionamento dos envelopes psíquicos, em particular as funções de manutenção, continente e pára-excitação, serve de base à elaboração de novos procedimentos de interpretação para o Rorschach, subsequentemente aplicados na análise dos protocolos de dois adolescentes toxicodependentes. Os procedimentos propostos, revelaram-se relevantes para a expansão do potencial clínico do Rorschach, como forma de acesso ao funcionamento psíquico, num dado momento da vida de um sujeito. Neste sentido, a articulação entre o Eu- -pele e o Rorschach poderá ajudar a clarificar o sentido/ /função do consumo de substâncias psicoactivas ao longo dos movimentos da adolescência.
- A expressão no Rorschach dos fenómenos transitivos e do espaço potencial na personalidade borderlinePublication . Marques, Maria Emília; Pinheiro, Catarina BrayPretendemos compreender, à luz do método Rorschach, as características dos fenómenos transitivos e do espaço potencial no sujeito borderline. O estudo destes conceitos é desenvolvido tendo por base as teorias de Winnicott e Ogden sobre a psicopatologia dos fenómenos transitivos e do espaço potencial, respectivamente. Para uma melhor compreensão destes conceitos no caso borderline, procuramos articulá-los com os conceitos de função materna e de angústia branca de Green. O método Rorschach é perspectivado na sua dimensão intersubjectiva e dinâmica, em que o apelo a um duplo modo de funcionamento (perceptivo e projectivo) permite uma compreensão mais aprofundada da dinâmica relacional entre o interno e o externo, no espaço psíquico do sujeito borderline. É elaborada uma leitura dos conceitos de fenómenos transitivos e de espaço potencial, procurando integrar e articular a revisão de literatura e os elementos Rorschach. Neste contexto é aplicado o Rorschach a um sujeito do sexo feminino com o diagnóstico de perturbação borderline da personalidade. Da análise do protocolo destacamos que, apesar da impossibilidade de estabelecer uma relação intersubjectiva entre o real e o imaginário, o interno e o externo, o sujeito é capaz de mobilizar estratégias arcaicas que lhe permitem um contacto mínimo com o outro. A imagem Rorschach é experimentada como um objecto real, adquirindo a função (suporte) e as qualidades (reconfortantes) de um objecto transitivo. Os movimentos do sujeito dão conta de uma aproximação ao espaço potencial – espaço prépotencial. ABSTRACT This study uses the Rorschach method in order to understand the characteristics of both transitional phenomena and potential space in patients with Borderline Personality Disorder (BPD). The approach to the aforementioned concepts follows respectively Winnicott and Ogden’s theories about transitional phenomena and potential space psychopathology. For a better understanding of both concepts in the context of BPD, we have articulated them with motherhood function and Green’s white anguish. Inter-subjective and dynamic features of the Rorschach Method, both of which call for a double working mode (perceptive and projective), are herewith used eventually leading to a deeper understanding of the existing relational dynamics “internal-external” in the psychic space of borderline patients. Thus, the main concepts under analysis are interpreted in the light of a literature review, which is duly articulated with Rorschach elements. In this context we have applied the Rorschach method to a female individual who had been previously diagnosed BPD. The analysis performed to the protocol demonstrates the patient’s ability to apply very basic strategies in order to enter into a minimum contact with external objects, though she is not capable of establishing an inter-subjective relation between fantasy and reality or between the internal world and the external world. The patient with BPD experiences the Rorschach image as if it was a real object that bears the function (holding) and the (cheering) characteristics of a transitional object. These strategies points to an approximation to a potential space, i.e., a pre-potential space.
- A natureza e especificidade do espaço mental através do Rorschach. Um espaço potencial? – Análise de um protocolo de uma paciente limitePublication . Oneto, Marta Miriam; Marques, Maria Emília; Pinheiro, Catarina BrayNeste artigo, mostramos a possibilidade de ler, através do Rorschach, o conceito de espaço mental/potencial. A partir dos trabalhos de Winnicott (1971/1975, 1988, 1990), Grotstein (1978) e Ogden (1985; 1992) sobre o desenvolvimento e características do espaço mental constituímos três tipos de espaço mental que se podem formar num sujeito: espaço mental unidimensional ou universo do ponto, espaço mental bidimensional ou universo da linha e espaço mental tridimensional, universo do plano ou espaço potencial. Estudamos este conceito na estrutura de personalidade limite. Apresentamos uma grelha de procedimentos Rorschach que criámos para ler o conceito de espaço mental e aplicamo-la na análise de um protocolo de uma paciente limite. A análise do protocolo de Rorschach evidencia a existência de um espaço mental bidimensional, com a presença de elementos mais característicos de um espaço mental unidimensional. ABSTRACT In this article, we show the possibility to red, through the Rorschach, the concept of mental space/potential space. Based on works of Winnicott (1971/1975, 1988, 1990), Grotstein (1978), and Ogden (1985; 1992) about development and characteristics of the mental space we constitute three types of mental space that if can form in a subject: one-dimensional mental space or universe of the point, two-dimensional mental space or universe of the line and three-dimensional mental space, universe of the plane or potential space. We study this concept in the borderline structure. We present a list of Rorschach’s procedures that we created to read the concept of mental space and we employ it in the analysis of a protocol of a borderline patient. The analysis of the Rorschach’s protocol show the existence of a two-dimensional mental space, with a presence of characteristic elements of a onedimensional space.
- O pensar: Suas (im)possibilidades em sujeitos com fibrose quística, através do RorschachPublication . Pinheiro, Catarina Bray; Marques, Maria EmíliaA partir de conceitos como o pensar e a simbolização, as autoras propõem conceptualizar a relação corpo-mente numa doença particular, a Fibrose Quística. Recorrem e aprofundam a prova Rorschach, enquanto instrumento privilegiado de acesso à qualidade dos processos de pensamento e de simbolização em quatro adolescentes com a referida doença. ABSTRACT The authors propose to conceptualize the mind-body relationship in a particular illness, cystic fibrosis, resorting to concepts such as thought and symbolization. They turn to, and thoroughly examine the Rorschach, as a privileged instrument that has access to the quality of the thought and symbolization processes in four adolescents with the said illness.
- O Rorschach e a função materna no sujeito transexualPublication . Troger, Nadja; Pinheiro, Catarina Braypresente artigo visa analisar, à luz do método Rorschach e numa perspectiva psicodinâmica, a função materna no sujeito transexual e, implicitamente, a bissexualidade psíquica, ambas mediatizadas na relação entre a mente e o corpo. A função materna é concebida no seio do modelo bioniano ♀♂, que permite explorar a dialéctica operante entre o interno e o externo, o Eu e o Outro, o masculino e o feminino. O método Rorschach é perspectivado na sua dimensão intersubjectiva e dinâmica, de acordo com os argumentos teóricos formulados por M. E. Marques, dimensão essa que viabiliza a análise da actividade simbólica. A elaboração dos procedimentos procura, assim, integrar as dialécticas supramencionadas na relação ♀♂. É neste contexto que se inscreve a aplicação do Rorschach a dois sujeitos transexuais (MF e F-M, respectivamente). Os protocolos revelam uma busca contínua de um continente coeso na realidade externa e a dificuldade de articular o duplo no espaço mental. Verificam-se, por conseguinte, movimentos disruptivos nos eixos analisados, bem como dificuldades acrescidas de diferenciação entre o feminino e o materno. A articulação ♀♂ dá conta da não-consolidação da identidade, representando a transformação corporal a solução identitária numa realidade externa.
- Sobre o que se transporta: (Contra)transferência(s)Publication . Nascimento, Ana Paula da Silva; Pinheiro, Catarina Bray; Cunha, Isabel Maria Gonzalez Duarte da; Rosa, Maria Matoso Coelho; Machado, Rita PimentaNo presente trabalho, as autoras propõem-se pensar as noções de transferência e de contratransferência, pensando em malas (continentes de conteúdos) que imigrantes transportavam para um país estrangeiro, realçando o que cada um, terapeuta e paciente transportam na/para/da relação, tendo por base o modelo psicanalítico, pedra basilar na prática da Psicoterapia de Inspiração Psicanalítica. Inicialmente é apresentada uma perspectiva histórica da leitura destes fenómenos transferenciais. Posteriormente, são expostas algumas teorias e perspectivas que, no entender das autoras, descrevem de forma mais completa e mais próxima da realidade o modo como os fenómenos (contra) - transferenciais surgem no setting psicoterapêutico. A clarificação das noções de transferência e de contratransferência, explicitam a sua pertinência para a prática clínica, numa articulação directa com a psicopatologia tal como a podemos entender em termos clássicos, através das noções de Neurose, Patologia Limite e Psicose. Dada a necessidade de olhar para estes conceitos sob um outro prisma quando se trabalha em instituições, as autoras procuraram um (re)significar do encontro terapêutico, reflectindo-se sobre a pertinência da transferência e de contratransferência, quer para a Psicanálise, como para a Psicoterapia de Inspiração Psicanalítica.